Do III ciclo



Yüklə 261,49 Kb.
səhifə3/3
tarix07.08.2018
ölçüsü261,49 Kb.
#68101
1   2   3

Sétimo dia de aula

Nossas descobertas no gráfico de matemática



  • Temos 29 famílias

  • 2 famílias com 2 pessoas

  • 7 famílias com 3 pessoas

  • 8 famílias com 4 pessoas

  • 6 famílias com 5 pessoas

  • 4 famílias com 6 pessoas

  • 1 família com 7 pessoas

  • 1 família com 8 pessoas

Num total de 126 pessoas, chegamos neste resultado na adição e também na multiplicação. Alguns alunos ficaram com dúvida, pois não acreditaram que poderiam chegar a esse resultado nas duas operações e foram contar no gráfico, pessoa por pessoa.

img01353.jpg img01354.jpg

Fotos 44 e 45- Alunos conferindo o resultado no gráfico.



Oitavo dia de aula

Divisão dos grupos para o Seminário APARTHEID. Como nesse dia as crianças sairiam às 15 horas, por causa do jogo da seleção brasileira, e por causa da forte chuva, somente vieram à aula 15 alunos. Resolvi, então, trabalhar com o texto “Aquilo”, de Ricardo Azevedo.

Após a leitura do texto, cada aluno desenhou o “aquilo” que imaginou durante a leitura do texto no seu portfólio.

img01361.jpgimg01362.jpg

Fotos 46 e 47- Leitura do texto “Aquilo”.



AQUILO - Ricardo Azevedo

“Quando aquilo apareceu na cidade, teve gente que levou um susto.

Teve gente que caiu na risada.

Teve gente que tremeu de medo.

E gente que achou uma delícia."

E gente arrancando os cabelos.

E gente soltando rojões.

E gente mordendo a língua, perdendo o sono, gritando viva, roendo as unhas, batendo palma, fugindo apavorada e ainda gente ficando muito, muito, muito feliz.

Uns tinham certeza de que aquilo não podia ser de jeito nenhum.

Outros também tinham certeza. Disseram: – Viva! Que bom! Até que enfim!

Muitos ficaram preocupados. Exigiram que aquilo fosse proibido. Garantiram que aquilo era impossível. Que aquilo era errado. Que aquilo podia ser muito perigoso.

Outros tranqüilos, festejaram, deram risada, comemoraram e, abraçados, saíram pelas ruas, cantando e dançando felizes da vida.

Alguns, inconformados, resolveram perseguir aquilo. Disseram que aquilo não valia nada. Disseram que era preciso acabar logo com aquilo ou, pelo menos, pegar e mandar aquilo para bem longe.

Muitos defenderam e elogiaram aquilo. Juraram que aquilo era bom. Que aquilo ia ser melhor para todos. Que esperavam aquilo faz tempo.

Que aquilo era importante, bonito e precioso.

Alguém decidiu acabar com aquilo de qualquer jeito.

Mas outro alguém disse não! E foi correndo esconder aquilo devagarinho no fundo do coração. ”

Nono dia de aula

Apresentação das fotos das personalidades negras conhecidas e famosas que já sofreram discriminação racial ou pessoas que, de alguma forma, lutaram contra a discriminação racial.

Mostrei para a turma fotos de Zumbi dos Palmares, Sepé Tiarajú, Princesa Isabel, Daiane dos Santos, Márcio chagas, Pelé, Daniel Alves, Martin Luther King, Ministro Joaquim Barbosa, Ronaldinho gaúcho, Jogador Tinga, Cacique Raoní, Nelson Mandela e Lupicínio Rodrigues.

A turma reconheceu quase todos os integrantes dessa lista de personalidades, com exceção do cacique Raoní e de Sepé Tiarajú, mas quando disse a frase “Esta terra tem dono”, alguns se lembraram dele. O restante, todos conheciam. Dentre as celebridades, as que mais me causou espanto eles conhecerem foram Joaquim Barbosa, ex-Ministro do STF e Lupicínio Rodrigues, que imaginei que não iriam reconhecer. Sabiam até que este último foi o autor do hino do Grêmio. Mas eles ficaram curiosos mesmo para saber o nome do índio com a boca alargada, acharam engraçado, mas falei da importância das diferenças entre as culturas e todos concordaram comigo.

