Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?



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Temas que podem surgir em novas redações:
Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?

Toda vez que um crime cometido por um menor de idade ganha evidência na mídia, cria-se uma comoção nacional e a polêmica envolvendo a maioridade penal vem à tona. Isso ocorreu recentemente, após um jovem prestes a completar 18 anos ter assassinado um universitário por causa de um celular, no início de abril, em São Paulo. Pesquisa Datafolha, uma semana depois do fato, revelou que 93% dos paulistanos eram favoráveis à redução da maioridade penal, uma vez que, no Brasil, os menores de 18 anos não respondem criminalmente por seus atos. Dezesseis anos é a idade mais cogitada para marcar esse limite. A principal alegação apresentada na defesa dessa mudança é o precoce amadurecimento do jovem, que hoje tem fácil acesso a informações e discernimento suficiente inclusive para votar. No entanto, os opositores dessa mudança alegam que outros casos surgirão com jovens (ou até crianças) com idades inferiores a essa, uma vez que as causas do problema não estariam sendo combatidas. Queremos saber qual é a sua opinião sobre esse assunto. Deve-se alterar a maioridade penal no Brasil?



Tema de abril de 2013

Eutanásia: quem decide a hora certa de morrer?

As denúncias envolvendo a médica Virgínia Helena de Souza, acusada de antecipar a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Paraná, reacenderam, neste ano, a polêmica sobre um assunto antigo: a eutanásia. A palavra de origem grega significa boa morte e refere-se ao direito que os indivíduos teriam de optar por encerrar a vida de modo antecipado e sem dor. Isso é visto por muitos como um alívio aos doentes incuráveis que sofrem exageradamente, por longos tempos, no aguardo da morte. Há países, como Holanda e Bélgica, nos quais a eutanásia é legalizada, mas, no Brasil, é crime. O tema desperta muitas discussões: se estiver consciente, o doente tem o direito de decidir quando parar de viver? E se estiver inconsciente, a família poderia ter esse direito? Caso fosse legalizado, quem teria a tarefa de ajudar o doente a provocar a própria morte? E os médicos, como deveriam agir, já que juraram defender a vida? Queremos saber a sua opinião sobre o assunto. Leia os textos de apoio e depois escreva uma dissertação argumentativa de até 30 linhas. Posicione-se, defenda seu ponto de vista com argumentos bem fundamentados e apresente propostas indicando como a sociedade deve lidar com essa questão.


Proposta de março de 2013

Qual a relação entre o estudo e uma carreira profissional bem sucedida?


A educação costuma ser apontada como um dos principais direitos sociais, devido aos benefícios que pode proporcionar ao cidadão. Uma recente pesquisa internacional, por exemplo, revelou que quem estuda é mais feliz. Outro argumento muito usado em favor da educação formal são os índices econômicos e trabalhistas, pois quem estuda normalmente ocupa os postos de trabalho mais bem pagos e consegue uma qualidade de vida melhor. Mas há exceções: de Sílvio Santos a Bill Gates, são vários os exemplos de indivíduos que conquistaram sucesso pessoal e profissional sem possuir um diploma universitário, assim como muitos também são os casos de pessoas formadas que não se sentem realizadas. O que você pensa disso? Estudar pode tornar as pessoas mais felizes? Qual a relação entre o estudo e uma carreira profissional bem sucedida? Veja os textos de apoio e discuta essas questões em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir: 

Estudar faz pessoas serem mais felizes e viverem mais


Um estudo recente sobre aspectos da educação mostra que quem estuda mais tende a ser mais feliz e ter uma expectativa de vida maior. O levantamento What are the social benefits of education? (Quais são os benefícios sociais da educação?, em tradução livre) foi produzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e realizado em 15 países membros da organização – do qual o Brasil não faz parte.

 "A educação ajuda as pessoas a desenvolver habilidades, melhorar a sua condição social e ter acesso a redes que podem ajudá-las a terem mais conquistas sociais", dizem os autores da pesquisa.

 Segundo o estudo, as pessoas que estudam mais são mais felizes porque têm maior satisfação em diferentes esferas de sua vida. Esse nível de satisfação pessoal é de, em média, 18% a mais para quem tem nível superior em relação àquelas que pararam no ensino médio.

 

Em relação ao aumento da expectativa de vida, o estudo mostra que um homem de 30 anos, por exemplo, pode viver mais 51 anos, caso tenha formação superior, enquanto aquele que cursou apenas o ensino médio viveria mais 43, ou seja, oito anos menos. Essa disparidade é mais acentuada na República Tcheca, onde os graduados podem viver 17 anos a mais. Já os portugueses, asseguraram a diferença mais baixa, apenas 3.



 (...)

Participação política

Em outro capítulo desse mesmo levantamento, realizado com um grupo de 27 países, a OCDE chegou à conclusão de que 80% dos jovens com ensino superior vão às urnas, enquanto o número cai para 54% entre aqueles que não têm formação superior. Os adultos mais escolarizados também são mais engajados quando o assunto é voluntariado, interesse político e confiança interpessoal.

  

Milionários sem diploma


Bill Gates abandonou Harvard, montou a Microsoft, e se tornou um dos homens mais ricos do mundo com uma fortuna de US$ 58 bilhões. Samuel Klein veio da Polônia para o Brasil fugido de um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, começou a vender utensílios domésticos de porta em porta, fundou as Casas Bahia e hoje é o rei do varejo brasileiro com uma empresa que faturou R$ 12,5 bilhões em 2007. Silvio Santos, um camelô no Rio de Janeiro, virou dono de mais de 30 empresas e do canal de televisão SBT. O que todos esses empresários com histórias tão diferentes têm em comum? Além de patrimônios que ultrapassam nove dígitos, nenhum possui diploma de curso superior. Ou abandonaram o mundo acadêmico antes de conquistar o diploma ou nem mesmo tiveram a chance de chegar lá. Aprenderam na marra, quebraram a cara em algumas ocasiões, porém, triunfaram.

(...)

Proposta de fevereiro de 2013

Como se tornar um consumidor consciente? Isso é possível?


