1 Luiz Fernandes de Oliveira


Enfim, a moda pega. E o futuro



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Enfim, a moda pega. E o futuro como fica?

Gaudêncio Frigotto (1998) afirma que a palavra racionalização resume o simbolismo do mundo empresarial do final do século XX e início do novo milênio. Para aumentar suas taxas de lucro é necessário racionalizar a produção, o que significa enxugar os quadros, tirar o excesso de gordura, arrumar a casa, passar o aspirador, fazer uma faxina, desoxidar, tirar o tártaro, combater a cirrose.

Uma vez que tem como instrumentos políticas neoliberais de terceirização, de desregulamentação das relações trabalhistas, de intensificação do ritmo de trabalho, esta dinâmica produtiva acaba por construir uma realidade na qual o trabalhador se vê permanentemente ameaçado com a possibilidade de perda do emprego. Isto é, instala-se a precariedade do emprego através da flexibilização do trabalho, do avanço do trabalho temporário, da terceirização etc.

Por fim, há um aumento crescente dos "sobrantes", ou seja, com a automação e a robotização constitui-se um grande contingente de não integrados ao mundo da produção e dos serviços, criando nos últimos vinte anos uma realidade de milhões de desempregados no mundo.

Estamos assistindo a uma lógica no mundo do trabalho em que a regra é flexibilizar, desregulamentar, precarizar, o que, por sua vez, destrói postos de trabalho, extermina direitos sociais e retira milhões de pessoas do mundo produtivo.

FONTE: Dalcio/Correio popular

Um exemplo dramático das consequências desse processo para a vida dos trabalhadores ocorreu em 2009, na França: os altos níveis de estresse em grandes empresas ocasionaram um aumento recorde no número de suicídios. Na mesma semana em que um empregado do centro tecnológico da empresa automobilística Renault se matou, o presidente da empresa de telecomunicações France Télécom, Didier Lombard, concedeu entrevista na rádio Europe 1, assumindo um mea culpa pelas vinte quatro mortes ocorridas somente na sua empresa, num período de apenas vinte meses!!! Nesse país, as principais doenças relacionadas ao trabalho, identificadas em pesquisa de 2007, foram a depressão e a ansiedade. Esses dados, desde então, têm crescido de forma assustadora, obrigando o governo a apresentar um plano de prevenção do estresse, através de acordo entre as empresas e os sindicatos (O Globo, 10/10/2009, p. 22).

LEGENDA: A partir da década de 1990, com a introdução da informática, os supermercados enxugaram empregos, o que provocou acúmulo de funções - caixas/empacotadoras.

FONTE: Aline Lata/Folhapress

O historiador inglês Eric Hobsbawm (1992) já dizia que o mercado exclui como o gás carbônico polui. Já Gaudêncio Frigotto (1998) vai mais além, afirmando que esta dinâmica estabelece para milhões de sobrantes uma existência provisória sem prazo. O capitalismo já não produz somente a marginalização, mas amplia a exclusão e a instalação da precariedade por toda parte - quando não conduz à eliminação física do trabalhador, como acabamos de ver.

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Enfim, de um lado temos o novo modelo de Estado neoliberal, que flexibiliza os direitos sociais, o que, somado às privatizações, transforma tudo em mercadoria, e, de outro, temos o aumento do desemprego, da precariedade, do trabalho informal, levando István Mészáros (2003) a afirmar que o capitalismo esgotou sua capacidade de contribuir para a construção de uma civilização entre os seres humanos. Ou seja, o sistema capitalista é produtor, cada vez mais, de uma constante barbárie.



A flexibilidade e a precariedade, segundo Laura Tavares (2003), tornam o futuro e qualquer perspectiva de vida incertos, ou, como diz Pierre Bourdieu:

Boxe complementar:

(...) o trabalho se torna uma coisa rara, desejável a qualquer preço, submetendo os trabalhadores aos empregadores, e estes, (...) usam e abusam do poder que assim lhes é dado. A concorrência é acompanhada por uma concorrência no trabalho (...), que é preciso conservar, custe o que custar, contra a chantagem da demissão.

