Contributo dos sig na análise da distribuição da Obesidade, Diabetes e Hipertensão Estudo de caso nas Unidades de Saúde Familiar do aces espinho/Gaia



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De acordo com os Censos 2011, o ACES Espinho Gaia serve uma população residente de cerca de 183.524 pessoas distribuídas por 66 996 famílias.

No entanto, o total de inscritos supera a população residente sendo em Setembro de 2011 cerca de 247 795 utentes no total, dos quais 214 377 têm residência numa das 23 freguesias abrangidas pelo Agrupamento.

Devido ao número de utentes inscritos duplamente e à falta de atualização imediata dos óbitos, a nível nacional é conhecida esta discrepância entre o número de inscritos e a população residente, sendo aquele superior a este.

Inscritos nas oito Unidades de Saúde Familiar estão 99 674 utentes, 90 707dos quais com morada na área das 23 freguesias.

Caraterização da área

Na área do ACES Epinho Gaia predominam as áreas urbanas na faixa mais litoral onde se nota uma maior concentração do tecido urbano. As freguesias mais a este apresentam maior preponderância dos usos agrícola e florestal. (Fig.5)

Nas 10 freguesias inseridas na área de influência das USF, o tecido urbano equivale a 46.23% da área, demonstrando um perfil claramente urbano, onde apenas é exceção a freguesia de Sandim.



Figura : Usos do solo nas freguesias do Aces Espinho Gaia

A área do ACES Espinho Gaia apresenta uma estrutura etária onde se destacam as classes dos adultos, entre os 24 e os 64 anos (Fig. 6) mostrando por isso uma tendência para o envelhecimento. O número de mulheres é mais elevado, sobretudo nas idades mais velhas.

Emerge a classe oca, entre os 5 e os 9 anos, em ambos os sexos sendo clara a tendência de diminuição da população mais jovem, apesar dos valores ligeiramente superiores da classe dos 0 aos 4 anos





Figura : Pirâmide Etária 23 freguesias Aces Espinho Gaia

Fonte: Elaboração própria a partir de Censos 2001



Do conjunto de freguesias do Agrupamento, Pedroso é a freguesia com maior número de habitantes, 18 714 habitantes em 2011 (Censos 2011).

Das 10 freguesias do conjunto da área de influência das USF, de acordo com os Censos 2011 as mais populosas são Arcozelo (14 352 residentes), Vilar de Paraíso (13878 residentes) e Canelas (13 459 residentes). (Fig.7)

A área de estudo apresenta bastante heterogeneidade na distribuição de pessoas. (Fig.7)

As duas subsecções mais populosas encontram-se em Vilar de Paraíso (subsecção mais a nordeste) e Gulpilhares (subsecção mais a sudeste da freguesia).

Contudo apenas cerca de 22% (348) das subsecções têm valores de população residente acima de 100, existindo 106 subsecções (cerca de 7%) que não têm população.

No que respeita à densidade populacional, os valores oscilam entre os 62 255 habitantes por km2 e os 0 habitantes por km2.





Figura : População residente nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2011)

Ao contrário da distribuição da população, na análise da dimensão média das famílias, desta feita de acordo com os Censos 2001, sobressai alguma homogeneidade, com 45 % das subsecções com uma média entre 3 a 5 elementos por família (596 subsecções). A restante fatia de 55% das subsecções (728 casos) exibe uma média entre 1 e 3 elementos. Registam-se em 5 subsecções (menos de 0,5%) uma dimensão média de família maior do que 5 pessoas.

No cenário da educação a taxa de analfabetismo, ao nível da freguesia, destaca-se em Sandim e Canelas com os valores mais elevados (Fig.8).

À escala da subsecção, 66% das subsecções apresentam uma taxa igual ou superior a 10 habitantes analfabetos em cada 1000, atingindo valores iguais ou superiores a 40 em 19 subsecções (1,44%).

