Alfa: Lucas Hunter Curadora



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Se sentindo mais como ele mesmo do que havia se sentido em meses, Riaz estava do lado de fora procurando por alguma árvore derrubada por ventanias da qual pudesse retirar um pedaço de madeira, quando algo refletiu a luz do sol em seus olhos. Ele se curvou e pegou um pedaço de metal torcido. Vendo as árvores chamuscadas e quebradas ao seu redor, ele percebeu que estava no local onde uma das equipes furtivas de Henry Scott havia caído devido ao confronto final. Não era de se surpreender que o pequeno pedaço tivesse sido deixado para trás, os escombros tendo sido espalhados por uma área tão grande.

Colocando-o em um dos bolsos de sua calça cargo, ele decidiu fazer uma busca para ver se havia algum outro fragmento. Isso não levou muito tempo sob o céu brilhante da Sierra. Os técnicos e novatos haviam feito um trabalho excelente, exceto pelo dano ao ambiente, a área estava imaculada. Aquele dano também se curaria. Os SnowDancer se assegurariam disso.

Satisfeito, deu uma olhada rápida em seu relógio, viu que eram quatro horas. Desde que ele já havia encontrado um pequeno pedaço do tipo de madeira que precisava, estava prestes a voltar para a toca para completar sua analise do plano internacional de negócios dos SnowDancer, quando sentiu um leve sinal de um cheiro que não deveria estar ali.

Metálico. Frio. Um Psy afundado no Silêncio.

Poderia não ser nada, um resíduo ligado a outro pedaço de escombro, embora a probabilidade fosse baixa levando em conta o tempo que havia se passado. E todos os ataques irritantes até hoje haviam sido nas bordas do território da toca. Por que qualquer Psy iria querer antagonizar os SnowDancer agora, depois da derrota decisiva do clã contra o exército de Henry?

Rastreando o cheiro em pés silenciosos, ele chegou ao topo de uma pequena elevação. Aqui, o cheiro restante era grosso como sopa para seus sentidos changeling. Ele franziu. A posição não dava ao observador nenhum ponto de vista estratégico em termos de descobrir as fraquezas dos SnowDancer. Tudo o que ele ou ela veria era um pequeno, naturalmente aberto campo rodeado por arbustos raquíticos que se fundiam em pinheiros frondosos.

Uma curvilínea jovem fêmea com cachos negros, Maria, correu através da clareira naquele segundo, acompanhada por um lobo cinza escuro que viu Riaz um segundo antes de ela ver. A soldada acenou, enquanto o lobo uivou um cumprimento antes dos dois desaparecerem entre os pinheiros.



Hmm...

Os Psy eram conhecidos por usar as terras SnowDancer para reuniões, o que não era tão estúpido quanto soava, não dada a extensão do território, e quão simples era teleportar à seções isoladas. Esse ponto poderia se qualificar, exceto que como Maria e Lake acabaram de provar, qualquer um nessa colina estaria destacado contra o céu, abertamente visível a qualquer um que passasse por ali.

Profundamente certo de que estava deixando algo escapar, ele tirou suas botas e se despiu. Seu senso de cheiro era apurado mesmo como humano, mas nada escapava do faro do lobo. Circulando a área depois de mudar de forma, ele checou duas vezes para assegurar de que pegou tudo, e então mudou de volta para forma humana e rapidamente se vestiu.

Correndo para a toca, ele entrou no escritório de Hawke sem esperar por um convite. — Nós precisamos conversar.

O alfa se virou da tela de comunicações onde estava falando com um homem que usava um terno impecável de três peças, seu cabelo grisalho penteado severamente para trás para revelar um pico de viúva. — Nós teremos de continuar isso outra hora, Sr. Woo.

Crispando seus lábios em desaprovação, o homem do outro lado no entanto, não fez nenhuma objeção quando Hawke desligou. — O que é? — Seus olhos vislumbraram o ombro de Riaz.

Riaz já tinha se virado para cumprimentar Riley, fechando a porta atrás do tenente veterano. — Você trouxe o que eu pedi? — Ele ligou para Riley durante sua corrida até a toca.

Assentindo, o outro homem colocou um cristal de dados no painel de comunicações. — Essas são as rotas de vigília para as quais eu designei soldados e novatos nas ultimas duas semanas. — Um período maior do que o justificado pela intensidade do cheiro, mas Riaz não quis arriscar perder um padrão por um espaço de tempo muito pequeno.