Nesse dia, as crianças tiveram a hora cívica, momento em que toda a escola para e todos vão para o pátio e ouvem o hino Nacional e hasteiam a bandeira. Nesse dia era também o aniversário da escola que comemorava 57 anos.

img01349.jpg img01347.jpg

Fotos 48 e 49- Hora cívica da escola.



Décimo dia de aula

Apresentação do grupos do Seminário Apartheid. Primeiro grupo a se apresentar foi o grupo Zumbi dos palmares que também pesquisou sobre a lei Afonso Arinos. Esta foi a pesquisa feita pelo grupo:



Lei Afonso Arinos- A lei 1390/1951, a chamada Lei Afonso Arinos, foi proposta por Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) e aprovada em 3 de julho de 1951, proibindo a discriminação racial no Brasil, desde então foram várias tentativas de combater o racismo no Brasil, na maioria das vezes infrutíferas.

A partir dos dispositivos dessa lei, ficou caracterizada como contravenção penal, ou seja, infração de menor potencial ofensivo, qualquer prática de preconceito de raça e cor da pele. A Lei Afonso Arinos foi a primeira lei brasileira a incriminar a discriminação e o preconceito racial no país.

Em suma, a legislação traz o que seria aplicado por legislações posteriores, ou seja, a igualdade de tratamento e direitos iguais independente da cor da pele. Por exemplo, nenhum estabelecimento comercial pode deixar de atender um cliente ou maltratá-lo pelo preconceito de cor.

Zumbi dos Palmares- Símbolo de luta e resistência à escravidão, Zumbi foi um herói negro. Nasceu no Quilombo, em 1655. Ainda jovem, foi capturado por soldados e doado ao Pe. Antônio Melo, que o batizou com o nome de Francisco e lhe ensinou português e latim. Em 1670, fugiu da paróquia e retornou ao Quilombo, onde se tornou líder organizando a resistência aos ataques militares.

Possuidor de grande poder espiritual, resistiu a várias expedições militares. Zumbi queria liberdade para todo. Em palmares a maioria apoiava Zumbi. O rei de Portugal se curva ao rei de Palmares. Escreve uma carta elogiando Zumbi e propondo a ele um acordo. Só uma ideia anima o líder negro: lutar até o fim.

Zumbi foi morto no dia 20 de novembro, data em que hoje se comemora o "Dia Nacional da Consciência Negra". Existe um fato que até hoje deixa dúvidas: a História afirma que na batalha final, quando o chefe dos quilombos, Zumbi, se viu dominado, atirou-se de um despenhadeiro. Alguns historiadores atestam que o mesmo foi preso e morto pelos bandeirantes chefiados por Domingos Jorge Velho.

img01365.jpg img01366.jpg

Foto 50 e 51- Apresentação do grupo Zumbi dos Palmares e Lei Afonso Arinos.

Grupo Princesa Isabel pesquisou sobre a princesa Isabel , Lei áurea e Lei 10639.

Princesa Isabel- A Princesa Isabel assume pela segunda vez a regência, quando D. Pedro vai à Europa para tratamento de saúde. Nessa época a campanha abolicionista contava com o apoio de vários setores da sociedade e o fim da escravidão era uma necessidade nacional. A princesa aliou-se aos movimentos populares e aos partidários da abolição da escravatura. Eram tensas as relações do ministro Barão de Cotegipe, que era a favor da escravidão, com a princesa. Para não adiar o fim da escravidão, a princesa assinou a demissão do Barão e nomeou o Conselheiro João Alfredo para o seu lugar. No dia 13 de maio de 1888, finalmente D. Isabel assinava a lei Áurea, que dizia: "A partir desta data ficam libertos todos os escravos do Brasil".

No dia 15 de novembro de 1889 foi proclamada a República e no dia 17, D. Isabel seguiu, com toda sua família, para o exílio. Ficou instalada no castelo da família do Conde D'Eu, na Normandia. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, morreu no dia 14 de novembro de 1921. Seus restos mortais foram transladados em 6 de julho de 1953 para o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido, o Conde D'Eu, para o Mausoléu da Catedral de Petrópolis.



