Alfa: Lucas Hunter Curadora



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Tradução e Revisão







Adria, uma changeling lobo e soldado sênior, rompeu com seu passado. Agora está vindo para um novo território e encontra uma complicação devastadora: Riaz, tenente SnowDancer e acasalado a uma mulher que pertence a outro.

Para Riaz a primitiva atração que sente por Adria é uma traição. Adria, seu apelo que além de sexual é perigoso para o Lobo solitário. Esta atração consome, aterroriza e ameaça minar tudo o que ele construiu em sua nova vida. Mas lutar contra a compulsão selvagem que os leva de encontro ao outro é uma batalha perdida.

Sua vida juntos é um inferno de calor... A fusão de duas almas feridas que prometem um ao outro um relacionamento sem compromisso, sem laços, sem obrigações. Só prazer. Tarde demais eles percebem que têm mais a perder do que imaginaram a princípio. Arrastados para uma guerra cataclísmica de Psys que pode alterar o destino do mundo, devem tomar uma decisão que só poderá machucar aos dois.

Glossário Psy—Changeling

Changelings – São humanos que podem se transformar em animais. Eles têm duas naturezas, humana e animal, e são mais fortes, mais rápidos, e tem os sentidos mais aguçados do que humanos comuns. Eles vivem em Clãs e possuem uma hierarquia rígida e bem definida. Os dois clãs principais na série são os DarkRiver (leopardos) e os SnowDancer (lobos).

Termos:

DarkRiver

DarkRiver é um clã de changelings leopardos que é um dos mais poderosos dos Estados Unidos e que controla San Francisco e arredores. Eles possuem uma aliança recém-formada com os SnowDancers, um antigo inimigo.

Alfa: Lucas Hunter

Curadora: Tamsyn Ryder

Sentinelas: São os imediatos e guarda pessoal do alfa. Eles são:

Nathan – Nate - Ryder, Clay Bennett, Vaughn D’Angelo, Mercy Smith e Dorian Christensen.

SnowDancer

Como um dos clãs mais dominantes na Califórnia e um dos maiores nos Estados Unidos, o clã de lobos SnowDancer é uma força a ser considerada. Eles são conhecidos por sua crueldade, o que faz deles um inimigo mortal e um valioso aliado.



Alfa: Hawke

Curadora: Lara

Tenentes – São os imediatos e guarda pessoal do alfa. Eles são:

Riley Kincaid, Tomas, Índigo Riviere, Cooper, Jem, Alexei, Matthias, Kenji e Riaz.                          

                                   

Psys


Psy É uma raça com grandes poderes psíquicos. Esses poderes cobraram um alto preço a eles; loucura, psicoses, psicopatias. O Conselho Psy então decidiu implantar o Protocolo do Silêncio, que objetivava eliminar todas as emoções da raça. Os Psys passaram a ser friamente controlados e práticos. Eles lideram o governo e os negócios, e todas as suas decisões são baseadas em eficiência e lógica. Ou, pelo menos, deveriam ser.

O Conselho Psy lidera a raça e faz suas próprias leis. Ele é formado por sete Conselheiros:

Nikita Duncan, Ming LeBon, Tatiana Rika-Smythe, Henry Scott, Shoshanna Scott, Kaleb Krychek e Marshall Hyde.

Algumas designações Psy:

E (Empatia) – É a habilidade de sentir e manipular as emoções de outros seres sencientes. Empatas podem afetar um ou mais indivíduos por vez e curar traumas emocionais. Eram conhecidos no passado como curadores de mentes.

J (Justiça) – Capacidade de acessar as memórias de pessoas que são suspeitas de algum crime, descobrindo através delas o que eles sabem. Eles fazem parte do sistema de justiça e só são chamados em casos especiais.

M (Medicina) – Existem vários tipos de M-Psys, sendo os mais conhecidos os que podem ‘ver’ dentro do corpo e diagnosticar doenças e fraturas. Alguns M-Psys tem a capacidade de enxergar a um nível celular, podendo analisar o DNA, por exemplo. Apenas uma pequena parcela de M-Psys pode realmente curar.

P (Previsão) – É a capacidade de ‘ver’ um evento futuro antes que ele aconteça. Uma rara expressão da previsão é a capacidade de ver o passado. P-Psys que veem principalmente o passado são extremamente raros, mas a maioria dos videntes pode ter um ou dois flashes do passado durante o ano.

Ps (Psicometria) – Em termos básicos, aqueles nascidos com a habilidade Ps podem obter informações tocando objetos. Os Ps-Psys serão discutidos mais adiante no decorrer da série.

Tp (Telepatia) – É a habilidade de se comunicar mentalmente com outra pessoa. Todos os Psys são telepatas em algum grau, pois essa capacidade é essencial para que eles possam se ligar à PsyNet. Telepatas puros são raros, e eles podem enviar e receber mensagens ao longo de grandes distâncias com clareza cristalina.

X – Uma designação obscura mesmo entre os Psys. Eles serão discutidos mais adiante na série.

Tc (Telecinese) – Habilidade de mover a matéria com a mente. Alguns são capazes de se teletransportar (viajar de um lugar para outro usando poder psíquico).

Subdesignações da Telecinese:

Tc-Celular Habilidade de controlar as funções de seu próprio organismo ou as de outro ser-vivo em um nível celular. Eles podem, entre outras coisas, parar o coração de um inimigo com um pensamento ou fazer com que seu próprio corpo se cure mais rápido, por exemplo. São muito raros.

Tc-V (Viajantes) – Esses Psys são verdadeiros teletransportadores e podem ir de um lugar a outro num piscar de olhos. Viajantes são extremamente, extremamente raros. Serão discutidos mais adiante na série.

ELENCO DE PERSONAGENS

Em ordem alfabética por primeiro nome

SD = SnowDancer Clã de Lobos;

DR = DarkRiver Clã de Leopardos:

Aden- Arrow, Telepata (Tp);

Adria Morgan – soldado Sênior SD;

Alexei - Tenente SD;

Alice Eldridge- Cientista humana, em coma depois de um século em suspensão criogênica;

Amara Aleine - Psy, membro DR, antiga cientista do Conselho, gêmea de Ashaya, mentalmente instável;

Anthony Kyriakus - Psy, Conselheiro, pai de Faith;

Ashaya Aleine - Psy, membro DR, antiga cientista do Conselho, acasalada com Dorian, gêmea de Amara;

Ava – membro SD, fêmea maternal, mãe de Ben;

Bastien- membro DR, irmão de Mercy;

Bowen- Chefe de Segurança da Aliança Humana;

Brenna Kincaid - SD, tecnica, acasalada com Judd, irmã de Andrew e Riley;

Cooper - Tenente SD, acasalado com Grace;

Conselho ou Conselho Psy - O Conselho governante dos Psys;

Dalton - Bibliotecário SD;

Drew Kincaid (Andrew) – Soldado SD, acasalado com Índigo, irmão de Riley e Brenna;

Elias - Soldado SD Sênior, acasalado com Yuki, pai de Sakura;

Evangeline (Evie) Riviere- SD, irmã de Índigo, filha de Tarah e Abel;

Faith NightStar- Psy, membro DR, dom de Previsão (F), acasalada com Vaughn, filha de Anthony;

Felix - perito em horticultura, submisso SD;

Garrick - Antigo alfa dos SnowDancer, morto quando os Psy psiquicamente quebraram e programaram vários dominantes SnowDancer para atacar seu próprio Clã;

Ghost (Fantasma) - Rebelde Psy;

Hawke - Alfa SD, acasalado com Sienna;

Henry Scott - Conselheiro Psy, presumido morto, líder dos Psy Puro, marido de Shoshanna;

Índigo Riviere - Tenente SD, acasalada com Drew, irmã de Evangeline;

Jem (nome real: Garnet) - Tenente SD;

Judd Lauren – Psy, Tenente SD, acasalado com Brenna, tio de Sienna, Toby, e Marlee;

Kaleb Krychek - Conselheiro Psy;

Kenji - Tenente SD;

Kier – Humano, soldado sênior SD;

Kit - Soldado Noviço DR;

Lara - Curandeira SD, acasalada com Walker Lauren;

Lucas - Caçador, alfa DR, acasalado com Sascha, pai de Naya;

Lucy - enfermeira SD, assistente de Lara;

Maria – Soldado Noviço SD;

Matthias - Tenente SD;

Max Shannon - Humano, chefe da segurança de Nikita Duncan;