— Eu codifiquei os soldados por cores, — Riley continuou, —para que vocês possam ver quem estava onde assim que olharem.

Riaz marcou a elevação onde sentira o cheiro, inseriu um asterisco para marcar o ponto no mapa, então checou quais soldados passaram ali perto. Fúria inflamou seu sangue. — A posição do cheiro na terra, — ele disse depois de informar sua descoberta para Hawke e Riley, — diz que o intruso estava deitado. — Era a única forma de que ele ou ela poderia ter escapado à detecção.

— Atirador isolado? — Riley perguntou em um tom austero.

— Ou vigilância. — Gelo na voz de Hawke, o lobo vigiando por trás de olhos claros fixados no mapa de designações. — Nenhuma razão para os Psy assistirem Maria, Tai, Riordan ou Ebony.

Isso deixava um nome.

— Nós sabíamos que isso aconteceria, — Riaz disse, rastreando a profunda cor aquosa que Riley atribuíra à Sienna, sua raiva se transformando em uma determinação fria em manter segura a jovem mulher que caminhara para a batalha disposta a morrer pelos SnowDancer. — Todos na Net agora sabem o que ela pode fazer.

— Eu esperava que eles a deixassem em paz por pelo menos alguns meses, porra. — As palavras foram arrancadas por entre os dentes cerrados do alfa.

— Como eles sabiam que ela passaria por aquele campo? — Riaz pôs a mão em seus cabelos. — Riley misturou as designações. — SnowDancer já teve um traidor em seu meio, ter outro os mataria; mas a pergunta tinha de ser feita. — Vocês acham que ele tem um informante?

— Não. — A resposta de Hawke tinha a mais pura confiança. —Aposto que eles estiveram usando satélites espiões para escanear nosso território, a cobertura torna isso difícil na maioria dos casos, mas há áreas abertas.

Riaz deu um lento aceno. — Tudo o que eles precisariam era de um único vislumbre de Sienna, seu cabelo com aquele vermelho distintivo e então eles só teriam de ser pacientes. — Ele considerou as outras implicações de Hawke estar certo. — Nenhuma pessoa normal teria acesso a esse tipo de satélite de dados. Ou a um teleportador. — Voar ou dirigir qualquer veículo não autorizado no território sem ser detectado era quase impossível.

— PurePsy, — Riley disse, seus olhos no mapa, — perdeu a maioria de seus Tcs na luta. Se Judd estiver certo sobre os rumores na Net, o grupo provavelmente tem outras prioridades nesse ponto.

— Ming é o suspeito mais óbvio. — Riaz estava ciente de que o homem era o mentor militar do conselho. — Mas nós não temos informação o bastante para eliminar ninguém. Kaleb Krychek por exemplo. — O telecinético letal poderia ver Sienna como uma ameaça ao seu próprio poder.

— Shoshanna está suspeitosamente quieta, mas ela era a força por trás de Henry pelo maior tempo durante a fraude de seu casamento, — Hawke disse, e Riaz sabia que o cérebro do alfa estava funcionando com eficiência fria a despeito de sua raiva. — E Tatiana sempre foi muito boa em esconder seu envolvimento com um grande número de operações.

— Eu vou falar com Judd. — Desligando o mapa, Riley retirou o cristal de dados. — Ele pode ser capaz de nos dar informações mais concretas.

— Eu vou falar com meus contatos na Europa, — Riaz adicionou, sabendo que Ming usava uma propriedade na região de Champagne na França como sua casa. — ver o que consigo descobrir. — Vislumbrando o olhar nos olhos do alfa, ele disse, —Ninguém vai chegar perto dela, Hawke. Nós não vamos deixar.

Hawke sabia que seu pessoal sangraria para proteger sua companheira, mas ele não queria que Sienna precisasse dessa proteção, não queria que ela fosse forçada a morar em outra jaula. —Nós nos asseguraremos de que ela esteja segura em nossas terras, — ele disse, sua raiva uma lâmina de aço. — Esta precisa ser a casa dela, onde ela possa andar sem sentir medo.

O celular de Riaz tocou um alarme perfurante no silêncio. —Droga, — o tenente disse, olhando para a tela depois de desligar. — Tenho uma conferência com Kenji e o pessoal de BlackSea.

