que melhorassem a sobrevivência. Terceiro, uma grande capacidade de
memorizar as novas criaçöes atrás referidas, isto é, os resultados antecipa
dos, os novos planos e os novos objectivos. Chamo a estas criaçöes memo
rizadas «memórias do futuro»'.
Se o conhecimento melhorado das experiências do passado e das
expectatives quanto ao futuro esteve na origem da criaçäo de estratégias
sociais para fazer face ao sofrimento, continuamos a ter de explicar, antes
de mais, como foi que o sofrimento surgiu. E, para isso, temos de consi
derar a sensaçäo de dor imposta pelo mecanismo biológico, assim como
o seu oposto, a sensaçäo de prazer. O que é curiosa notar é que os meca
nismos biolôgicos subjacentes ao que agora designamos por dor e prazer
constituiram também uma razäo importante para os instrumentos inatos
de sobrevivência terem sido seleccionados e combinados da forma como
foram, ao longo da evoluçäo, quando näo havia nem sofrimento nem
razäo individuais. Isto pode bem querer dizer que o mesmo dispositivo
simples, quando aplicado a sistemas com ordens de complexidade muito
diferentes e em circunstäncias também diferentes, leva a resultados dife
rentes mas relacionados. O sistema imunitário, o hipotálamo, os córtices
frontais ventromediais e a Declaraçäo dos Direitos do Homem têm na raiz
a mesma causa.
,A dor e o prazer säo as alavancas de que o organisme necessita para
que as estratégias instintivas e adquiridas actuem com eficácia. Muito
provavelmente, foram também estes os instrumentos que controlaram o
desenvolvimento das estratégias sociais de tomada de decisäo. Quando
muitos individuos, em grupos sociais, experienciaram as consequências
dolorosas de fenómenos psicológicos, sociais e naturais, tornou se pos
sivel o desenvolvimento de estratégias culturais e intelectuais para fazer
face à experiência de dor e para conseguir reduzi la.
,A dor e o prazer ocorrem quando nos tornamos conscientes dos perfis
do estado do corpo que se afastam nitidamente do intervalo de variaçäo
dos nossos sentimentos de fundo. A configuraçäo dos estimulos e dos
padröes de actividade cerebral percebidos como dor ou prazer sao esta
belecidos a priori na estrutura cerebral. Eles ocorrem porque os circuitos
säo activados de um determinada modo, e esses circuitos säo instruidos
geneticamente para se constituirem de um determinada modo. Embora
267
POSTSCRIPTUM
as nossas reacçöes à dor e ao prazer possam ser aiteradas pela educaçäo,
constituern urn excelente exemplo de fenórnenos mentais que dependern
da activaçäo de disposiçöes inatas.
Devemos dis@tinguir pelo menos duas componentes na dor e no prazer.
Na primera componente, o cérebro organiza a representaçäo da alteraçäo
de urn estado local do corpo, a qual se refere, como é evidente, a uma par
te do corpo Trata se de uma percepçäo somatossensorial na verdadeira
o. Provérn da pele, de uma rnucosa ou de parte de urn órgäo. A
acepçä
segunda componente da dor e do prazer resulta de uma alteraçäo mais
genérica no estado do corpo, com efeito, de uma ernoçäo. Por exemplo,
aquilo que designarnos por dor ou prazer é o nome dado ao concerto de
ulna determinada paisagern corporal que os nossos cérebros estäo a per
ceber. A percepçäo dessapaisagem é rnodulada no interior do cérebro por
neurotransmissores e neuromoduladores, os quais afectuam a trai@ismissao
da informaçäo e o funcionarnento de sectores do cérebro intervenientes
na representaçäo do corpo. A libertaçäo de endorfinas (a morfina do pró
prio organisme), que se ligam a receptores opióides (que se assernelham
aos receptores que sofrern o efeito da rnorf ina), é um f actor importante na
percepçäo de uma «paisagern de prazer» e pode anular ou reduzir a per
cepçäo de un ,a «paisagern de dor».