Mercy Smith - Sentinela DR, acasalada com Riley;

Ming LeBon - Conselheiro Psy;

Nathan (Nate) Ryder - Sentinela Sênior DR, acasalado com Tamsyn, pai de Roman e Julian;

Nell - Materno dominante SD

Nikita Duncan – Conselheira Psy, mãe de Sascha;

Pierce - Soldado Sênior SD, estabelecido na Europa;

Riaz Delgado - Tenente SD;

Riley Kincaid - Tenente SD, acasalado com Mercy, irmão de Drew e Brenna;

Sam – Humano, soldado SD;

Sascha Duncan – Psy, membro DR, empata cardeal (E), acasalada com Lucas, mãe de Naya, filha de Nikita;

Shawnelle (Shawnie) – Jovem membro SD;

Shoshanna Scott - Conselheira Psy, esposa de Henry;

Sienna Lauren - Psy, membro SD, acasalada com Hawke, irmã de Toby, sobrinha de Judd e Walker Lauren;

Tamsyn (Tammy) Ryder - Curandeira DR, acasalada com Nathan, mãe de Roman e Julian;

Tatiana Rika-Smythe – Conselheira Psy;

Tom - Tenente SD;

Vasic – Arrow, Teletransportador (Tk-V);

Walker Lauren - Psy, membro SD, acasalado com Lara, pai de Marlee, tio de Sienna e Toby Lauren;

WindHaven Falcões - Changelings aliados dos SnowDancer e DarkRiver;

Eclipse

A PSYNET é um lugar de beleza incomparável, as milhões de mentes na rede psíquica brilham como estrelas num espaço negro como o breu. Para a maioria dos Psy é sua linha vital tão necessária quanto o ar.

Desconectar-se da Net é morrer.

Mas os sussurros no outono do ano de 2081 são de que a Net propriamente dita está morrendo. Os rios estagnados sempre apodrecem mais completamente no centro, e este é um apodrecer que torce e corrói, danificando sensação e razão, deixando apenas destroços para trás.

Se os Psys não acharem uma solução para este crescimento canceroso, o apodrecer poderá logo vazar para as mentes daqueles ligados a Net.

Ou talvez já tenha.



Um

RIAZ PEGOU Um flash de cabelos de meia-noite e largos passos de longas pernas e gritou: — Índigo! — Porém, logo percebeu seu engano quando dobrou a esquina. — Adria.



Olhos de um azul violeta profundo encontraram os seus, a frieza neles ameaçando dar-lhe hipotermia. — Índigo está em seu escritório. — A informação era útil, mas o tom poderia ser uma lâmina dentada.

E cortou igual. — Eu matei seu cachorro?

A carranca arruinou sua fronte lisa. — Como é?

Deus, aquele tom. — Esta é a única razão, — ele disse, segurando seu temperamento por um fio; — que eu posso pensar para explicar o por quê de você estar tão irritada comigo.

Adria havia sido trazida para o território da Toca durante as hostilidades com o Conselheiro Henry Scott e seu exército de Pure Psys há um mês, e permaneceu na posição de soldado sênior. Ela lutou com dura determinação ao lado de Riaz, seguindo suas ordens no campo sem vacilar.

Mas fora do campo?

Gelo.

Absoluto.



Inflexível.

Gelado o suficiente para cortar.

Cruzou os braços quando ela não deu resposta, entrou em seu espaço pessoal e pegou o odor sutil de amoras esmagadas e gelo. Um odor estranhamente delicado para esta dura mulher, ele pensou, antes da raiva de seu lobo anular todo o resto. — Você não respondeu minha pergunta. — Terminou com um grunhido.

Com olhos de aço ela o confrontou e se adiantou lenta e deliberadamente, o que era pura provocação calculada. Ela era uma mulher alta, mas ele era ainda mais alto. Ela não parou até estar cara a cara com ele. — Eu não sabia — ela disse em voz tão cortante que tirou sangue; — que puxar o seu saco era pré-requisito para o trabalho.

— Agora eu sei onde Índigo aprendeu seu rosto impassível. — Mas ele sabia que por baixo da fachada dura de sua companheira tenente, batia um coração quente e generoso, ele só não sabia era se Adria tinha qualquer emoção a ser registrada acima de zero no termômetro.

A resposta de Adria cortou como uma faca afiada. — Eu não sei o que ela viu em você, mas eu suponho que toda mulher tenha direito de errar em seu passado. — A mudança mais leve em sua expressão, uma minúscula fratura, até ser fechada hermeticamente novamente, seu rosto uma máscara impenetrável.

Riaz a encarou com raiva e estava para lhe dizer exatamente o que pensava sobre ela e suas opiniões quando seu celular tocou. Ele respondeu sem se afastar uma polegada da mulher que era uma lixa sobre seu temperamento, o esfolando com sua mera presença. — Sim?

— Em meu escritório, — Hawke disse. — Preciso que venha o mais rápido possível.

— Estarei aí em dois minutos. Fechou o telefone com um estalo e acabou com a distância restante entre eles forçando Adria a inclinar a cabeça para trás. — Nós vamos — Ele disse, observando aqueles notáveis olhos azuis com bordas purpuras e raios de ouro, bonitos e exóticos. — Continuamos mais tarde.

Foi quando o telefone celular de Adria tocou. — Sim? — Ela respondeu, sem quebrar o contato visual com o grande e musculoso Lobo que pensava que poderia intimidá-la.

— Em meu escritório, — Hawke ordenou.

— À caminho. — Desligando ela levantou uma sobrancelha para Riaz em uma ação conscientemente insolente. — Meu alfa solicitou minha presença, então saia de meu fodido caminho. — Ela disse com extrema doçura.

Os olhos dourados se estreitaram. — Eu suponho então que devamos ir juntos.

Ela não se moveu uma polegada até que ele recuou e girou se dirigindo para o escritório de Hawke. Ela andou em silêncio ao lado dele, entretanto sua loba trancou seus dentes, famintos para tirar sangue, morder, arranhar e marcar. Maldito. Maldito. Ela estava se recuperando, curando depois de sua separação final de Martin. Essa também tinha sido uma batalha sangrenta.



Você virá rastejando de volta para mim. Talvez eu esteja esperando, ou talvez não.

Adria abafou uma risada crua. Martin não havia entendido que estava terminado. Acabado. Havia sido ao longo de uma noite ha um ano atrás, quando ele estourou para fora de sua casa para não retornar por quatro meses. O verdadeiramente atordoante foi que ele se sentiu chocado quando ela disse para que achasse outro lugar para dormir e bateu a porta em sua cara.

— O gato comeu sua língua? — Um comentário ácido feito com a voz profunda de um macho e que arrepiou sua pele de um modo estranho.

— Vá se ferrar. — Ela retrucou sem nenhum humor para jogos. Sua pele parecia muito sensível, como se tivesse perdido uma camada protetora, seu sangue muito quente.

— Alguém devia morder você. — Riaz respondeu com um grunhido. — Puxar e esticar seu rabo ao mesmo tempo.

Adria rosnou enquanto eles alcançavam a porta aberta para o escritório de Hawke. O alfa observou sua entrada, especulação aberta em seus olhos de um azul pálido, eles eram iguais tanto no lobo como no homem. Porém, quando ele falou as suas palavras eram pragmáticas. — Vocês dois estão livres para dar uma volta?

Adria assentiu e viu Riaz fazer o mesmo ao lado dela. — O que você precisa que seja feito? — Ele perguntou, seu tom muito mais tranquilo do que o usado com ela.

— Mack e um de seus técnicos estagiários subiram para fazer um serviço rotineiro na hidro-estação, — Hawke disse a eles, empurrando de volta ondas de cabelo prata-ouro da mesma cor de seu lobo, — Mas seu veículo não pega e eles tem componentes que precisam ser devolvidos para a Toca para conserto.

— Nenhum problema, — Riaz disse. — Levarei um dos SUVs para eles.

Adria estava pensando que a tarefa era um trabalho para uma pessoa só, quando Hawke virou para ela. — Você agora é uma das pessoas mais velhas da Toca. Seu domínio evidente, exigindo atenção absoluta de sua loba. Eu acredito que você necessita se refamiliarizar com a região, dado que você não passou um longo período de tempo aqui desde que você fez dezoito anos.

