1 Luiz Fernandes de Oliveira


Na escola todos falam a mesma



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Na escola todos falam a mesma língua?

No mundo da escola existem pensamentos e sentimentos que, sem percebermos, podem ser caracterizados como ideológicos. Eles podem ser expressos por professores, alunos, funcionários, responsáveis e por diretores ou mesmo podem ser trazidos de fora da escola por esses "atores".

Vejamos alguns pensamentos e frases recorrentes no cotidiano da escola:

"A melhor prova de que Deus é homem é que se ele fosse mulher não faria a Terra, o Sol, o Universo... Ficaria apenas sentado dando palpites."

"A função do professor é ensinar, a do aluno é aprender, e só."

"Professor não pode falar de política em sala de aula."

"A escola dá oportunidades a todos os alunos de aprenderem as coisas da vida."

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Todas essas frases expressam pensamentos e ideias disseminadas não só na escola, mas em toda a sociedade. Essas frases, como vimos nas características da ideologia, prescrevem normas, representam a realidade e generalizam o particular, além de inverter a realidade, naturalizar e ocultar os fatos.



Na frase, por exemplo, A melhor prova de que Deus é homem é que se ele fosse mulher não faria a Terra, o Sol, o Universo... Ficaria apenas sentado dando palpites - tenta-se naturalizar e generalizar uma determinada condição de inferioridade da mulher.

Prescrever normas é elaborar, repetir e manter a ordem "normal" das coisas. Por isso, dizer que A função do professor é ensinar e a do aluno é aprender, e só, é ignorar que o docente, além de ensinar, pode sim fazer política, reivindicar melhores condições de trabalho. Da mesma forma, o estudante também tem o direito de lutar por melhores condições para o seu aprendizado na escola, ou seja, assim como o professor, ele também pode falar e fazer política. Isto pode significar, necessariamente, se organizar e lutar por melhorias na infraestrutura do espaço escolar, que envolvem desde a exigência de que as carteiras não estejam quebradas, que o telhado não tenha goteiras e que seja oferecida uma refeição de qualidade, até salas de aula refrigeradas, bibliotecas com um bom acervo, computadores com acesso a internet, distribuição de livros didáticos, etc. Não fazer isso - como prescreve a frase citada - é, sim, legitimar, na escola, as condições de desigualdades presentes na sociedade como um todo.

No último pensamento - A escola dá oportunidades a todos os alunos de aprenderem as coisas da vida -, tenta-se ocultar o fato de que a escola, com sua suposta aura democrática, de se apresentar como "igual para todos", pode contribuir para reproduzir as desigualdades sociais presentes na sociedade. Como isso ocorre? Vejamos.

Alunos com condições diversas de acesso à cultura, ao lazer, aos meios de comunicação têm tendência a obter mais informações e maior formação fora da escola e um desempenho melhor nas aulas. Por exemplo, se um aluno tem como recurso extraclasse apenas a televisão, enquanto outro tem a oportunidade de frequentar museus, bibliotecas, teatros, comprar mais revistas, viajar para diversos lugares etc., é natural que este último assimile mais os conteúdos das aulas de Português, Literatura, História, Geografia, Filosofia e Sociologia, do que o primeiro, que apenas vê a televisão. Neste sentido, quando a instituição escolar trata todos igualmente - ou melhor, quando usa um padrão de linguagem e ensino que está mais próximo daquele que tem maior acesso aos diversos bens culturais - ela acaba por reproduzir ainda mais o aprofundamento das desigualdades.



LEGENDA: Aula-debate - A escola dá oportunidades a todos os alunos de aprenderem sobre as coisas da vida?

FONTE: Ricardo Costa

A reflexão apresentada no parágrafo anterior é uma das conclusões de um importante sociólogo que se dedicou, entre outros temas, a estudar a educação na sociedade capitalista. O francês Pierre Bourdieu (1930-2002) elaborou o conceito de capital cultural para explicar a desigualdade de desempenho entre os estudantes, de acordo com a sua classe social de origem. Em relação ao papel da escola no sentido da manutenção e aprofundamento das desigualdades, Bourdieu, em parceria com o pensador, Jean-Claude Passeron, escreveu em 1970 uma obra que se tornou referência nos estudos da Sociologia sobre a educação, intitulada A reprodução : elementos para uma teoria do sistema de ensino (1975).