Vamos esclarecer um pouco melhor esta ideia com urn exemplo do
processamento da dor. L)iria que as coisas funcionam do seguinte modo:
a partir dos terminais dos nervos estimulados numa zona do corpo onde
se verificaram lesöes nos tecidos (o canal da raiz de urn dente, por exern
plo), o cérebro constrói uma representaçäo transitória de uma alteraçäo
do corpo local, que é diferente da representaçäo anterior para essa zona.
O padräo de actividade que corresponde aos sinais de dor e às caracte
risticas perceptuais da representaçäo dai resultante säo é integralmente
determinada no cérebro, mas, por outro lado, näo difere em termos nel i
rofisiológicos de qualquer outro tipo de percepçäo do corpo. Todavia, se
sá isto acontecesse, creio que o mais que poderiamos experienciar seria
uma determinada imagem de alteraçäo do corpo sem quaisquer con
sequências perturbadoras. Talvez näo a apreciasse, mas tarnbém näo se
sentiria incomodado. Mas o processa näo termiii aí. O inocente proces
sarnento da alteraçäo do corpo desencadeia rapidamente uma onda de
respostas que alteram o estado do corpo e o desviarn ainda mais do seu
estado de fundo. O estado q e se segiie é assit, l ilitia emoç o, c(@i iim perfil es
pecifico. É a partir dos subsequentes desvios do estado do corpo que uma
sensaçäo desagradável de sofrimento se formará. Por que é que esses
desvios säo experienciados como sofrimento?, poderá bem perguntar.
Porque o organisme assim o determina. Viemos ao mundo com um
268 O ERRO DE DESCARTES
mecanismo pré organizado para nos proporcionar experiências de dor e
de prazer. A cultura e a história individuais podem alterar o limiar em que
esse mecanismo começa a ser activado, a sua intensidade, ou dotar nos
de meios para o mitigar. Mas o mecanismo essencial é algo dado à
partida.
De que vale possuir este mecanismo pré organizado? Por que é que
deve existir este estado adicional de importunaçäo e näo apenas uma
únagem de dor? Pode se apenas tecer conjecturas, mas a razäo para a
existência desse mecanismo deve ter alguma coisa a ver com o facto de o
sofri mento nos colocar de sobreaviso. O sofrimento proporciona nos a
melhor protecçäo para a sobrevivência, uma vez que aumenta a probabili
dade de darmos atençäo aos sinais de dor e agirmos no sentido de evitar
a sua origem ou corrigir as suas consequências.
Se a dor constitui a alavanca para o desenvolvimento apropriado dos
impulsos e dos instintos, e para o desenvolvimento de estratégias efica
zes de tomada de decisäo, é de prever que alteraçöes na percepçäo da dor
devam ser acompanhadas de problemas do comportamento. Parece ser
isto exactamente que acontece. Os individuos afectados por uma estranha
doença conhecida por ausência congénita de dor näo adquirem estra
tégias normais de comportamento. Alguns deles passam o tempo a rir,
apesar de a doença os levar a destruir as articulaçöes (privados de dor,
movimentam as articulaçöes muito para além dos limites mecänicos per
missíveis, rompendo assim os ligamentos e as cápsúlas das articulaçöes),
a queimaduras graves, a golpes (näo retiram a mäo de uma chapa quente
ou de uma lâmina que lhes rasga a pele)'. Visto conseguirem ainda sentir
prazer, podendo assim ser iníluenciados por sensaçöes idositivas '
, e no
tável que o seu comportamento seja täo deficiente. Mas mais fascinante
ainda é a hipôtese de estes mecanismos de alavanca participarem näo só
no desenvolvimento mas também no melhoramento das estratégias de
tomada de decisäo. Os doentes com lesöes pré frontais apresentam
respostas à dor com alteraçöes curiosas. As suas imagens de dor estäo
intactas, mas as respostas emocionais que fazem parte intégrante do
processa de dor näo säo normais. Existera outros dados acerca desta
dissociaçäo que dizem respeito a doentes em quem foram efectuadas
lesöes cerebrais cirúrgicas para o tratamento da dor crónica.