Ela concordou com a cabeça. — Pedirei a Riley e a Eli para modificarem meu horário de turno. — Era um desvio necessário de suas atribuições normais, estando só abaixo dos tenentes na hierarquia, os soldados sêniores eram frequentemente chamados primeiro e como uma líder, ela tinha que conhecer cada polegada desta terra, não só a seção atribuída a ela durante uma batalha. — Será melhor se eu fizer a pé. Ela veria, cheiraria muito melhor.

— Você pode explorar em detalhes mais tarde. Eu quero que você tenha uma boa visão da área assim que possível. — Ele deu-lhe um magro mapa. — A viagem até a hidro-estação passará por algumas seções críticas e você tem certificação em mecânica de automóveis, correto?

— Sim. — Tinha sido um interesse que se transformou em sua qualificação secundária, o que era exigido de todos os soldados. Mais tarde, a habilidade de consertar coisas quebradas e fazê-las inteiras novamente a manteve sã. — Eu verificarei o veículo.

— Como está o replantio? — Riaz perguntou, sua voz arranhando a pele de Adria como unhas sobre um antigo quadro negro, igual a aqueles em que os filhotes gostavam de desenhar. — O time de Felix tem suficiente segurança?

— Eles estão bem. — Caminhando para o mapa territorial na parede de pedra de seu escritório, Hawke bateu na grande seção marcada onde a batalha contra os Pure Psy aconteceu. — Os voluntários de Felix e os recrutados, — deu um sorriso afiado, — estão replantando a área com plantas nativas de crescimento rápido, mas no momento ela é fácil de monitorar, especialmente com os gatos compartilhando a vigilância.

Adria pensou no que viu no campo de batalha, nos gritos dos SnowDancers feridos. O vermelho dourado, frio e hipnótico de uma chama tão mortal, e se perguntou no preço pago pela jovem mulher Psy que segurou todo aquele poder e o coração de seu alfa. — Quais são as chances de outro ataque sério dos Pure Psys? — Ela perguntou intimamente intrigada, de como uma relação que parecia tão externamente desequilibrada podia parecer sólida como as pedras da toca para sua loba.

Foi Riaz que respondeu. — De acordo com as fontes de Judd, perto de zero. Eles estão com problemas piores.

— Guerra civil, — Hawke disse, agitando sua cabeça. — Se ele estiver certo, todo o inferno vai se abrir e nós temos que ter certeza que nos preparamos em tempo para qualquer tempestade.

— A irritação bateu? — Riaz perguntou, e Adria sabia que ele estava se referindo às tentativas esporádicas de deixar estupidas armadilhas no território da Toca.

— Sim, — Hawke concordou com uma carranca. — A trilha de odor chega ao ponto de os predadores não poderem deixar os vários sobreviventes de Pure Psys para lá. Eles estão desorganizados e suas armadilhas são cômicas. O pior, eu tenho todos os guardas cuidando-se para não cair acidentalmente em um buraco. Um buraco, maldição!

A loba de Adria assentiu em um acordo repugnado. Realmente era hora de retroceder, quando você tinha que recorrer a cavar buracos e os cobrir com folhas na esperança de que os SnowDancers não os cheirassem à uma milha de distancia. — Eles vão ficar cansados mais cedo ou mais tarde, mas poderia ser uma ideia fazer da localização destas armadilhas uma competição divertida entre os guardas.

Riaz inclinou sua cabeça em direção a ela de um modo muito lupino, até a expressão de Hawke mudou de frustrada para interessada.

— Do meu ponto de vista, — ela disse, mantendo seus olhos resolutamente distantes do homem a sua direita, — A quantidade de tempo que eles desperdiçam neutralizando as armadilhas está começando a frustrar os soldados que patrulham as fronteiras, e é o tipo de coisa que pode crescer em raiva. Isso não é bom para nosso pessoal, especialmente logo após a tensão da batalha. Mas se você fizer de um jeito que o soldado com o maior número de localizações consegue um prêmio no fim de toda semana?

— Se torna um jogo, — Riaz completou, acenando a cabeça pensativo. — Isso é muito bom.

Com as mãos nas costas, Adria apertou o pulso de uma mão com a outra para não dizer que não precisava de seu endosso. A vontade de contrariá-lo era tão fora de sua habitual natureza suave que ela mordeu dentro de seu lábio para segurar as palavras enfocadas em seu olhar. Exceto que a estranha mulher que tomou o controle de seu corpo não pôde simplesmente fechar boca. — Obrigada. — A voz doce como mel. — Estou tão contente que você aprove.

Um grunhido subiu pela sala.

— Lobos gostam de jogar, — Hawke disse com seu rosto suspeitamente suave. — Penso que Drew é a melhor pessoa para organizar isso. Vou pôr a ideia em movimento. Ele olhou para a hora projetada na parede. — É melhor se porem a caminho, assim vocês podem voltar na hora do jantar.

Saindo do escritório com o homem cujo cheiro fazia coçar sua pele, uma essência escura de floresta, com um toque cítrico e amadeirado, ela disse: — Nós devíamos levar alguma comida. O passeio pode não ser rápido e mais, Mack e seu técnico não devem ter planejado ficar lá em cima tanto tempo e podem estar com fome.

— Deve ter algo aqui, — Riaz disse, entrando no corredor dos quartos dos soldados sêniores.

Eles trabalharam com eficiência juntando alguns sanduíches e estavam prontos para partir dez minutos depois. Contraindo seus músculos abdominais quando entrou no veículo com Riaz, Adria disse a si mesma para se concentrar na rota, na geografia, em qualquer coisa exceto no potente odor masculino do homem no assento do motorista, pois ela sabia bem por que o cheiro dele incitava tal violência nela.

RIAZ saiu da garagem e se dirigiu para as montanhas, muito ciente do silêncio ártico da passageira ao seu lado. Quanto mais tempo ele passava com Adria, mais percebia as diferenças entre Índigo e ela. Apesar da semelhança física elas eram muito diferentes. Uma das razões de sempre apreciar a companhia da outra mulher era por sua natureza aberta, em comparação à Adria, que era uma caixa fechada com avisos de Não Entre colados em toda superfície.

Ele entendia isso. Inferno, ele tinha um monte de zonas escritas não passe, mas com Adria virava uma armadura de cacos de vidro feita para tirar sangue. — Este caminho, — ele disse fazendo seu trabalho, porque com conflito de personalidade ou não, sabia de suas responsabilidades, — é a rota mais direta para a hidro estação.

— Não de acordo com o mapa que Hawke me deu. — Um rápido e penetrante olhar. — Então o que há de errado com a outra estrada?

Controlando seu lobo que tomara isso como desafio, trancou os dentes, pois sua parte racional sabia que ele só estava acelerado, procurando uma briga depois da provocação anterior, ele disse: — A face direita desmoronou. — Como tenente que a teve sob seu comando no campo, ele apreciava sua inteligência e determinação para aprender, apesar da frequência com que as usava para fincar nele suas garras verbais.

Fazendo duas curvas fechadas, ele continuou em frente por montanhas que pareciam tocar o céu. — Gostaria de saber se quaisquer agressores já conseguiram ir tão longe.

Adria não falou por vários minutos, enquanto estudava o mapa e sua passagem pelas montanhas. — Eu vou precisar pedir para que outro soldado sênior venha comigo em algumas de minhas viagens exploratórias. — Sua voz naturalmente rouca e baixa, pensativa, — Então eu não perderia coisas assim. Eu não tinha motivos para memorizar ou até conhecer tudo isso como uma adolescente, e detalhes de segurança com certeza foram mudados de qualquer maneira.

— Eu levarei você, — Riaz disse, porque maldição, ele era um tenente, até mesmo quando se tratava de um espinhoso pedaço de cactos como Adria. — Índigo garantiu que eu me familiarizasse com os detalhes quando voltei do meu posto na Europa. — Ele esteve fora tempo o suficiente para que muitas das sutis precauções de segurança fossem alteradas. — Isso servirá para que eu revise conhecimentos.

Adria piscou, as pontas dos dedos apertando os lados do mapa. — Eu aprecio isto. Era a única coisa que ela podia dizer sem se expor.

Riaz bufou, suas mãos fortes e competentes no volante manual enquanto ele dirigia por um declive particularmente íngreme, seus braços bronzeados recobertos por finos pelos pretos. — Mesmo que você queira ignorar, — ele disse enquanto fazia o veículo voar, — E apesar de qual seja seu problema comigo, nós temos que trabalhar juntos.