Lei Áurea- LEI Nº 3.353, DE 13 DE MAIO DE 1888.

Declara extinta a escravidão no Brasil.

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1°: É declarada extincta desde a data desta lei a escravidão no Brazil.

Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nella se contém.

O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comercio e Obras Publicas e interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e do Império.

Princesa Imperial Regente.

RODRIGO AUGUSTO DA SILVA

Este texto não substitui o publicado na CLBR, de 1888.

Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembleia Geral, que houve por bem sanccionar, declarando extincta a escravidão no Brazil, como nella se declara.

Para Vossa Alteza Imperial ver.

Chancellaria-mór do Império. - Antonio Ferreira Vianna.

Transitou em 13 de Maio de 1888. - José Júlio de Albuquerque

LEI 10639- Em março de 2003, foi aprovada a Lei Federal nº 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Essa lei altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e tem o objetivo de promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro.A escola é o lugar de construção, não só do conhecimento, mas também da identidade, de valores, de afetos, enfim, é onde o ser humano, sem deixar de ser o que é, se molda de acordo com sua sociedade. O Brasil, formado a partir das heranças culturais europeias, indígenas e africanas, não contempla, de maneira equilibrada, essas três contribuições no sistema educacional. Por isso, ter como meta a efetiva realização das prerrogativas dessa Lei é essencial para a construção de uma sociedade mais igualitária.

img01367.jpg img01370.jpg

Fotos 52 e 53- Apresentação do grupo da Princesa Isabel, Lei Áurea e Lei 10.639.

O grupo de Martin Luther King pesquisou sobre a vida dele e a Constituição de 1988, artigo 5.

Martin Luther King- "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso de Martin Luther King em Washington, capital dos Estados Unidos, proferido no dia de 28 de agosto de 1963, numa manifestação que reuniu milhares de pessoas pelo fim do preconceito e da discriminação racial.

Martin Luther King Jr. era filho e neto de pastores protestantes batistas. Fez seus primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigioso Morehouse College, em 1948.

Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.

Em 1954 Martin Luther King iniciou suas atividades como pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama. Envolvendo-se no incidente em que Rosa Parks se recusou a ceder seu lugar para um branco num ônibus, King liderou um forte boicote contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a ser preso, mas ao final a Suprema Corte decidiu pelo fim da segregação racial nos transportes públicos.

Em 1957 tornou-se presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul, intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo como referência o líder indiano Mahatma Gandhi.

Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai. Nos anos seguintes participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre lutando pelas liberdades civis dos negros.

Os eventos mais importantes aconteceram nas cidades de Birmingham, no Alabama, St. Augustine, na Flórida, e Selma, também no Alabama. Luther King foi preso e torturado diversas vezes, e sua casa chegou a ser atacada por bombas.

Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho". Dessas manifestações nasceram a lei dos Direitos Civis, de 1964, e a lei dos Direitos de Voto, de 1965.

Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. No início de 1967, King uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietnã. Em abril de 1968, foi assassinado a tiros por um opositor, num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo.

Constituição de 1988- Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

img01371.jpg img01372.jpg

Fotos 54 e 55- Apresentação do grupo Martin Luther King e Constituição de 1988 Artigo 5.

O grupo de Nelson Mandela, pesquisou sobre a sua vida e Estatuto da igualdade racial.

Nelson Mandela- Nelson Rolihlahla Mandela foi um importante líder político da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid no país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (África do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999. Faleceu em 05/12/2013 na cidade de Johannesburgo.

Luta contra o apartheid

O apartheid, que significa "vida separada", era o regime de segregação racial existente na África do Sul, que obrigava os negros a viverem separados. Os brancos controlavam o poder, enquanto o restante da população não gozava de vários direitos políticos, econômicos e sociais.

Ainda estudante de Direito, Mandela começou sua luta contra o regime do apartheid. No ano de 1942, entrou efetivamente para a oposição, ingressando no Congresso Nacional Africano (movimento contra o apartheid). Em 1944, participou da fundação, junto com Oliver Tambo e Walter Sisulu, da Liga Jovem do CNA.

