Contributo dos sig na análise da distribuição da Obesidade, Diabetes e Hipertensão Estudo de caso nas Unidades de Saúde Familiar do aces espinho/Gaia



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Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de Aguda



Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de Além Douro





Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF Nova Via



Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de Espinho





Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de São Miguel



Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de Canelas





Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de São Félix da Marinha

Para além do número absoluto de utentes por freguesia (Gráfico 7) importa fazer a análise relativa das taxas de prevalência12 das patologias nas freguesias incluídas na área de influência das USF.

No gráfico 7 apresentam-se as taxas de prevalência em permilagem.

A freguesia de Sandim evidencia-se nos valores de obesidade com 110 habitantes com obesidade em cada 1000. Também na hipertensão, na combinação desta com obesidade e nas 3 patologias em conjunto Sandim se destaca no grupo valores mais altos, com permilagens de 79, 11 e 47 respetivamente.

No caso da freguesia de Valadares, não emerge como número mais alto em nenhum dos conjuntos, mas apresenta nas quatro situações descritas para Sandim, também taxas bastante elevadas.

Na análise global a hipertensão e a obesidade, possuem as taxas mais elevadas, seguidas da combinação de ambas.




Gráfico :Taxa de prevalência nas freguesias da área de influência das USF

Nº de casos na freguesia/população residente*1000

Fonte: Elaboração própria a partir de: Ine - Censos 2011, ACES Espinho Gaia,


Análise por idades

As três patologias em análise são referidas, sobretudo a obesidade, como doenças que surgem cada vez mais precocemente. Aquela apresenta valores mais elevados, que qualquer umas das outras patologias ou combinações, em todas as USF nas faixas até aos 24 anos. (Tabela 6)

Nas idades superiores a 65 anos aponta-se uma diminuição do número de indivíduos com obesidade, no entanto esta diminuição acontece em paralelo com um aumento da doença agrupada a uma ou às duas patologias, diabetes e hipertensão. Tal justifica-se pela modificação na composição corporal aliada ao envelhecimento que pode refletir-se num aumento de gordura corporal e da diminuição na massa magra muscular . Associada à baixa taxa de atividade, a redistribuição da gordura predispõe um aumento do risco de enfarte do miocárdio, de diabetes, de doença cardíaca e de hipertensão.(Fiuza et al., 2008)

No que concerne à diabetes registam-se alguns casos até aos 24 anos em todas as USF surgindo, na faixa etária acima dos 65 anos, com maior expressividade combinada com a hipertensão, aparecendo associada à obesidade com maior relevância nos indivíduos entre os 25 e os 64 anos.

A hipertensão apresenta os valores mais altos nas classes dos adultos (entre os 15 e os 64 anos) e dos idosos (idade superior a 65 anos), quer isoladamente quer combinada com a obesidade. Nas idades dos 0 aos 14 e dos 15 aos 24 não acontecem mais de 3 casos em nenhuma das USF.(Tabela 6 e Fig.27 e 28)

Merece referência o número de pessoas em idade ativa que padecem das três patologias em simultâneo que ultrapassam a centena em todas as Unidades.

A unidade Nova Via é, como já referido, a que exibe maior número de utentes com uma das doenças, apresentando valores elevados de registos de obesidade até aos 64 anos (195 crianças até aos 14 anos, 199 jovens entre os 15 e os 24 anos e 1629 adultos) e de obesidade e hipertensão combinadas a partir dos 25 anos (843 utentes entre os 25-64 e 582 maiores de 65).




Tabela : Utentes diagnosticados por USF e por faixas etárias

Fonte: Elaboração própria a partir de: ACES Espinho Gaia



Na classe dos 0 aos 14 anos a obesidade destaca-se como patologia principal do trio, evidenciando-se alguma concentração em torno da USF Nova Via, que, como já mencionado, apresenta os valores mais significativos de obesidade nesta faixa etária. (Fig.27).



Figura :Distribuição dos utentes com idade entre os 0 e os 14 anos



Figura : Distribuição dos utentes com idade entre os 15 e os 24 anos



Figura :Distribuição dos utentes com idade entre os 25 e os 64 anos



Figura : Distribuição dos utentes com idade superior a 65 anos

Famílias

Analisados alguns mapas, merece evidência a sobreposição de pontos, significando não raras vezes que existem vários elementos na mesma morada com pelo menos uma das três doenças.

Assim fez-se uma análise ao número de pessoas com a mesma morada que sofrem de pelo menos uma das patologias.