Consumir: já faz tempo que, nos mais diferentes espaços do planeta, esse verbo tem sido associado à busca da felicidade. No Brasil não é diferente. A mídia vende sonhos e cria indivíduos consumistas, com um marketing feroz voltado para as mais diferentes idades. Isso se traduz não apenas na propaganda propriamente dita, mas até na estrutura e organização das lojas, estrategicamente planejadas para induzir ao consumo. Ter (principalmente produtos de marcas consagradas) pode criar a sensação de status e de pertencimento a um grupo mais desenvolvido. Juntamente com os produtos, adquire-se a ilusão de felicidade. Para completar, os bancos oferecem crédito a jovens ainda sem uma consciência financeira e o índice de pessoas endividadas cresce cada vez mais. É possível escapar dessas armadilhas da sociedade de consumo? Como romper esse círculo vicioso? Como preparar, especialmente o jovem, para se tornar um consumidor mais consciente?

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

A criança e o consumo


Saber diferenciar o 'eu quero' do 'eu preciso'. É esse um dos pontos cruciais para que o consumismo infantil não crie adultos financeiramente desequilibrados. A opinião é das especialistas Cássia D’ Aquino e Maria Tereza Maldonado, autoras do livro “Educar para o Consumo”.

De fato, o consumo está cada vez mais presente na vida das crianças. Mesmo as de pouca idade, já conhecem marcas e sabem pedir aos seus pais exatamente o que querem. Um estudo realizado no Reino Unido há alguns anos mostrou que, na época, as crianças britânicas de 10 anos conheciam de 300 a 400 marcas famosas, mais de 20 vezes o número de espécies de aves de que sabiam o nome.

“Até pouco tempo atrás, a idade média em que uma criança pedia para que o pai comprasse algo era dois anos e oito meses. Hoje já é dois anos e três meses e isso vai cair ainda mais, rapidamente. Os modelos de família que temos hoje priorizam o consumo. Nos finais de semana, os pais levam as crianças ao shopping para comprar, em vez de passear, brincar, passar o tempo com os filhos”, pontua Cássia D´Aquino. 

Conhecedoras do mercado, elas são capazes de influenciar os hábitos de consumo de sua família. De acordo com a pesquisa “O Poder da Influência da Criança nas Decisões de Compra da Família”, realizada pela Viacom em 11 países do mundo, entre eles o Brasil, 51% dos pais tomam a decisão de uma compra depois de ouvir a opinião dos filhos, enquanto 49% afirmam que decidem juntos com as crianças.

Mesmo quando o produto é para os pais, a opinião dos filhos é levada a sério. Na categoria automóvel, por exemplo, 60% dos pais dizem que foram influenciados pelos filhos. No entanto, mais do que ouvir a opinião das crianças, é importante que os pais aproveitem esses momentos para educar financeiramente.

Impulsividade e falta de consciência


Soma e subtração. Cheque especial, cartão de crédito, contas para pagar ao fim do mês e uma conta bancária no vermelho. Essa situação é a realidade de 70% dos jovens que iniciam suas carreiras.

Endividados, os novos funcionários do mercado de trabalho acabam prejudicando o próprio desenvolvimento profissional por conta da falta de saúde financeira, é o que revela o educador de finanças, Reinaldo Domingos.

Segundo ele, a falta de dinheiro pode causar problemas como o absenteísmo (ausências) e a desatenção no trabalho, gerando dificuldades de ordem pessoal e profissional, como aumento de empréstimos consignados, baixa autoestima, aumento de acidentes de trabalho, além de abalar a qualidade de vida familiar do colaborador. 

Isso acontece por três motivos, principalmente. Primeiro é a falta de consciência financeira de se gastar além do que se recebe. Em seguida está o excesso de mídia/marketing sob produtos e serviços. Por último está a oferta de crédito fácil. "Esses três fatores são cruciais para o desequilíbrio financeiro. O jovem é impulsivo e se entrega ao consumismo, sem ao menos saber se suas contas já estão no limite. O que completa esse ciclo são os cartões e cheque especial", explica Domingos.


Eu etiqueta


Em minha calça está grudado um nome 
Que não é meu de batismo ou de cartório 
Um nome... estranho. 
(...)

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, 


Minha gravata e cinto e escova e pente, 
Meu copo, minha xícara, 
Minha toalha de banho e sabonete, 
Meu isso, meu aquilo. 
Desde a cabeça ao bico dos sapatos, 
São mensagens, 
Letras falantes, 
Gritos visuais, 
Ordens de uso, abuso, reincidências. 
Costume, hábito, permência, 
Indispensabilidade, 
E fazem de mim homem-anúncio itinerante, 
Escravo da matéria anunciada. 
(...)

Por me ostentar assim, tão orgulhoso 


De ser não eu, mas artigo industrial, 
Peço que meu nome retifiquem. 
Já não me convém o título de homem. 
Meu nome novo é Coisa. 
Eu sou a Coisa, coisamente.

[Carlos Drummond de Andrade]

 

Proposta de janeiro de 2013

Por que a ideia de fim do mundo atrai e assusta?


21 de dezembro de 2012. Esse era para ser o dia do fim do mundo, segundo algumas interpretações do calendário maia. Isso, porém, não aconteceu e a data entrou para a vasta galeria das previsões apocalípticas que não se cumpriram. O medo do fim do mundo é uma constante na sociedade mundial de todas as épocas, é um tema que povoa o imaginário de gerações e já foi explorado na literatura, na canção popular, no cinema, na televisão. É difícil entender como, mesmo diante de várias previsões erradas, as polêmicas sobre o fim do mundo ainda provocam um sentimento tão forte em parte da população. Leia os textos da coletânea e depois discuta o tema em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas. Você tinha acreditado na previsão? O que você pensa desse tipo de previsões? Por que isso mexe tanto com o imaginário do ser humano na sua opinião?

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

O fim do mundo em 2012


 Os planetas, as estrelas, o calendário maia e, é claro, uma superprodução de Hollywood reavivam a ideia aterrorizante do apocalipse e levantam uma questão: por que continuamos a acreditar em profecias finalistas apesar de todas elas terem fracassado redondamente?

(...) No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. (...)