Trancando sua mandíbula, ela se enfocou em olhar pela janela, para a paisagem mais magnífica na face da Terra. O verão havia enfraquecido e havia uma promessa de frio no ar, aqui a terra era envolta em verde escuro, mas os cumes ao longe estavam cobertos de branco. Ela cresceu nessa terra, e mesmo depois de ter estado fora por tanto tempo ela cantava para sua loba como fazia para todos os SnowDancer. Estar no território da toca era como estar em casa para todos eles, não importando se haviam vindo de um lugar com outro nome.

Posso curar aqui.

Este era um pensamento profundo em seu coração, um que quase conseguiu desatar a tensão entre... — Quem é esse? — Ela se sobressaltou quando um grande lobo cor de bronze correu através de um prado verde a sua esquerda, perseguindo outro lobo de um prata lustroso que ela imediatamente reconheceu. — Ele está sendo áspero com Evie. Fúria ferveu em seu sangue. — Pare o carro.

Riaz riu com pura diversão masculina que inflamou seu temperamento. — Esse é o Tai, e Evie não apreciaria a interrupção, Tia Adria.

Engolindo uma resposta severa, Adria olhou para os dois lobos novamente, viu o que ela perdeu no primeiro olhar. Eles estavam brincando com dentes e garras, mas sem agressão real. Quando Riaz fez uma curva cortando a visão dos dois lobos aninhados um ao outro, Adria percebeu que Tai e Evie não estavam brincando, eles estavam se cortejando.

— Ela é muito jovem. — Enquanto Índigo era muito próxima de Adria em idade, Tarah teve Evie mais tarde na vida. A pequena menina bamboleou atrás de sua irmã mais velha e de Adria quando elas eram adolescentes, doce, teimosa e amável por natureza. Adria não podia imaginar que sua sobrinha submissa estava de qualquer forma pronta para lidar com um dominante como Tai, ele parecia um inferno de muito mais forte e mais perigoso que Evie.

—Ainda assim ela é uma loba, — disse Riaz, sua profunda voz vibrando desconfortavelmente contra seus mamilos dolorosamente apertados, — Uma loba adulta. Você pode ter se esquecido Sra. Gelo, mas o toque é necessário para a maioria dos da nossa espécie.

Suas mãos se fecharam em punhos, a necessidade extremamente próxima da superfície.

Um ano.


Havia um ano que ela compartilhara privilégios de pele íntimos, sem dúvida um tipo doloroso de isolamento para qualquer changeling predatório no auge de sua vida. Mesmo antes disso, as coisas haviam se fragmentado por muito tempo, sua loba esfomeada por afeto. Mas ela estava lidando com isso, com os pedaços quebrados dentro dela, até Riaz e sua tempestade furiosa, a súbita e visceral atração sexual que a agarrou em suas garras e sacudiu-a até que ela mal podia pensar.

— Se estamos jogando pedras, — ela disse, partindo à ofensiva para se proteger, — Eu não sou a única que prefere uma cama fria. — Riaz era um macho altamente elegível, e o fato de não ter tomado uma amante agitava as mulheres SnowDancer que não queriam nada além de lutar por ele. — Talvez seja por isso que você é como um idiota.

O rosnado de Riaz foi baixo, rolando sobre sua pele com seu poder e dominância. Torcendo o volante, ele parou o SUV ao lado da estrada. — Já chega. — Ele a alfinetou com o olhar. — Qual diabo é o seu problema comigo?

Dois


— Dirija, — ela disse, quase pronta para rastejar fora de sua pele, tamanha a necessidade para arrancar sua camiseta e usar seus dentes em todos aqueles quentes e firmes músculos. — Mack está esperando por nós.

— Ele pode esperar mais alguns minutos. — Olhos que não eram humanos trancaram nos seus. — Você está sendo dura comigo desde que se transferiu para a toca. Eu quero saber o por quê.

Seu intestino torceu, tirando seu cinto de segurança saiu para o ar frio da montanha, o verão era uma memória distante lá no alto. O frio não fez nada para esfriar a febre em seu sangue, a necessidade saqueando seu corpo, uma fome que a faria sua escrava se finalmente ganhasse a liberdade.

Desesperada se enfocou na majestade do ambiente num esforço para lutar contra o tumulto, sua loba arranhando por dentro de sua pele num repúdio violento por sua escolha de recuar. Na frente dela pedras glaciais se deitavam caídas, enormes e imponentes, além delas o rico e profundo verde dos abetos que dominavam essa área. Acima disso tudo estava um céu tão azul que doía.

Lar.

O estrondo de uma porta seguido por passos de botas na terra quebraram sua frágil tentativa de controle e então Riaz estava em sua frente. De repente sua visão foi preenchida por músculos duros e força implacável, o odor selvagem e escuro dele em cada inalação.



— Nós não partiremos, — ele disse, sua pele dourada acariciada pela luz que fez brilhar seu cabelo negro azulado, — até que resolvamos isto.

Se sentindo presa, sufocada, ela empurrou seu tórax e escapou permanecendo ao lado do carro com suas costas para ele. — Não ponha toda a culpa em mim. — Lutar de volta era instintivo, sua compostura interna quebrada. — Você esteve me cutucando desde o dia em que cheguei na toca.

Ele rosnou e o som áspero arrepiou sua pele, se enroscou ao redor de sua garganta. — Em auto-fodida-defesa, você pôs os olhos em mim e decidiu que me odiava profundamente. Eu quero saber o por quê.

Jesus, Adria pensou, como conseguira se colocar nessa? Ela não era essa mulher que não conseguia controlar suas palavras, seus pensamentos. Ela era tranquila, estável e sensata, havia sido a voz da razão para seus amigos quando eles eram apenas adolescentes cheios de hormônios. Era ela quem os tirara da borda induzida pela adrenalina que agora a estava consumindo.

— Olha, — ela disse, tomando conscientemente a decisão de recuar, antes que sua loba frustrada tomasse o controle e ela encontrasse esfregando-se no macho que apertava seus lábios com raiva, — Não é nada pessoal, geralmente sou uma cadela. — De acordo com Martin, era uma cadela com coração de pedra.

Riaz bufou. — Boa tentativa, mas tenho visto você com outros do clã. Ele deu outro passo em direção a ela, invadindo seu espaço e seus sentidos, o odor de floresta com uma extremidade mais afiada que era pura fúria lupina. — Tenho te visto até mesmo sorrindo. Que tal você abrir um para mim? — Olhos de um dourado escuro perfuraram os seus.

Inferno se ela iria permitir que ele a subjugasse. — Saia da minha frente.

— Você tem certeza? — Ele perguntou, sua mandíbula em um ângulo perigoso. — Talvez a razão de você reagir silvando como um gato ao meu redor seja porque você me quer muito mais próximo.

Ela arfou.

Os olhos de Riaz alargaram-se.

— Maldição. — Era uma afirmação interrogativa.

Uma fração de segundo depois mãos fortes e ásperas seguraram seu rosto, uma boca voraz desceu sobre a sua, um odor potente de macho despertado, delicioso e exótico com uma pitada de chocolate inundou seus sentidos.

Adria congelou por um segundo antes de seu corpo esfomeado pelo toque assumir o comando, sua loba arranhando a superfície. Agarrando-se em seus ombros, ela devorou a boca sensual e exigente, deslizando sua língua na dele, lambendo e chupando. Quando ele a puxou para cima com um único e poderoso movimento, ela enroscou suas pernas ao redor de sua cintura e o deixou encostá-la contra a porta do SUV. Ele tinha um sabor tão sensual, perigoso e exasperante quanto parecia ter, uma grande mão empurrou seu cabelo e a outra segurou firme em seu quadril.

Partes de seu corpo que tinham estado esquecidas por um longo ano voltaram à vida, mais do que famintas e selvagens. Riaz rosnou quando ela arranhou sua nuca com suas garras aprofundando o beijo, e deslizou a mão de seu quadril para debaixo de sua camisa e apertou seu seio.

O choque com o toque possessivo a deixou quase louca, ele empurrou seu sutiã e o calor da palma áspera em sua carne nua lhe tirou todo pensamento racional. Incapaz de conseguir suficiente de sua boca, ela chupou sua língua, seus lábios, antes de descer beijos pela sua mandíbula até agarrar os tendões de seu pescoço com os dentes.

Rosnando fundo em seu tórax ele a puxou de volta para tomar sua boca novamente. Ele estava sendo menos que gentil, mas ela não o queria gentil, suas garras cravavam em seus ombros enquanto seu corpo se movia com impaciência crua contra ele. Tirando a mão de seu peito ele abriu o botão de sua calça jeans, deslizando o zíper aberto. Ela quebrou o beijo ofegante buscando ar. Riaz empurrou a mão em sua calcinha, em sua carne molhada, e com uma punhalada dura a penetrou lhe fazendo gritar com a poderosa contração de seus músculos.