Durante toda a década de 1950, Nelson Mandela foi um dos principais membros do movimento anti-apartheid. Participou da divulgação da “Carta da Liberdade”, em 1955, documento pelo qual defendiam um programa para o fim do regime segregacionista.

Mandela sempre defendeu a luta pacífica contra o apartheid. Porém, sua opinião mudou em 21 de marco de 1960. Neste dia, policiais sul-africanos atiraram contra manifestante negros, matando 69 pessoas. Este dia, conhecido como “O Massacre de Sharpeville”, fez com que Mandela passasse a defender a luta armada contra o sistema.

Em 1961, Mandela tornou-se comandante do braço armado do CNA, conhecido como "Lança da Nação". Passou a buscar ajuda financeira internacional para financiar a luta. Porém, em 1962, foi preso e condenado a cinco anos de prisão, por incentivo a greves e viagem ao exterior sem autorização. Em 1964, Mandela foi julgado novamente e condenado a prisão perpétua por planejar ações armadas.

Mandela permaneceu preso de 1964 a 1990. Neste 26 anos, tornou-se o símbolo da luta anti-apartheid na África do Sul. Mesmo na prisão, conseguiu enviar cartas para organizar e incentivar a luta pelo fim da segregação racial no país. Neste período de prisão, recebeu apoio de vários segmentos sociais e governos do mundo todo.

Com o aumento das pressões internacionais, o então presidente da África do Sul, Frederik de Klerk solicitou, em 11 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela e a retirada da ilegalidade do CNA (Congresso Nacional Africano). Em 1993, Nelson Mandela e o presidente Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços em acabar com a segregação racial na África do Sul.

Em 1994, Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Governou o país até 1999, sendo responsável pelo fim do regime segregacionista no país e também pela reconciliação de grupos internos.

Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais.

Com a saúde abalada devido a complicações geradas por uma infecção respiratória, Nelson Mandela morreu em 05 de dezembro de 2013, aos 95 anos de idade. Com sua morte o mundo perdeu uma importante referência histórica da luta pelos direitos humanos e contra a discriminação e o preconceito racial.



Estatuto da Igualdade Racial- Criado para estabelecer diretrizes e garantir direitos para a população negra, o Estatuto da Igualdade Racial teve votação realizada no Senado e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto de lei prevê a obrigatoriedade do ensino da história da África; reconhece a capoeira como esporte e prevê recursos para a prática; reitera prática livre de cultos religiosos de origem africana; garante linhas especiais de financiamento público para quilombolas; e prevê a criação de ouvidorias em defesa da igualdade racial.



img01409.jpg img01408.jpg

Foto 56 e 57- Apresentação do grupo Nelson Mandela e Estatuto da Igualdade Racial.

Neste dia foi feita uma festa surpresa pela nossa despedida, o que me deixou muito surpresa porque realmente nem desconfiei de nada. Eles combinaram entre si de levar salgados, doces e refrigerantes. Fiquei muito emocionada com o carinho que recebi deles.

img01411.jpg img01413.jpg

Fotos 58 e 59- Confraternização com a turma.

Após o lanche, fomos para a sala de vídeo para assistirmos ao vídeo “a cor da cultura”.

img01417.jpg img01416.jpg

Fotos 60 e 61- Sala de vídeo para assistir ao vídeo “A cor da Cultura” .

Como encerramento, fizemos a dinâmica da teia no saguão da escola porque avalio que ela colabora para o entendimento do trabalho em equipe.

wp_20140626_027.jpg wp_20140626_031.jpg

Fotos 62 e 63- Dinâmica da teia.

E voltando para a sala de aula fizemos a dinâmica que trabalha com as diferenças, onde cada aluno escolhe o nome de um animal e coloca o nome em sua roupa. Em uma roda, sentados em cadeiras, o grupo escolhe alguém que comece, de pé, a dizer uma característica de seu animal, quem tiver a mesma característica no grande grupo corre para trocar de lugar com os demais. Quem ficar de pé, diz uma característica de seu animal, e assim por diante.

img01410.jpg Foto 64- dinâmica das características dos animais.

