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FOGO MORTO
Obra dividida em três partes, com duas personagens no foco da narrativa da primeira parte, denominada O mestre José Amaro. Zé Amaro, seleiro, democrata convicto, desiludido, sombrio, sofrido (Lula de Holanda quer que ele vá embora) e vencido pelos infortúnios da vida (é espancado pela polícia por ter ajudado um cangaceiro), com a filha solteira, enlouquecida, a chorar pelos cantos da casa e a mulher, Sinhá, a resmungar, até que o abandona. Zé Amaro acaba se suicidando com a faca de cortar couro, seu instrumento de trabalho, quando é preso e depois solto, pensa não haver outra alternativa senão o suicídio. A segunda parte, O engenho de seu Lula é a estória do Santa Fé que, depois da prosperidade nas mãos do capitão Tomás Cabral de Melo, sofre uma ruína nas mãos de seu Lula, Luís César de Holanda, genro do primeiro, casado com Amélia, filha de Tomás. O capitão Vitorino é o título da terceira estória. Vitorino Papa-Rabo ou Vitorino Carneiro da Cunha, compadre de Zé Amaro, é comparado a um Dom Quixote do sertão, brigando por justiça e igualdade, sempre defendendo os mais simples contra os poderosos da terra, embora parente do poderoso coronel José Paulino. Vitorino é dado a bravatas, com discursos inflamados contra os poderosos e corruptos da região. No mais, há toda uma cidade amedrontada, principalmente pelo jugo imposto por Lula de Holanda Chacon, herdeiro do engenho Santa Fé, latifundiário, dono de engenho, senil, supersticioso, refugia-se no misticismo religioso, e ainda com muito poder, além de uma doentia relação possessiva com sua filha. Do outro lado, está  Antônio Silvino, o cangaceiro que, com seus homens, percorre a região, levando medo ao coronel Lula, dando trabalho à volante sob o comando do tenente Maurício. Zé Amaro é delatado como informante dos cangaceiros, é preso e torturado para contar sobre o bando. Nada conta e apanha bastante. Vitorino Papa-Rabo tenta livrá-lo e também é preso. Depois, ambos são libertados. Zé Amaro se suicida pela vergonha de ter apanhado na cara. Sua mulher abandona o local e sua filha, demente, está  internada num asilo da capital. Lula de Holanda está atacado por doenças, praticamente morto.
PEDRA BONITA/CANGACEIROS
Novamente dois romances num só resumo, por sua ligação. Pedra Bonita tem início no vilarejo de Açu. onde o vigário tem consigo o menino Bentinho, desde que este era criança. Antônio Bento é o nome completo e a intenção do vigário era de colocá-lo num seminário. A intenção todavia é frustrada, mas Bentinho se torna sacristão do vigário, também seu padrinho. A população hostiliza-o por pensar que ele faz parte de uma turma de desencaminhados. O vigário acusa o juiz da cidade como responsável, conseguindo transferi-lo para a capital. Para vingar-se, o juiz acusa de conivência com bandidos. A segunda parte é passada em Pedra Bonita, para onde se mudara Bentinho. Seu irmão o inicia nos segredos da cidade. Numa ocasião, mata um soldado e se refugia no cangaço. A indecisão entre a doutrina do padre Amâncio e a crença de sua gente, vendo pobres, aleijados e enfermos enlouquecidos pelo desejo de cura. Bentinho retorna, então, a Açu e fica com os seus. Cangaceiros conta e estória da família de Bentinho, após a dizimação dos beatos pelas tropas. Um irmão de Bentinho, mais chegado a ele, de nome Domício, já está engajado no bando de cangaceiros, cujo líder é Aparício, o irmão mais velho. Bentinho passa a tomar conta da mãe, refugiando-se ambos na fazenda do coronel Custódio. A ação do livro viaja pela vida de Bentinho, sua amizade com os demais moradores, seu namoro com Alice, as informações sobre a vida do irmão. A mãe enlouquece e passa a rogar pragas. O coronel Custódio vive na esperança der ver a vingança da morte de seu filho pelos cangaceiros.