A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. "Nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo", diz o psicólogo Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, autor de Supersense: Why We Believe in the Unbelievable (Supersentido: Por que Acreditamos no Inacreditável). "Esse desenho às vezes nos leva a acreditar em coisas que vão além de qualquer explicação natural."

[André Petry, Revista Veja, 4 de novembro de 2009]

  

E o mundo não se acabou


 Anunciaram e garantiram

Que o mundo ia se acabar

Por causa disso

Minha gente lá de casa

Começou a rezar...

 

Acreditei nessa conversa mole



Pensei que o mundo ia se acabar

E fui tratando de me despedir

E sem demora fui tratando

De aproveitar...

[Assis Valente]

A passagem do cometa


 No texto abaixo (fragmentos), Cecília Meireles faz referência à passagem do cometa Halley, em 1910, pelas proximidades da Terra.

O Fim do Mundo

(Cecília Meireles)

A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

(...) Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste - mas que importância tem a tristeza das crianças?

(...) Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna. (...) Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

[Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Editora Record, Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.]


Proposta de dezembro de 2012

A sociedade está perdendo a batalha contra o crime?


Frequentemente, conflitos armados entre polícia e facções criminosas ganham as páginas de jornais e deixam a sociedade apavorada. O foco das atenções, agora, tem sido o estado de São Paulo: mais de duzentas pessoas, entre elas muitos policiais militares, já morreram baleadas na onda de ataques que vem ocorrendo desde o início deste ano. O mais triste, porém, é saber que mesmo com tanta criminalidade concentrada no eixo Rio-São Paulo, a violência consegue ser ainda maior nos outros estados brasileiros. Prova disso foram os dados levantados por uma ONG mexicana: 14 das 50 cidades mais violentas do mundo são brasileiras. Maceió ocupa o 3º lugar desse ranking, com um índice anual de homicídios de 135,26 pessoas para cada 100 mil habitantes. Como você avalia a questão da segurança pública no Brasil? Estamos perdendo a luta contra a violência? Que atitudes precisam ser tomadas para reverter essa situação? Leia os textos da coletânea e exponha seu ponto de vista em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

São Paulo em foco


Antonio Ferreira Pinto deixou ontem o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo. O pedido de exoneração foi anunciado hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Alckmin ainda afirmou que o ex-procurador geral de justiça de São Paulo Fernando Grella será o novo secretário da pasta. Ele deve assumir o cargo amanhã.

Violência

O Estado de São Paulo vive uma onda de violência, com registros de chacinas, homicídios, ônibus incendiados e mortes de policiais militares. Desde o último dia 24, 253 pessoas foram mortas na região metropolitana de São Paulo --média de 9,7 por dia.

Desde o início do ano, 95 policiais militares já foram assassinados em todo o Estado de São Paulo.

Em 2011, 47 PMs foram mortos --21 dos crimes ocorreram enquanto os policiais estavam em serviço e 26 foram assassinados no horário de folga, de acordo com o comandante-geral da PM, Roberval França.


Brasil: 14 cidades entre as mais violentas do mundo


 São Paulo - Das 50 cidades mais violentas do mundo, 14 são brasileiras. O país foi destaque negativo em ranking feito por especialistas da ONG mexicana Conselho Cidadão Para a Segurança, com base na quantidade de homicídios em cidades do mundo com mais de 300 mil habitantes.

O Brasil também garantiu presença no pouco honroso top 10 do ranking, com duas cidades entre os dez maiores índices de violência: Maceió, capital alagoana, que ocupa o terceiro lugar, e Belém, capital do Pará, no décimo lugar.

O título de cidade mais perigosa do mundo é da cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158.87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147.77.

A América Latina disparou na frente com os piores resultados, abrigando 40 das cidades apontadas, incluindo as 20 primeiras da lista. No relatório, a ONG ainda alertou para a coleta imprecisa de informações no México, onde "autoridades estão falsificando dados e escondendo o verdadeiro número de homicídios". Confira as cidades brasileiras apontadas entre as mais violentas do mundo, e seu índice de homicídios por habitantes.


O que é crime organizado?


Quando a gente pensa em crime organizado, logo vem à mente aquelas imagens dos confrontos armados entre traficantes e as forças públicas. Jovens com fuzis automáticos, pistolas, lançadores de foguetes e metralhadoras sobre as lajes das favelas cariocas. O “crime organizado” também se manifesta nas rebeliões carcerárias. Presídios destruídos, incêndios, adversários das gangues enforcados e decapitados, um horror.

Tudo isso é o crime organizado? Sim e não. Esse pessoal está no crime organizado, mas não é o crime organizado. As organizações criminosas que controlam o mercado ilegal são empresas transnacionais. Segundo o diretor do FBI, Robert Muller III, numa prestação de contas para o Congresso dos Estados Unidos, crime organizado é uma operação mundial de cerca de 250 “empresas criminosas”, que auferem um lucro anual de 1 trilhão de dólares. Entre elas estão as quatro Máfias italianas (siciliana, napolitana, calabresa e romana); os cartéis colombianos e mexicanos; a Yakuza (Japão); as Tríades (China); os cartéis nigerianos, somalis e sul-africanos; os Dragões Vermelhos (Vietnã, Laos e Cambodja), especializados na produção de papoulas, ópio e heroína; a Máfia Russa e suas ramificações por todo o Leste Europeu, que controla a lavagem de dinheiro e o contrabando de armas. Trata-se de um conglomerado de “negócios criminosos” que gere o mercado ilegal em estaca global. Este é o cerne do crime organizado, que delega para baixo as tarefas do submundo.

Diante disto, nossos bandidos, incluindo os do colarinho branco, são raia miúda. No entanto, o crime organizado está bem estabelecido entre nós.

[Blog Carlos Amorim, 25 de junho de 2010]


Proposta de novembro de 2012

É certo ou errado leiloar a virgindade? Por quê?