(BOURDIEU, 1998, p. 122)

Fim do complemento.

Entender isso é saber qual o recado dado pelo camelô que escreve "patrão nunca mais", pois ele sabe que a possível única via de sobrevivência é "se virar por conta própria", para não viver no submundo dos sobrantes. É entender por que um diretor de marketing da bolsa de valores da Suíça se tornou um pintor de paredes.

A partir desse estudo não é muito difícil também compreender, por exemplo, as razões da fila de 130 mil pessoas para ocupar cerca de 2.000 vagas para gari no Rio de Janeiro, fato ocorrido em 2004. Naquela fila encontravam-se desde semianalfabetos até médicos, advogados e ex-operários industriais. Já o também concorrido concurso para ocupar vagas de gari no mesmo município, ocorrido em 2009, teve entre seus inscritos 45 candidatos com doutorado, 22 com mestrado e 80 com pós-graduação (cf. reportagem publicada pelo Portal G1, em 21/10/2009). Este tempo de incertezas quanto ao futuro e de aumento do desemprego e do trabalho precário resultam também, portanto, no aumento acentuado da grande concorrência que sempre existiu para quaisquer concursos públicos, mesmo naqueles que exigem pouca qualificação acadêmica.

LEGENDA: Passeata de professores em Portugal, em novembro de 2008.

FONTE: Acervo pessoal dos autores

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Um novo fast food para você...

Mas o que isso tudo tem a ver com a educação dos jovens no Ensino Médio?

Ora, existe uma ideia neoliberal dominante no Ensino Médio, em especial nas escolas que oferecem também a educação profissional, que é chamada de produtivista, isto é, a educação oferecida por essas escolas assume o ideário da reestruturação produtiva, subordinando-se à lógica única que é determinada pela produção e pelo mercado.

O que acabamos de escrever significa dizer que a educação continua se submetendo aos interesses do mercado, pois estamos falando da educação que é oferecida pela classe dominante aos trabalhadores. Ou seja, se a todo instante ouvimos falar que estamos em tempo de reestruturação produtiva, de economia competitiva e de globalização, as escolas devem ajustar-se a uma realidade que é posta como se fosse nova e totalmente "irreversível". Esse ajuste postula uma educação e uma formação profissional que gerem um "novo trabalhador" - flexível, polivalente e moldado para a competitividade. Caberia, pois, à escola desenvolver um "banco" variado de competências e de habilidades gerais, específicas e de gestão.

Diante das mudanças no mundo do trabalho - relacionadas à crise estrutural do emprego formal -, já não se pensa em "formar para o posto de trabalho", mas para a "empregabilidade". Passa-se, portanto, a ideia de que, com os diversos cursos de qualificação profissional espalhados pelo país, todos os estudantes se tornarão empregáveis. Note-se que já não se propagandeia a educação técnica ou tecnológica e o Ensino Médio para a formação da cidadania e para a luta pelos direitos, mas para as exigências exclusivas do mercado.

Nas redes de qualificação profissional, a ideia matriz do conteúdo pedagógico apresenta um cardápio literalmente do tipo fast food, ou seja, ensina-se o mínimo essencial para os jovens competirem no mercado de trabalho.

Ora, o que efetivamente esse projeto sinaliza é a transformação das escolas técnicas federais - e, por consequência, as estaduais - no SENAI dos anos de 1940, dando-lhes, sobretudo, a função de requalificação de contingentes de trabalhadores desempregados ou de formação técnica modular com menor duração e com currículos curtos.

FONTE: © Angeli - UOL 05.04.2009

Nessas propostas, que já estão sendo implementadas em alguns locais, a educação regular e, especialmente, a formação técnico-profissional - ou, utilizando um termo mais atual, "profissional e tecnológica" - aparecem, uma vez mais, como sendo a "galinha dos ovos de ouro", que pode nos ajustar à nova ordem mundial definida pela globalização e pela reestruturação produtiva.

A novidade não é integrar todos, mas apenas aqueles que adquirirem "habilidades básicas" que gerem "competências" reconhecidas pelo mercado. Competências e habilidades para garantir não mais o posto de trabalho e ascensão numa determinada carreira, mas a empregabilidade.