Consegue-se por isso perceber algumas relações que permitem atestar sobre hábitos comuns que poderão ser geradores de doença.

Para além da agregação por moradas, fez-se ainda a seleção por famílias, identificadas através do NOP, dado que familiares têm números operacionais sequenciais.

Tendo em conta os casamentos em que o novo casal habita com os pais de um dos cônjuges, bem como outros casos onde não se consegue identificar se existe efetivamente coabitação, realizou-se uma primeira análise pela morada do utente, identificando-se num segundo momento os NOP sequenciais.

No que diz respeito às famílias em que dois elementos têm pelo menos uma das patologias, os valores encontrados em ambos os métodos não foram muito díspares, cerca de 5000 famílias têm pelo menos 2 elementos com obesidade, diabetes e/ou hipertensão. (tabela 7)

Existem 4 759 famílias, em que pelo menos dois elementos têm uma das três doenças, a estas acrescem 236 casos onde a morada coincide mas não há NOP sequencial.

Cerca de 44,11 % dos utentes diagnosticados têm outro indivíduo na família também ele vitimado por uma das três doenças apontadas. Tal percentagem diz apenas respeito aos casos em que, pelo Número Operacional do utente, conseguimos inferir que ele é da mesma família.

Todavia existem 3700 casos onde estão moradas coincidentes, mas não é óbvio que as pessoas partilhem o mesmo alojamento 13 (podendo apenas residir no mesmo edifício). Estas situações de dúvida equivalem a cerca de 1 172 “famílias”, 8 das quais com mais de 8 elementos.

Se considerarmos estas situações de dúvida sobre o parentesco, mas em que sabemos que os utentes habitam no mesmo edifício, podendo ser familiares ou apenas vizinhos, observa-se um valor de 59,17% dos utentes diagnosticados que coabitam num mesmo ambiente.

Este valor reforça a importância do “contágio” pelos maus hábitos quer ao nível da família, quer ao nível da vizinhança, o que remete para as questões referidas na bibliografia de que a saúde do individuo resulta não apenas da soma dos fatores individuais como também do lugar e da família onde está inserido.(Santana, 2005)



 

Famílias 

Utentes

Total de famílias em que 1 elemento tem pelo menos 1 das patologias

13 727

13 727

Total de famílias em que mais do que 1 elemento tem pelo menos 1 das patologias

5 176

10832










nº de famílias em que 2 elementos têm pelo menos 1 das patologias

4759

9 518

nº de famílias em que 3 elementos têm pelo menos 1 das patologias

361

1 083

nº de famílias em que 4 elementos têm pelo menos 1 das patologias

50

200

nº de famílias em que 5 elementos têm pelo menos 1 das patologias

5

25

nº de famílias em que 6 elementos têm pelo menos 1 das patologias

1

6

Tabela : Número de famílias identificadas pela mesma morada e NOP sequencial

Fonte: Elaboração própria a partir de: ACES Espinho Gaia



Taxa de prevalência das três patologias

Uma vez que ficou clara a inter-relação entre as três patologias, pareceu-nos importante fazer um primeiro esboço de análise da prevalência das doenças.

Ao nível da freguesia destacam-se Sandim e Guetim, como as áreas com maior número de indivíduos com pelo menos uma das doenças face à população total, sendo de apontar que a freguesia de Guetim não se encontra na área de influência de nenhuma das USF (situação já referida anteriormente).

No patamar das subsecções, encontraram-se 16 subsecções com valores superiores a 100%, esta situação pode ser justificada por duas linhas, a primeira, pela informação dos Censos 2011, à subsecção, ser ainda provisória, havendo lugar a para alterações, a outra diz respeito à margem de erro da georreferenciação, que em micro-áreas pode apresentar alguns metros de desvio, comprometendo os valores da subsecção contígua.

Alguns focos em Vilar de Paraíso e Canelas destacam-se com valores elevados de prevalência, enquanto em Gulpilhares e Madalena se comprovam as subsecções com valores mais baixos.(Fig.31).



Figura :Prevalência das três patologias nas freguesias do ACES e nas subsecções da área de influência das USF

Fatores socioeconómicos

A indicação da existência de um grande número de utentes da mesma família implica partilha de hábitos e estilos de vida, o que conduz a uma necessidade de perceber quais as características do indivíduo ou do meio que podem estar diretamente relacionadas com a prevalência destas doenças e, onde a intervenção se poderá repercutir numa mudança dos níveis de ocorrência das patologias num conjunto de pessoas.