Certos estudos neurológicos involvem uma dor intensa e frequente.
Um exemplo é a nevralgia do trigémeo, também conhecida como tic
douloureux. O termo nevralgia refere se à dor de origem neural e o termo
trigémeo ao nervo trigémeo, que é o nervo que serve os tecidos faciais e
POSTSCRIPTUM 269
leva, por exemplo, sinais do rosto para o cérebro. A nevralgia do trigémeo
afecta o rosto, geralmente num lado e num sector, por exemplo, a bo
checha. Subitamente, um acto inocente, como o tocar na pele, pode de
sencadear uma dor súbita e lancinante. As pessoas afectadas por este
problema descrevem sensaçöes como facas a espetarem se na pele ou
alfinetes a furar a pele e os ossos. As suas vidas centram se na dor; näo
conseguem fazer ou pensar em nada mais enquanto dura a dor, a qual
pode tornar a ser bastante frequente. Os seus corpos fecham se sobre si
mesmos de forma rigida e defensiva.
Para os doentes nos quais a nevralgia resiste a todos os medicamentos,
a doença é classificada de intratável e refractária. Nesses casos, a neuro
cirurgia pode oferecer a soluçäo, a possibilidade de alivio através de uma
intervençäo. Uma das modalidades de tratamento tentadas no passado
foi a leucotomia pré frontal (descrita no Capitulo Quatro). Os resultados
desta intervençäo ilustram melhor que qualquer outro facto a distinçäo
entre a própria dor, ou seja, a percepçäo de uma determinada classe de
sinais sensoriais, e o sofrimento, ou seja, o sentimento que resulta de se
perceber a reacçäo emocional a essa percepçäo.
Consideremos o seguinte episédio que eu mesmo presenciei quando
fiz o meu estágio com Almeida Lima, o neurocirurgiäo que ajudou Egas
Moniz a criar a angiografia cerebral e a leucotomia pré frontal e que efec
tuou a primera dessas operaçöes. Lima, que era näo só um hábil cirurgiäo
mas também um homem de notável sensibilidade humana, usava uma
leucotomia modificada para o tratamento da nevralgia refractária e
estava convencido de que a intervençäo se justificava em casos desespe
rados. Ele quis que eu acompanhasse um exemplo deste problema desde
o inicio.
Lembro me perfeitamente do doente que me mostrou, sentado na
cama à espera da operaçäo. Estava todo dobrado, em profundo sofri
mento, quase imóvel, receando provocar um aumento das dores. Dois
dias após a intervençäo cirúrgica, quando Lima e eu faziamos a visita
diária à enfermaria, näo parecia o mesmo. Estava täo tranquilo como
qualquer de nós, muito entretido a jogar às cartas com um companheiro
de intemamento. Lima perguntou lhe como estavam as dores, ao que ele
ergueu o olhar e disse, animado: «Oh, as dores säo as mesmas, mas agora
sinto me bem, muito obrigado. » Concretamente, o que a operaçäo parecia
ter feito nesse caso fora eliminar a reacçäo emocional que faz parte da
quilo a que chamamos dor. A operaçäo terminara o sofrimento. A sua
expressäo facial, a sua voz e o seu contentamento descreviam um estado
agradável e näo a dor. Mas a operaçäo näo tinha afectado a imagem da
alteraçäo local na regiäo do corpo servida pelo nervo trigémio e o doente
270 O ERRO DE DESCARTES
achava, por isso, que as dores ainda eram as mesmas. Apesar de ter deixa
do de poder gerar sofrimento, o cérebro continuava a produzir «imagens
de dor», isto é, a processar normalmente a cartografia somatossensorial
de uma paisagem de dor7. Para além daquilo que nos pode ensinar acerca
dos mecanismos da dor, este exemplo revela também a separaçäo entre a
imagem de uma entidade (o estado do tecido biológico que origina uma
imagem de dor) e a imágem de um estado do corpo que qualifica a ima
gem dessa entidade por meio de uma justaposiçäo no tempo.