O leilão da virgindade de dois jovens, promovido por uma produtora australiana, é um novo tipo de reality show que tem provocado muita polêmica. A virgindade de uma brasileira, por exemplo, terminou com um lance de R$ 1,5 milhão. O vencedor terá uma hora, durante um voo, para realizar o ato sexual, com base em um contrato que determina o que poderá ou não ser feito. Beijo não pode. A jovem alega que, por ser algo que acontecerá apenas uma vez, não considera essa venda sexual um ato de prostituição e rebate as críticas: "Tenho 20 anos, sou responsável pelo meu corpo e não estou prejudicando ninguém." O valor do lance ficará com a moça e o lucro da produtora virá do programa, da exibição das imagens até a entrada do casal no avião. O que você pensa desse tipo de reality show? Acredita que seja apenas mais uma forma de diversão social? Acha que extrapola os limites da ética? Defenda seu ponto de vista em uma dissertação argumentativa e aponte qual deve ser o papel da família e dos governos diante dessa polêmica.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Virgem em leilão


A brasileira Catarina Migliorini, 20, está leiloando sua virgindade, por intermédio de uma produtora australiana. A "experiência" faz parte do documentário "Virgins Wanted", que conta a história de dois jovens antes e depois da primeira vez.

“Estou nesse projeto há dois anos. Começou quando vi uma reportagem sobre um cineasta australiano que estava à procura de uma virgem. Pensei: sou virgem, vou me inscrever. Foi por impulso que eu, menininha de 18 anos, resolvi me inscrever. Achei que não receberia resposta. (...) Neste momento, estou em um hotel, em Bali. É como um reality show, mas sem filmagens o dia inteiro. Uma das partes do documentário é um leilão, na internet, em que o prêmio é a minha virgindade. Não penso muito no valor.”

O ato será consumado no céu, para que não haja nenhum problema com a legislação dos países [prostituição não é crime em território brasileiro, mas tirar proveito dela, seja de que forma for, configura um delito].

(...) O comprador não pode levar outra pessoa, querer realizar fantasias, usar brinquedo sexual, nada. Também é obrigatório o uso de camisinha e só pode tirar a virgindade, nada mais. Conversar pode. Mas beijar, não. Beijar não está no contrato.

[Folha de S. Paulo, 26 de setembro de 2012]

O fim da virgindade


Acaba hoje o prazo para fazer um lance pela virgindade da estudante brasileira Ingrid [verdadeiro nome de Catarina] Migliorini. Já lhe ofereceram US$ 255 mil pelo direito à primeira noite.

Penso que a jovem está certíssima. Vai levantar um bom dinheiro para entregar uma simples abstração, que a maioria das meninas dá de graça a seus namorados. Se há algo chocante na história é o valor que nós, como espécie, atribuímos à virgindade.

A obsessão se materializa em todos os níveis, do mais sagrado ao mais profano. Segundo Paul Bloom em "How Pleasure Works", o termo aparece nada menos do que 700 vezes no Antigo Testamento e ocupa lugar ainda mais central no cristianismo, com o suposto nascimento virginal de Jesus. Mesmo no mundo materialista do capitalismo, mulheres gastam pequenas fortunas em cirurgias de reconstituição do hímen.

Tamanho interesse tem raízes evolutivas. Desde que a fêmea humana deixou de anunciar ostensivamente seu período fértil, como o faz a maioria dos primatas, ficou muito mais difícil para o macho ter certeza de que o filho que ele criaria era mesmo seu. E investir recursos no desenvolvimento de genes alheios é, em termos biológicos, um desastre. Um modo de aumentar as chances de o rebento ser legítimo era copular preferencialmente com virgens.

[Hélio Schwartzman, Folha de S. Paulo, 14 de outubro de 2012]

O fim do leilão


O leilão da virgindade da brasileira Catarina Migliorini, 20, foi encerrado nesta quarta-feira com o lance de US$ 780 mil (o que equivale a cerca de R$ 1,5 milhão). O último lance computado pela virgindade da brasileira foi dado hoje por um japonês identificado apenas como Natsu.

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Proposta de outubro de 2012

Cotas para universidades federais: solução ou problema?


Agora é oficial: a presidente Dilma Rousseff sancionou o sistema de cotas para o ingresso em universidades federais. Isso significa que metade das vagas dessas instituições será ocupada por alunos que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública. Metade dessas vagas (25% do total) ficará com estudantes de baixa renda familiar e a outra metade (25%), com negros, pardos e índios. O tema é polêmico, pois envolve muitos pontos de vista: alguns consideram a medida preconceituosa, alegando que o mais justo é a manutenção da concorrência igual, já que a cor da pele não interfere na capacidade intelectual do indivíduo; outros, porém, veem as cotas como forma de incluir os excluídos, dando-lhes visibilidade social para que possam, no futuro, disputar vagas em condições de igualdade. Discuta esse tema em uma dissertação argumentativa, fundamentando seu ponto de vista e propondo ajustes necessários para se resolver a situação. Leia os textos da coletânea e tente aproveitar as informações úteis à sua análise.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Por unanimidade, STF aprova cotas raciais


Por unanimidade, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram nesta quinta-feira (26) a favor das cotas raciais em universidades públicas. Todos os 10 ministros votantes seguiram a opinião do relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, que se disse ontem (25) a favor da constitucionalidade da medida. O ministro Dias Tóffoli não participou do julgamento, já que, quando era advogado-geral da União, deu parecer favorável às cotas.

Último a votar, Ayres Britto afirmou que quem não sofre preconceito por causa da cor da pele tem uma "vantagem competitiva". “Aquele que sofre preconceito internaliza a ideia de que a sociedade o vê como um desigual, por baixo. E o preconceito quando se generaliza e persiste no tempo, se alonga, como é o caso do Brasil, ele vai fazer parte das relações sociais de base, que são aquelas relações sociais que definem o perfil de uma sociedade.”

(...) Para Cezar Peluso, as políticas de ações afirmativas precisam ser aplicadas de olho no futuro. "Essas políticas públicas estão voltadas ao futuro. Elas não compensam [atitudes anteriores]. Elas estão atuando sobre a realidade de uma injustiça", afirmou.

[UOL Notícias]

O grande erro das cotas


(...) O Brasil tem hoje 2 341 instituições de ensino superior, públicas e privadas. Desse total, apenas 59 serão afetadas pela Lei de Cotas – além das federais, o projeto inclui alguns cursos técnicos de ensino médio e profissionalizantes ligados ao Ministério da Educação.