LÚCIO CARDOSO: Maleita; Salgueiro; A luz no subsolo; Mãos vazias; O desconhecido; Dias perdidos; Inácio; A professora Hilda; O anfiteatro; Crônica da casa assassinada (romances). Poesias; Novas poesias (poesia). Psicólogo da linha introspectiva, passando do naturalismo (ambientes e personagens sórdidos) a um aprofundamento da personagem como eixo de ficção, num mundo ilógico, trágico, pesadelar.
MARQUES REBELO: Marafa; A estrela sobe; O espelho partido (romances). Oscarina; Três Caminhos; Stela me abre a porta; O simples coronel Madureira (novelas e contos). Rua alegre 12 (teatro). Mestre na arte do conto. Dedicação à ficção urbana carioca, com retratos de homens, paisagens, ambientes. Personagens da classe média ou pequeno-burguesa, com alcance universal pelos problemas existenciais psicossociológicos e profundo sentimento humano. Narrativa linear, progressiva, expressão fluente, ternura, sentimentalismo. Simplicidade e oralidade, economia de palavras. Exploração da linguagem popular, gíria e calão.
RACHEL DE QUEIROZ: O quinze; João Miguel; Caminho de pedras; As três Marias; Quatro romances (romances). A donzela e a moura torta; 100 crônicas escolhidas; O brasileiro perplexo; Histórias e crônicas (crônicas e reminiscências). Lampião; A beata Maria do Egito (teatro). Partícipe do movimento renovador do romance brasileiro. Valorização definitiva pela fixação dos dramas e tipos humanos do Nordeste e pela linguagem. Importante documento lingüístico e modelo de expressão literária.
O QUINZE
A grande seca de 1915, destacando-se duas situações. A primeira é a seca em si e suas conseqüências tanto para Chico Bento, vaqueiro, e sua família, que, abatido pela famosa seca, perde seu emprego e tem que se retirar em busca de outras terras e novo trabalho. Descrição realista da miséria, da fome, da morte, da humilhação desses seres infelizes; como para o grande proprietário e criador de gado, representado por Vicente. A segunda é a relação afetiva entre Vicente, que encarna um moço puro porém rude, e a moça culta da capital, Conceição. O grande inimigo, entretanto, é a seca e, para combatê-lo, os heróis são os grandes proprietários e os pobres trabalhadores, pois o inimigo é comum. Conceição permanece solteira e adota o filhinho de seu compadre Chico Bento.


PÓS-MODERNISMO
NOTA INTRODUTÓRIA: No mundo, Organização das Nações Unidas, guerra fria, descolonização da Ásia e da África, Revolução Chinesa, Revolução Cubana, Guerra do Vietnã, a corrida espacial. No Brasil, fim do período Vargas, redemocratização, a volta de Getúlio Vargas e a Petrobrás, suicídio de Vargas, desenvolvimento de Juscelino Kubitschek, renúncia de Jânio Quadros, golpe militar, vigência do Ato Constitucional número 5. A literatura brasileira passa por alterações profundas. A prosa continua a busca de temas intimistas, de sondagem psicológica, introspectiva. A poesia ‚ mais equilibrada e séria, distante das conquistas e inovações dos modernistas de 22. Preocupação quanto ao restabelecimento da forma artística e bela, tendo como modelo os mestres do Parnasianismo e do Simbolismo. Ainda na prosa, o sertão místico, a recriação da fala do sertanejo. Por outro lado, permanência da poesia discursiva, vanguardas poéticas (poema concreto, poema práxis, poema processo), desenvolvimento do conto e da crônica.
ARIANO SUASSUNA: Os homens de barro; O casamento suspeitoso; Uma mulher vestida de sol; Auto de João da Cruz; Auto da Compadecida; O santo e a porca; A pena e a lei; O castigo da soberba; Farsa da preguiça; Romance d'A pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta (teatro). Obra voltada para os temas nordestinos, conseguindo criar um estilo original, sob influência de Gil Vicente, do teatro de marionetes e dos romanceiros populares do nordeste. Expressão das mais altas na dramaturgia brasileira. Espírito de improvisação; graça e humor dos imprevistos. Intencional primitivismo de recursos cênicos, naturalidade dos diálogos. Reavivamento do teatro do povo, com base social e moral.