O ideário das novas habilidades - de conhecimento, valores e gestão - e, portanto, de novas competências para a empregabilidade, apaga o horizonte da educação e da formação profissional e tecnológica como um direito de todos os estudantes. Trata-se, agora, de serviços ou bens a serem adquiridos para competir no mercado produtivo.

Seria a formação para a empregabilidade a "chave mágica" para superar a crise do desemprego estrutural?

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Será que as distorções do mercado e a crise do emprego são determinadas pela qualificação ou não dos trabalhadores? Ou melhor, é possível resolver a crise do emprego somente com a abertura de novas escolas técnicas ou a partir da obtenção de um diploma de Ensino Médio ou, principalmente, de nível superior?



Sobre este último, vale registrar a avaliação do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em entrevista em nosso país, ao ser indagado sobre a educação superior a nível mundial: "o sistema universitário de hoje foi incorporado pela economia de mercado capitalista. Ele serve como um outro mecanismo na reprodução de privilégios e aprofundamento das desigualdades sociais" (BAUMAN, 2015).

O que você pensa a respeito disso?

Vamos ao debate!

LEGENDA: Uma característica das políticas neoliberais é a tentativa de separar a formação geral da formação técnica e profissional. Na foto, estudantes de escolas técnicas em uma feira tecnológica.

FONTE: Ricardo Costa

FONTE: © Angeli - UOL 27.01.2009

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Interdisciplinaridade

Conversando com a História



A História e a Sociologia nas ondas da reestruturação produtiva: quando explicar é menos simples do que parece

Mônica Lins

De que forma a Sociologia contribui para a análise dos acontecimentos e dos processos históricos? Se essas duas ciências - História e Sociologia - correm em paralelo, como poderiam produzir articulações em suas análises? Como as mudanças históricas podem ser tratadas pela Sociologia? Essas perguntas ficam para a sua reflexão, mas o historiador Peter Burke considerou que nem sempre historiadores e sociólogos conseguiram manter uma "política de vizinhança", mas são inegáveis "vizinhos intelectuais", pois enquanto a Sociologia trata da sociedade humana enfatizando "generalizações sobre a sua estrutura e desenvolvimento", a História destacaria o estudo das "mudanças" ocorridas entre as sociedades e as "diferenças" existentes entre cada uma delas com o passar do tempo (cf. BURKE, 2002, p.12).*

A chamada reestruturação produtiva trouxe importantes implicações para a Sociologia, e seu aparato tecnológico produziu historicamente semelhanças e diferenças entre as distintas sociedades humanas. O uso da robótica, da automação e da microeletrônica são algumas das inúmeras inovações tecnológicas que, juntamente com as novas formas de organização e de gestão do processo de trabalho, invadiram o nosso cotidiano. Na chamada Era da Informação, as tecnologias informacionais constituem um dos polos centrais da moderna economia mundial, representando fator-chave dos processos produtivos. O ritmo mais uma vez se acelerou, as informações são imediatas, as distâncias se encurtaram e o os grandes acontecimentos mundiais chegam até nós em tempo real. O relógio, considerado uma das maiores invenções da humanidade, não seria mais a máquina-chave da sociedade industrial moderna. A cada tecnologia nova, temos a expressão dos desejos do homem de romper limites. No final do século XIX, surgem a luz elétrica, o telefone, o avião, o fonógrafo, a máquina de escrever e o cinema. Com o fim da Segunda Guerra Mundial aprofundou-se o uso e a popularização dos instrumentos de comunicação audiovisuais, e a partir do fim dos anos 1970 os computadores despontaram como objetos para consumo. Apesar desses avanços tecnológicos serem relevantes para a História mundial, ainda encontramos no Brasil lugares sem luz elétrica. Nossa História mudou bastante, mas dá para perceber que o desenvolvimento industrial e o tecnológico permanecem desiguais em relação a diversas comunidades pelo mundo?