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Nela, Bourdieu e Passeron, ao analisar o sistema educacional francês, demonstraram sociologicamente o papel assumido pela escola no sentido de reproduzir ideologicamente as desigualdades sociais existentes, cumprindo com o seu papel conservador da ordem vigente.



Mas, mesmo sem ter fugido do assunto, voltemos ao foco central da nossa exposição, o conceito de ideologia. Vocês devem concordar que a ideologia, assim estudada, pode ser tornar de fácil compreensão. Na verdade, porém, apesar dela estar presente no nosso cotidiano o tempo inteiro, não é percebida dessa forma como estamos apresentando pela grande maioria das pessoas. O que tentamos fazer aqui - uma reflexão sobre como os homens elaboram ideias sobre este mundo e sobre suas relações com outros homens - não é percebido com facilidade no senso comum. Por este motivo, vamos continuar este nosso esforço de reflexão para mostrar a importância do estudo da ideologia, mas agora recorrendo a um filme bastante interessante e que se tornou uma referência no gênero da ficção científica.

A matrix nossa de cada dia

Na virada do século, a trilogia inaugurada com o filme The Matrix fez muito sucesso entre os jovens. Vamos aproveitar a história do primeiro filme para explicar e exemplificar um pouco mais a questão da ideologia no nosso cotidiano.

Num dos diálogos de Matrix, Morpheus questiona Neo:

- Você já teve um sonho, Neo, em que você estava tão certo de que era real? E se você fosse incapaz de acordar desse sonho? Como saberia a diferença entre o mundo do sonho e o real?

A série Matrix, repleta de superefeitos especiais, é uma magnífica aventura cibernética em que a Terra é totalmente dominada por máquinas dotadas de inteligência artificial, que passam a ter controle sobre a humanidade. Os homens e todo o mundo não passam de um software, um programa de computador, uma mera ilusão.

Em outro diálogo entre Morpheus e Neo, este procura a verdade:

Neo: - O que é Matrix?

Morpheus: - Você quer saber o que é Matrix? Matrix está em toda parte [...] é o mundo que acredita ser real para que não se perceba a verdade.

Neo: - Que verdade?

Morpheus: - Que você é um escravo, Neo. Como todo mundo, você nasceu em cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão para a sua mente.



LEGENDA: "Você já teve um sonho em que você estava tão certo de que era real?" (Cena do filme Matrix).

FONTE: Warnner Bros. Pictures/ Andy and Lana Warchowski

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Depois de estudar o conceito de ideologia, podemos afirmar que vivemos numa matrix? Será que vivemos numa ilusão, como diria Marx? Que tudo é um faz de conta? E que essa ilusão nos aparece como real? Além disso, será que existe alguém que controla a matrix e tem em mãos a programação de nossas vidas?



Quando nascemos, recebemos ideias já pré-concebidas pelos nossos pais, pela escola, pelas instituições religiosas etc. É quase impossível contestar certas ideias ou conjunto de ideias. Se fizermos uma analogia de Matrix com a ideologia, veremos que há muitas semelhanças. Mas, vamos devagar!

Muitas vezes, em nossa vida, achamos que os pobres são burros e ignorantes. Que as mulheres são menos inteligentes. Que os negros são inferiores e vieram de um continente atrasado chamado África. E que os jovens que estão cursando o Ensino Médio, certamente, vão conseguir um emprego fazendo um excelente curso técnico ou, dependendo da sua condição financeira, seguir diretamente para a faculdade. Ao final, se não encontrarmos ninguém que conteste essas ideias, estaremos crentes de que todas essas afirmações são verdades absolutas.

Nós também temos nossa matrix: ela está aqui, como diz Morpheus, está em toda parte, é o mundo que acredita ser real para que não se perceba a verdade.

Não existe uma grande realidade virtual, nem uma máquina que nos controla, mas ideias que nos fazem pensar que o mundo "é assim" e "sempre será assim". Ou seja, se existem desempregados é porque "esses não são capazes", se existe violência é porque certos "indivíduos são malvados", se existem políticos corruptos, "todos são corruptos", o mundo é feito de indivíduos de "sucesso" que devem dominar "os fracassados"... Enfim, não existe alternativa e é melhor se adaptar ao mundo do que tentar modificá-lo.