AUTO DA COMPADECIDA
Teatro. Palhaço conduz a peça, onde João Grilo e Chicó, inseparáveis, são o protagonista e coadjuvante. Ambos, vivendo numa pequena cidade nordestina, aprontam com todos: Padre João, major Antônio Morais, Sacristão, Padeiro, Mulher do Padeiro, Bispo, Severino do Aracaju e um cangaceiro. João Grilo e Chicó conseguem com que o Padre benza o cachorro da Mulher do Padeiro, enredando a figura do major Antônio Morais. Com a morte do cachorro, conseguem-lhe um enterro em latim, mediante a invenção de um testamento, entrando Sacristão e Bispo na conversa. Com a chegada de Severino do Aracaju, conhecido cangaceiro e o Cabra, todos são mortos. João Grilo, com mais uma das suas, ilude Severino com uma gaita que faz ressuscitar. Com isso, mata Severino e o cabra. Entretanto, antes de morrer, o Cabra consegue matar João Grilo. Sobra somente Chicó. Dá-se então o julgamento deles com a presença do Demônio e um Diabo, na acusação, Manuel (Nosso Senhor Jesus Cristo) e a Compadecida (Nossa Senhora), na defesa. Depois de muita briga com o Demônio, João Grilo consegue com que o padeiro e sua Mulher, o Padre, o Bispo e o Sacristão sejam mandados para o purgatório, onde os cinco últimos lugares ainda estavam vazios. Severino do Aracaju e o Cabra são inocentados por serem um produto de violência praticada contra suas famílias. João Grilo, auxiliado pela Compadecida, pode voltar à vida, causando um baita susto em Chicó. Todo o dinheiro (do Padeiro, do Cangaceiro e outros) que estava em poder de Chicó, todavia, não vai servir para nada, uma vez que o mesmo havia prometido tudo a Nossa Senhora, caso João Grilo se salvasse.
CLARICE LISPECTOR: Perto do coração selvagem; O lustre; A cidade sitiada; A maçã no escuro; A paixão segundo G.H.; A hora da estrela (romances). Alguns contos; Laços de família (contos). A legião estrangeira (contos e crônicas). Essencialmente subjetiva, introspectiva,  vida de sensações e impressões, empenhada em tradução das experiências pessoais em linguagem estritamente pessoal. Tendência para fuga ao enredo (difusão, dispersão de forças, de interesse). Afastamento do social, do retrato da sociedade em crise. Aprofundamento na crise do próprio indivíduo, sua consciência e inconsciência.
PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
Joana, não tendo conhecido a mãe, passa a infância com seu pai. Ele morre e ela vai morar com uma tia. Joana é mandada para um internato, depois de ter roubado um livro. Depois, ela conhece Otávio, noivo de Lídia. Este abandona Lídia e casa-se com Joana. Todavia, o relacionamento com a noiva anterior continua e, daí, advém uma gravidez. Joana sabe do fato, mas esconde. Depois de uma conversa com Lídia, ela cede seu marido à outra e, então, entrega-se a um desconhecido. Há  alguns encontros e ele a abandona. Joana revela a Otávio o conhecimento de sua ligação com Lídia e exige dele um filho antes de sua separação definitiva.
A HORA DA ESTRELA
Rodrigo, escritor, após questionar-se sobre a profissão e o estilo adotados, resolve modificar o seu modo de vida e escrever uma estória, onde a personagem central é Macabéa, moça nordestina, de Alagoas, que muda para o Rio de Janeiro por não ter ninguém na vida. A obra é construída com Rodrigo mostrando paulatinamente o processo de criação, como num diálogo com o leitor. Indo para o Rio, Macabéa vai trabalhar como datilógrafa num escritório e é mandada embora devido à inexperiência. Compartilhando um quarto com outras quatro moças, seu viver é insignificante, até mesmo vegetativo, sem objetivo. Olímpico de Jesus, seu primeiro namorado. abandona-a por uma colega de escritório. Macabéa consulta uma cartomante que, por piedade, inventa um futuro promissor com namorado, emprego e fortuna. Ela sai eufórica e, ao atravessar a rua, é atropelada e morre: “a sua hora de estrela”.