Por volta de 1950, enquanto a Toyota já revolucionava os modelos de produção industrial, no Brasil começavam a crescer importantes cidades industriais em torno de grandes empresas, que adotavam os paradigmas fordista e taylorista de configuração das tarefas laborais. A extrema pobreza de algumas regiões contrastava com as cidades onde cresciam os grandes conglomerados industriais. Migrantes de todos os cantos se arriscaram em outros territórios na busca de concretizarem seus sonhos de sobrevivência. Os que se incorporaram à dinâmica da cidade industrial passaram a consumir bens materiais e serviços com o fruto de seu trabalho. Junto às grandes indústrias, muitas outras atividades produtivas foram se desenvolvendo e novos postos de trabalho sendo criados. Mas, as novas tecnologias aliadas às novas formas de organização do trabalho começariam, a partir dos anos 1990, a reduzir drasticamente os postos de trabalho e a gerar um desemprego estrutural - as vidas de muitas cidades sofreriam com essas transformações. Mais uma vez, a História nos faz compreender que nossa forma de habitar as cidades mudou em função da reorganização do mundo do trabalho.

Fundamentalmente, nos cabe refletir sobre a complexidade dos fenômenos históricos e sociais e pensar na diversidade de experiências que envolvem o que chamamos de reestruturação produtiva. A teoria social pode sugerir novas questões aos historiadores, assim como estes podem apresentar novas perguntas às teorizações, como bons vizinhos, pois a realidade é bem menos simples do que parece.

Mônica Regina Ferreira Lins é professora dos anos iniciais do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - CAp-UERJ. Graduada em História pela UERJ e Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ.

* BURKE, Peter. História e teoria social. São Paulo: Unesp, 2002.

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Interatividade



Revendo o capítulo

1 - Defina reestruturação produtiva e desemprego estrutural.

2 - Diferencie fordismo e toyotismo.

3 - Quais as consequências sociais da flexibilização no mundo do trabalho? Que relação ela apresenta com a ideia de empregabilidade?



Dialogando com a turma

1 - A partir dos exemplos expostos no texto, reflita com seus colegas sobre as mudanças no mundo do trabalho.

2 - A reestruturação produtiva trouxe algum benefício para os assalariados? Por quê?

Verificando o seu conhecimento

1 - (ENEM, 2011)

A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.

A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado:

(A) pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e personalizados.

(B) pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial.

(C) pela participação ativa das empresas e dos próprios trabalhadores no processo de qualificação laboral.

(D) pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores especializados em funções repetitivas.

(E) pela manutenção de estoques de larga escala em função da alta produtividade.

2 - (ENEM, 2005)





As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governantes. Tendo como referência o estado atual dos países periféricos, pode-se afirmar que nessas histórias está contida a seguinte ideia:

(A) Crítica à precária situação dos trabalhadores ativos e aposentados.

(B) Necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura.

(C) Menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas.

(D) Exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho.

(E) Aprofundamento do problema social do desemprego e do subemprego.

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Pesquisando e refletindo

LIVROS

CARMO, Paulo Sérgio do. A ideologia do trabalho. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 1995. (Coleção Polêmica).

O sociólogo e filósofo Paulo Sérgio do Carmo demonstra que o trabalho tem sido exaltado ou desprezado em diferentes épocas e nações. O livro trata ainda de novas técnicas empresariais do século XX, como o taylorismo, as relações humanas e também a atenção que o trabalho recebe do Estado.

NASCIMENTO, Aurélio Eduardo; BARBOSA, José Paulo. Trabalho: história e tendências. São Paulo: Ática, 2003.

Este outro livro trata do tema trabalho como atividade social em vários períodos da História da humanidade, destacando principalmente o capitalismo e a globalização da economia.

FILMES

SEGUNDA-FEIRA AO SOL (Mondays in the Sun, Espanha, 2003). Direção: Fernando Leon de Aranoa. Elenco: Javier Bardem, Luis Tosar, Jose Angel Egido. Duração: 113 min.

Numa cidade ao norte da Espanha alguns estaleiros começam a ser fechados, deixando vários trabalhadores desempregados. Um filme que apresenta a discussão sobre as consequências da reestruturação produtiva do capital na vida cotidiana dos indivíduos.