Em termos absolutos, é bem pouco. Ocorre que, juntamente com as universidades públicas estaduais, as universidades federais são a mais importante usina de descobertas científicas, conhecimento e pesquisa do Brasil. Vêm delas, por exemplo, 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, segundo dados recentes.

(...) Agora, a Lei de Cotas poderá desviar esse curso. Em vez de ir para os alunos mais preparados, quase sempre egressos de escolas particulares, metade das vagas caberá aos menos preparados, vindos do deficiente ensino público.A Lei de Cotas, tal como foi enviada para a sanção de Dilma Rousseff, não é ruim apenas porque põe em risco a produção de conhecimento no país e atropela a meritocracia. Ela é ruim também porque mascara e força a perpetuação de um dos problemas mais graves da educação no Brasil: a péssima qualidade das escolas públicas do ensino médio e fundamental. “Se tivéssemos um ensino básico decente, esses alunos conseguiriam competir de igual para igual com os alunos das particulares. Mas é claro que é mais fácil criar cotas do que investir na base”, afirma o economista Claudio de Moura Castro, especialista em educação e articulista de Veja.

(...) O próprio governo parece reconhecer, ainda que implicitamente, o risco que a nova lei impõe ao ensino de alto padrão no país. Sob o contestável argumento de que são vinculadas ao Ministério da Defesa, e não ao da Educação, instituições de excelência, como o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e o IME (Instituto Militar de Engenharia), ficaram livres das cotas. O que mostra que, quando o assunto é “sério”, o que se leva em conta é mesmo o mérito e a capacidade.



[Coluna do Ricardo Setti, Veja on-line]

Proposta de Maio de 2012

O MMA é um esporte como outros ou injustificada glorificação da violência?


The Ultimate Fighter, reality show sobre os lutadores de MMA (sigla para "mistura de artes marciais", em inglês), tem levantado muita polêmica. As lutas são muito violentas e o contato frequente com esse tipo de imagem pode acabar reduzindo o nível de sensibilidade do espectador à violência. Ver um indivíduo quebrar a cabeça do outro passaria a ser algo normal e até desejado para o público. Os críticos acreditam que as academias possam despejar nas ruas uma imensidão de brigões, loucos por sangue. Prova disso foi a entrevista recente de um estudante de 16 anos à Folha de S. Paulo, em que ele justificou sua escolha pelo MMA: "Gosto de bater mesmo, quero ver sangue." Evidentemente, há inúmeros defensores que veem a luta apenas como mais um esporte, capaz de trazer várias vantagens a seus praticantes, como diminuir o estresse, desenvolver disciplina, propiciar grande gasto calórico. Assistir a lutas violentas poderia até ser um modo de exorcizar a violência na vida real. O que você acha dessa questão? O MMA deve ser encarado positiva ou negativamente?

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Não é vale-tudo


Quando o UFC começou, em Denver, Colorado, nos Estados Unidos em 1993, cada lutador enfrentava no mínimo três adversários em uma noite. Havia poucas regras - não atingir os olhos, não usar os dedos para rasgar a boca do adversário e não golpear a virilha. Em 2001, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, empresários americanos donos de cassinos em Las Vegas, compraram o evento e fizeram mudanças para que se tornasse um esporte reconhecido. Cada atleta passou a lutar apenas uma vez por evento, que tem em média cinco lutas por noite.

Foram estipuladas 31 faltas, que podem até eliminar um competidor. Além disso, os atletas foram divididos em categorias de peso [...] e o acompanhamento médico passou a ser obrigatório - inclusive durante os treinamentos. [...] Todos os atletas são obrigados a passar por exame antidoping e testes médicos (HIV, hepatite, ressonância magnética e exame oftalmológico, entre outros). Durante as lutas, cinco médicos coordenados por um especialista em eventos esportivos de combate cercam o ringue, enquanto quatro especialistas em ferimentos leves acompanham os lutadores do lado de fora do octógono - o ringue, também chamado de gaiola, fechado, com cerca de nove metros de diâmetro ou quase 60m2 de área de luta.


[Davi Correia, Revista Veja]

The Ultimate Fighter, reality show sobre os lutadores de MMA (sigla para "mistura de artes marciais", em inglês), tem levantado muita polêmica, pois as lutas são muito violentas.


Esporte para uns, violência para outros


Goste ou não, você vai ser atacado por todos os lados: a luta da moda, o MMA, está na TV, no cinema, nas livrarias, nas conversas de bar, nas academias de ginástica. Os patrocinadores do UFC (campeonato internacional de MMA) já estão batendo os tambores para o próximo torneio, que será realizado em junho, no Brasil. São ajudados pelos subprodutos da luta e ajudam a promovê-los.

Na próxima sexta-feira, 16, estreia o documentário "Anderson Silva: Como Água", sobre o grande ídolo da modalidade, com um esquema de distribuição peso-pesado: 150 salas e uma expectativa de público recorde. Em abril, estão previstos três lançamentos de livro sobre o tema: "Filho Teu Não Foge à Luta: como os lutadores brasileiros transformaram o MMA em um fenômeno mundial", pela editora Intrínseca, "A Bíblia do MMA", pela Universo dos Livros, e a autobiografia de Anderson Silva, pela Sextante.

E se você já achava muito ter um bonitão na novela na pele de um lutador (o ator Dudu Azevedo, em "Fina Estampa", da TV Globo), prepare-se. Está sendo filmada a história de José Aldo, campeão dos pesos-pena, vivido na telona por outro bonitão de novelas, Malvino Salvador.

Nas academias, as aulas de MMA estão inchando
De olho no filão, a Fitness Brasil, maior feira de tendências para o setor, que acontece em Santos no final de abril, vai apresentar treinos formatados para esse público de academias, além de montar um octógono (ringue de MMA) durante o evento, onde serão realizadas lutas. Tantos adversários e marketing tão poderoso tornam difícil a vida dos críticos da luta. O de maior visibilidade, atualmente, é o deputado federal José Mentor (PT), que apresentou um projeto de lei proibindo a transmissão dos campeonatos pela TV. Em artigo publicado na Folha (5/3), ele ataca o que considera brutalidade e propaganda de violência gratuita.