Vamos avançar um pouco mais em nossa analogia. Diferentemente do filme, o que existe em nossa realidade são ideias ou ideologias que servem de justificação dos interesses de determinados grupo s ou classes sociais. Mas o que significa isso?

Por exemplo, certamente os que disseminam a ideia de que o mundo sempre foi assim e sempre será se beneficiam da exploração e de sua condição de superioridade na sociedade (banqueiros, donos de terras, empresários etc.). Não interessa a eles mudar o mundo e fazer com que todos estejam bem. Para que essa realidade não seja questionada - e, quem sabe, modificada, suas ideias precisam ser representadas como sendo as ideias de todos.



LEGENDA: "Matrix é o mundo que acredita ser real para que não se perceba a verdade." Será que vivemos em um mundo de faz de conta?

FONTE: Jefferson Coppola/Folhapress

Outro exemplo: pensar que os negros e as mulheres são inferiores, certamente beneficia, respectivamente, indivíduos brancos do sexo masculino a terem vantagens materiais e espirituais sobre os primeiros, mesmo que esses também tenham como características serem homens negros ou mulheres brancas. Essas ideias, se não forem contestadas, como na cidade de Zion, um dos cenários do filme, certamente farão com que negros e mulheres se sintam inferiores, assumindo também atitudes racistas e machistas.

Por outro lado, a ideologia da cidade de Zion pode ser considerada como aquilo que dizia Mannheim, ou seja, o povo que se libertou da Matrix possui formas de pensar e pontos de vista diferentes da própria Matrix.

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Essas formas de pensar desse povo, retratado no filme, representavam seus interesses de liberdade e igualdade. A cidade de Zion e a ideologia de seus habitantes seriam, na visão de Mannheim, mas também na de Gramsci, uma visão de mundo em que os seres humanos se posicionam e lutam por um determinado ideal.



A Sociologia, portanto, através do conceito de ideologia, pode contribuir para que desnaturalizemos nossas visões de mundo. Isto significa perceber que nem sempre nos damos conta de que aquilo que parece natural pode representar, na verdade, a posição de um determinado grupo ou classe social, com os seus interesses específicos. Faz-se necessário desvendar a câmara oculta, a matrix, identificar e refletir criticamente sobre os pensamentos e ideias que estão presentes no mundo à nossa volta, perceber que tipo de discurso se está fazendo e quem o está expressando, além de tentar perceber quais são seus reais interesses. Ou seja, pensar que nem tudo é óbvio, nem tudo pode ser "normal", mas que a vida em sociedade requer um exercício sociológico para não sermos manipulados, dominados e submetidos às vontades dos outros, involuntariamente.

Portanto, voltando às frases iniciais do capítulo, que foram expressas por personalidades no Brasil, nos EUA e na Itália, perguntamos agora: nós podemos dizer que são frases ideológicas? Quando uma cantora famosa limita a concepção de educação à obtenção de um emprego, desqualificando a importância de se fazer um curso superior, ela não está, mesmo sem atentar para isso, "orientando" nesse sentido os que a admiram e a seguem? Ela não está "defendendo" uma determinada visão de mundo? Quando o primeiro-ministro italiano "minimiza" os assassinatos cometidos sob a ordem de um chefe político do passado ele não promove uma inversão da realidade - e, ao mesmo tempo, apresenta como "normal" atrocidades reconhecidas historicamente e cometidas por um regime político identificado com o personagem citado? Que tipo de "(re)leitura sobre a história" ele tinha a intenção de fazer? Com que objetivo? Será que sua "reinterpretação" intencionava provocar nos cidadãos do país um posicionamento em relação a alguma situação política mais atual, de acordo com questões que se debatiam naquele momento? Pense nas outras frases que citamos como exemplo na abertura deste capítulo e reflita a respeito.



LEGENDA: Cartaz da passeata de professores do Rio de Janeiro (2012).

FONTE: Valter Filé

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Interdisciplinaridade



Conversando com a Língua Portuguesa



"Gosto de sentir minha língua roçar a língua de Luiz de Camões...".1

Leila Medeiros de Menezes

A Língua Portuguesa é muito difícil" - é uma fala recorrente. Uma reflexão inicial se faz necessária: desde que nascemos, ouvimos, aprendemos a falar o português. Comunicamo-nos nesta língua. Experimentamos a língua em todo o seu potencial. Brincamos com ela sem medo algum. Somos "competentes" para manipulá-la.