— Vá, — Hawke disse, pensando através da fúria que o arranhava por dentro. — É sua prioridade. — BlackSea trouxe muito à tona para ser descartado. — Eu preciso falar com Sienna, de qualquer forma. — Quaisquer respostas defensivas que os SnowDancer formulassem precisariam da participação dela, ela conhecia os pontos fortes e fracos de seus inimigos melhor que ninguém.

Riley atirou a ele um olhar preocupado depois que Riaz partiu. — Pode ser melhor se eu fizer.

Hawke não entendeu mal, Riley não era somente seu tenente veterano, ele também era amigo de Hawke, sabia exatamente como isso poderia fazê-lo se portar. — Não, eu cuido disso.





Tendo rastreado Sienna no berçário onde ela estava fazendo uma ronda voluntária, Hawke observou sua companheira conversar com uma criança de dois anos. Graças à Deus que ela estava aqui dentro hoje, ele não sabia se seria capaz de lidar com sua resposta se ela estivesse na floresta.

Sabia que ela sentiu a presença dele, mas ela não encerrou o que parecia ser uma discussão séria. Acenando solenemente a algo que o menininho disse, ela o ajudou a terminar seu prédio de blocos de madeira antes de ficar de pé e ir até Tarah.

Uma pequena conversa depois, ela foi até ele. — Eu pedi para sair mais cedo, — ela disse, e ele sabia que havia falhado em sua tentativa de esconder suas emoções cruas que faziam seu lobo andar para lá e pra cá com garras de fora.

— Caminha comigo.

Sem fazer perguntas, ela o acompanhou pelos corredores e para a uma saída da toca que dava numa seção menos utilizada da Zona Branca. Onde ele se inclinou contra a parede coberta de musgo da toca e a puxou para seus braços, e só a segurou, por um longo, longo tempo.

Sienna era intensidade, fogo e energia, mas hoje, ela ficou quieta, o deixando pegar o que precisava, sua companheira o conhecia melhor do que ele mesmo.

Quando finalmente se afastou para dizer a ela o que Riaz descobrira, o olhar cardeal dela cheio de estrelas se tornou uma meia noite interminável. — Era previsível, — ela disse, sem nenhum choque, somente uma raiva tão profunda quanto a sua própria. —Ninguém gosta de uma X rebelde.

Um rosnado ressonou em seu peito. — Eu não vou deixar ninguém te caçar. — Era um voto feito do coração do lobo. — Brenna e Mariska já estão trabalhando em sintonizar melhor os sistemas de vigilância para que nós tenhamos uma chance melhor de detectar essas incursões. — O fato de que era quase impossível impedir que Tcs com habilidades de se teleportar para qualquer lugar que quisessem não queria dizer nada, ninguém nos SnowDancer estava planejando deixar que fosse fácil para os perseguidores de Sienna.

Seu companheiro colocou a mão direita sobre seu peito. — Eu vou falar com elas, — ela disse, — Avisá-las sobre alguns elementos que poderiam incluir em seus cálculos. Judd provavelmente poderá prover mais informação.

Às vezes ele esquecia como Sienna havia sido criada, a inumanidade de sua infância. Então ela o mostrava a profundidade de sua força mantendo uma calma de aço através da feiura que jogaria muitos outros na escuridão, e o lembrava de que sua jovem companheira vivera uma vida inteira em dezenove anos. — Bom, — ele disse, seu orgulho por ela um fogo cegante. — Você também precisa conversar com Riley sobre suas rondas.

Um alerta controlado. — Por quê?

— Para que ele possa ter certeza de que suas rondas nunca formem um padrão de tempo ou local. Não queremos que aqueles que estão te vigiando sejam capazes de adivinhar onde você estará.

Seus ombros perderam a fina tensão que havia estado lá com suas palavras anteriores. — Sim, essa é uma precaução excelente.

Embalando o rosto dela com uma mão, ele disse, — Eu nunca irei cortar suas asas, bebê. — Independente do quanto ele odiava o fato de que ela estava em perigo, porque ao fazer isso ele a colocaria de volta naquela jaula, e sua companheira já havia passado tempo o suficiente presa na escuridão.