O desemprego pode trazer associadas carências e dificuldades de vária índole que têm, por vezes, repercussões no plano da saúde dos indivíduos (Moreira, 2011)

Em 2001, 22% das subsecções das 10 freguesias em análise apresentavam uma taxa de desemprego igual a zero (289 subsecções com pelo menos 1 residente), evidenciando-se pela área das subsecções a freguesia de Sandim com 46 subsecções com taxa de desemprego zero, no entanto é em Arcozelo que se regista o maior número de subsecções sem desempregados, cerca de 4,9% do conjunto total das subsecções (65 casos de subsecções com taxa de desemprego igual a zero).(Fig.9)

Com valores elevados de taxa de desemprego, cerca de 23% das subsecções da área analisada apresentam uma taxa acima de 10 valores.

De acordo com a bibliografia, podem indicar-se algumas características de acordo com o perfil etário da população, sabemos que a combinação das três patologias é mais significativa a partir dos 65 anos e que até aos 24 anos a patologia mais problemática é a obesidade.

Assim, a análise da percentagem de idosos e jovens torna-se um indicador importante.

A freguesia com maior importância da população jovem, segundo dados de 2001 é Canelas, com uma percentagem de jovens de 20 % e de idosos de 8,5%. (Fig.10 e 11)

No polo oposto, Espinho, a freguesia com maior percentagem de população idosa 19,3% e apenas 11% de jovens.

No conjunto de freguesias da área de influência das USF cerca de 58 % das subsecções têm uma percentagem de população idosa superior a 10 %, destas, sensivelmente 36 % apresentam percentagens de jovens também superiores a 10% o que demonstra algum equilíbrio.

No que respeita à distribuição das subsecções com valores extremos, não se observa nenhum padrão, havendo grande heterogeneidade geográfica, à semelhança do que se foi observando nos indicadores anteriores.





Figura : Dimensão média das famílias nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2001)





Figura : Taxa de analfabetismo nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2001)



Figura : Taxa de desemprego nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2001)



Figura : Percentagem de população jovem nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2001)



Figura : Percentagem de população idosa nas freguesias do ACES Espinho Gaia e nas subsecções das freguesias da área de influência (Censos 2001)

Distribuição dos pacientes

Hipertensão

A hipertensão é a patologia que regista maior número de casos. São 17 474 casos diagnosticados isoladamente aos quais se somam 7 922 utentes com esta patologia combinada com diabetes e/ou obesidade. (Fig.12)

Lomba não tem nenhum registo, em nenhuma das patologias, esta situação dever-se-á em grande medida à existência da UCSP de Pedemoura, onde serão feitos os registos dos pacientes da freguesia.

Anta é a freguesia com maior número de utentes hipertensos, apesar de se notar alguma dispersão da distribuição, há uma maior concentração, por questões de proximidade geográficas às USF, nas freguesias onde se localizam as Unidades. (Gráfico1)






Gráfico : Utentes inscritos nas 8 USF por freguesia de morada e número de utentes diagnosticados com hipertensão (como única patologia ou combinada)

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia








Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com hipertensão

Obesidade

A obesidade, como patologia isolada (no contexto das patologias analisadas) regista-se em 13 077 casos, ocorrendo combinada com a diabetes e/ou hipertensão em 7632 utentes. (Fig.13)

A concentração geográfica dos utentes é mais evidente nas USF de Nova Via (USF mais a norte) Canelas, Além Douro (USF mais a este), Anta e Espinho.

As freguesias de Valadares e Vilar de Paraíso são as que apresentam maior número de inscritos com obesidade do conjunto. (Gráfico 2) Canelas e Sandim ocupam, respetivamente, o terceiro e quarto postos, sendo que a primeira apresenta também valores elevados no número de utentes residentes com hipertensão. (Gráfico 1 e 2)




Gráfico :Utentes inscritos nas 8 USF por freguesia de morada e número de utentes diagnosticados com obesidade (como única patologia ou combinada)

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia







Figura :Distribuição dos pacientes diagnosticados com obesidade

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica abrangida pelo Inquérito Nacional de Saúde de 1998/99 e 2005/06. Estimou-se um aumento de prevalência da diabetes de 4,7% para 6,5% no período intermédio. Em 2005, a diabetes caracterizava-se por afetar claramente mais indivíduos com idades superiores a 55 anos. (INSA 2005/2006).