Julgo que um dos principais esforços da neurobiologia e da medicina
deverá ser o de procurar proporcionar o alivio de sofrimentos como o que
acabei de descrever. Uma meta näo menos importante dos esforços bio
médicos deveria ser também o alivio do sofrimento nas doenças mentais.
Mas a maneira de tratar o sofrimento proveniente dos conflitos pessoais
e sociais exteriores ao campo da medicina é um assunto completamente
diferente que continua ainda por resolver. A tendência actual vai no senti
do de näo se fazer qualquer distinçäo e utilizar a abordagem médica para
eliminar qualquer desconforto. Os proponentes desta atitude apresentam
um argumente atractivo. Se, por exemplo, um aumento dos niveis de
serotonina näo se limita a tratar a depressäo mas reduz também a agressi
vidade, diminui a timidez e incute confiança na pessoa, por que näo tirar
partido desta oportunidade? Quem poderia ser täo puritano e desman
cha prazeres para negar a um seu semelhante os beneficios destas drogas
maravilhosas? O problema reside, é claro, no facto de a escolha näo ser täo
limpida como parece, por razöes de ordem varia. Primeiro, desconhe
cem se os efeitos biológicos das drogas a longo prazo. Segundo, säo
igualmente misteriosas as consequencias do consume social e massive de
drogas. Terceiro, e talvez o mais importante: se a soluçäo proposta para
o sofrimento individual ignorar as causas de conflits individual e social,
é pouco provável que resulte por muito tempo. Pode tratar um sintoma,
mas näo afecta a raiz da doença.
Disse pouca coisa acerca do prazer. A dor e o prazer näo säo imagens
gémeas ou simétricas uma da outra, pelo menos näo o säo em termos das
suas funçöes no apoio à sobrevivência. De certa forma, e a maior parte das
vezes, é a informaçäo associada à dor que nos desvia do perigo iminente,
tanto nomomento presente como no futuro antecipado. É dificil imaginar
que os individuos e as sociedades que se regem pela busca do prazer,
tanto ou ainda mais do que pela fuga à dor, consigam sobreviver. Alguns
dos desenvolvimentos sociais contemporäneos em culturas cada vez
mais hedonistas conferem plausibilidade a esta ideia, e o trabalho que os
meus colegas e eu actualmente realizamos sobre a base neural das várias
POSTSCRIPTUM 271
emoçöes reforça ainda mais essa plausibilidade. Há mais variedades de
emoçäo negativa que de emoçäo positiva, e é claro que o cérebro trata de
forma diferente as variedades positivas e as variedades negativas das
emoçöes. Talvez Tolstoi tenha tido uma intuiçäo semelhante quando es
creveu no inicio de Ana Karenina: «Todas as familias felizes säo parecidas
umas com as outras, cada familia infeliz é infeliz à sua maneira.»
Notas e Referências
INTRODUÇAO
1. Procurer tornar os termos razäo, racionalidade e tomada de decisäo o mais
inequivocos possivel, mas devo dizer que, tal como discuti no inicio do
Capitulo 8, os seus significados säo por vezes problemáticos. O problema
näo é só meu ou do leitor. Um dicionário contemporäneo de filosofia tem
a dizer o seguinte acerca da razäo: «Há muito que o termo razäo teve, e con
tinua a ter, um grande numero e uma imensa variedade de sentidos e usos
que estäo relacionados uns com os outros de formas que säo muitas ve
zes complexes e pouco claras [... 1 » (Encyclopedia ofphilosophy, P. Edwarás,
org., 1967, Nova lorque: Macmillan Publishing Company e Free Press).
Seja como for, a maneira como uso os termos razäo e racionalidade é re
lativamente convencional. Uso ger@ente o termo razao para denotar a
capacidade de pensar e fazer inferências de um modo ordenado e Iógico
e o termo racionalidade para denotar a qualidade do pensamento e do
comportamento que resulta da adaptaçäo da razäo a um contexte pessoal
e social. Näo uso indiferentemente raciocinio e tomada de decisäo, visto nem
todos os processos de raciocinio levarem a uma decisäo.