— Eu sei que você quer me proteger, — ela sussurrou, longos, finos dedos se espalhando sobre seu coração. — Sinto essa necessidade em cada pulsar de seu sangue.

— Não posso prometer que não irei checar você a cada momento durante suas rondas, — Hawke admitiu, porque teria sido uma mentira de proporções monumentais dizer outra coisa, — mas cada parte de mim entende quem você é. — Não simplesmente sua companheira, mas uma perigosa, linda mulher com seus próprios sonhos e desejos.

Seria mais fácil se ela fosse outra pessoa, uma mulher que seguisse tudo o que ele ditasse e que nunca se colocasse em perigo. Mas ele não queria mais fácil, e não queria ninguém mais. Ele queria Sienna. Somente Sienna.

Ela inclinou seu rosto contra a mão dele. — Certo. — Uma simples aceitação que dizia que ela sabia, entendia... Seguida por um sorriso inesperado de pura travessura. — Os boatos dizem que, Riley tem esbarrado ‘acidentalmente’ em Mercy durante suas rondas desde que eles descobriram sobre a gravidez.

O lobo de Hawke foi jogado da raiva às risadas. — Eu espero que Mercy viva de acordo com seu nome.

Sienna riu, nenhum medo nela, somente uma força que fazia seu lobo querer atirar sua cabeça para trás e cantar de alegria por ela ser dele.



Trinta e cinco



Riaz se conectou com Kenji na sala de conferências geralmente usada para as reuniões dos tenentes. O cabelo do outro homem estava agora num rosa choque com listras azuis vívidas. —Você está parecendo um algodão doce japonês.

— Como diabos um algodão doce japonês parece? — Kenji rebateu antes de pegar um organizador. — Alguma ideia nova sobre o esboço do contrato desde a última ligação?

Sabendo que tinham pouco tempo, Riaz decidiu informar Kenji sobre a situação com Sienna mais tarde, e exibiu o contrato numa tela dividida que seria visível para Kenji também. — Sim, uma. — Ele rapidamente a apresentou. — Você vê algum problema?

Kenji balançou a cabeça. — Não, esse é um bom aperfeiçoamento. — Ele destacou uma seção no acordo que eles discutiram antes. — Eu ainda não estou certo sobre isso.

— Eles não irão consentir em uma rasura completa, e não é um ponto essencial para nós, — Riaz disse, — mas vamos mencionar isso e ver que concessões nós conseguimos arrancar deles.

— Tudo bem para mim.

Uma das outras telas da sala apresentou uma contagem regressiva de cinco segundos quando Kenji terminou de falar. Fechando o contrato, Riaz estava pronto quando a terceira tela se encheu com o rosto elegante de Emani Berg. Nascido em um pequeno vilarejo perto de um remoto fiorde da Noruega, Emani tinha a pele de um profundo tom sedoso de marrom, e olhos de meia noite. Seu cabelo preto estava cacheado na última vez que Riaz a viu, em Veneza, mas agora caía liso e lustroso ao redor de seu rosto... Com uma única mecha de rosa choque.

Divertido, Riaz disse, — Bela chamada.

Emani assentiu suntuosamente. — Sr. Tanaka mantém as coisas interessantes.

Kenji parecia descontente. — Como você adivinhou?

— Eu tenho alguém em sua região. — Nem sequer um sinal de sorriso, embora Riaz a conhecesse bem o bastante para saber que ela estava provocando Kenji. A mulher era uma ótima jogadora de pôquer.

— Depenou algum inocente ultimamente? — Riaz perguntou, se lembrando dos ingressos de futebol que ela ganhou dele e de Pierce, com a mesma expressão serena em seu rosto durante todo o jogo.

— Estou planejando fazer exatamente isso nos próximos minutos, — foi a resposta suave.

Rindo, ele ergueu o contrato impresso. — Isso, — ele disse, —está bom quanto à parte básica, mas nós gostaríamos de fazer algumas mudanças quanto aos detalhes.

A surpresa dela foi escondida com tal facilidade impecável que Riaz não teria percebido se não estivesse esperando tal reação. —Estou ouvindo, — ela disse naquela voz calma, controlada.

Riaz assentiu para Kenji, que começou a repassar a lista de emendas exigidas pelos SnowDancer. Emani franziu para alguma de suas estipulações, mas não vocalizou nenhum desacordo imediatamente. Uma vez que Kenji finalizou, ela tirou o olhar da cópia na qual esteve fazendo notas. — Vou precisar repassar isso com a Conclave, mas como nós certamente faremos algumas mudanças também, eu não prevejo nenhum problema.