GEIR CAMPOS: Rosa dos rumos; Arquipélago; Coroa de sonetos; Canto claro e poemas anteriores; Operário do canto; Canto provisório; Cantigas de acordar mulher (poesia). O vestíbulo (contos). O sonho de Calabar (teatro). Empenho decidido na poesia participante. Inspiração em temas político-sociais, nos anseios populares de justiça e paz.
GUIMARÃES ROSA: Magma (poesia). Sagarana; Corpo de baile; Primeiras estórias; Tutaméia; Terceiras estórias; Estas estórias (contos e novelas). Grande sertão: veredas (romances). Com o vaqueiro Mariano (reportagem). Regionalismo baseado na pesquisa e elaboração artística da linguagem. Estilização do material revelado pela pesquisa. Obra que exige imaginação poética de quem lê. Expressividade absoluta da língua, jogando com o arcaico e o moderno, o erudito e o popular, o nacional e o estrangeiro, o vulgar e o científico, o nobre e a gíria. Idas ao latim, ao grego e outros idiomas estrangeiros. Linguagem funcional (amoldada e recriada em função do que o autor ou suas personagens pensam ou sentem).
SAGARANA
O BURRINHO PEDRÊS: Um dos contos contidos em Sagarana, como os demais em seguida, narra a viagem do major Saulo e seu secretário Francolin, junto com dez vaqueiros, conduzindo uma boiada de sua fazenda até o arraial mais perto. Ali, dois trens esperam para conduzir a boiada em sua segunda etapa. Uma noite, várias montarias fogem, e Sete-de-Ouros, um burrinho velho, alquebrado, substitui uma delas. Ele é montado por João Nanico, o mais leve do grupo, para quem é uma humilhação. Eles entregam a boiada e a maioria volta. No arraial fica o major Saulo. Badu é trapaceado no jogo e, por isso, tem que voltar montado em Sete-de-Ouros. Uma chuva forte fez o ribeirão transbordar e todos os demais cavaleiros são tragados pela enchente. Sete-de-Ouros não se mete na confusão da travessia, devido a sua experiência. Badu é salvo por ter ficado abraçado ao pescoço do burrinho, dormindo pesadamente. Francolim também se salva agarrando-se à cauda do animal. O burro somente pára à porta da casa de Badu que ainda dorme em seu lombo. A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO - Mulato trigueiro, conversador e mentiroso, Lalino Salãthiel consegue criar estórias e planos, envolvendo a todos, que não ficam enraivecidos com ele. Contador de “causos”, fala de mulheres bonitas, deixa quem ouve maravilhado e enrola até mesmo seu chefe, seu Marra. Entretanto, as mulheres e outras coisas, ele só as conhecia de almanaques. Por isso, resolve ir para a cidade grande e verificar de perto. Maria Rita, sua mulher, é abandonada e ele vai para o Rio de Janeiro, prometendo a Ramiro, um espanhol, que nunca mais voltaria, em troca de dinheiro que este lhe empresta, por interesse em Maria Rita. Esta, logo vai morar com Ramiro. Na então Capital Federal, Lalino faz e acontece até o fim do dinheiro. Volta, torna-se cabo eleitoral do major Anacleto, inventa fofocas e confusões, desfazendo-as depois, impõe-se, e Anacleto, como recompensa, traz-lhe Maria Rita de volta e promove a expulsão de todos os espanhóis das proximidades. SARAPALHA - Ribeiro e Argemiro são primos que, inoculados pela malária, esperavam a chegada da morte, mesmo após o lugarejo ser abandonado. A malária havia feito centenas de vítimas. Ambos, mais uma negra, moram numa fazenda próxima e vivem sentados num cocho, ao sol, conversando sobre o mosquito, o rio, as plantas, o quinino. Um procura confortar o outro e cada qual pede favores ao outro para quando chegar a sua hora. A febre intermitente traz, em seus intervalos, as recordações: Ribeiro tinha uma mulher linda, Luísa, e Argemiro se apaixona por ela, nunca faltando ao respeito. No entanto, ela foge com outro. Nas conversas, Argemiro confessa seu amor pela mulher de Ribeiro, que o expulsa dali. Ao final, com a proximidade da morte, Argemiro se deita nas plantas à espera. Ribeiro também com um último ataque revê cenas e personagens. DUELO - Silvana, mulher de Turíbio Todo é apanhada em adultério por este, com Cassiano Gomes, devido à volta de uma pescaria antes do dia combinado. Turíbio faz uma tocaia na casa de Cassiano e acaba matando o irmão dele, por engano. Cassiano, por vingança, persegue Turíbio por todo o sertão, cruzando-o em todos os sentidos. Entretanto, durante a perseguição, Cassiano morre de ataque cardíaco. Timpim Vinte-e-Um é quem mata