Como o leitor também verificará, näo utilizo indiferentemente os
termos emoçäo e sensaçäo. De um modo geral, uso o termo emoçäo (eniotion)
para denotar um conjunto de mudanças que ocorrem quer no corpo quer
no cérebro e quenormalmente é originado por um determinada conteúdo
mental. O termo sensaçäo (feeling) denota a percepçäo dessas mudanças. A
discussäo desta distinçäo é feita no Capitulo 7.
2. C. Darwin (1871). Tlie Descent of Man. Lonáres: Murray.
3. N. Chomsl
Diego: San Diego State University Press.
F.,.., da Ciência 29 18
274 O ERRO DE DESCARTES
4. O. Flanagan (1991). TheScienceoftheMind. Cambridge, MA: MIT Press/
Bradford Books.
CAPiTULO 1
1. J. M. Harlow (1868). Recovery from the passage of an iron bar through
the head, Publications of the Massachusetts Society, 2 327 47; e (1848 49).
Passage of an iron rod through the head, Boston Medical and Surgical Jour
nal, 39:389.
2. Ver nota 1 supra.
3. E. Williams, citado em H. J. Bigelow (1850). Dr. Harlow's case of re
covery from the passage of an iron bar through the head, American jour
nal of the Medical Sciences, 19:13 22.
4. Ver nota 3 supra (Bigelow).
5. Ver nota 1 supra (1868).
ó. N. West (1939). The Day of the Locust. Capítulo 1.
7. Um exemplo desta atitude é E. Dupuy (1873). Examen de quelques points
de la physiologie du cerveau. Paris: Delahaye.
8. D. Ferrier (1878).rhe Goulstonian Lectures on the localisation of cere
bral diseuse, British Medical journal, 1:399 447.
9. Para uma apreciaçäo extremamente rigorosa dos contributos de Gall,
verj. Marshall (1980). The new organology, The Behavioraland Brain Scien
ces, 3:23 25.
10. M. B. MacMillan (1986). A wonderful journey through skull and
brains, Brain and Cognition, 5:67 107.
11. N. Sizer (1882). Forty Years on Phrenology; EmbracingRecollections ofhis
tory; Aneçäote and Experience. Nova lorque: Fowler and Wells.
12. Ver nota 1 supra (1868).
CAPiTULO 2
1. P. Broca (1865). Sur la faculté du langage articulé, Bull. Soc. Anthropol.,
Paris, 6:337 93.
C. Wemicke (1874). DeraphasischeSymptomencomplex. Breslau: Colin und
Weigert.
Para pormenores sobre as afasias de Broca e Wernicke, ver A. Damásio
(1992). TheNewEnglanájournalofMedicine, 326:531 39. Paraumaperspec
tiva recente sobre a neuroanatomia da linguagem, ver A. Damásio e H.
Damásio (1992). Scientific American, 267:89 95.
NOTAS E REFERENCIAS 275
2. Para um texto geral sobre neuroanatomia, ver J. H. Martin (1989). Neu
roanatomy Text and Atlas. Nova lorque: Elsevier. Para um atlas moderno
do cérebro humano, ver H. Damásio (1995). Human Neuroanatomyfrom
Computerized Images. Nova Iorque: Oxford University Press. Para um
comentário sobre a importäncia da neuroanatomia no futuro da neu
robiologia, ver F. Crick e E. jones (1993). The Backwaráness of human
neuroanatomy, Nature, 361:109 10.
3. H. Damásio e R. Frank (1992). Three dimensional in vivo mapping of
brain lesions in humans, Archives of Neurology, 49:137 43.
4. Ver E. Kandel, J. Schwartz e T. jessell (1991). Principles of Neuroscience.
Amesterdäo: Elsevier.
P. S. Churchland e T. J. Sejnowski (1992). The Computational Brain: Models
and Methods on the Frontiers of Computational Neuroscience. Boston: MIT
Press, Bradford Books.
