Alfa: Lucas Hunter Curadora



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Adria afastou seu prato, apetite perdido. — Ele sobreviveu?— Lavagem cerebral era difícil em mentes Psy pelo que ela percebeu dos Laurens, mas era brutal em changelings, envolvendo a quebra de seus fortes escudos naturais. Com seres humanos poderia acabar de qualquer maneira, uma vez que seus escudos naturais eram tão fracos a ponto de quase não existirem, mas seus cérebros também não foram construído para aguentar esse tipo de pressão psíquica.

— Ele está suportando a vida, — O tom de Bo era sombrio. — Nós estamos tentando tudo o que podemos para lhe dar uma chance, mas...— Esfregando o queixo, ele respirou fundo, e quando falou em seguida, a desolação fora substituída pela raiva. — Ele foi, é, um homem bom, lutou muito para não ceder às compulsões. Os médicos dizem que ele deve ter hemorragias nasais constantes, pior até.

— Você acha que ele falhou, — disse Riaz, sua raiva uma coisa perigosa e calma que falava por si própria. — Ele comprometeu o seu sistema de comunicação interna?

— A coisa é que, — Bo disse, — Reuben não pode nos dizer o que fez ou não, quando descobrimos o que os bastardos lhe fizeram, ele entrou em coma. — Ele moveu sua cadeira para o lado, para que pudesse ver a tela de comunicação e a eles ao mesmo tempo. — Nós estamos no processo de arrancar e reinstalar cada peça de equipamento de comunicação em posição. Software e hardware. Até que esteja completo, estaremos em desligamento total com qualquer uma além das conversas mais banais.

— Celulares? — Riaz perguntou.

— Nós estamos substituindo tudo, foi Reuben quem nos entregou os antigos. — Ele balançou a cabeça. — Os novos devem chegar hoje para os técnicos desmontarem e checarem.

Adria concordou com as precauções, extremas como poderiam parecer. Só um tolo não consideraria a raça Psy uma ameaça. — Você tem alguma ideia de quem orquestrou o ataque contra Reuben? — Era fácil generalizar os Psy como o inimigo, mas a raça psíquica percorria a gama de inocente à mal, assim como changelings e seres humanos.

A expressão de Bo se tornou brutal, despida de qualquer vestígio remanescente do charme que exibira mais cedo. Um toque rápido no controle remoto e a imagem de Reuben foi substituída pela de uma mulher com maçãs do rosto que poderiam cortar vidro. Seu cabelo era um profundo mogno luxuriante, a pele com um ligeiro tom de oliva, seus olhos de um perspicaz verde-avelã.

— Tatiana Rika-Smythe. — Gelo em cada sílaba. — Ela não é tão chamativa quanto alguns dos outros Conselheiros, é mais parecida com uma cobra na grama.

— Você soa certo. — Adria estava na hierarquia superior do clã tempo suficiente para saber que os Conselheiros tinham uma maneira de trabalhar maquinações por trás de maquinações.

Bo descartou a foto de Tatiana por outra imagem, a do iate que começara tudo. Estava à deriva no oceano. — Perguntem o por quê de eu estar naquele iate no meio da porra do Mediterrâneo com sete guardas Psy.

As garras de Adria se expuseram, ameaçando marcar a madeira brilhante da mesa. — Eles planejavam controlá-lo também.— Foi necessário um esforço consciente para retrair suas garras, Riaz manteve o controle sobre as suas, mas seus olhos eram de um hipnótico e perigoso ouro.

Bo levou vários minutos para responder, lutando claramente contra a raiva que fizera linhas brancas aparecem ao redor de sua boca, esculpidas na tonalidade quente de sua pele. — Estamos começando a pensar que foi isso que aconteceu com o antigo presidente, — ele disse por fim. — Explicaria por que de repente ele começou a tomar aquelas decisões idiotas, na época, todos nós o odiávamos. Agora... Tenho pena do pobre bastardo. — Passando a mão sobre a curva suave de seu crânio, ele pegou uma garrafa de água, engolindo metade antes de falar novamente. — Um deles me atordoou quando eu estava voltando para casa por volta das nove da noite. Quando acordei, eu estava no iate.