De acordo com o Perfil Local de Saúde 2009 para os ACES de Gaia e Espinho/Gaia11, estes agrupamentos destacam-se na região norte com valores altos de mortalidade prematura (óbitos que ocorrem antes dos 65 anos), óbitos por diversas patologias onde se inclui a diabetes, em todas as idades e para o sexo feminino

A diabetes é a patologia que regista menor número de casos, com 6 196 utentes diagnosticados aos quais se somam 5 446 que para além de diabetes, padecem também de, pelo menos, uma das outras duas patologias. (Fig.14)

As freguesias de Arcozelo (787 utentes), Anta (772 utentes) e Canelas (769 utentes) apresentam o número mais elevado de diabéticos diagnosticados. (Gráfico 3)




Gráfico :Utentes inscritos nas 8 USF por freguesia de morada e número de utentes diagnosticados com diabetes (como única patologia ou combinada)

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia







Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com diabetes

Combinações de doenças

Nas três patologias observa-se alguma concentração dos utentes perto da USF sobretudo no caso de Além Douro (freguesia de Sandim) Nova Via (Valadares) e Espinho e Anta.

O menor número de utentes diagnosticados nas USF acontece nas freguesias de Seixezelo e Sermonde cenário que se justifica pela existência das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados de Grijó e de Perosinho, mais acessíveis aos residentes das freguesias mencionadas.

Como referido, as patologias estudadas surgem muitas vezes associadas, aumentando a sua perigosidade quando acontecem em simultâneo.

Ferreira and Zanella (2000), referindo um estudo de Kannel et al (1961),mencionam que, 70% dos casos de hipertensão em homens e 61% nas mulheres foram relacionados diretamente com o excesso de adiposidade .

No cenário do ACES as duas doenças aparecem combinadas em 3 366 utentes. (Fig.15)

A obesidade associada à diabetes regista-se em 890 indivíduos enquanto a diabetes e hipertensão acontecem em simultâneo em 1 180 destacando-se alguma concentração na freguesia de Espinho. (Fig.16)




Gráfico :Pacientes diagnosticados com hipertensão e/ou diabetes e/ou obesidade

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia



3 376 utentes apresentam as três patologias em simultâneo, o que representa uma percentagem de 3,39% do total de inscritos nas USF e de 14% do total de utentes diagnosticados com pelo menos uma das patologias. (Fig.18)

Num total de 24 559 utentes diagnosticados com pelo menos uma das três patologias em estudo, merecem evidência, para além dos casos com as três patologias em simultâneo, o número de utentes com obesidade (5445) ou hipertensão (9552) ou ainda a combinação de ambas (3376) (Gráfico 3)

A diabetes é pois a patologia com menos utentes diagnosticados destacando-se combinada com as outras enfermidades nomeadamente com a hipertensão em 1180 casos.




Gráfico :Pacientes diagnosticados com hipertensão e/ou diabetes e/ou obesidade

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia







Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com hipertensão e obesidade



Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com diabetes e obesidade



Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com hipertensão e diabetes



Figura : Distribuição dos pacientes diagnosticados com hipertensão, diabetes e obesidade

Distribuição por género




Gráfico :Utentes diagnosticados com pelo menos uma das patologias, face ao total de inscritos, por género

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia



No que respeita ao género, existem 10 621 utentes homens (Anexo 2) com pelo menos uma das 3 patologias e 13 938 mulheres(Anexo 1), que correspondem a uma percentagem de 21,99% e 27,13% respetivamente, face ao total de utentes inscritos nas USF. (Gráfico 4).

Refira-se que para estabelecer esta relação teve de se definir manualmente o género de todos os inscritos nas USF, uma vez que esta informação não está disponível para os utentes sem doenças.