— Bom. — Riaz cruzou os braços. — BlackSea percebe que nós já temos uma aliança com os DarkRiver e WindHaven?

— É claro. Nós entendemos que se concordarmos com uma aliança completa, BlackSea deverá ir ao resgate deles se necessário.

— E vice-versa, — Kenji apontou.

Emani assentiu graciosamente. — Como os DarkRiver e WindHaven se tornariam efetivamente nossos aliados se os SnowDancer e BlackSea se entendessem, nossa Conclave gostaria de ter uma teleconferência tanto com Lucas Hunter quanto com Garret dos falcões de WindHaven antes de tomarmos o passo final para concretizar a aliança.

— Eu não vejo problema com nisso, — Riaz disse. — Nós também temos uma exigência: um encontro cara a cara entre Hawke e Miane. — Ele não mencionou o fato de que a exigência era inegociável, querendo calcular quanto BlackSea estava disposto a jogar com os SnowDancer.

— Entendo. — Uma pequena pausa.

Ele arqueou uma sobrancelha. — Isso é um não?

— Ao contrário. Nós esperávamos essa exigência.

— Nós vamos trabalhar com você para organizar o encontro. — Não havia ponto em esperar, não quando toda a aliança poderia depender da reação que os dois alfas teriam um com o outro.

— Muito bem. — A imagem de Emani chacoalhou um pouco, então se endireitou.

— Mar bravo?

— Nada incomum. — Digitando os controles de conferência em sua mesa, ela olhou para ele e Kenji de volta. — Enquanto não somos aliados ainda, BlackSea gostaria de passar uma informação no espírito de cooperação.

Sem esperar uma resposta verbal, Emani dividiu sua tela. —Dois dias atrás, três dos nossos membros encontraram um navio abandonado na costa da Sardinia, bem fora dos nossos territórios, porém. — A parte vazia da tela se encheu com a imagem de um iate que tinha que ter mais de cem pés de extensão. Pintado de um preto brilhante, tinha a forma de uma bala, as janelas escurecidas. — De acordo com as nossas regras internas, eles mudaram para a forma humana para dar assistência.

Riaz não tinha problemas em acreditar na explicação dela. Mais de uma marinheiro perdido ou tripulação tinha sido salva por membros do BlackSea, os changelings marítimos podiam ser notoriamente secretos, mas eles não hesitavam quando se tratava de uma questão de vida ou morte.

— Todas as sete pessoas a bordo eram Psy, — ela continuou. —Eles estavam mortos a tempo o bastante para esfriar, mas ainda não estavam cheirando mal. — Sete cenas de crime apareceram na tela, substituindo a imagem do iate. — Como vocês podem ver, eles parecem ter sido executados.

— Sugere uma equipe com treinamento militar, — Kenji murmurou antes de pausar e pedir para Emani reorganizar as imagens de certa forma. — Não, não uma equipe. Olhe para o que aposto ter sido a primeira morte, pescoço quebrado. O resto são todos golpes limpos com uma arma laser. Silencioso e eficiente.

— Concordamos. Parece que o indivíduo responsável pelas execuções tomou a arma da primeira vítima e a usou para eliminar os outros.

E, Riaz pensou, se o iate havia sido encontrado em alto mar, isso apontava o envolvimento de outra equipe, ninguém além de um changeling aquático poderia ter nadado até a costa de tão longe. Nesse caso, BlackSea teria afundado a embarcação logo após, ninguém sairia livre.

— Nosso pessoal, — Emani disse, interrompendo seus pensamentos, — Teve tempo o bastante antes de o time Psy rebocar o iate para que pudéssemos coletar uma significante quantia de informação. Uma das coisas que nós descobrimos foi esse pedaço de tecido.

Riaz encarou a imagem do quadrado rasgado, uma metade mostrando um emblema de algum tipo. — Eu já vi isso antes.

— Sim, muito provável. — Emani digitou um comando e a imagem se reformou, inteira.

Kenji silvou. — Filho da puta.