O orgasmo era como uma lâmina afiada que a cortou ao meio com seu prazer primitivo, entretanto lhe fez se sentir roubada ao mesmo tempo. Abrindo seus olhos quando ele retirou seus dedos, ela o viu e entendeu tudo. Fúria. Dela. Dele mesmo. — Solte-me, — ela disse agitada pela profundidade de sua resposta.

Nunca, nunca teve um orgasmo tão forte e isso a fez se sentir perdida, com um bloco de gelo em seu estômago.

Não dizendo uma palavra, ele pôs as mãos em sua cintura para ajudá-la a se estabilizar quando suas pernas cambalearam. — Tire suas mãos de mim. — Ela se danaria se o deixasse tocar nela novamente com aquele olhar em seus olhos, a raiva dele um calor brutal que a tocava a cada respiração.

DEIXANDO ir a dura mulher em seus braços, Riaz girou em seus calcanhares. — Porra. — Que diabo acabou de acontecer? Ele nem gostava de Adria, e ainda assim traíra sua companheira com ela. Ele teria afundado seu pau até as bolas se ela não tivesse parado as coisas. Aquele pau que pulsava, tão duro que era doloroso. Não.

— Aqui.

Ele girou a tempo de pegar uma garrafa d’água.



— Lave seus dedos, - ela disse, o vermelho manchava o arco definido de suas maçãs do rosto e ele sabia que a cor não tinha nada a ver com embaraço. — Eu não quero particularmente anunciar meu lapso de julgamento. — ela disse por entre seus dentes apertados.

Uma segundo mais tarde ela estava dentro do carro, uma escultura de gelo, nenhum vestígio da loba exigente que tinha estado molhada, quente e apertada ao redor de seus dedos há menos de dois minutos.



Três


O CONSELHEIRO KALEB KRYCHEK examinou a mente do individuo sobre o qual tinha sido alertado pela NetMind, a neosenciência que era a bibliotecária e guardiã da Net. A mente na frente dele era moderadamente poderosa, de Gradiente 5.7 em telepatia e empregado por uma importante corporação. O macho havia quebrado o Silêncio, pequenas fraturas visíveis à um olhar cuidadoso. Mas isso era uma situação ordinária em que Kaleb não estava interessado.

Este macho teve a má sorte de ser extremamente suscetível à doença não mencionada e que em grande parte foi se difundindo sorrateiramente, correndo mortal pela PsyNet. Outros tinham sido infectados mais cedo e estavam agora todos mortos ou loucos. A infecção em massa na Estação Sunshine deixou cento e quarenta vítimas, onze das quais originalmente postos em coma involuntário na convicção de que poderiam ser salvos.

Eles não puderam.

O Sujeito 8-91 porém, continuou a funcionar apesar de sua infecção avançada, levando Kaleb a concluir que algo mudara dentro da Net, o fazendo capaz de sobreviver mais tempo dentro de seu hospedeiro. Contraída pelo contato com um dos doentes nos espaços da Net, Kaleb era aparentemente imune, provavelmente como resultado de sua conexão com a gêmea da NetMind. A doença ainda não passava de pessoa para pessoa, mas existiam chances altas de uma mutação adicional a tornar até mais nociva.

O sujeito 8-91 foi o primeiro hospedeiro que a NetMind achou com a nova variante, e como tal, ele se tornou um barômetro para Kaleb, seu canário na mina de carvão. A velha declaração era pertinente. Se 8-91 continuasse a reagir como tinha feito até agora, ele mostraria efeitos catastróficos do que se espalhava silenciosamente, apodrecendo a net.

Não, Kaleb se corrigiu, 8-91 já está mostrando os efeitos. O macho teve uma explosão violenta em seu sono dois dias atrás, tão violenta que quebrou vários ossos de sua mão quando esmurrou uma parede. O que o fez se interessar foi que a violência não tinha nenhuma conexão com a quebra do Silêncio pelo macho, mas causada pelas mudanças que a infecção causou em seu cérebro.

O sujeito 8-91 tinha sido esperto o suficiente para criar uma história de cobertura antes de ir ver um do M-Psy sobre sua mão, mas a NetMind o vigiava constantemente e sabia todos os seus movimentos. E desde que a NetMind e sua gêmea DarkMind falavam com Kaleb, ele não ficaria desinformado sobre o assunto.

Continue a vigiar, ele disse à NetMind, sua ordem dada menos em palavras do que por meio de uma conexão psíquica intuitiva que ele não podia explicar a ninguém, nem mesmo a outro Psy. O protegia de exposição. Kaleb precisava que 8-91 permanecesse uma parte ativa da Net. Qualquer interferência sombrearia o quadro da deterioração do individuo e ele necessitava de uma visão clara para entender o processo.

Um estremecimento da NetMind, uma pergunta.

Não, Kaleb disse em resposta. Você não pode salvá-lo. Ele está muito danificado. A doença invadiu o cérebro físico de 8-91, estava corroendo em partes seu lobo frontal, uma mudança tão sutil que o M-Psy provavelmente deixou passar, mesmo ele sendo um especialista em neurologia ao invés de ortopédico. Como a infectada da Estação Sunshine provou, não existia nenhuma cura e essa nova variante era mais complexa que a primeira infecção. Ainda que existisse uma cura, Kaleb teria dado a mesma resposta, para 8-91 a morte era inevitável.

Alguém tinha que ser o canário.

Tirou o homem de seus pensamentos depois de tomar nota do desenvolvimento da infecção. Retornando ao seu corpo físico parou apenas tempo suficiente para fazer uma pergunta à NetMind e à DarkMind. Você sabe a localização deste individuo? Ele enviou uma imagem junto com o perfil psíquico construído com suas memórias e arquivos de dados coletados ao longo dos anos.

???

O quebra cabeças era a resposta que ele recebia todas as vezes que perguntava sobre este assunto, desde o primeiro contato com as neosenciências gêmeas. Era como se seu objetivo jamais tivesse existido na Net, mas Kaleb pensava diferente. E nada, nem mesmo o fracasso inexplicável da NetMind e DarkMind em encontrar a verdade, ele não pararia até ter conseguindo concluir seu objetivo.



Quatro


HAWKE segurou SIENNA quando se encontraram no corredor, a arrastando para um canto escondido dos olhos de seus curiosos companheiros de Clã. — Onde você está indo com tanta pressa? — Seu lobo tinha muito prazer em vê-la, deleitando-se como um filhote ao redor do outono e especiarias que eram seu cheiro. Isso o fez se lembrar como a tinha acordado esta manhã, de que lambeu aquele odor deleitável de uma forma muito mais íntima.

A voz de Sienna era baixa e acariciante quando ela respondeu-lhe, os dedos de sua mão livre estendidos acima de seu coração. — Eu vou encontrar alguns dos leopardos para o almoço.

— Kit? — Um rosnar feral.

— Sim. — Sua carranca combinando com a linha apertada de sua boca. — Ele é meu amigo.

O menino também a beijou, ousando pôr suas mãos e seu odor sobre ela. — Não. — Era uma ordem do lobo, um lobo acostumado à obediência.

Mas Sienna Lauren Snow nunca se curvou para ele. Tirando suas mãos de seu aperto ficou nas pontas dos pés e arrastou ambas pelo cabelo dele. — Sim.

Seu olhar fixo no dela, seu domínio confrontando a vontade de aço de um X cardeal. — Eu penso que está na hora de te morder novamente, — ele resmungou roçando seu dedo na curva onde seu pescoço encontrava o ombro, seu lugar favorito para marcá-la.

A ameaça fez Sienna puxar de forma brincalhona seu cabelo. — Você fez isto esta manhã. Esta é minha vez. Um beliscão rápido em seu lábio inferior. — Você quer se juntar a nós?

Inferno, sim; porque ele podia não ser capaz de intimidar sua companheira esperta, sensual, perigosa, mas maldição, ele bem podia advertir o gatinho alfa que ela chamava de amigo. Mas... — Eu tenho que encontrar com as fêmeas maternais. — Estremecendo pela lembrança, ele curvou sua cabeça para assim ela poder o acariciar mais eficazmente. — Elas estão se desentendendo com alguns jovens.