Turíbio, por causa de um favor devido a Cassiano. MINHA GENTE - O protagonista viaja para a fazenda de seu Tio Emílio, onde vai passar uns dias. Lá, há o encontro com a prima Maria Irma, por quem se sente atraído. Quanto à fazenda ele verifica que houve uma grande melhora por parte de Tio Emílio, que se mete na política. Todavia o protagonista, que também é o narrador, apaixonado, declara-se a Maria Irma e é recusado. Maria Irma está apaixonada por Ramiro e quer estragar o noivado deste com Amanda, a quem deseja apresentar ao primo. Com o decorrer da estória é isso que acontece: O protagonista-narrador se casa com Amanda e Ramiro se casa com Maria Irma. SÃO MARCOS - O narrador não acredita em feitiços e feiticeiros. Inclusive, debochando dos que acreditavam e de João Mangalô, orixá-pai daqueles outros que viviam nas cercanias. Um dia, em meio a um matagal, o narrador se encontra completamente cego. Ele consegue, através do tato, assomar à casa de João Mangalô, todo arranhado. Apesar de cego, ele avança e esmurra o negro até que, repentinamente, tudo fica claro. O negro então explica que simplesmente havia amarrado uma fita por cima dos olhos numa fotografia do rapaz. Por fim, João Mangalô recebe uma boa propina do narrador que se sente extremamente feliz por enxergar novamente. CORPO FECHADO - Os mais falados valentões daquele pedaço são tema de uma conversa entre Manuel Fulô e o doutor. José Boi, Desidério, Miliguido, Adejalma, Dejo e Targino são citados. Manuel Fulô estava de olho numa sela mexicana de Toniquinho das Pedras, benzedor da região, para a sua mula Beija-Flor. Toniquinho das Pedras não queria vender a sela pois estava de olho na Beija-Flor. Numa bebedeira, Manuel Fulô estava na venda Sua Excelência e lá aparece o pior dos valentões, o mais novo da região, Targino. Este se dirige a Manuel Fulô dizendo que gostara de das Dor, noiva deste e que ia passar um dia com ela, aconselhando a ficar quieto ou, caso contrário, iria matá-lo. Manuel resolve nada fazer, mas aparece Toniquinho das Pedras que combina uma troca com Beija-Flor e fecha o corpo de Manuel Fulô que vai para a rua, enfrenta Targino com apenas uma faquinha. Nada sofre e mata o valentão com aquela sua faquinha. CONVERSA DE BOIS. Um carro-de-bois leva para a cidade uma carga de rapaduras e mais um defunto por cima das rapaduras. O defunto é o pai do menino e o menino é o guia dos bois. Há também o carreiro. Durante meses, o pai gemeu e chorou em cima de uma cama, entrevado. O menino que dormia no mesmo quarto assistia àquele padecer, além dos ruídos que a mulher e o carreiro faziam em seus encontros. Este último, além de tudo, era rude e maltratava o menino. Pensando e conversando, os bois reclamam do carreiro, Soronho, das ferroadas que levam dele e falam de casos de outros bois e do “bezerro de homem”, o menino, Tião. Tião sente vontade de matar Soronho que vai dormindo em cima do carro. Os bois encarnam aquela vontade e combinam entre si, dando um tranco mais forte que balança o carro-de-bois. Com o tranco, Soronho cai em baixo das rodas e uma delas lhe passa sobre o pescoço. Tião se apavora e grita e chora e se desculpa. No final, o carro-de-bois anda mais depressa, embora sejam dois os defuntos que carrega. A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA - O coronel Afonsão Esteves tem um filho, Augusto Esteves - nhô Augusto ou Augusto Matraga -, que se torna um bandoleiro perverso e maltrata a todo mundo. Faz sofrer sua mulher, dona Dionora, ignora a filha, Mimita, é descreditado politicamente e está em declínio econômico. Dionora e a filha fogem com Ovídio Moura. Augusto Matraga prepara uma perseguição. Quim Recadeiro o avisa da deserção de seu bando. Matraga é preso, espancado e marcado com ferro de gado. Quando vão matá-lo, ele se atira num despenhadeiro, sendo socorrido por mãe Quitéria e pai Serapião. Com os dois, Matraga muda e trabalha muito. Assiste à chegada do jagunço Joãozinho Bem-Bem e seu bando: Zeferino, Epifânio, Flosino Capeta, Juruminho, Tim-tatu-tá-te-vendo, e outros. Matraga parte para seu destino e, em outro arraial, encontra novamente o bando. Ele intervém contra a matança de uma família, mata alguns do bando e morre, em duelo com Bem-Bem, depois de matá-lo. Augusto Matraga é reconhecido por um parente e recupera a identidade de Augusto Esteves, das Pindaíbas.