Adria tinha acabado de terminar seu café com Tarah e estava voltando ao seu escritório um pouco abaixo no corredor de Drew quando Shawnelle se apressou até ela. Com uma personalidade exuberante e selvagens cachos cor de bronze para completar, a atlética garota de quinze anos era incrivelmente doce, uma gentil maternal submissa.

— Você não esqueceu? — a garota perguntou.

— Não, — Adria reassegurou a ela. — Eu estava indo pegar minha câmera, você quer fotos, certo?

Um sorriso brilhante contra a casca pálida de uma árvore. —Você acha que alguém vai querer ver?

— Não tente se fazer de tímida comigo, — Adria provocou, puxando um dos cachos de Shawnie. — Walker me falou dos seus truques.

Shawnie riu, protestando sua inocência por todo o caminho até o escritório de Adria, onde Adria pegou uma câmera capaz de tirar fotos holográficas tão bem quanto fotos bi dimensionais em alta qualidade. — Eu sou toda sua.

Shawnelle a guiou rapidamente pelo corredor, além de todas as seções ocupadas, para uma pequena sala bem no fim. Empurrando a porta, acenou para Adria entrar com gestos animados.

Entrando, Adria assobiou. — Você tem um grupo de elfos trabalhando para você?

— Os outros ajudaram, — Shawnie disse. — Especialmente Becca e Ivy.

Adria balançou a cabeça. A sala tinha somente quatro paredes de pedra e uma porta quando ela ajudou Shawnie a fazer o pedido por ela. A adolescente estava apavorada de ter que falar com Riley sozinha, mas tinha vontade. Tudo que Adria teve que fazer foi apoiá-la moralmente.

Agora, as quatro paredes estavam pintadas de diferentes cores, desde verde limão à laranja vivo à um azul piscina e branco puro, os restantes de tinta sem dúvidas eram sobras de quando as maternais reformaram as áreas comunais da toca. Vibrante e viva, a sala combinava com Shawnie. O carpete desgastado no chão era claramente um descarte da casa de alguém, mas tinha sido lavado e aspirado, sua aparência usada e elegante providenciando conforto a sala.

Contra uma parede de pedra estava uma longa mesa onde estavam espalhadas amostras de tecido, ao lado de uma máquina de costurar compacta, enquanto havia um pequeno cubículo de cortina no fundo. Indo até o cubículo, Shawnie sussurrou para a pessoa no outro lado, Ivy, pelo cheiro, então olhou para Adria. —Pronta?

Adria ergueu a câmera. — Pronta.

Respirando fundo, Shawnie puxou a cortina com um floreio teatral para revelar sua amiga vestida em uma jaqueta belamente trabalhada que se apertava na cintura antes de se espalhar gentilmente acima do quadril delgado de Ivy. Era detalhada com contas no ombro, como se uma chuva colorida tivesse caído no veludo da jaqueta, e sobre um simples jeans azul, saltos pretos de tiras para completar o look.

Estonteada pela beleza do trabalho de Shawnie, Adria não disse nada enquanto Ivy fazia um número de poses para mostrar completamente a jaqueta. — Queria, você é uma estrela. — Ela sorriu para Ivy. — E você está no caminho de uma topmodel.

As duas coraram, olhando uma para a outra com sorrisos imensos.

Adria tirou uma foto, capturando o momento. — Esta é para vocês duas. — Então tirou mais algumas fotos de Ivy mostrando a criação de Shawnie para o jornal semanal dos SnowDancer.

— Você realmente gostou? — Shawnie perguntou depois, seu coração ancioso.

— Eu usaria se fosse do meu tamanho, — Adria disse honestamente, ciente de nutrir o orgulho e autoconfiança dos juvenis, mesmo não listado em nenhum lugar em seu contrato oficial como treinadora de Shawnie, afetaria todos os outros aspectos da vida da garota, incluindo os movimentos agressivos e defensivos que Adria estava ensinando-lhe.

Quando Shawnie foi ajudar Ivy a tirar a jaqueta, a loba de Adria deitou a cabeça em suas patas, sua barriga morna com contentamento; assim como a parte humana dela, sua loba sabia que esse trabalho era tão importante para a saúde do clã quanto qualquer vitória em batalha, qualquer medida de segurança. O espírito brilhante de Shawnie, o prazer inocente de Ivy pela conquista de sua amiga, essas eram coisas que todos os dominantes lutavam pra proteger.





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