[...] "O aumento de alunos nas aulas de MMA é imenso. Eles querem diminuir o estresse, desenvolver disciplina. Fora o gasto calórico, que é enorme", afirma o fisioterapeuta e professor Thomas Henrique Cabrera, que dá aulas da modalidade na rede de academias Runner, em São Paulo. [...] Mas, mesmo regrado, o MMA não convence gente como Éder Jofre, por exemplo. "Acho essa luta um assassinato. Não posso conceber o cara estar no chão e o outro vir dando joelhada", diz o bicampeão mundial de boxe, hoje com 75 anos.

No MMA são usadas regras de diferentes modalidades, misturadas. Pode dar soco, como no boxe, mas também pode bater da cintura para baixo; pode estrangular, como no jiu-jítsu, mas também dar cotoveladas em pé, como no muay thai. "Criticavam o boxe porque era violento, mas, perto do MMA, é balé", diz Jofre.

O estudante Paulo Sanchez, 16, é mais direto. Fez judô na infância, mas prefere o MMA porque tem mais ?pegada?. "Gosto de bater mesmo, quero ver sangue." Esse tipo de atitude preocupa o professor de artes marciais Jeremias Alves Silva. "Hoje tem mercado e qualquer um já quer abrir academia de MMA. A pessoa não é formada numa arte marcial, não consegue dar uma formação correta ao aluno."



[Folha de S. Paulo, 13 de março de 2012]

Proposta de Abril de 2012

Deve ou não haver maior controle sobre o consumo do álcool?


O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é, sem dúvida, um grande causador de problemas sociais, mas é difícil mudar o comportamento dos consumidores, que quase sempre associam o álcool a momentos de festa e descontração. A apologia à bebedeira pode ser encontrada, por exemplo, em diversas canções populares. No Brasil, são várias as iniciativas legais para tentar conter os abusos, como proibição da venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol, maior rigidez na lei que proíbe a venda a menores de idade, projeto para proibir o comércio de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência. A polêmica mais recente envolvendo o tema diz respeito à Copa do Mundo de 2014, uma vez que a Fifa opõe-se à restrição determinada pela lei brasileira. Pensando nessa questão, como você se posiciona em relação às medidas públicas para controlar o consumo de bebidas alcoólicas? Deve ou não haver maior controle? Leia os textos da coletânea e elabore uma dissertação argumentativa discutindo o tema.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Prevenir a violência nos estádios


Representantes do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Brasil entregaram um manifesto ao deputado Renan Filho (PMDB-AL), presidente da Comissão que discute a Lei Geral da Copa, pedindo que a proibição do consumo de bebidas alcóolicas nos estádios também seja válida no Mundial de 2014. Atualmente, o texto do relator Vicente Cândido (PT-SP) permite a venda e o consumo das bebidas no período da Copa, desde que sejam usados apenas copos de plástico.

(...) O procurador de Justiça de Minas Gerais, José Antônio Baeta, disse que, além do manifesto, foram entregues estatísticas das ocorrências policiais nos estados, que comprovam que após a proibição da venda e do consumo de bebidas alcóolicas nos estádios brasileiros os índices de violência caíram em média 75% ao redor das arenas.

“O Ministério Público é contra a liberação dessa medida, porque a restrição do consumo de bebida alcóolica integra o plano de segurança para prevenir a violência nos estádios. Esse pensamento representa todas as instituições que atuam na segurança pública”, declarou Baeta. O procurador de justiça de Minas Gerais disse ainda que o componente de rivalidade é um estopim para desencadear a violência nos estádios e que isso pode ocorrer também entre nações, na Copa do Mundo.

 Nova lei sobre consumo de bebidas alcoólicas por menores

O governador Geraldo Alckmin sancionou nesta quarta-feira, 19, lei estadual que amplifica a prevenção ao uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes no Estado de São Paulo. Bares, restaurantes, lojas de conveniência e baladas, entre outros locais, não poderão vender, oferecer nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos. A fiscalização começa em 30 dias.

Antes da aprovação da lei, já não era permitida a venda de álcool a menores. No entanto, se um adulto comprasse a bebida e a repassasse a um adolescente ou criança, os proprietários pelos estabelecimentos não podiam ser responsabilizados.

A nova legislação muda esse ponto e obriga o comerciante a pedir documento de identificação para realizar a venda ou deixar que o produto seja consumido no local. Essas medidas têm como objetivo evitar que adolescentes tenham acesso a bebidas alcoólicas, que podem causar dependência, doenças, problemas familiares, violência, acidentes e mortes.

[Governo do Estado de São Paulo, 19/10/11]

O esvaziamento da Lei Seca


Por decisão da 3.ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada por 5 votos contra 4, só o teste do bafômetro e o exame de sangue podem ser aceitos como prova de embriaguez para fundamentar a abertura de ação penal contra quem que for flagrado dirigindo embriagado.

A decisão do STJ é polêmica, como o placar apertado do julgamento deixou claro. Isto porque, ao descartar exame médico e até o depoimento de guardas de trânsito e policiais rodoviários, condicionando a apenas duas provas a abertura de ação criminal, o STJ dificultou a aplicação da Lei n.º 11.705, que entrou em vigor em 2008. Mais conhecida como Lei Seca, ela estabelece sanções severas para o condutor que for flagrado tendo concentração de álcool superior a 0,6 grama por litro de sangue.

Como a Lei Seca foi mal redigida, apesar das boas intenções de seus autores, ela contém dispositivos excessivamente detalhistas, medidas que conflitam com o Código Penal e até problemas conceituais. A decisão do STJ, portanto, está tecnicamente correta, embora pareça ser, na prática, um desserviço ao combate à embriaguez no volante.

