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capítulo 5. Linguagem cartográfica e leitura de mapas
LEGENDA: Na hora de viajar é sempre útil ter um mapa da região que vamos visitar ou das estradas que vamos percorrer. Muitas vezes também precisamos, no dia a dia, consultar um mapa ou um guia da cidade para localizar uma rua ou um bairro. Para ler um mapa ou uma carta, precisamos conhecer a linguagem dos mapas, ou a linguagem cartográfica. Na imagem acima, mapa turístico de João Pessoa (PB), 2016.
FONTE: Robério Eloy/Acervo do artista
Tipos de mapas ou cartas
Os mapas e as cartas são o resultado visível da representação do espaço geográfico pela Cartografia.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mapa "é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos ou político-administrativos, destinada aos mais variados usos - temáticos, culturais e ilustrativos".
O IBGE considera carta "a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos -, com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, em grau compatível com a escala".
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Portanto, a diferença entre as duas representações está na escala utilizada para a sua construção. Os mapas são produzidos em escala menor e contêm representações mais generalizadas. Essas características podem ser observadas, por exemplo, no mapa do Brasil representado abaixo.
FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar . 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 90. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora
Já as cartas são construídas em escalas maiores e, por isso, apresentam alto nível de detalhamento, como as cartas náuticas, as cartas cadastrais urbanas e as de navegação aérea. Veja abaixo um exemplo de carta náutica.
Quanto à finalidade, tanto os mapas como as cartas podem ser classificados em:
- Gerais: são produtos cartográficos elaborados em escala pequena, isto é, com menor nível de detalhamento, pois mostram gran des regiões e contêm informações sobre temas variados (divisão política, cidades, rios, montanhas, etc.), como um planisfério, por exemplo.
- Topográficos: são mapas e cartas que, pelo alto nível de precisão e detalhamento que apresentam, podem representar aspectos naturais, como o relevo terrestre (por meio de curvas de nível), a vegetação e a hidrografia, e também aspectos não naturais, como os meios de comunicação e de transporte. Por servirem de base para estudos e para a elaboração de mapas temáticos, eles são também denominados mapas ou cartas de base.
LEGENDA: Exemplo de carta náutica
FONTE: Anonymous Donor/Alamy/Other Images
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Os mapas topográficos, por utilizarem escala pequena, representam a superfície terrestre com menor precisão do que a carta topográfica, que utiliza escala média ou grande.
- Especiais: geralmente representados em escala grande, esses produtos cartográficos atendem às necessidades de profissionais de diferentes áreas, fornecendo informações técnicas bastante específicas, como as cartas náuticas, aeronáuticas, militares, e os mapas meteorológicos (veja abaixo um exemplo), entre outros.
FONTE: Adaptado de: FORSDYKE, A. G. Previsão do tempo e clima. São Paulo: Melhoramentos/Edusp. (Série Prisma). CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora
- Temáticos: fazem referência a um assunto ou tema específico da Geografia e apresentam várias formas de representação qualitativa e quantitativa, de acordo com o assunto analisado. Existem vários exemplos de mapas e cartas temáticos. Entre eles, podemos citar os mapas climáticos, demográficos, geológicos, os que representam impactos ambientais, econômicos e geopolíticos. Veja um exemplo abaixo.
LEGENDA: Mapa temático que aborda um tema polêmico: o uso de produtos transgênicos e os países que assinaram o Protocolo de Cartagena - tratado sobre biossegurança assinado durante a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Cartagena, Colômbia. O protocolo regulamenta a pesquisa, a manipulação e o transporte de organismos geneticamente modificados (OGM) entre os países-membros do acordo, entre eles, o Brasil.
FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 31. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora
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