A escritora Clarice Lispector2 "adotou" a língua portuguesa como sua segunda língua. Ucraniana de nascença, fez a seguinte declaração de amor:

"(...) amo a língua portuguesa. Ela é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. (...) Eu gosto de manejá-la."

Há que se perguntar, então, onde se origina a tal da dificuldade. O primeiro ponto que nos ocorre levantar é o da formalidade com que se reveste nosso ingresso no Ensino Fundamental. Tudo passa a ser muito "sério". Perde-se, na maioria das vezes, o fundo mágico, encantador, lúdico da experimentação da língua. Não nos é mais permitido "roçar nossa língua na língua de Luiz de Camões", como fazem todas as crianças quando começam a falar. A experimentação dá lugar ao erro, ao lápis vermelho, à censura. O caráter polissêmico da língua se perde no mundo de substantivos, adjetivos, pronomes, verbos e advérbios.

A análise do discurso nos mostra que qualquer formação discursiva sempre irá evocar o outro sentido que não se evidenciou no nível do enunciado, ou seja, da concretude do texto. Portanto, para além do enunciado existe um "mundo" que precisa ser explorado, basta que ousemos penetrar no "reino surdo das palavras" (Carlos Drummond de Andrade), pois lá você encontrará o que espera ser escrito. E assim, podemos entender um pouco mais sobre a ideologia. Ou não?

Acreditamos que se aprende a língua exercitando-a de maneira plena, isto implica falar e produzir textos como "escritores". Tarefa que não pode ser episódica. Precisa fazer parte do nosso cotidiano. Língua é pátria, é identidade, é apropriação, é comunicação... é também ideologia, visão de mundo, como vimos neste capítulo. Por que não?

Estudar a gramática pela gramática não nos faz competentes para manipular a língua, apropriando-nos dela como leitores e escritores, muito pelo contrário, nos faz temerosos quando temos que assumir o desafio da escrita. Não estamos aqui desmerecendo a importância da Gramática Normativa, mas não podemos abrir mão da Gramática do Texto, da "Gramática da Vida".

O escritor Luiz Fernando Veríssimo3 em O gigolô das palavras, declara que

"(...) a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios."

Ele finaliza sua crônica, de forma bastante irônica: "A gramática precisa apanhar todo dia para saber quem é que manda." (Idem)

Assumindo a identidade de falantes da Língua Portuguesa, experimentem, como nos fala Drummond em Procura da Poesia, a tirar as palavras do estado de dicionário4. Façam-se escritores, procurando escrever em língua escrita.



Leila Medeiros de Menezes é professora dos anos iniciais do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro -CAp-UERJ. Graduada em Letras - Português - Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e Mestre em História Política pela UERJ.

1. Verso inicial da música Língua, composição de Caetano Veloso.

2. LISPECTOR, Clarice. Declaração de amor. In: LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. São Paulo: Rocco, 1999, p. 100.

3. VERÍSSIMO, Luiz Fernando. O gigolô das palavras. In: VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Mais comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010, p. 144.

4. ANDRADE, Carlos Drummond de. Procura da Poesia. In: ANDRADE, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 12.

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Interatividade





Revendo o capítulo

1 - Defina o conceito de ideologia, comparando as definições apresentadas por Marx, Lênin, Gramsci e Mannheim.

2 - Como a ideologia se manifesta em sua escola? Dê exemplos.

3- Por que podemos afirmar que existe uma "Matrix nossa de cada dia"?



Dialogando com a turma

1 - Podemos afirmar que o preceito constitucional que afirma que "todos são iguais perante a lei" trata-se de uma afirmação ideológica? Por quê?

2 - Debata com os seus colegas sobre a importância do estudo da ideologia, procurando perceber de que forma ela afeta a sua vida.

Verificando o seu conhecimento

1 - (ENEM, 2009)

Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais movimentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. A atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se:

(A) pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao regime.

(B) pelas propostas de conscientização da população acerca dos seus direitos como cidadãos.

(C) pela promoção de um modo de vida saudável, que mostrava os jovens como exemplos a seguir.

(D) pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras.

(E) pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários.