Rindo, Sienna correu suas unhas sobre seu couro cabeludo, a carícia fez seu lobo arquear o pescoço com prazer selvagem. — Você soa assustado.

— Qualquer homem que não se assustar com um grupo de maternais jogando em cima dele suas necessidades precisa ter sua cabeça examinada. — Ainda com raiva pelo pensamento de seu encontro para o almoço, ele se esticou em toda sua altura, fazendo com que as mãos de sua companheira descessem para seus ombros. — Se aquele filhote pôr as mãos em qualquer lugar próximo de você, não me importo se ele é seu amigo, eu arrancarei seus braços. — Ele não estava brincando, o lobo recém-acasalado era possessivo além da medida, o laço de acasalamento cru.

O sorriso de Sienna enfraqueceu. — Você sabe que eu nunca faria...

— Claro que eu sei disso, — estalou ele, aborrecido de que achasse que não confiava nela. — Esse não é o ponto.

Uma sobrancelha levantou e unhas minúsculas cavaram em seus ombros. — Qual é o ponto então, Sua Majestade?

Ele arreganhou seus dentes para ela, pela resposta espertinha. — O ponto é que você é minha. Fim de história. Intocável por qualquer outro macho. — Ele pausou e considerou. — Com exceção de seus familiares.

Quando ela não respondeu, ele se debruçou e sussurrou, — Eu adverti você, — seus lábios escovaram sua orelha. Ele disse exatamente à ela o que significaria ser sua, o quão duro era lidar com ele e como totalmente a reivindicaria. E mesmo assim, ela veio para ele, mas se perguntou se ela só agora se dera conta da verdadeira profundidade do que ele exigiria dela. O pensamento de que ele poderia estar afligindo sua companheira sendo quem era fez ambos, lobo e homem imóveis e alertas.

Estremecendo em resposta ao seu toque, ela o empurrou até que pode encontrar seu olhar. Seu olhar era escuro quando ela sorriu, o som um raio selvagem junto à sua pele. — Eu acho, — ela disse, com as estrelas vibrantes em seus olhos, — isso me parece o certo quando se acasala com um alfa.

Seu lobo relaxou. Sua companheira não tinha nenhum medo em seu odor, em seu sorriso atrevido, o laço entre eles vívido como fogo vermelho e âmbar que era sua marca. Correndo suas mãos pela curva macia de suas costas, ele se aninhou nela. — Eu posso tentar ser um pouco mais flexível depois que nós estivermos acasalados há algum tempo.

— Não, você não vai. — Sienna deu um beijo quente e molhado em sua mandíbula, seus dedos acariciando o calor de sua nuca. — Mas eu amo você exatamente como você é e eu sei como manter meu espaço. Então faça seu pior, bonitão.

Ele estava alternadamente orgulhoso de sua força e chateado por sua intransigência. Uma ocorrência comum quando se tratava desta mulher. Sienna poderia ser mais jovem e fisicamente menor, mas ela ia de dedão do pé-para-dedão do pé com ele sem uma piscadela. O pensamento o fez sorrir todo, ciente que eles provavelmente discutiriam até o próximo século. Ele mal podia esperar.

— Então, — ela disse traçando seu sorriso com a ponta de um dedo, — qual o motivo de as maternais estarem tão loucas?

Ele estava acostumado a conversar com seus tenentes e membros sêniores sobre negócios do clã, mas para ele parecia totalmente diferente conversar com Sienna sobre as mesmas coisas. Porque ela era alguém só dele, alguém que não escutava porque eram negócios dos SnowDancer, mas simplesmente porque ela gostava de estar com ele e de saber das coisas que eram importantes para ele.

— A palavra hormônio foi usada, — ele disse a ela, já sentindo a pulsação enfadonha de uma enxaqueca. — Alguns dos jovens mais velhos aparentemente estão ficando muito brincalhões. Eu provavelmente vou acabar arrastando os meninos para fora para lhes lembrar de manter suas patas para eles mesmos. — Gemendo, ele curvou sua fronte para tocar a dela. — E então eu vou ter que fazer a mesma coisa com as meninas. — Normalmente Índigo e Riley cuidariam da situação, mas às vezes só a voz de um alfa conseguia transmitir a mensagem.

— Mas privilégios de pele são uma parte aceita na vida do clã. — Sienna respirou e beijou seus lábios. — Eu sei que meus amigos tiveram relações quando eles eram mais jovens.

— Existem limites ainda, — Hawke disse, contendo o desejo para desfazer sua trança e se enroscar no bonito cabelo vermelho rubi. — Às vezes o lobo tem que ser lembrado que precisa esperar sua metade humana amadurecer.

O olhar de Sienna se tornou pensativo. — Sim, eu entendo. Foi por isso que você deixou seu lobo se encarregar quando você era jovem, — você disse que ele era mais amadurecido.

Ele brincou com a ponta de sua trança correndo seus dedos. — Controlar o lobo é algo que nós aprendemos quando crianças e têm que se manter conforme ficamos mais velhos. Sem esse controle eles se tornam muito mais violentos. Changelings lobos que cederam aos seus animais se transformaram em assassinos malignos e mais, eles frequentemente atacaram aqueles que haviam sido seus.

— Você acha que os jovens estão respondendo à tensão de terem sido evacuados da toca?

— Sim, mas se isso os desestabilizou nesse grau, nós precisaremos organizar a supervisão e o treinamento de um grupo inteiro de jovens.

Sienna acariciou sua nuca. — Eu sei que isso é uma dor de cabeça para você, mas o que eu sinto por você só cresce mais profundo cada vez que eu vejo como você gosta de cada membro do clã, jovem e velho, forte e fraco.

Ele nunca precisou de reconhecimento verbal, mas quando Sienna dizia coisas assim, sim, importava. Levantando sua cabeça, ele soltou sua trança e correu os nós de seus dedos por sua bochecha. — Vá, almoce. — Custava-lhe dizer isso, saber que ele a estava mandando sair com um homem que uma vez mostrou interesse por nela. — Vocês estão deixando o território da toca? — Era muito perigoso fazer isso ainda.

O Conselho agora sabia que ela estava viva. Ming LeBon, o homem que tentou torná-la uma arma quando era apenas uma criança, sabia que ela estava viva. As habilidades de Sienna tinham um potencial inigualável, ninguém podia entender ou predizer como seu poder se desenvolveria à medida em que ela amadurecia. Porque nunca existiu outro cardeal X-Psy que sobrevivesse à maioridade.

Seu intestino deu um nó com o pensamento de Sienna quebrada e morta nas mãos do inimigo, ele teve que apertar seus punhos para afastar a vontade de agarrá-la e a trancar em seu quarto, onde ela estava segura. Lutou contra o desejo porque isso ele nunca faria, já que para Sienna era ser engaiolada. Ela já tinha passado muito tempo de sua vida atrás de grades, a prisão psíquica projetada para conter seu poder transformada em um lugar de tortura mental.

— Não, — ela assegurou. — Eu não ariscaria enquanto as coisas estão tão instáveis. Kit e os outros vão nos encontrar na Zona Branca e nós iremos para a cachoeira.

— Nós quem?

— Riordan, Evie, e Lake também irão.

Seu lobo aprovou. Os meninos garantiriam que ninguém tentasse aprontar em seu território, mas ele manteria o pensamento para si mesmo, decidiu com um sorriso feral interno. — Você quer jantar com as crianças? — Ele perguntou, sabendo que eles tinham apenas mais um par de minutos.

Aquele sorriso novamente, um que ela nunca tinha lhe dado enquanto estavam circulando um ao redor do outro e agora ela lhe dava todos os dias. Era um pontapé no seu coração todas as vezes. — Sim, — ela disse. — Você se importa de quanto tempo nós gastamos com eles?

— Claro que não. — Toby era seu irmão, Marlee sua prima. Eles eram como filhotes para amar e proteger. Desde que Walker parou de me dar o olhar fixo de morte, isto ficou realmente confortável. O primogênito dos Lauren era muito protetor daqueles sob seu cuidado e Sienna era considerada sua filha. Hawke não tinha nenhuma dúvida de que o outro homem iria silenciosa e metodicamente atrás de seu intestino ao menor sinal de ele estar afligindo Sienna. Seu lobo aprovava.

O riso o embrulhou em cordas sedosas, o fogo carmesim de sua companheira tocando chamas em seu sangue. — Lara protegerá você. — Roubando outro pequeno beijo, ela se afastou, parou e suas próximas palavras estavam vibrantes de emoção. — Eu amo você.

