1ª fase: Crescimento lento.
Período: IV a.C. até o início do século XVII (Revolução Comercial).
Havia altas taxas de natalidade, mas as taxas de mortalidade eram elevadas, em razão das guerras e das epidemias. Por isso, a população crescia pouco.
2ª fase: Crescimento acelerado.
Período: 1800 a 1950.
Caracterizado por elevadas taxas de natalidade; os avanços na Medicina começavam a reduzir o número de mortes.
O crescimento foi mais rápido: em um século a população mundial dobrou.
3ª fase: Explosão demográfica.
Período: de 1950 a 1980.
Nesse período ocorreu o êxodo rural, saída da população do campo para a cidade. As taxas de natalidade continuaram altas; graças à melhoria das condições médico-sanitárias, a mortalidade foi reduzida. Em trinta anos, a população mundial dobrou mais uma vez. Nesse período se acentuou a diferença na dinâmica demográfica dos países desenvolvidos e dos não desenvolvidos, cujas populações cresceram em ritmo mais acelerado.
4ª fase: Transição demográfica, caracterizada pela diminuição das taxas de natalidade, em razão de fatores como a descoberta de métodos anticoncepcionais e a manutenção de baixas taxas de mortalidade. O resultado foi um crescimento mais lento do que o do período anterior.
Observe atentamente o gráfico abaixo.
FONTE: Adaptado de: ONU. Department of Economic and Social Affairs. World Population Prospects. Disponível em: http://esa.un.org/wpp/Other-Information/faq.htm. Acesso em: 26 jan. 2013. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora
Ao analisarmos esse gráfico, fica evidente o extraordinário crescimento da população mundial no século XX.
De 1800 a 1998, o número de habitantes da Terra passou de 1 bilhão para 6 bilhões e, de 1998 a 2011, saltou para 7 bilhões. O aumento foi maior a partir da década de 1950 (cerca de 150%), sendo que as maiores taxas de crescimento anual ocorreram na década de 1960 (2,04% ao ano).
Da década de 1980 para o ano de 2011, houve uma redução das taxas de fecundidade de 4,9 para 2,5 filhos por mulher, o que resultou em uma menor taxa de crescimento populacional: 1,2%. Mesmo assim, as previsões são de que a população mundial continuará crescendo, porque 1,2% dos mais de 7 bilhões de pessoas é uma quantidade considerável. Calcula-se que, próximo ao ano de 2050, teremos ultrapassado os 9 bilhões de habitantes na Terra.
Outro fato que fica evidente no gráfico é que, principalmente após a década de 1950, esse crescimento populacional foi muito maior nos países não desenvolvidos do que nos desenvolvidos.
Teorias demográficas
Algumas teorias tentam explicar o crescimento populacional. Entre elas, destacam-se a teoria malthusiana, a neomalthusiana e a reformista ou marxista.
Teoria malthusiana
Segundo a teoria elaborada pelo economista inglês Thomas Malthus (1776-1834), a população mundial cresceria aceleradamente, em progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, ...), e a produção de alimentos cresceria em ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, ...).
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Assim, em determinado momento, não haveria alimento para todos os habitantes da Terra. As maiores contestações a essa teoria eram as de que, na realidade, ocorre grande concentração de alimento nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Em nenhum momento, porém, a população cresceu conforme a previsão de Malthus.
Teoria neomalthusiana
Elaborada após a Segunda Guerra Mundial (1939 -1945), argumentava que, se o crescimento demográfico não fosse contido, os recursos naturais da Terra se esgotariam em pouco tempo. Por esse motivo, foi sugerida uma rigorosa política de controle da natalidade nos países não desenvolvidos, que envolvia um planejamento familiar.
Os seguidores dessa teoria creditavam ao crescimento populacional a pobreza dos países não desenvolvidos. Para contestá-la, foi proposto que se melhorassem as condições de vida das populações menos favorecidas e também a distribuição de renda, permitindo a essas populações maior acesso ao mercado de trabalho.
Teoria reformista ou marxista
Diverge das teorias malthusiana e neomalthusiana. Os reformistas atribuem aos países ricos ou desenvolvidos a responsabilidade pela intensa exploração imposta aos países não desenvolvidos, que resultou em excessivo crescimento demográfico e pobreza generalizada. Defendem a adoção de reformas socioeconômicas para superar os graves problemas. A redução do crescimento demográfico seria consequência dessas reformas.
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