2 - (ENEM, 2009)

Na democracia estadunidense, os cidadãos são incluídos na sociedade pelo exercício pleno dos direitos políticos e também pela ideia geral de direito de propriedade. Compete ao governo garantir que es se direito não seja violado. Como consequência, mesmo aqueles que possuem uma pequena propriedade sentem-se cidadãos de pleno direito. Na tradição política dos EUA, uma forma de incluir socialmente os cidadãos é:

(A) submeter o indivíduo à proteção do governo.

(B) hierarquizar os indivíduos segundo suas posses.

(C) estimular a formação de propriedades comunais.

(D) vincular democracia e possibilidades econômicas individuais.

(E) defender a obrigação de que todos os indivíduos tenham propriedades.

Pesquisando e refletindo

LIVROS

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

Livro introdutório ao tema, apresentado com uma linguagem simples e envolvente para os jovens.

MOORE, Michael. Stupid White Men: uma nação de idiotas. São Paulo: Francis, 2003.

Michael Moore é um crítico impiedoso da visão de mundo e das políticas norte-americanas. Neste "livro-provocação", ele revela a ignorância da maioria do povo norte-americano em relação ao mundo, apresentando-o como um povo "ao redor do seu umbigo".

FILMES

A NOITE DOS DESESPERADOS (They Shoot Horses, Don't They?, EUA, 1969). Direção: Sidney Pollack. Com Bruce Dern. Duração: 120 min.

Urna visão crítica da sociedade e seus métodos de iludir o cidadão, através de uma maratona de danças, na época da Depressão Americana.

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FAHRENHEIT 451 (Fahrenheit 451, França/ Reino Unido, 1967). Direção: François Truffaut. Elenco: Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusack. Duração: 112 min.



Ficção científica inspirada pelo livro de mesmo nome, escrito pelo norte-americano Ray Bradbury e publicado pela primeira vez em 1953. A história se passa em um Estado totalitário do futuro em que qualquer crítica é proibida e, por este motivo, por representarem uma ameaça, os livros - qualquer impresso - são proibidos e banidos de circulação. Até que um bombeiro começa a questionar essa realidade, quando vê uma mulher preferir ser queimada em meio aos livros que escondia, ao invés de permanecer viva.

INTERNET

SUA PESQUISA - IDEOLOGIA: http://goo.gl/h4nIyT

Além de apresentar uma definição sobre o tema, o site oferece alguns links que remetem para outras páginas, com apresentações do que pode ser intitulado como "ideologias políticas": o fascismo, o capitalismo, o comunismo e o anarquismo. Acesso: janeiro/2016.

IDEOLOGIA: TERMO TEM VÁRIOS SIGNIFICADOS EM CIÊNCIAS SOCIAIS

http://bit.ly/11DZJkO

Página do portal UOL Educação - pesquisa escolar, que apresenta um texto sobre o significado do conceito de ideologia nas Ciências Sociais. Acessando também o Youtube e digitando "ideologia", você também encontrará vários vídeos para debater com seus colegas e com o professor sobre o tema estudado no capítulo. Fica a sugestão. Acesso: janeiro/2016.



MÚSICAS

IDEOLOGIA - Autores: Frejat e Cazuza.

Intérpretes: Cazuza e Barão Vermelho

São bem conhecidas a música e a frase "ideologia, eu quero uma para viver!". Agora que estudamos essa matéria, seria interessante relermos a letra da música, procurando identificar a visão de mundo de Cazuza com as distintas definições de ideologia.

COTIDIANO - Autor e intérprete: Chico Buarque

O exercício sugerido para a música anterior vale também para a letra deste clássico da MPB - Música Popular Brasileira.



FILME DESTAQUE



MATRIX

(The Matrix)

FICHA TÉCNICA:

Direção: The Wachowski Brothers.

Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss

Duração: 136 min.

(EUA, 1999)

FONTE: Warnner Bros. Pictures/ Andy and Lana Warchowski

SINOPSE:

Ficção científica recheada de efeitos visuais. Um analista de sistemas que vende programas clandestinos descobre que a realidade em que vive não passa de uma ilusão, de sofisticada aparência virtual, produzida por computadores que controlam o planeta. O filme deu início a uma trilogia, complementada em 2003 com duas sequências, MATRIX RELOADED e MATRIX REVOLUTIONS.

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