[O Estado de S. Paulo, editorial 30/03/2012]

Turma do funil


Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Ha, ha, ha, ha!
Mas ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos
e eles que ficam tontos, morou
Eu bebo sem compromisso
É o meu dinheiro
Ninguém tem nada com isso
Enquanto houver garrafa
Enquanto houver barril
Presente está a turma do funil

Proposta de Março de 2012

A questão do lixo nas sociedades de consumo


Meio ambiente e ecologia são assuntos normalmente incômodos para líderes governamentais, pois colocam em evidência a difícil relação entre a sociedade de consumo e a natureza. Com o culto ao novo, ao tecnológico, produtos que poderiam durar anos passam a ser descartados em tempos curtíssimos e de modo irregular, acelerando a geração de lixo. O uso desenfreado do plástico é outro problema, pois seu longo período de vida faz com que os danos à natureza sejam agravados. Pressionados por defensores do meio ambiente, órgãos do governo criam, às vezes, medidas isoladas, como a que proibiu a distribuição de sacolinhas plásticas em supermercados e outros pontos comerciais. Mas, afinal, o lixo é responsabilidade de quem? Que problemas ele pode trazer futuramente para a sociedade? O que precisa ser feito para que o lixo não provoque estragos ainda maiores ao meio ambiente e, consequentemente, à vida no planeta? Leia os textos da coletânea e depois redija uma dissertação argumentativa em prosa sobre o tema: A questão do lixo nas sociedades de consumo.

Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:

Por uma vida menos plástica?


Desde os anos 1970, as sacolinhas cumprem duas funções essenciais na rotina dos brasileiros. Servem para carregar as compras do supermercado e embalar o lixo doméstico.

O problema, alertam os ambientalistas, surge na hora do descarte do produto. Essas mesmas sacolas plásticas, por descuido ou desleixo, entopem bueiros, causando alagamentos nas cidades.

Seu longo ciclo de vida (demoram mais de 100 anos para se degradarem) faz ainda com que abarrotem aterros sanitários, onde correspondem a até 10% do lixo. Carregadas para rios e mares, as sacolinhas poluem o ecossistema e matam por asfixia ou indigestão animais marinhos, como peixes, aves e tartarugas.

O fato é que a natureza simplesmente não conseguiu, até agora, encontrar um meio de digerir com eficiência esses "monstros" de polietileno. A solução, então, seria a sociedade livrar-se deste incômodo. Mas como?

Algumas prefeituras e governos de Estados brasileiros tentaram criar leis que proibissem o fornecimento de sacolinhas em supermercados. Representantes da indústria de plástico recorreram à Justiça, que por sua vez considerou os projetos de lei inconstitucionais.

[UOL Educação: Atualidades

Aterro sanitário: solução protelatória que pode agravar o problema do lixo

A multiplicação do lixo


Produzido anualmente pela Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil referente ao ano de 2010 não trouxe boas notícias aos brasileiros: o estudo mostrou que, no ano em que foi criada a PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, a produção e destinação final do lixo brasileiro sofreu retrocessos.

Segundo a pesquisa, o volume de RSU - Resíduos Sólidos Urbanos gerado em 2010 pela população é 6,8% superior ao registrado pelo Panorama em 2009. Foram quase 61 milhões de toneladas de lixo produzidos nos últimos doze meses e o aumento populacional no país não é desculpa para esse crescimento: o estudo mostrou que a geração de resíduos aumentou seis vezes mais do que a população em 2010, o que significa que, no ano, cada brasileiro produziu, sozinho, uma média de 378 kg de lixo.

E as más notícias não param por aí: o Panorama concluiu, ainda, que a quantidade de RSU com destinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, com relação a 2009: foram 23 milhões de toneladas encaminhadas a lixões e aterros controlados - que, por não possuírem mecanismos adequados de disposição e armazenamento do lixo, contaminam o solo e a água - contra 21,7 milhões, em 2009.

[Planeta Sustentável]


Prédios acumulam lixo reciclável por falta de coleta


São Paulo - Os condomínios da cidade de São Paulo têm acumulado lixo reciclável por falta de coleta seletiva. A demanda está cada vez maior, mas a estrutura da Prefeitura, com 21 centrais de triagem, não consegue atender ao processamento diário de todo o material produzido na capital. Os síndicos jogam o lixo que poderia ser reciclado com os detritos comuns.

De 2009 para 2011, o volume médio de resíduos coletados diariamente na cidade de São Paulo teve um aumento de 12,5%. Passou de 16 mil toneladas por dia para 18 mil. A quantidade de itens enviados para a reciclagem, porém, continua por volta de 1% do total. Passou de 120 toneladas (0,71%) por dia em 2009, para 214 (1,13%) em 2011. "O ideal é que a cidade estivesse reciclando cerca de 25% do total do lixo produzido", disse a arquiteta e urbanista Nina Orlow, da Rede Nossa São Paulo. De acordo com Nina, a cidade precisa fazer um estudo gravimétrico (separação e pesagem) do lixo coletado diariamente, o que traduz o porcentual de cada componente recolhido.

[Estadão]

O outro lado


Miguel Bahiense, presidente da Plastivida e do INP expressa opinião sobre matéria “Seis pecados da sacola plástica'”, publicada no portal Exame.com no dia 14 de junho de 2011.

Hoje, o Brasil conta com uma indústria de reciclagem de plásticos ociosa em mais de 30% uma vez que o país não conta com processos de coletas seletivas adequadas para que menos materiais que podem ser reutilizados acabem nos lixões e aterros. A saída está na educação e na responsabilidade compartilhada – indústria, varejo, população e governo fazendo sua parte para adequar a questão do consumo e do descarte.

Apenas 0,2% do peso de um aterro sanitário é composto por sacolas plásticas. Pior, mais do que 60% do peso de um aterro sanitário é material orgânico. É recomendação dos órgãos de saúde que o lixo seja embalado em plástico, evitando que o lixo vaze e se espalhe. Isso evita doenças e contaminações, tanto humanas, quanto ambientais. Também é recomendado que o lixo seja colocado em lixeiras suspensas e o mais próximo possível do horário da coleta. Ações simples que evitam que as sacolas sejam agentes na enchente. Sacolas não foram feitas para estarem na natureza. E não vão parar lá sozinhas. É por isso que insistimos na tese de que sem a educação ações isoladas não surtirão efeito.

Os plásticos, além de 100% recicláveis, são inertes, o que significa que não emitem nada – nem mesmo CO2 (Dióxido de carbono), emitido no caso das sacolas biodegradáveis, que também podem emitir CH4 (metano). O Carbono contido na sacola comum é estável, ou seja, não se transforma nem em CO2 nem em CH4. Sacos plásticos são fabricados com PE (polietileno), nada tem haver com bisfenol-A (BPA) e oligômero (PS).