GRANDE SERTÃO: VEREDAS
O grande sertão é o espaço físico onde a ação é decorrida. É um elemento simbólico querendo significar o consciente humano, segundo Afrânio Coutinho em A Literatura no Brasil. Riobaldo, cujo nome é uma composição de rio e baldo (= falho) , significando a impotência no ato de viver, quando pequeno conhece um menino que, mais tarde, revela-se como Diadorim, jagunço que age em termos de amor. . Ele foge de casa (fazenda São Gregório) e vai para Curralinho, ao ouvir o boato de que seu padrinho Selorico Mendes era seu pai, na verdade. Mestre Lucas lhe arruma emprego na fazenda Nhava com Zé Bebelo. Este quer se tornar deputado e pretende acabar com a jagunçagem. Enfrenta o bando de Joca Ramiro que o derrota e o expulsa do sertão mineiro. Riobaldo já está  nesse bando atraído por Diadorim, numa estranha compulsão. Medeiro Vaz sucede Joca Ramiro e, após queimar sua casa e ter largado suas posses, torna-se jagunço para impor justiça na região. Ele morre e Zé Bebelo retorna e assume o bando para caçar Hermógenes. Aquele é deposto por Riobaldo. Há um combate final, onde Riobaldo desmaia, tendo matado Ricardão. Diadorim mata Hermógenes e também morre. É quando se descobre que Diadorim era uma mulher, filha de Joca Ramiro. Riobaldo, atormentado pela dúvida da existência do demônio e da possibilidade de ser feito um pacto com ele (o que tentava para vingar Joca Ramiro), abandona a jagunçagem, indo viver como um pacato fazendeiro.
JOÃO CABRAL DE MELO NETO: Pedra do sono; O engenheiro; Psicologia da composição; O cão sem plumas; O rio ou A relação de uma viagem que faz o Capibaribe de sua nascente até a cidade do Recife; Fábula de Anfion e Antiode; Morte e vida severina; Uma faca só lâmina; Duas  águas; Quaderna; Dois parlamentos; Terceira feira; Social; A educação pela pedra (poesia). Poesia caracterizada pela objetividade na constatação da realidade do cotidiano. Em alguns casos, dirigindo-se para o surrealismo. Temáticas: Nordeste (gente, tradições, folclore, engenhos, heranças medievais), Espanha (paisagens), Arte e suas manifestações (pintores, autores e outros). Preocupação com a estética, com a arquitetura das poesias. Tido como poeta-engenheiro. Um construtor de poesia mais pensada, racional, de combate ao sentimento choroso. Linguagem enxuta, concisa, elíptica: a fala do sertanejo.
MORTE E VIDA SEVERINA
O retirante Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, na esperança de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta ao leitor e diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que carregam um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e acontece um denúncia contra os poderosos, mandantes de crimes e sua impunidade. O rio-guia está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que lado corria o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. As vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem, Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar trabalho. Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que sabe fazer. A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então à Zona da Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste, então, ao enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos dizem do morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte e compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma vida mais longa. Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas  águas do Capiberibe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa com seu José‚ mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu filho havia nascido. Severino, então, assiste à encenação celebrativa do nascimento, como se fora um auto de Natal. Seu José tenta dissuadi-lo do suicídio. A peça é apresentada com músicas de Chico Buarque de Hollanda.
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