O CORTE (Le Couperet, Bélgica/Espanha/França, 2005). Direção: Costa-Gravas. Elenco: José Garcia, Karin Viard, Ulrich Tukur. Duração: 122min.

Um executivo francês é demitido. Como não consegue um novo emprego depois de dois anos, fica desesperado. Como saída, ele tenta recuperar seu antigo cargo. Para isso, decide matar aquele que o substituiu e todos os funcionários da empresa que ele avalia que tinham potencial para ocupar esse mesmo cargo.

INTERNET

FORDISMO


No site de busca do Google Imagens, digite a palavra "fordismo". A partir das imagens da fábrica da Ford, nos Estados Unidos, do início do século XX, faça uma comparação com as imagens das fábricas atuais de automóveis. Com a orientação do professor, destaque as principais mudanças ocorridas no mundo do trabalho. Acesso: janeiro/2016.

SOCIOLOGIA DO TRABALHO - Entrevista com Ricardo Antunes: http://bit.ly/1e56vca

Site da revista Sociologia, apresentando uma entrevista com o professor da UNICAMP, Ricardo Antunes, um dos principais especialistas da Sociologia do Trabalho no Brasil. Acesso: janeiro/2016.

MÚSICAS

DANÇA DO DESEMPREGADO - Autor e intérprete: Gabriel O Pensador.

Uma cômica canção que fala sobre a situação do desempregado na sociedade brasileira.

MARVIN - Autores: Sérgio Britto e Nando Reis. Intérpretes: Titãs.

Canção dos Titãs que fala do trabalho na vida de duas gerações: o pai e o seu filho.

FILME DESTAQUE



TEMPOS MODERNOS

(Modern Times)

FICHA TÉCNICA:

Direção: Charles Chaplin

Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard

P&B


Duração: 88 min.

(EUA, 1936)



FONTE: Charles Chaplin Production/ Charles Chaplin

SINOPSE:

Obra-prima do cinema mudo, ambientada durante a Depressão de 1929. Chaplin, através de seu personagem Carlitos, procura denunciar o caráter desumano do trabalho industrial mecanizado, da tecnologia e da marginalização de setores da sociedade.

Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.

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Aprendendo com jogos



Lutas simbólicas

(Coletivo Entre Olhos, 2011-2014)

QUANDO O "MÉRITO" ESCONDE O PRIVILÉGIO...

FONTE: Divulgação/ Coletivo Entre Olhos

Este jogo está fundamentado na teoria sociológica de Pierre Bourdieu. O objetivo no jogo é a busca pela distinção e por lugares privilegiados no espaço social. Ganha o jogo quem acumular mais capital simbólico. Como jogar:

1. Leia o capítulo 11 deste livro e as entrevistas com os autores do jogo em: http://controversia.com.br/

2. Você pode informar-se sobre como obter um exemplar do jogo aqui: https://goo.gl/oCPSBD3. Organize-se em grupos junto com os seus colegas de sala para um campeonato.

4. Após o jogo, assistam o documentário Profissão Criança (Centro de Criação de Imagem Popular. Direção: Sandra Werneck. 1993). O vídeo mostra o cotidiano de quatro crianças trabalhadoras. As crianças falam sobre o seu trabalho, os seus sonhos, seus medos e suas revoltas. Afastados da escola, eles têm responsabilidades de adultos, porém "salário de criança". Este vídeo é muito interessante para um debate em sala sobre desigualdade, cidadania e também da própria imagem da infância em nossa sociedade. Um detalhe importante sobre o vídeo: o olhar predominante é o das próprias crianças, que se encontram ao final do documentário e o discutem. Você pode assistir o filme aqui: https://goo.gl/Xle3pS

5. Reflitam sobre a possibilidade das crianças apresentadas no vídeo acumularem capítal cultural ou social suficiente para moverem-se para outra posição da hierarquia social.

6. Escrevam o que aprenderam com o jogo e o documentário sobre as temáticas relacionadas.

7. Esbocem novos jogos, com indicações de desenho das cartas, regras, objetivo, conteúdo relacionado à disciplina e conteúdo das cartas, sendo que cada grupo deverá elaborar um jogo diferente dos demais.


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