Foi uma história plausível, especialmente porque envolvia um homem que, como todos os homens fortes, não achava que algo poderia tocá-lo, mas algo não soava verdadeiro. — Você não é o chefe oficial da Aliança, — ela disse, nunca tirando os olhos do rosto dele.

— A posição do presidente é agora amplamente administrativa. — Bo ignorou a pergunta implícita, sua expressão traindo nada. — Significando que Rika-Smythe tem boas fontes de informação.

— Você está me dizendo, — ela insistiu, consciente de Riaz ficando imóvel ao seu lado, — que você foi arrogante o suficiente para sair sozinho depois de escurecer quando já havia descoberto o que tinha sido feito a Reuben, e sabia que os Psy podiam estar lá fora para mexer com você?

O sorriso de Bo era lento e perigoso. — Esperta e sexy, meu tipo perfeito de mulher. — Ele terminou a água. — Nós estavamos trabalhando no pressuposto de que com Reuben fora da jogada, alguém com o nível de acesso dele aos nossos sistemas seria um alvo. Garantimos que todos com essa classificação estivessem protegidos exceto por mim.

— Brincando de isca? — Riaz bateu os dedos sobre a mesa. — Não havia maneira de você saber que seria capaz de lidar com os agentes que capturassem você.

— Eu não era uma isca estúpida, — Bo disse com um bufo ofendido. — Tinha um rastreador GPS implantado uma polegada abaixo da minha axila, onde praticamente ninguém pensa em verificar. Também tinha uma equipe no ar acima de mim todo o tempo.

O homem tinha coragem, Adria pensou. Porque com apoio aéreo ou não, ele estivera por conta própria no iate. — Você não estava preocupado com coação psíquica?

Uma pequena pausa antes de Riaz assobiar. — Filho da puta. — Seu tom era uma mistura de admiração e incredulidade. — Você conseguiu, você realmente descobriu como fazer aquele chip funcionar.

Trinta e nove

Foi depois do primeiro encontro com a Aliança que o clã descobrira que o grupo estava fazendo experiências com um chip que, uma vez implantado, agia como um escudo contra a invasão Psy. Ou esta vinha sendo a versão oficial transmitida aos soldados da Aliança. Na verdade, os chips originais agiram como interruptores remotos para matar.

O sorriso de Bo era severamente satisfeito. — O inferno que sim.

Riaz estava impressionado, mas ele precisava da resposta à outra pergunta antes que pudesse perguntar a Bo por mais informações sobre o chip. — Ashaya Aleine sabe? — A cientista era uma das pessoas mais experientes no mundo quando se tratava de implantes neurais e tinha, quando a poeira assentou após o sequestro abortado, concordado em ajudar Bo e seu povo a corrigir o chip defeituoso. Se ela e, por extensão, DarkRiver, sabia do sucesso da Aliança e não compartilhou as informações, a merda ia bater no ventilador. Forte o suficiente para cobrir a todos.

— Não. — Bowen cortou o ar com sua mão, seu tom de voz não deixando espaço para dúvidas. — A ajuda dela era crítica, e nenhum de nós nunca será nada além de grato, mas ela não é da Aliança, não guardaria nossos segredos. — Uma resposta contundente. — O protótipo mais recente que mandamos para ela foi criado a partir de um dos projetos anteriores. Imaginamos compartilhar a verdade uma vez que estivéssemos prontos para os clãs saberem.

— O incidente do iate empurrou as coisas para antes do previsto, — supôs Riaz, seu lobo relaxado agora que sabia que não teria de informar seu alfa que um dos membros do clã que era seu aliado mais confiável violara a aliança entre eles. Ao lado dele, sentiu a tensão deixar Adria, também.

— Votamos em que Ashaya tenha uma participação de vinte e cinco por cento na patente, — Bo disse depois de acenar afirmativamente à declaração de Riaz. — Uma patente que vamos registrar quando o inferno congelar, portanto Aleine é dona de uma porcentagem em um projeto que nunca gerará qualquer lucro. A única coisa importante é colocar o chip em tantos humanos quanto possível. Estar protegido de violações mentais não deve ser um luxo.

Riaz não ficou surpreso com o sigilo, mas a confiança de Bo no sucesso do implante parecia prematura.

Adria ecoou seus pensamentos, a rebeldia delicada de seu aroma envolvendo-o quando ela se inclinou sobre a mesa. — Eu não vejo pessoas fazendo fila para serem implantadas.