Ele sabia o que significava para ela poder dizer estas palavras, o conhecimento de que ninguém a machucaria por ousar sentir, por ousar amar com todo o poder de seu coração forte e leal. Fechando a pequena distância entre eles, ele respondeu com um beijo tão tenro quanto ele soube dar, seus dedos rodeando possessivamente sua garganta.

— Você tem certeza que tem que ir para aquela reunião? — Ela sussurrou quando ele ergueu sua cabeça, seus lábios molhados e deliciosos, seu corpo arqueado em direção ao dele.

Seu lobo estava tentado. Penosamente. — Nell e sua gangue nos caçarão e nos interromperão. As fêmeas maternais não deviam ser contrariadas. Então elas nos farão sentir com cinco anos de idade. — Ele tomou outro beijo, roçando seu dedo polegar acima do tremular de sua pulsação e freando seu desejo de morder. Mais tarde, ele prometeu ao seu lobo. — Vejo você à noite.

Ele a observou até que ela desapareceu numa esquina, a possessividade primitiva bateu nele e o fez querer jogá-la sobre o ombro e a arrastar para sua cama. Talvez a amarrar nela para garantir.

— Nem pense nisso, — Riley disse quando ele se juntou a Hawke para a Reunião de Destruição.

Hawke encontrou os olhos marrons de seu Tenente Sênior, sempre tão tranquilos e estáveis. — O único modo de que você saiba o que eu estava pensando é porque já teve pensamentos semelhantes.

— Mercy me perdoa a maior parte do tempo. Um lento sorriso. — Vamos, adiamos o suficiente.

Quando eles andaram, Hawke disse, — Adria e Riaz. Problemas?

— Conflito de personalidades, eu acho. Eles parecem trabalhar bem juntos, apesar disso. — O tenente o encarou. — Por quê? Você quer que eu os divida em seus turnos?

— Não, melhor eles resolverem isso. — Ele percebeu algo mais violento e intenso que um simples choque de personalidades, mas seu lobo sabia quando ser discreto, então ele não mencionou isto. Ao invés, ele trouxe a conversação para os jovens, e fizeram o restante do caminho conversando.

Reuniões como estas não estavam em sua lista de coisas favoritas, mas pareceu bom estar fazendo algo tão normal quanto se preocupar com os jovens. Não discutindo a vigilância sobre os Psys ou planejando como se defenderem contra um ataque. Não armazenando armas ou verificando o material médico enquanto eles esperavam para evacuar os mais vulneráveis. Nem mesmo se encontrando com os leopardos de DarkRiver para avaliar uma ameaça suspeita.

Tinham sido meses desde que seus lobos tiveram uma chance de só ser um Clã.

Porém, Hawke sabia que o fato dos SnowDancer e seus aliados ganharem a batalha não significava que seus inimigos não se reagrupariam e retornariam. Mas ele era um lobo. Ele também sabia como viver o momento de estar acasalado com uma mulher que o desafiava, amava, e o arreliava. Seu clã estava seguro. E a toca estava cheia do som das vozes das crianças novamente. — Como está o planejamento para a cerimonia de acasalamento? — Sienna era incontestavelmente sua, mas seu clã precisava ter uma chance de celebrar o acasalamento de seu alfa e eles teriam essa chance dentro de quatro dias agora.

— Drew sugeriu dançarinas.

Hawke riu. — Quantas?

Riley atirou um olhar irritado. — Não o encoraje ou eu juro por Deus que eu contratarei uma tropa de stripers reluzindo com paetês e assistirei alegremente enquanto Sienna grelha você.

Perguntando-se o que mais Drew tinha sugerido, Hawke abafou sua risada. — Seriamente, como ele está indo? — Riley e Nell estavam compartilhando a carga da organização, se assegurando que todos os pedaços se reuniriam corretamente.

— Bom. Meu irmão, quando não está me mandando e-mail de panfletos sobre dançarinos brasileiros de samba e dançarinas de Vegas, acha algum trabalho para toda pessoa que quer estar envolvida na preparação.

Era por isso, Hawke pensou, que Drew era tão perfeito para a posição que ocupava. Não tomando parte da hierarquia, ele era os olhos e os ouvidos de Hawke no clã, acessível até ao mais fraco de seus membros, aqueles que poderiam se sentir intimidados abordando um dos outros dominantes. Ninguém era intimidado por Drew e isso era uma realização incrível, dado que o outro homem era o caçador dos SnowDancer, encarregado de achar e executar assassinos quando a necessidade surgia. — Será uma grande noite.

— A melhor, — Riley disse tranquilamente, então respirou fundo. — Chegamos.

Hawke cruzou seus braços e olhou fixamente a porta com uma expressão azeda. — Eu odeio estas reuniões.

— Nós devíamos fazer Drew as frequentar. Ensinar-lhe uma lição.

Os dois olharam fixamente um ao outro e sorriram. Sim, ele pensou abrindo a porta, como era bom estar fazendo algo tão ordinário quanto lamentar sobre uma reunião com as maternais.

DE: Lara

PARA: Ashaya;

Sascha;

Tammy;

Amara

DATA: 26 de agosto de 2081 às 11:00 da manhã

ASSUNTO: Paciente Um

Eu pensei que vocês todas apreciariam uma atualização rápida sobre a Paciente A. Ela permanece na mesma, em estado comatoso. Eu digo coma porque francamente, ela confunde os instrumentos. Porém, eu posso dizer com certeza que seu cérebro não está morto de forma que permanece um indicador positivo.

Eu quase acho que J imaginou sua conversa com ela, exceto que ele não é deste tipo.

Eu estou certificando que seus membros sejam exercitados e que esteja recebendo os nutrientes de que precisa. Mas no resto estou perdida.

Deixem-me saber se alguma de vocês teve alguma ideia.

DE: Ashaya

PARA: Lara

CC: Sascha;

Tammy;

Amara

DATA: 26 de agosto de 2081 à 1.00 da tarde

ASSUNTO: Re: Paciente Um

Amara e eu continuamos a trabalhar nos rastros químicos descobertos em seu sangue. Nós esperamos achar pistas sobre um antídoto que trabalhe melhor que a nossa formulação de emergência, mas algumas das substâncias químicas parecem ser desconhecidas.

DE: Amara

PARA: Ashaya

DATA: 26 de agosto de 2081 às 1.02 da tarde

ASSUNTO: Re: Re: Paciente Um

Não desconhecidas. Simplesmente não catalogadas. Você e eu agora sabemos sobre elas.

DE: Sascha

PARA: Lara

CC: Tammy;

Amara;

Ashaya

DATA: 26 de agosto de 2081 às 4.45 da tarde

ASSUNTO: Re: Re: Paciente Um

Eu gostaria de vê-la. Meus sentidos empáticos têm estado exaltados desde o nascimento e talvez haja uma chance mais alta de eu poder sentir algo, especialmente desde que ela acordou uma vez. Uma coisa eu sei com certeza: Existe alguém dentro daquele corpo. Nós só temos que achar um caminho para deixá-la livre.

Cinco


ADRIA não sabia como sobrevivera ao resto da viagem à hidro estação; O silêncio no SUV tinha sido excruciante. Para descer as montanhas banhadas pela gentil luz solar da tarde, ela escolheu viajar no veículo de Mack que tinha sido consertado. Sua desculpa foi que precisava estar com ele no caso do caminhão quebrar novamente. O estagiário de Mack voltou com Riaz. Mack tinha cabelos prata cacheados e pele marrom marcada pelas linhas de risada, era um homem confortável com silêncios.

Chegando à toca, não parou até estar em seu quarto com a porta firmemente fechada. Só então ela desmoronou na cama. Cristo, Adria. Agitada pelo choque de ter ficado fora de controle e ter corrido para Riaz, ela apenas se sentou lá, tentando conseguir pôr suas emoções sob controle.

O golpe na porta era familiar, mas ela o ignorou. Sua visita persistiu, tendo obviamente cheirado sua presença, até que ela resmungou; — Está aberta.

Índigo vestia calças jeans em conjunto com uma blusa branca que valorizavam as curvas de seu corpo alto, fechou a porta e se encostou. — Soque-me por dizer isto RI, mas você parece pior do que quando pegou praga quando tínhamos dezessete anos.

A praga tinha sido um caso sórdido de intoxicação gastrointestinal. — Obrigada por me animar. — Ela olhou raivosa para a mulher que tinha sido sua amiga a maior parte de sua vida. — Agora vá embora.