O maior número de mulheres acometidas acontece não apenas porque a população feminina é em maior proporção, mas também se justifica por questões sociais. As mulheres são mais facilmente diagnosticadas por recorrerem com maior frequência aos serviços de saúde.(Miranzi et al., 2008).O número de utentes do sexo feminino é por isso maior em quase todas as patologias ou associações, a exceção regista-se para a diabetes e respetivas combinações. (Gráfico 5).

O número de diabéticos homens é de 415 contra 335 mulheres. Com uma diferença menos acentuada mas, ainda com maior número de elementos masculinos, a diabetes associada à obesidade com 456 para 434 mulheres. A diabetes combinada com hipertensão tem maior número de utentes do género feminino, no entanto os dois sexos apresentam valores muito semelhantes com 599 mulheres e 581 homens.

Esta tendência vai de encontro às informações indicadas pelo Observatório Nacional da Diabetes que indica maior prevalência da doença nos homens.(OND, 2010)





Gráfico :Utentes diagnosticados, por género

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia



O número de diabéticos homens é de 415 contra 335 mulheres. Com uma diferença menos acentuada mas, ainda com maior número de elementos masculinos, a diabetes associada à obesidade com 456 para 434 mulheres. A diabetes combinada com hipertensão tem maior número de utentes do género feminino, no entanto os dois sexos apresentam valores muito semelhantes com 599 mulheres e 581 homens.

Esta tendência vai de encontro às informações indicadas pelo Observatório Nacional da Diabetes que indica maior prevalência da doença nos homens.(OND, 2010)

Análise por USF

No que respeita ao número de inscritos, as USF encontram-se quase todas entre os 9000 e os 14 000 inscritos, exceção feita à USF Nova Via com um total de 17 711 inscritos. Esta Unidade evidencia-se também pelo número de utentes com pelo menos uma das patologias analisadas, cerca de 6000 utentes, correspondendo a uma percentagem de 35% dos seus inscritos. (Gráfico 6)

A Unidade de Saúde Familiar de Anta merece referência pelo polo oposto, quer pelo número de inscritos- 9 371- ser o mais baixo do conjunto, como também pelo menor percentual de inscritos com pelo menos uma das patologias (19 % que correspondem a 1 763 utentes). (Gráfico 6)




Gráfico :Total de utentes diagnosticados e inscritos, por USF

Fonte: Elaboração própria a partir de Aces Espinho Gaia



Importa fazer uma observação mais pormenorizada sobre as áreas de influência das Unidades, onde se prevê que atuação possa ser mais eficaz por parte destas e que o número de pessoas diagnosticadas seja mais aproximado da realidade. (tabela 5)

USF

Área de influência

Anta

Anta

Aguda

Arcozelo

Gulpilhares

São Félix da Marinha


Além Douro

Sandim

Nova Via

Valadares

Vilar de Paraíso

Madalena


Espinho

Espinho

São Miguel

Arcozelo

Canelas

Canelas

São Félix da Marinha

São Félix da Marinha

Tabela :USF e respetivas áreas de influência

Fonte: Elaboração própria a partir de: http://www.portaldasaude.pt/ ACES Espinho Gaia,



A observação dos mapas de distribuição das patologias permite identificar alguns padrões de concentração espacial dos utentes diagnosticados com diabetes, hipertensão e/ou obesidade. No entanto torna-se importante perceber a dispersão que algumas das USF demonstram na repartição dos seus pacientes, em freguesias distantes da sua área de influência.

As USF de Além Douro, São Miguel e São Félix da Marinha são as que apresentam maior dispersão de utentes, diagnosticados com uma das três patologias em análise, para além das freguesias de influência. (Fig.21, 24,26)



Na USF de Espinho (Fig.23) emerge o número de utentes com residência em Guetim, esta situação justifica-se pela mudança de um médico da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Grijó para a USF de Espinho. Os utentes acompanharam o médico, daí que, apesar da freguesia não estar incluída na área de influência da Unidade de Espinho, muitos estão aí inscritos.



Figura :Utentes com pelo menos uma das patologias inscritos nas USF de Anta

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