— Muita confiança se estivessem, — Riaz acrescentou, restringindo a vontade de passar lentamente a mão pelo arco das costas dela, exibido tão lindamente por sua posição atual.

— Vocês estão pensando a partir de uma perspectiva changeling, — disse Bo, paixão infernal nos olhos dele. — Humanos... Vocês não tem ideia de como é andar por aí sabendo que um dos Psy poderia deslizar em sua mente a qualquer momento e levar coisas, ou plantar coisas. É estupro e é uma violação cometida várias vezes contra pessoas que não podem revidar. — Palavras duras e diretas. — Um humano faz uma descoberta tecnológica, e a próxima coisa que fica sabendo é que os Psy já tem uma patente sobre a invenção. Coincidência apenas. — Seu riso era amargo. — Isso se eles optarem por deixar as memórias do humano intactas para que ele ou ela sequer saiba que foi roubado.

Fechando a mão sobre a mesa, ele soltou um suspiro, sua próxima declaração não foi tão encharcada de raiva. — O lançamento inicial foi suave, limitado ao pessoal da Aliança que eu pessoalmente examinei. Reuben não estava na lista. Se ele estivesse... — Ele balançou a cabeça. — Isso está feito e se foi. O fato é que os Psy vão descobrir mais cedo ou mais tarde, então nós começamos uma operação completa da Aliança. Todo mundo que quiser o chip consegue um.

Não havia nada que Riaz pudesse dizer sobre isto, cada palavra que Bo falara era uma feia verdade. Mas os SnowDancer entendiam o senso dele de violação de uma maneira que outros homens não podiam compreender. Os Psy violaram muitos de seus mais fortes, há duas décadas, quase destruíram o clã. Riaz era um juvenil, mas ele nunca iria esquecer o sangue, a perda... E a determinação letal nos olhos do menino com cabelo de prata e ouro, que havia se tornado seu alfa quando era pouco mais do que uma criança.

Riaz viu a mesma determinação inflexível no rosto de Bo. Seja o que fosse necessário, qualquer que fosse o custo pessoal, ele sabia que Bo não hesitaria, não se isso significasse proteger o seu povo. — Você foi o primeiro?

— De maneira nenhuma eu pediria aos meus homens e mulheres que fizessem algo que eu não faria.

A voz rouca de Adria roçou a pele de Riaz, roubando sua atenção. — Eu não vi o chip na parte de trás do seu pescoço. Você mudou o local?

— Está lá. Coberto por um emplastro cutâneo, que combina com o tom da minha pele. — Ele sacudiu a cabeça na direção de Adria, tanto desafio quanto flerte no leve sorriso em seus lábios. — Você pode senti-lo se quiser.

Mais uma vez, o lobo de Riaz mostrou seus caninos, mas manteve silêncio, sabendo que Bo estava brincando com sua coleira. No entanto, seu foco era agudo e mortal, enquanto observava a mulher que era sua amante caminhar até ficar em pé atrás da cadeira de Bo.

— Onde? — ela exigiu.

— Aqui. — Alcançando, ele bateu em um ponto.

Incapaz de ver qualquer diferença no tom marrom mel de sua pele, Adria pressionou a ponta de seu dedo sobre o calor da nuca dele. A dureza era leve, mas quando ela traçou ao redor da área, percebeu que formava um pequeno quadrado. Olhando para Riaz, ela balançou a cabeça, assustada com a maneira como o lobo a olhava por aqueles olhos. Com a garganta seca de repente, ela teve de quebrar o contato visual, limpar a garganta, antes que pudesse falar. — Pode ser uma simulação.

Bo encolheu os ombros. — Eu estou são e salvo depois de ter sido cativo de sete Psys. Pense nisso.

Ela pensou, e apesar de suas palavras, seu instinto era acreditar nele.

Riaz colocou o braço sobre o encosto da cadeira assim que ela retomou seu assento, sua atenção em Bo, mas os dedos roçando ligeiramente seu cabelo. O coração dela bateu em suas costelas, porque embora pudesse ser sutil, ela entendeu como uma demonstração possessiva. Era a primeira vez que ele fazia algo do tipo em público, um aviso da famosa tendência do lobo solitário em direção a possessividade. A questão era que Adria nunca esperara que ele mirasse esse aspecto de sua personalidade nela.