Rolando seus olhos, Índigo andou a passos largos e atravessou o quarto para se sentar ao lado dela. — Martin e você não discutiram, não é?

— Não. Eu deixei claro que nós terminamos. — Ele tinha recebido as notícias sem qualquer graça, todos os rastros do homem engraçado e gentil por quem ela se apaixonara corroídos por anos de amargura. Mas Martin não era o macho em que ela estava pensando então. — Você teve alguma coisa com o Riaz, certo?

Índigo piscou com a pergunta direta. — Sim, mas faz anos atrás, bem antes dele partir para a Europa. Nós éramos amigos.

Isto não era uma coisa tão estranha de ouvir sobre um changeling. Compartilhar privilégios de pele íntimos era uma parte integral de sua natureza e não havia nada de errado com um amigo se importar o suficiente com você e assegurar seu prazer. Não importava se os amantes soubessem que sua amizade nunca levaria a um relacionamento, amizade era uma coisa preciosa para um lobo.

Índigo a cutucou quando ela não continuou, seu olhar conhecedor. — Riaz?

— Sim. — Sabendo que nenhuma explicação adicional era necessária, ela empurrou suas mãos por seu cabelo, desmanchando sua trança. — Isso é estranho, você é minha sobrinha.

Índigo fez um som distintamente deselegante. — Por favor, nós crescemos como irmãs.

— É até pior.

— Corta essa. — Uma cotovelada afiada em suas costelas. — Por outro lado, somos duas mulheres dominantes em uma matilha com uns poucos anos entre nós, me surpreende que não tenhamos cruzado nossos caminhos com o mesmo homem antes.

Apesar de ela ter trazido o assunto, a Loba de Adria não se importava com o que tinha acontecido entre eles. A sua parte humana também sabia que aquela velha relação de Índigo e Riaz não interferiria na situação presente, dado o tempo que passou e a completa falta de interesse de um pelo outro agora. Isso não tornava mais fácil se esconder da turbulência de suas próprias emoções sobre o assunto.

— Eu não sei o que estou fazendo, Índigo. — Nenhum homem já a incitou a se comportar como ela fez hoje. — Eu quase o ataquei. — Ela quis arrancar suas roupas, empurrar ele para o chão e saborear cada polegada de sua pele de bronze com seu lábios. — Eu tirei sangue. — O gosto do sangue metálico tinha sido quente e forte.

Índigo riu afetuosamente. — Isto é bastante normal quando uma loba está tão no limite quanto você. Um brincalhão arquear de suas sobrancelhas. — Muito tempo?

— Um ano, — ela disse, e soube exatamente quando Índigo entendeu as ramificações de sua declaração porque ela pareceu parar de respirar por um segundo.

— Então, quando você e Martin vieram para o jantar para encontrar Drew...

— Terminou meses mais cedo. — O flash de dor nos olhos de Índigo a fez cutucar o ombro da outra mulher em uma desculpa muda. — Eu não estava pronta para conversar com alguém, precisava primeiro arrumar minha cabeça. — Quando Índigo apertou sua mão, ela continuou. — Eu não estou orgulhosa em admitir isto, mas eu o usei quando cedi aos seus persistentes esforços para me ganhar de volta e pedi para vir junto naquela noite.

Martin não demorou muito para perceber que o convite não era para sua cama ou para sua vida e estava de mau humor quando chegaram. Se sentindo culpada por ter conscientemente enganado o homem que uma vez caminhou ao seu lado, o tinha tentado pacificar.

A resposta dele por um segundo doloroso, a fez retornar às ruínas de sua relação, antes dela endurecer. — Eu pensei que você estava cometendo um engano horrível. — A percepção de que Índigo estava com um homem cujo domínio não combinava com o seu próprio gelou seu sangue.

— E você me quis confrontando com os resultados.

— Eu sinto muito, me desculpe. — Ela disse, por que Drew não era nada, nada como Martin, sua adoração por sua Indy era aberta.

— Eu entendo. A resposta de Índigo era feroz. — Você não terá quaisquer daqueles problemas com Riaz. Ele é forte o suficiente para não ser assustado com sua fome, e... — Um sorriso iluminou seus olhos. — ele tem suficiente selvageria nele para lidar com a sua.

A maioria dos lobos solitários a tinham. Como uma mulher jovem, Adria sempre os evitou ciente de que tal macho poderia fazer amor com intensidade primitiva, e era provável que desaparecesse nas montanhas na manhã seguinte. Ela sempre soube que precisava de alguém mais estável, mais arraigado. Mas as coisas mudaram. Ela mudou. — Você não está dizendo algo. Adria conhecia Índigo muito bem para não ter pegado a sutil vacilação.

A outra mulher levou muito tempo para responder, sua expressão preocupada. — Ele me disse algo em confiança e eu não posso quebrar a promessa que fiz. — ela disse afinal. — Mas Adria, você precisa saber que qualquer relação com ele até mais do que com qualquer outro lobo solitário, é improvável que vire permanente.

O fato de que Índigo quando a advertiu, não mencionou que ele estava envolvido com alguém, e o fato de que ela ouviu que Riaz não tinha uma amante ou não podia ter. Entretanto Índigo não sabia disso, aquela notícia aliviou o laço frio dentro de Adria, permitiu respirar, decidir.

— Eu preciso conversar com ele. — Loba e mulher de acordo, levantou-se. — Nós deixamos as coisas mal resolvidas. — Não importa o que aconteceu, ela não queria que isso afetasse sua relação de trabalho, e por extensão a matilha.

Esperando-a refazer sua trança, Índigo saiu com ela. — Você está apreciando voltar à toca? — Perguntou, apertando seu próprio rabo-de-cavalo.

— Muito. — Adria estreitou seus olhos em Tai, enquanto o jovem soldado de incríveis olhos verdes e ombros largos descia o corredor.

— Deus me odeia, — ela o ouviu murmurar. — Agora existem duas delas.

Nem ela nem Índigo disseram qualquer coisa até que ele estava fora de alcance. Então os lábios de Índigo torceram. — Pobre bebê. — O afeto derramava das palavras.

— Ele é sólido?

— Ele ama Evie. — Diversão dançava em seus olhos. — Isso não quer dizer que nós não bagunçamos com ele.

Desde que Evie era gentil e de forma alguma dominante ou agressiva, Adria concordou. — Não me entenda errado, — ela disse, retornando ao tópico anterior da conversa, — Matthias é um grande tenente para se trabalhar. Sombriamente belo e com aqueles olhos que atraíam muitas mulheres para sua cama, Matthias era seu amigo e tenente.

Ele ligara algumas vezes para averiguá-la desde que tinha se mudado para a toca, tinha uma enorme parcela de sua confiança e ela um respeito por ele que ainda não havia se dado conta. — Mas aquela região tinha muitas memórias ruins para mim, sabe? — A toca era um novo começo. Um que ela não permitiria que nada, nem mesmo o calor da quente necessidade roubasse dela.

— Aqui é minha parada. Índigo se deteve na frente de uma das salas de descanço. — Tenho uma conversa informal com alguns dos meus novatos e os soldados mais novos. — Levantou uma sobrancelha para a jovem que estava rastejando corredor abaixo. — O que aconteceu?

— O novo circuito de treinamento de corrida idealizado por Riaz, O Sádico, é uma desculpa para odiosa e inigualável tortura, — Sienna resmungou, antes de acenar um oi com a cabeça para Adria e mancando se juntou a um coro de gemidos simpatizantes dos outros, que obviamente tinham sido sujeitos à mesma tortura.

Índigo hesitou, seus olhos retornando para Adria. — Lembre o que eu disse. — Preocupação e uma pitada de malícia explícitas em seu rosto. — Mas não seja tão sensível. Garras e dentes fazem parte da diversão.

O sorriso de Adria enfraqueceu assim que Índigo entrou para se juntar com seus soldados. Martin havia sido o maior risco que assumiu na vida, anulando as preocupações daqueles que achavam que uma fêmea dominante e um macho submisso formavam um par improvável de funcionar. O fracasso espetacular destruiu sua confiança, às vezes ela sentia como se seu intimo fosse como uma colcha de retalhos seguro apenas por pontos.

Seria fácil, tão fácil ficar segura e nunca mais se abrir, mas Adria era uma dominante, uma SnowDancer. Ela não era uma covarde e nunca envergonharia sua loba se permitindo tornar-se uma. Ainda que isso significasse que tinha que ir arranhar o lobo solitário, que era o homem que ela queria além de toda razão.

Seis


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