5. H. Damásio, T. Grabowski, R. Frank, A. M. Galaburda e A'. R. Damásio
(1994). The return of Phineas Gage: The skull of a famous patient yielás
clues about the brain, Science, 264:1102 05.
CAPiTULO 3
1. A excepçäo de Phineas Gage, a privacidade de todos os doentes mencio
nados no texto encontra se protegida por iniciais em código, pseudó
nimos e por omissäo de pormenores biográíicos.
2. Grande parte dos testes neuropsicológicos a que me refiro nesta secçäo
vem descrita em M. Lezak (1983). Neuropsychological Assessment. Nova
lorque: Oxford University Press; e A. L. Benton (1983). Contributions to
Neuropsychological Assessment. Nova lorque: Oxford University Press.
3. B. Milner (1964). Some effects of frontal lobectomy in man, in J. M. War
ren e K. Akert orgs., The Frontal Granular Cortex and Behavior. Nova
lorque: McGraw Hill.
4. T. Shallice e M. E. Evans (1978). The involvement of the frontal lobes in
cognitive estimation, Cortex, 14:294 303.
5. S. R. Hathaway e J. C. McKinley (1951). The Minnesota Multiphasic Perso
nality Inventory Mantial (ed. rev.). Nova lorque: Psychological Corpo
ration.
ó. L. Kohlberg (1987). The Measurement of Moral Jiidgement. Cambridge,
Massachusetts: Cambridge University Press
7. J. L. Saver e A. R. Damásio (1991). Preserved access and processing of
social knowlegde in a patient with acquired sociopathy due to ventrome
dial frontal damage, Neuropsychologia, 29:1241 49.
276 O ERRO DE DESCARTES
CAPiTULO 4
1. B. J. McNeil, S. G. Pauker, H. C. Sox e A. Tversky (1982). On the elicita
tion of preferences for alternative therapies, New England Journal ofmedi
cine, 306:1259 69.
2. Para pormenores sobre a estratégia de investigaçäo da neuropsicologia,
ver H. Damásio e A. R. Damásio (1989). Lesion Analysis in Neuropsychology.
Nova lorque: Oxford University Press.
3. R. M. Brickner (1934). An interpretation of frontal lobe fonction based
upon the study of a case of partial bilateral frontal lobectorny, Research
Publications of the Association for Research in Nervous and Mental Disea'se,
13:259 351; e (1936). The intellectualfunctions of thefrontal lobes: Study based
upon observation of a man after partial bilateral lobectomy, Nova Iorque:
Macmillan. Para outros estudos sobre lesöes do lóbulo frontal, ver também
D. T. Stuss e F. T. Benson (1986), Tire Frontal Lobes, Nova Iorque: Raven
Press.
4. D. O. Hebb e W. Penfield (1940). Human behavior after extensive bila
teral removals from the frontal lobes, Archives ofneurobiologyand Psychia
try, 44:421 38.
5. S. S. Ackerly e A. L. Benton (1948). Report of a case of bilateral frontal
lobe defect, Research Publications of the Association for Research in Nervous
and Mental Diseuse, 27:479 504.
ó. Entre os poucos casos documentados comparavéis com o do doente de
Ackerley e Benton, contam se os seguintes:
B. H. Price, K. R. Damner, R. M. Stowe e M. M. Mesulam (1990). The com
portmental learning disabilities of early frontal lobe damage, Brain,
113:1383 93.
L. M. Grattan e P. J. Eslinger (1992). Long term psychological consequen
ces of chiláhood frontal lobe lesion in patient DT, Brain and Cognition,
20:185 95.
7. E. Moniz (1936). Tentatives opératoires dans le traitement de certaines psy
choses. Paris: Masson.
8. Para uma discussäo destas e de outras formas de tratamento agressive,
ver E. S. Valenstein (1986). Great and Desperate Cures: The Rise and Decline
of Psychosurgery and Other Radical Treatmentfor Mental Illness. Nova lor
Dostları ilə paylaş: |