Para tal recorreu-se ao coeficiente de correlação de Pearson, «uma medida de associação linear entre variáveis» (Filho & Júnior, 2009:118) pretendendo fazer-se uma avaliação se, de fato, existiam evidências expressivas entre os registos das três patologias e os indicadores socioeconómicos de cada indivíduo.

Definiram-se os percentis 95 e 99 da taxa de prevalência à subsecção, quer das patologias individualmente quer do conjunto das três, nas dez freguesias de influência das USF.

No percentil 95 não foram encontradas correlações dignas de referência.

No entanto no caso da obesidade e diabetes bem como no conjunto das três patologias, no percentil 99 evidencia-se a correlação com a taxa de analfabetismo com valores de 0,64, 0,78 e 0,57 respetivamente.

Merece ainda evidência a correlação inesperada com a percentagem de população jovem, muito mais elevada do que com a população idosa. Na análise das caraterísticas das subsecções do percentil 95, observa-se esse mesmo fenómeno com a percentagem de população jovem maior do que 10% a acontecer em mais de metade das subsecções identificadas no percentil. Este cenário poderá estar relacionado com a incidência cada vez mais precoce destas patologias nos jovens adultos, uma vez que os dados analisados são de 2001, atualmente esta população jovem é jovem adulta. (Gráfico 8 e 9)

O comportamento dos parâmetros socioeconómicos nas três patologias não é muito díspar, a densidade populacional nas três patologias encontra-se maioritariamente, balizada no intervalo entre os 100 e os 1000 hab/km2. (Gráfico 10)

No que respeita ao tamanho das famílias, os agregados entre os 2 e os 4 elementos são claramente o padrão. (Gráfico 11)

O ensino básico (até ao 3º ciclo) é a situação mais frequente no perfil das subsecções analisadas, tendo também algum destaque, o ensino secundário, no caso da diabetes e obesidade com cerca de 35% das subsecções com mais 40% dos indivíduos com ensino secundário. (Gráficos 12,13 e 14)

Em relação à taxa de analfabetismo, nas três doenças, a taxa acima de 10 acontece em cerca de 60% das subsecções incluídas no percentil. (Gráfico 15)

Mais de 50% das subsecções do percentil 95 apresentam em 2001 uma taxa de desemprego abaixo de 5%, não se relacionando por isso este indicador com a prevalência das doenças em estudo. (Gráfico 16)

Referida(Popkin B.M. , 2004) a relação entre estas patologias com um estilo de vida mais urbano, procurou-se relacionar a taxa de prevalência com a percentagem de áreas urbanizadas e agrícolas das subsecções. Do cruzamento, não obstante no coeficiente de correlação não se encontrarem valores estatisticamente significativos, nota-se uma tendência, nas subsecções de maior prevalência das doenças, a percentagem de área urbanizada é superior a 30%. (Gráficos 17 e 18)










Gráfico : Percentagem de população jovem perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/INE Censos 2001






Gráfico : Percentagem de população idosa perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001












Gráfico : Densidade populacional perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001






Gráfico : Dimensão média das famílias perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001














Gráfico : Percentagem por escolaridade perfil das subsecções do percentil 95 da obesidade

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001






Gráfico : Percentagem por escolaridade perfil das subsecções do percentil 95 da diabetes

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001








Gráfico : Percentagem por escolaridade perfil das subsecções do percentil 95 da hipertensão

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001














Gráfico : Taxa de analfabetismo perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001






Gráfico : Taxa de desemprego perfil das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001














Gráfico : Percentagem de área agrícola das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001






Gráfico : Percentagem de área urbanizada das subsecções do percentil 95

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia/ INE Censos 2001



Das comparações dos dados analisados chegou-se a uma “perfil modelo” das subsecções onde a prevalência das doenças é maior, que se apresenta na tabela 8.

Perfil das subsecções com maior taxa de prevalência das três patologias

Densidade populacional

100-1000 hab /km2

População jovem

>15 %

População idosa

0-5 %

Escolaridade

Taxa de Analfabetismo

1º ciclo

>10%


Taxa de Desemprego

Baixa 0-5 %

Dimensão média das famílias

2 a 4 elementos

Área agrícola

0 a 10%

Área urbanizada

>30%

Tabela : Perfil “padrão” das subsecções com maior taxa de prevalência das três patologias

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