Não há alternativas consistentes para substituir as sacolas plásticas. Econômicas, duráveis, resistentes, práticas, higiênicas e inertes, são reutilizáveis e 100% recicláveis. Pesquisa do Ibope confirma que 100% das sacolas plásticas são reutilizadas, especialmente como saco de lixo, 71% constituem as embalagens preferidas da população para transportar suas compras e 75% das donas de casa são a favor do seu fornecimento pelo varejo.

[Revista Exame - Texto adaptado]



Índice de temas


  • maio de 2013: Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?

  • abril de 2013: Eutanásia: quem decide a hora certa de morrer?

  • março de 2013: Qual a relação entre o estudo e uma carreira profissional bem sucedida?

  • fevereiro de 2013: Como se tornar um consumidor consciente? Isso é possível?

  • janeiro de 2013: Por que a ideia de fim do mundo atrai e assusta?

  • dezembro de 2012: A sociedade está perdendo a batalha contra o crime?

  • novembro de 2012: É certo ou errado leiloar a virgindade? Por quê?

  • outubro de 2012: Cotas para universidades federais: solução ou problema?

  • setembro de 2012: Horário político obrigatório: bom para quem?

  • agosto de 2012: Qual a importância, para o Brasil e para o mundo, da crise financeira dos países da zona do euro?

  • julho de 2012: Os impactos da Rio+20 sobre a qualidade de vida do planeta

  • Junho de 2012: O Supremo Tribunal Federal fez bem em legalizar o aborto de anencéfalos?

  • Maio de 2012: O MMA é um esporte como outros ou injustificada glorificação da violência?

  • Abril de 2012: Deve ou não haver maior controle sobre o consumo do álcool?

  • Março de 2012: A questão do lixo nas sociedades de consumo

  • Fevereiro de 2012: Os efeitos da covardia e da coragem sobre a sociedade

  • Janeiro de 2012: Como devem ser as relações entre as pessoas e seus animais de estimação?

  • Dezembro de 2011: Por que causas o jovem tem se mobilizado atualmente no Brasil?

  • Novembro de 2011: Como resolver o problema da criminalidade infantil em nossa sociedade?

  • Outubro de 2011: Reforma política no Brasil: qual o melhor modelo de votação?

  • Setembro de 2011: A sociedade brasileira e os conflitos no trânsito

  • Agosto de 2011: Que fazer para a Copa do Mundo de 2014 beneficiar o Brasil?

  • Julho de 2011: Norma culta X variantes linguísticas: qual deve ser a posição da escola?

  • Junho de 2011: Justiça x Vingança: como não confundir as duas coisas?

  • Maio de 2011: É possível prevenir massacres como o da escola de Realengo?

  • Abril de 2011: O conflito entre gerações e a convivência social

  • Março de 2011: A quem cabe a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população?

  • Fevereiro de 2011: Enchentes: o excesso de chuvas é o único responsável pelo desastre?

  • Janeiro de 2011: Qual o papel da mulher na sociedade brasileira atual?

  • Dezembro de 2010: O Brasil e o conflito: defesa do meio ambiente X desenvolvimento econômico

  • Novembro de 2010: Hoje, no Brasil, o negro apresenta o mesmo status social que o branco?

  • Outubro de 2010: Votar em palhaço é uma forma válida de protestar?

  • Setembro de 2010: O que você pensa da proibição à prática do castigo físico?

  • Agosto de 2010: Juventude e alcoolismo: um problema social

  • Julho de 2010: Por que o patriotismo brasileiro só se revela em época de Copa do Mundo?

  • Junho de 2010: O que é ser homem nos dias de hoje?

  • Maio de 2010: "Pulseiras do sexo": proibir pode ser solução eficaz?

  • Abril de 2010: Qual o papel da imprensa numa sociedade democrática?

  • Março de 2010: Como solucionar o problema do bullying na escola ou na internet?

  • Fevereiro de 2010: É justo proibir o uso do celular na sala de aula?

  • Janeiro de 2010: O jovem perdeu o interesse pela participação eleitoral? Por quê?

  • Dezembro de 2009: Caso Geisy: exibicionismo, machismo, intolerância ou má-educação?

  • Novembro de 2009: Idosos em nossa sociedade: valorizados, desvalorizados ou privilegiados?

  • Outubro de 2009: "Selinho" é inocente ou tem significado sexual?

  • Setembro de 2009: Como você encara os cursos a distância e as universidades virtuais?

  • Agosto de 2009: Toque de recolher protege juventude e sociedade?

  • : A virgindade é um valor moral a ser preservado?

  • : Combate ao fumo: autoritarismo ou dever do governo?

  • : Amor com grande diferença de idade: será que isso funciona?

  • : Mentira é doença, problema moral, necessidade ou brincadeira?

  • : O aborto deve ou não deve ser legalizado? Por quê?

  • : O que você acha do novo Acordo Ortográfico?

  • : O preconceito racial está chegando ao fim?

  • : Amar pode levar ao crime ou quem ama não mata?

  • : O que você acha do ensino nas escolas do Brasil?

  • : O fumo deve ser proibido em todos os lugares?

  • : Cotas nas universidades: você é a favor ou contra?

  • : O uso da maconha deve ou não ser legalizado?

  • : O famoso conflito de gerações ainda existe hoje?

  • : Favela e cidade: as distâncias sociais desapareceram?

  • : Gravidez fora de hora: adolescência em crise

  • : Fomos dominados pelas máquinas que inventamos?

  • : Quais as condições necessárias para se atingir o sucesso profissional?

  • : Leis e penas mais duras são a única solução para o trânsito brasileiro?

  • : Um cachorro vale mais do que um ser humano?

  • : Estudo indica avanço da cana sobre o cerrado

  • : A gramática facilita ou dificulta a comunicação?

  • : Por que as pessoas mentem pela internet?

  • : A energia nuclear é uma boa solução para o Brasil?

  • : Nacional ou importada: qual a cara do Brasil?

  • : A necessidade de crer em heróis

  • : Cientistas prevêem futuro sombrio para Terra

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