Para encerrarmos, conversamos e fizemos a leitura dos livros:

“Meu amigo Down na rua”, da autora Cláudia Werneck;

“Ninguém é igual a ninguém “o lúdico do conhecimento do ser””, de Regina Otero e Regina Rennó.

E por fim fizemos a leitura do livro “Bulying, o que fazer?” de Ricardo Brown.
Conversamos sobre as diferenças, sobre crianças com necessidades especiais, sobre bulying, se alguém já tinha passado por essa situação. Relataram que já foram chamados de palito de picolé, por ser muito magra, de baleia por ser muito gorda, de vesga por ser vesguinha mesmo e de negro por ser negro. Chegamos à constatação de que ninguém é igual a ninguém e que, acima de tudo, está o respeito pelo outro, o aceitar o outro como ele é, com defeitos e qualidades, com suas características que somente aquela pessoa possui, o que a torna única e respeitável, como cada um de nós.

wp_20140626_037.jpg wp_20140626_036.jpg

Fotos 65 e 66- Conversa sobre inclusão e Bullying.




  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término do estágio aprendi muito como aluna e estagiária, com as dificuldades e com o desafio de abordar temas como racismo, preconceito, discriminação e inclusão, com todo o cuidado, pois não é fácil. As crianças poderiam se sentir ofendidas com algumas colocações e até mesmo as famílias poderiam não gostar dessa abordagem, poderiam enxergar e interpretar de uma maneira diferente as colocações feitas em sala de aula. Entretanto, com as pesquisas e com as assessorias de todas as professoras me senti segura e amparada, sensação de que estava no caminho certo a ser percorrido. Contudo aprendi muito mais com a vivência dentro da sala de aula observando a professora e, principalmente, com os alunos da turma 51 com seus relatos e experiências de seus cotidianos e das famílias que elogiaram esse trabalho, famílias estas que, de alguma forma, estavam presentes na sala de aula durante este período.

Relato de uma mãe de uma aluna da turma 51:

PARABENIZO A ESCOLA POR TER ABORDADO COM TANTO RESPEITO E CARINHO: A HISTÓRIA DOS NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS, MINHA FILHA. ENQUANTO MÃE E DOUTORA EM HISTÓRIA DA ÁFRICA , PARABENIZO A PROFESSORA SÍLVIA E A TURMA 51 NA APLICABILIDADE DA LEI 10.639/03. GRU 10 EM HISTÓRIA, GAROTADA DA 51, SEMPRE INOVANDO NO CONHECIMENTO, CADA UM EM SEU TEMPO. BJS’’.

Alguns dados de uma Pesquisa recente feita sobre os negros em Porto Alegre e que foi publicada no Jornal Diário Gaúcho, publicada no dia 03/06/2014.

Taxa de homicídio em 2010:

Para cada 100 mil negros 55,03%.

Par cada 100mil brancos 25,89%.

A taxa de analfabetismo de Porto Alegre em 2012 era de 2,27%.

Da população, mas entre os negros chegava 4,43%.

Em 2012 20,24% da população da capital era negra e 35,2% foram vítimas de homicídio.

Taxa de desemprego em 2012 eara de 9,9% entre negros e de 5.7% entre os brancos.


  1. REFLEXÃO E AUTOAVALIAÇÃO

Durante a observação e problematização do tema, os alunos não deram sinais do que queriam aprender, porém, quando houve a escolha do tema, eles ficaram tão interessados nas possibilidades de aprendizagens que logo surgiram ideias referentes a este tema tão polêmico e ao mesmo tempo encantador. Eles já conheciam alguns fatos relacionados ao racismo, pessoas que já o haviam sofrido, através de relatos de familiares e também nas redes sociais.

O planejamento do projeto foi sendo criado de uma maneira natural, com muita leitura e pesquisa relacionada a ele.

Pelo fato da turma ser muito grande, fiquei apreensiva, com medo de chegar o primeiro dia da prática e não saber nem ao menos os nomes dos alunos. Então, pedi ajuda e permissão da professora Renata que me deixou à vontade para observar os dias que fossem necessários para que me sentisse mais segura.