Ela ainda estava tentando descobrir como responder ao ato inesperado quando ele falou, sua voz rastejando sob sua pele para tocar partes suas que não tinha o direito de tocar.

— Se você não pediu ajuda a Ashaya para testar o implante, — ele perguntou, com os olhos que haviam retornado à seu tom humano presos em Bowen, — em quem você confiou o suficiente para fazer o teste?

Bowen tomou o seu tempo para responder. — Nós ouvimos falar sobre os Laurens, — ele disse quando de fato falou, sua expressão não oferecendo coisa alguma. — Sobre como eles estiveram vivos todo esse tempo. Como eles fazem isso? Uma rede familiar?

Adria inclinou-se com excitação, sem querer quebrar o contato com Riaz. — Outra família de desertores?

No entanto, Bowen balançou a cabeça. — Não. — Outra pausa. — Vamos apenas chamá-los de um grupo bem organizado. — Sua expressão deixou claro que não compartilharia qualquer outro detalhe da identidade deles. — Eles deixam a Rede por categorias, mudaram sua aparência, e se misturaram com a população. Ninguém teria sido mais sábio, exceto que um deles foi ferido em um acidente seis meses atrás, atingido por tijolos caindo de um prédio sob manutenção.

Adria encontrou-se deslizando para trás em seu assento, sua pele queimando no contato renovado com os dedos de Riaz.

— Eu o vi tentando mancar para longe. — Bo continuou. — Eu tenho certeza de que ele normalmente não diria uma palavra, mas ele estava contundido na época, e repetia ‘sem perfil de DNA’ enquanto eu o levava para a ambulância. Eu imaginei que ele tivesse um mandado de prisão sobre ele, mas então ele murmurou a ‘Rede Psy’. — Um encolher de ombros. — Eu fiz o que qualquer bom chefe de segurança faria. Eu o trouxe aqui, o tratei, e o interroguei enquanto ele ainda estava dopado.

Um ato cruel, mas então, do que Adria sabia dele, Bo nunca fingiria ser outra coisa quando se tratava de cuidar de seu povo. A loba nela respeitou isto, mesmo entendendo que o homem da Aliança trairia mesmo o aliado mais fiel se chegasse a uma escolha entre o aliado e aqueles que ele considera seus protegidos.

— Quando os amigos dele conseguiram localizá-lo, — ele disse, — nós soubemos quem eles eram, e que chantageá-los seria uma ideia muito ruim, então simplesmente sugerimos que os nossos interesses podiam se misturar e deixamos assim.

Uma decisão inteligente e calculista, de um homem que Riaz vira soltar charme como uma torneira em um bem-sucedido esforço para desviar a atenção das pessoas de sua inteligência de olhos frios. — Você tem coragem, tenho que admitir.

O sorriso de Bowen foi um lampejo de caninos. — A razão de sabermos que Tatiana está por trás do ataque a Reuben, — ele disse, o sorrindo desaparecendo tão rapidamente quanto surgira, — foi que os homens enviados para me levar não se preocuparam em esconder a conversa nos comunicadores que tiveram com ela uma vez que eu estava a bordo, mesmo o atordoamento tendo passado.

— Descuidados? — Riaz traçou círculos na nuca de Adria com a ponta de seu dedo.

— Eles imaginaram que eu não estaria em uma posição de dizer qualquer coisa depois que ela terminasse comigo. — Apoiando os antebraços sobre a madeira brilhante da mesa, Bo soltou bruscamente suas próximas palavras. — A cadela faz ela mesma a reprogramação, deixou claro que ninguém mais deveria me tocar.

Considerando os fatos, Riaz tomou a decisão tática de compartilhar um pouco de conhecimento. — Supõem-se que Tatiana tenha a capacidade de penetrar quase qualquer escudo.

As pupilas de Bo se contraíram. — Merda.

— Sim. Nenhuma maneira de saber se o chip a manteria fora, desde que é tecnológico, não natural, — Riaz disse, — mas parece que ela pode entrar na maioria das mentes sem causar grande estrago.

— Menos cicatrizes para se esconder, — Adria disse, e ele ouviu a empatia nela, o coração mole que ela escondia debaixo do exterior duro.

— Mas, — ele acrescentou, envolvendo a nuca dela suavemente com a mão, — a habilidade de Tatiana é notável por causa de quão incomum é, por isso não altera o impacto do chip. Ainda assim, seu povo precisa assegurar que não fique acomodado.

— Anotado.

— Uma vez que você tire a vantagem psíquica deles, — Adria disse no silêncio que havia caído após o breve aceno de cabeça de Bo, — os Psy são muito vulneráveis.

Como, Riaz devaneou, Bowen provara com eficiência mortal no iate.

— Eles têm uma tendência de confiar em suas habilidades, — o macho humano concordou. — Aqueles que eu derrubei no iate estavam armados, mas eles prestaram tão pouca atenção em mim, que foi a operação mais fácil que eu já completei. Um único guarda na porta? — Ele bufou. — Assim que peguei a arma dele, estava tudo acabado. Nenhum dos outros estava em alerta, pois eles assumiram que suas varreduras telepáticas iriam avisá-los de um intruso.

— Por que matá-los? — A pergunta de Adria traíu a compaixão inerente à sua natureza. — Por que não simplesmente incapacitá-los?

— Uma mensagem, — Riaz respondeu, o predador nele reconhecendo aquele que sentava a um metro de distância. — Ele estava enviando uma mensagem. Eles fodem com a Aliança, vocês não vão manter prisioneiros.

Um pequeno encolher de ombros de Bowen, os olhos negros como azeviche com um propósito letal. — Deixá-los vivos teria sido um sinal de fraqueza, e Tatiana espera fraqueza das raças ‘emotivas’. O que a cadela não entende é que a raiva é uma emoção, também.



Quarenta


Depois de ter passado duas horas com Bowen, discutindo as vantagens que os escudos artificiais podiam apresentar aos humanos, SnowDancer e aos clãs de seus aliados, Riaz reportou a Hawke por meio de um link de comunicação via satélite altamente seguro usando um equipamento preparado em um pequeno escritório dos SnowDancer escondido em Veneza. Embora o escritório não fosse utilizado exceto quando Pierce estava na cidade, tinha várias camadas de segurança que nem mesmo um teletransportador poderia romper sem disparar um alarme silencioso. Não que eles encontrariam muito além de alguns caros equipamentos de comunicação, o histórico de chamadas foi criado para apagar-se um segundo depois de o usuário desligar.

— Bo diz que enviou para Ashaya o chip final mais cedo, depois de tomar a decisão de nos inteirar do segredo, — ele disse a seu alfa. — Deixá-la testá-lo tão bem quanto possa. — Riaz não estava certo de até onde a cientista poderia ir sem implantá-lo em alguém, mas valia a tentativa. — De maneira alguma vou aceitar a palavra de Bo sobre a eficácia da tecnologia.

Hawke assentiu e Riaz quase podia vê-lo ponderando todas as variáveis ​​possíveis antes de dizer, — Também quero enviar Judd, testar aquele que está no Bo.

— Eu imaginei. Bo está esperando.

Hawke olhou para o lado, com a cabeça inclinada em um ângulo de escuta. Voltando-se para Riaz depois de alguns segundos, ele disse: — Judd não vai conseguir chegar aí até amanhã à noite. Está bem para vocês ficarem?

— Sim. — Ele se virou para a mulher ao lado dele. — Você?

Adria assentiu e falou diretamente com Hawke. — Eu deixei dois dias livres só para garantir.

— Mesmo que você não tivesse, — Hawke disse, o sorriso de seu lobo de repente em seus olhos, — Riley está tão feliz agora, que está concedendo licença para todo mundo que pede. Estou meio com medo de virar e descobrir que toda a toca partiu para as Bahamas.

Todos eles sorriram com a ideia do sólido e estável Riley em uma espiral de alegria. Riaz não podia imaginar isso acontecendo com um homem melhor. — Ele já levou Mercy à violência?

— Não até agora, mas eu tenho pipoca para quando o show começar.

Desligando depois de outra rodada de risos, Riaz e Adria reiniciaram a segurança e saíram por uma passagem engenhosa que os despejaram em um pequeno, mas movimentado distrito comercial.

A caminhada até o hotel foi rápida, as ruas ao redor deles envoltas em trevas de veludo invadidas pelas luzes cintilantes de vários restaurantes que derramavam conversas calorosas para a rua. — Jantar na varanda? — ele sugeriu enquanto entravam em seu quarto no segundo andar.

Adria se iluminou.

E algo dentro dele suavizou, uma ternura selvagem invadindo suas veias. — O que você quer? — Ele pegou o menu do serviço de quarto.

*****

Dando a gorjeta do garçom na porta, o próprio Riaz levou a comida para a varanda. A temperatura caíra, mas permaneceu confortável, a noite pontilhada com belas luzes coloridas de um restaurante próximo, as janelas em tons de ouro de outro hotel pequeno, as luzes à moda antiga da rua. Não muito longe, à distância, a água dançava preta e sedosa através de um canal.

Servindo duas taças de vinho, ele entregou uma a Adria. — À Veneza.

Ela tocou a taça a dele, seu cabelo caindo sobre os ombros. — À Veneza.

Foi quase como se eles tivessem feito um voto... Mas qual, ele não sabia.

A comida era simples, mas o sabor satisfazia, assim como a música sombriamente romântica cantada com alegria por um músico de rua à noite. Taça de vinho na mão após eles terem comido, o vinho como rubis da meia-noite à luz silenciada, Riaz observava Adria. Ela girou em sua cadeira para cruzar os braços sobre os arabescos de metal do parapeito, com o rosto virado na direção do vento suave e seu ouvido inclinado para a música. Todas as preocupações dela pareciam ter desaparecido, a dureza criada pela vida se fora, até que sua beleza fosse primorosa, as linhas de seu rosto elegantes e graciosas.

Esta, ele pensou, era como ela era sem a desconfiança, a mágoa e os escudos. Uma mulher que, ele de repente soube, lhe contaria verdades que a outra Adria nunca diria. Por mais perigosa que fosse esta corda bamba em que ele estava andando, largou o vinho e estendeu a mão. — Dança?

Um olhar surpreso, as manchas de ouro em seus olhos mais vivas no escuro... A loba vindo à superfície. Mas ela se levantou, correu para os seus braços, uma das mãos na nuca dele, a outra fechada com a sua própria enquanto ele passava o braço livre em volta da cintura dela. Ela era alta o suficiente para que ele não precisasse se dobrar, não precisasse fazer nada além de se aproximar. Seus corpos alinhados em doce perfeição, a cabeça dela logo abaixo de seu queixo.

Um ajuste impecável.

Inspirando as notas escondidas de calor terroso da essência dela, ele se moveu ao balanço da música, seu sangue quente, seu corpo pronto. Mas nenhuma parte dele estava com pressa. Ele sempre correra muito com Adria, sempre em muita necessidade. Esta noite, essa necessidade estava temperada com o orgulho sexual de um macho dominante, o desejo de mostrar a ela o amante que ele poderia ser quando sua cabeça não estava desajustada.

O fato não era onde, mesmo que ele estivesse em Veneza, tudo começara por causa dela, esta mulher forte, resguardada e complicada que se transformava em uma deusa de membros preguiçosos em seus braços. Ele não conseguia entender muito bem como isso aconteceu, como chegara a confiar que ela nunca trairia seus segredos, mas ele confiava. Então, quando ela levantou o rosto ao dele, longos dedos acariciando sua nuca, ele abaixou a cabeça e encontrou seu beijo no meio do caminho.

Quente, exuberante e aberto, era um embaraço lânguido de bocas. A suavidade dela, as curvas, a força esbelta, tudo embriagante. Seu aroma estava em cada respiração, e ele se perguntou se ela estava se fundindo a sua pele, tornando-se parte dele. Era o que acontecia com amantes, ele lutou contra a mudança, não querendo o aroma de outra mulher em sua pele... Mas seu lobo não afastava a ideia com garras neste momento.

Por mais doloroso que fosse, seu coração selvagem aceitara o que nunca poderia ser, embora ele ainda não conseguisse esquecer. Mas era simplesmente isso, nunca teria sido suficiente. Tanto o homem quanto o lobo ficaram fascinados com o enigma que era Adria. A coragem que testemunhara sob o fogo era apenas uma faceta de uma complexa pedra preciosa. Ele já sabia que sua superfície áspera e espinhosa era uma fachada, a mulher debaixo, uma que entendia os SnowDancer mais vulneráveis... E que sabia oferecer conforto a um homem ferido sem desmoralizá-lo.


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