A intencionalidade do projeto foi fazer as abordagens desses assuntos de forma branda para que os alunos tivessem acesso a todos estes conceitos, respeitando a individualidade de cada um, aguçando a sua percepção e curiosidade, direcionando-os à pesquisa, e foi o que aconteceu. Sempre que chegava à sala de aula, durante a prática, relatavam que pesquisaram atrás de notícias novas e conceitos relacionados ao tema da aula anterior.

Teve um grupo no seminário APARTHEID que não se mobilizou para fazer a pesquisa da atividade proposta, mas, entretanto, conversamos sobre a importância do trabalho de cada grupo e, principalmente, sobre a importância da socialização dos mesmos com o restante da turma já que os colegas não haviam pesquisado sobre o Nelson Mandela que teve uma importância fundamental na história da África e do mundo, sendo o maior defensor dos direitos dos negros que nossa história já viu. O grupo justificou a dificuldade de não conseguirem se encontrar e se reunir, sendo este último o maior empecilho para a não realização do mesmo, o que não aconteceu com os outros três grupos que conseguiram se encontrar e fazer o trabalho de forma eficiente e no prazo estipulado.

Eles entenderam e no outro dia trouxeram cartazes com fotos e reportagens relacionadas a Nelson Mandela.

Todas as combinações feitas com a turma foram seguidas. Tive o cuidado para que isso acontecesse, pois percebi que a professora Renata trabalha muito com as combinações feitas com a turma, o que é de grande valia, pois traz muita responsabilidade e autonomia ao grupo.

A avaliação foi feita através de retomadas diárias dos conteúdos abordados e registro no portfólio individual.

Ao observá-los na sala de aula com a professora Renata, fiquei atenta ao modo dela se dirigir ao grupo, sempre com respeito e carinho, falando em tom baixo de voz, sem gritos, sempre dando a oportunidade para se expressarem, sempre que possível. Quem dera que todas as crianças tivessem ao menos uma professora assim na vida, professora que respeita a individualidade de cada um e suas diferenças, conhecendo-os até mesmo através do olhar. Quero me espelhar nessa professora, levando comigo, por toda a vida, essa aprendizagem profissional e, pessoalmente, desejo ter esta postura dentro da sala de aula.

Tive algumas dificuldades em sala de aula por problemas disciplinares porque, algumas vezes, eles eram muito agitados e, de alguma forma, faltavam com o respeito. Sempre procurei intervir, contudo, em alguns momentos, não consegui conte-los, fiz então uma combinação com a professora para que, quando determinados alunos estivessem muito alterados, eles fossem levados até onde ela se encontrava, pois acredito que ela, por ter maior autonomia e conhecimento sobre eles, conseguiria fazer uma intervenção mais adequada do que eu, o que deu certo. Esse retorno e parceria junto com a professora me deu mais segurança para desenvolver as atividades.

REFERÊNCIAS:

Diversidade no Ambiente Escolar: ênfase na educação de crianças de 0 a 10 anos- organizadores- Maria Carmem Silveira Barbosa e Suzana Beatriz Fernandes- Universidade aberta do Brasil – UFRGS/SEAD-2011.

http://pt.slideshare.net/pibidcsoufrgs/mscaras-africanas-16141084 http://www.colegioalmeidajunior.com.br/diaadia/detalhe.asp?id=129&cat_id=31 http://www.pco.org.br/conoticias/negros/lei-afonso-arinos-uma-das-primeiras-sobre-racismo-completa-60-anos/eoes,b.html

http://www.infoescola.com/historia/quilombo-dos-palmares/

http://www.e-biografias.net/princesa_isabel/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LIM/LIM3353.htm

http://www.afroeducacao.com.br/lei-10-639-03



http://educacao.uol.com.br/biografias/martin-luther-king.jhtm http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/con1988_05.10.1988/art_5_.shtm http://www.suapesquisa.com/biografias/nelson_mandela.htm http://www.ceert.org.br/arquivos/Estatuto-da-Igualdade-Racial-nova-estatura-para-o-Brasil.pdf

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/06/entenda-o-estatuto-da-igualdade-racial.html
Yüklə 261,49 Kb.

Dostları ilə paylaş:
1   2   3




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin