Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

ATIVIDADES

1. A vassalagem teve origem em um antigo costume germânico. Esse costume se modificou e se constituiu na base da sociedade feudal. Sobre o tema, responda às questões abaixo.

a) O que era a vassalagem entre os povos germânicos?

b) De que modo os carolíngios modificaram as práticas germânicas de vassalagem?

c) Por que um senhor feudal podia ser, ao mesmo tempo, vassalo de outro senhor e suserano de outros vassalos?

2. Uma das características da sociedade feudal era a fragmentação do poder político. Como ocorreu essa fragmentação e como era constituída a autoridade política nessa sociedade?

3. Os camponeses representavam cerca de 80% da população europeia durante a Idade Média e se dividiam em dois conjuntos principais: os servos e os vilões. Explique quem eram os servos e os vilões e descreva suas relações com os senhores feudais e com a propriedade da terra.

INTERPRETANDO DOCUMENTOS: IMAGEM

ATIVIDADES

A imagem desta seção representa um grupo de caçadores que descansam e alimentam-se na clareira de uma floresta. Trata-se de uma iluminura de O livro da caça, escrito no século XIV, por Gaston Phoebus (1343-1391), conde de Foix. Observe a imagem e responda às questões.

a) Faça uma descrição da cena representada na iluminura. Como a hierarquia da sociedade se reflete na imagem?

b) Com base na iluminura e no que você aprendeu sobre a sociedade medieval europeia, levante hipóteses sobre o papel da caça para os homens daquele período.

LEGENDA: Iluminura de O livro da caça, escrito por Gaston Phoebus entre 1387 e 1389.

FONTE: Akg-Images/Latinstock

2. Fortalecimento do poder do rei

Professor(a), no Procedimento Pedagógico deste capítulo há uma sugestão de estratégia para discutir o tema do fortalecimento do poder dos reis em sala de aula.

Na Europa medieval do final do século X, eram muitas as limitações para o comércio. As trocas comerciais eram feitas basicamente em regiões próximas umas das outras.

Com as Cruzadas iniciadas no final do século XI (reveja Capítulo 11), a possibilidade de compra e venda de produtos provenientes de regiões longínquas deu origem a diversos tipos de comerciantes ambulantes: mascates, vendedores de feira, grandes mercadores, etc. Com isso, aumentou a possibilidade também de lucros maiores, e os comerciantes passaram a percorrer toda a Europa.

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Na mesma época, alguns pequenos centros urbanos - vilas, aldeias, cidades - surgiram como resultado da expansão dos burgos, como eram chamadas as aglomerações que se formavam em torno de abadias ou de castelos. Os moradores dos burgos eram conhecidos como burgueses. Muitos eram mercadores e artesãos sem vínculo ou obrigação com o senhor feudal. Por isso, o termo burguês - inicialmente - era sinônimo de pessoa livre. Posteriormente, o termo passou a designar indivíduos detentores de dinheiro e dos meios de produção, como comerciantes, banqueiros e empresários (esse aspecto será retomado no Capítulo 13).

Essa pequena "explosão" comercial e urbana foi responsável pelo surgimento da burguesia. Entretanto, a fragmentação política e econômica dos reinos em feudos dificultava a expansão dos negócios. Como poderiam os comerciantes calcular o preço de seus produtos se os senhores feudais dos lugares pelos quais eram obrigados a passar com suas mercadorias utilizavam moedas, pesos e medidas diferentes?

Para amenizar essa situação, os burgueses procuraram se aproximar dos reis, em busca de ajuda. Alguns monarcas, por sua vez, interessados em ter acesso ao dinheiro da burguesia, passaram a adotar medidas que favoreciam as práticas comerciais ou os burgueses.

A partir do século XI, devido a uma série de circunstâncias, os reis foram deixando a condição de apenas mais um senhor feudal entre muitos. Em algumas regiões, os reis forneciam apoio militar aos senhores para conter rebeliões camponesas em suas terras e até intermediavam disputas entre feudos. Ao mesmo tempo, as camadas baixas da sociedade começaram a ver no rei um defensor contra a opressão dos senhores feudais.

LEGENDA: Maquete de madeira e gesso representando um burgo da Idade Média. Os burgos eram aglomerações que se formavam em torno de abadias ou de castelos.

FONTE: akg/Latinstock

Dessa forma, o poder real tornou-se cada vez maior. Essa mudança foi acompanhada de alterações importantes no sistema de lealdades. No auge do feudalismo, as pessoas deviam prestar lealdade em primeiro lugar ao senhor feudal ao qual estavam ligadas. Mas, aos poucos, começaram a se voltar para o rei, que passava a ser o principal destinatário de sua lealdade.

Por meio de um processo lento e gradual, usando a ação política ou a força, os monarcas submeteram os poderes locais à sua autoridade, centralizaram o comando do exército, estabeleceram fronteiras para seus territórios e colocaram os habitantes dessas regiões sob seu domínio. Assim, surgiram as monarquias nacionais europeias, também chamadas por alguns historiadores de monarquias feudais.

A seguir veremos como esse processo se manifestou em algumas regiões da Europa.

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3. Origens da França

A gradativa unificação dos diversos feudos em um único Estado na França começou por volta de 987, ano em que a dinastia dos Capetíngios chegou ao poder.

Na França, o rei Filipe II (1180-1223) contribuiu fortemente para o processo de centralização política. Entre outras medidas, ele convidou representantes da burguesia para trabalhar em seu governo e delegou aos bailios - uma espécie de magistrado real - a tarefa de fiscalizar o comércio, cobrar impostos e intermediar disputas entre senhores feudais. Antes, eram os senhores feudais os responsáveis por cobrar impostos.

O rei Luís IX (1226-1270), mais tarde canonizado como São Luís, instituiu uma moeda única para todo o reino (até então, cada senhor feudal podia cunhar sua própria moeda) e ampliou o poder dos tribunais do rei, em detrimento dos tribunais controlados pelos senhores feudais.

No entanto, particularmente importante nesse processo foi o reinado de Filipe IV, o Belo (1285-1314), que obrigou o clero a pagar impostos, obrigação antes não existente para os eclesiásticos. Devido à oposição do papa Bonifácio VIII à medida, Filipe convocou os Estados Gerais, uma assembleia de representantes da nobreza, do clero e da burguesia, que acabou aprovando a cobrança do imposto em 1302. Nos embates políticos com a Igreja, primeiro Filipe IV proibiu que a renda das propriedades da Igreja na França fosse enviada a Roma; depois conseguiu transferir, em 1309, a sede do papado para a cidade francesa de Avignon, onde permaneceria até 1377.

A concentração de poderes nas mãos do rei não se restringiu a medidas contra a nobreza e o clero, mas implicou também a mobilização dos sentimentos de identidade nacional do povo francês, sobretudo a partir da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), travada contra a Inglaterra (veja boxe na página seguinte).

Glossário:

(1180-1223): as datas entre parênteses após o nome dos reis referem-se ao período em que eles estiveram no poder.

Sentimento de identidade nacional: sentimento de ligação, de pertencimento, a um grupo ou povo, existente quando determinadas pessoas compartilham valores, costumes e crenças em contraste com os de outro povo ou grupo.

Fim do glossário.

Boxe complementar:

FILME

Veja o filme O leão no inverno, de Anthony Harvey, 1968. O rei Henrique II (Inglaterra) reúne os filhos em 1183 para decidir sua sucessão, e a família real se digladia pelo trono.

Fim do complemento.

4. A Inglaterra

Em 1066, a Inglaterra foi invadida por um exército normando comandado por Guilherme, o Conquistador, duque da Normandia (região que atualmente faz parte da França). Depois de vencer os saxões na Batalha de Hastings, Guilherme tornou-se rei da Inglaterra. Diferente do que ocorria em outras regiões da Europa, o novo monarca centralizou o poder, obrigou os homens livres a lhe prestarem juramento de vassalagem e aprimorou o sistema de cobrança de impostos.

Após a morte de Guilherme, em 1087, o fortalecimento do poder real iniciado por ele prosseguiu, sobretudo no reinado de Henrique II (1154-1189), que adotou um conjunto de leis a ser aplicado em toda a Inglaterra, a Common Law, enfraquecendo ainda mais a nobreza.

LEGENDA: Detalhe da Tapeçaria Bayeux (do século XI), representando um momento da Batalha de Hastings, travada em 1066 e na qual o duque normando Guilherme, o Conquistador, derrotou as forças do rei saxão Haroldo II e conquistou a Inglaterra.

FONTE: The Art Archive/Corbis/Latinstock

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Parlamento_inglês'>A Carta Magna e o Parlamento inglês

Cada vez mais afastados do centro de decisões, os senhores feudais procuraram reagir contra a política centralizadora dos sucessivos reinados. Foram vários os embates entre reis e nobres. Uma situação que passou para a História como um marco importante desse processo ocorreu em 1215: um grupo de nobres, chamados genericamente de "barões", cercou o rei João Sem-Terra (1199-1216) e suas tropas às margens do rio Tâmisa e, após alguns dias de luta, conseguiu que o monarca atendesse às exigências de seus adversários contidas em um documento que passou à História com o título de Carta Magna.

Embrião das futuras garantias gerais do povo inglês, a Carta Magna tinha por objetivo assegurar apenas os direitos dos grupos sociais mais ricos, estabelecendo limites para o poder real. Impedia o rei, por exemplo, de aumentar impostos e criar leis sem a aprovação do Grande Conselho - assembleia formada por representantes da nobreza e do alto clero - e assegurava proteção contra arbitrariedades do poder monárquico.

No século XIII, o Grande Conselho passou a ser chamado de Parlamento. Em 1350, ele foi dividido em duas Câmaras: a dos Lordes - formada por nobres e clérigos - e a dos Comuns - composta de ricos comerciantes e cavaleiros, que até então não contavam com uma forma de expressão de seus interesses.



A Guerra dos Cem Anos

Guerra dos Cem Anos é o nome pelo qual ficaram conhecidos os conflitos entre a Inglaterra e a França ocorridos entre 1337 e 1453. Entre os fatores que a desencadearam destacam-se as disputas entre dinastias pelo controle da coroa da França e o desejo da Inglaterra de dominar a região de Flandres, na Bélgica atual, produtora de tecidos e sob controle francês.

O conflito começou quando tropas inglesas invadiram a França visando unir as duas coroas. Eduardo III, rei da Inglaterra e neto de Filipe, considerava-se herdeiro legítimo do trono francês, que passara a ser disputado por vários pretendentes desde a morte de Filipe, em 1314. Durante o conflito, os dois reinos alternaram períodos de vitórias e derrotas, mas a França acabou favorecida no final, pois conseguiu expulsar os ingleses de seu território e consolidou a monarquia.

LEGENDA: Joana d'Arc acreditava ser enviada por Deus para salvar a França na Guerra dos Cem Anos. Com essa mensagem, ela animou o exército francês, lutou com as tropas e estimulou a formação de um forte sentimento de identidade nacional na França. Ao lado, a heroína representada em um manuscrito de Antoine Dufour, de aproximadamente 1505.

FONTE: DEA/G. Dagli Orti/De Agostini/Getty Images

DE OLHO NO MUNDO

Ainda hoje, muitos povos lutam pelo direito de constituir o próprio Estado: curdos na Turquia e no Iraque, bascos na Espanha, palestinos no Oriente Médio, entre outros.

1. Com seu grupo de colegas, escolha um desses povos e faça uma pesquisa sobre ele.

2. Depois, explique à classe a situação em que tal povo se encontra hoje, procurando identificar os fatores que o impedem de formar seu próprio Estado.

3. Monte um cartaz informativo, com mapas e dados da sua pesquisa a ser apresentado à classe e afixado nos murais (ou paredes) da escola, após a autorização do professor.

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5. Portugal e Espanha

Desde 711, a península Ibérica estava sob domínio dos árabes muçulmanos, também chamados de mouros pelos cristãos (veja o boxe na página a seguir). A partir do século XI, houve uma ofensiva sistemática contra os muçulmanos - chamada de Reconquista - por meio de um conjunto de lutas empreendidas pelos cristãos com o objetivo de recuperar as terras invadidas e expulsar os muçulmanos da península. Pouco a pouco, ao longo de quase quatro séculos, os centros da cultura árabe na península caíram, um após outro: Toledo (1085), Córdoba (1236), Sevilha (1248), Cádiz (1262). O último reduto foi Granada, retomada pelos cristãos em 1492 (veja os mapas abaixo).

À medida que os muçulmanos eram expulsos, reinos e condados cristãos expandiam seus territórios. Lentamente, esse processo levaria à formação de dois Estados independentes: Portugal e Espanha.

LEGENDA: Vista do Pátio das Donzelas, um espaço no interior do Palácio Real de Sevilha, na Espanha, em foto de 2014. O palácio de Sevilha é o mais antigo ainda em uso na Europa; começou a tomar o seu aspecto atual depois da conquista da cidade, em 713, pelos árabes. Daí a forte influência da arquitetura turco-otomana na construção.

FONTE: Sean Pavone/Shutterstock

FONTE: Adaptado de: WORLD History Atlas: Mapping the Human Journey. London: Dorling Kindersley, 2005. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

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Os muçulmanos na península Ibérica

Os árabes influenciaram fortemente a cultura e a sociedade da península Ibérica, especialmente o artesanato e a agricultura. Após a conquista, surgiram pomares e hortas e foram introduzidos alimentos até então desconhecidos na região, como o arroz, a cana-de-açúcar e a amoreira.

A confecção de tecidos de algodão, de lã e de seda e o trabalho em couro também prosperaram. Os árabes foram os iniciadores do fabrico de papel em Toledo.

Entre as tantas inovações trazidas pelos muçulmanos, talvez a mais significativa tenha sido a arte da navegação. O contato com os muçulmanos influenciou o aprimoramento da indústria naval e de diversos instrumentos náuticos, que se fariam essenciais às Grandes Navegações iniciadas no século XV.

Texto elaborado com base em: ABRANSON, M.; GUREVITCH, A.; KOLESNITSKI, N. História da Idade Média: do século XI ao século XV. Lisboa: Estampa, 1978; RAMOS, Fábio Pestana. No tempo das especiarias:o império da pimenta e do açúcar. São Paulo: Contexto, 2004.

A formação de Portugal

No final do século XI, o rei Afonso VI, de Leão e Castela (reinos que junto com outros formariam mais tarde a moderna Espanha), concedeu ao nobre francês Henrique de Borgonha o Condado Portucalense, feudo situado no oeste da península.

Em 1142, Afonso Henriques, filho do conde Henrique de Borgonha, declarou-se rei e proclamou a independência do condado, que passou a se chamar Portugal. Por 240 anos, os reis da dinastia de Borgonha, fundada por Afonso Henriques, viveram em constante conflito com o reino de Castela. Nesse período, expandiram o território português em direção ao sul e fizeram de Lisboa capital do novo reino (reveja os mapas sobre a Reconquista na página 233).

Em 1383, morreu o último rei da dinastia de Borgonha e seguiu-se um período no qual Castela tentou anexar Portugal a seus domínios até que, em 1385, dom João, mestre da ordem militar da cidade de Avis, assumiu o trono português. Em um episódio que ficou conhecido como Revolução de Avis, dom João conseguiu consolidar o poder monárquico em Portugal.

LEGENDA: Azulejo português do século XVIII representando a vitória de Aljubarrota contra os castelhanos, ocorrida em 14 de agosto de 1385. O episódio demarca o fim da Revolução de Avis e o início da dinastia de Avis.

FONTE: De Agostini Picture Library/Getty Images

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A Espanha e a Inquisição

Professor(a), no Procedimento Pedagógico deste capítulo há uma sugestão para relacionar a formação da monarquia espanhola com os conceitos de ruptura e permanência na História.

Depois das guerras de Reconquista, no início do século XIII, o atual território da Espanha encontrava-se dividido nos reinos de Aragão, Castela e Navarra. Havia ainda, ao sul, o reino de Granada, último reduto muçulmano na península Ibérica.

Em 1469, Fernando, rei de Aragão, casou-se com Isabel, filha do rei de Castela. Com a morte do pai, Isabel tornou-se rainha de Castela. Ela e Fernando decidiram então unir as duas coroas, dando origem ao reino de Aragão e Castela. Era o primeiro passo para a formação da Espanha moderna.

Logo depois, Fernando e Isabel - conhecidos como reis católicos - firmaram uma aliança com a Igreja para expulsar muçulmanos e judeus da Espanha. Para isso, o papa Sisto IV criou na Espanha, em 1478, o Tribunal do Santo Ofício (ou Inquisição), subordinado aos reis católicos.

Teve início, então, um período de intolerância e perseguições a dissidentes e opositores por razões políticas e, sobretudo, religiosas. Qualquer acusação anônima podia levar o acusado ao cárcere, onde as confissões eram extraídas sob tortura. Os bens dos perseguidos capturados eram confiscados e divididos entre o Estado e a Igreja.

O Tribunal do Santo Ofício era um instrumento inquestionável de poder: sob o terror da Inquisição, era reprimida qualquer reação, mesmo frágil, de antigos senhores feudais ou de representantes da burguesia contra a centralização do Estado nas mãos dos reis Fernando e Isabel.

LEGENDA: O período da Inquisição foi marcado por diversos tipos de tortura aos chamados hereges. Essa ilustração do século XVIII apresenta um método de tortura usado pela Inquisição espanhola nos anos 1500. Embaixo da roda de estiramento, uma fogueira é atiçada com um fole, enquanto monges aguardam a confissão munidos de pena e papel.

FONTE: Hulton Archive/Getty Images

Boxe complementar:

ENQUANTO ISSO...

Os algarismos indo-arábicos

Em 1202, na península Itálica, o matemático Leonardo Fibonacci (1170?-1240) tornava-se o primeiro europeu a usar os algarismos indo-arábicos. Até então, apenas os algarismos romanos eram empregados na Europa.

O sistema de numeração decimal surgiu na Índia, por volta do século VI. Em 810, ele era citado em um texto do matemático árabe Muhammad ibn al-Khwarizmi, responsável pela criação dos símbolos de 0 a 9 que hoje conhecemos. De seu nome veio a palavra algarismo. Em pouco tempo, os algarismos indo-arábicos eram ensinados nas universidades europeias.

LEGENDA: O japonês Kota Morinishi (ao centro) venceu o Campeonato Mundial de Sudoku em 2014. A foto mostra a final da competição, ocorrida em Londres, Inglaterra. O sudoku é um jogo de lógica baseado em números arábicos, os mesmos que usamos em nosso dia a dia.

FONTE: Rex Features/AP Images/Glow Images

Fim do complemento.

236

ESQUEMA-RESUMO



Feudalismo e formação dos Estados Nacionais

Feudalismo: forma predominante de organização socioeconômica da Europa ocidental na Idade Média

· Base econômica: agricultura

· Poder político fragmentado

· Sociedade hierarquizada

· Elite: senhores de terras e alto clero

· População: maioria camponesa

· Relações de vassalagem

Transformações: a partir do séc. XI

· Desenvolvimento comercial

· Surgimento da burguesia

· Fortalecimento dos reis: processo lento e gradual



Surgimento das Monarquias Nacionais

França


· Poder centralizado nas mãos dos reis

· Mobilização do sentimento de identidade nacional

Guerra dos Cem Anos: vitória dos franceses sobre os ingleses

Inglaterra

· Processo de centralização do poder nas mãos dos reis: reação dos nobres

Surgimento do Parlamento e da Carta Magna

Península Ibérica

· Processo de reconquista cristã do território

Criação do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição)

O feudalismo foi a forma predominante de organização social da Europa durante a Idade Média. Com base na observação do esquema, explique como se organizava a sociedade feudal e de que forma essa sociedade deu origem às monarquias nacionais posteriormente.

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ATIVIDADES



ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

1. O feudalismo foi a forma de organização política, social e econômica dominante na Europa ocidental entre os séculos VIII e XIV. Descreva suas características fundamentais.

2. A centralização do poder real na Europa foi resultado de uma longa luta política alimentada por interesses de diversos grupos sociais. Defina quais eram esses interesses e aponte os grupos sociais envolvidos.

3. Compare os processos de unificação das monarquias francesas e inglesas durante a Idade Média.

4. A monarquia inglesa centralizou o poder e dominou a nobreza desde o século XII, no reinado de Guilherme, o Conquistador. Porém, isso não significou poderes ilimitados ao rei inglês, porque foi promulgada, no século XIII, a Carta Magna. Explique o impacto da Carta Magna na organização política da Inglaterra.

5. A formação das monarquias ibéricas foi bastante afetada pela ocupação da região desde o século VIII. Explique o processo de formação das monarquias portuguesas e espanholas com base na história da ocupação da península Ibérica.

DIALOGANDO COM... GEOGRAFIA

6. Observe os mapas A Reconquista (séculos IX a XIII) na página 233 e responda às questões abaixo.

a) Em que mapa aparece pela primeira vez o Condado Portucalense, origem do reino de Portugal?

b) Em que mapa a extensão dos domínios muçulmanos é claramente menor do que os territórios controlados pelas monarquias ibéricas cristãs?

c) Qual é a relação entre a diminuição dos territórios muçulmanos e a centralização do poder monárquico dos reinos ibéricos?

INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO E IMAGEM

DIALOGANDO COM... LITERATURA

1. Leia atentamente o trecho do texto a seguir. Trata-se de um fragmento da obra do filósofo catalão Ramon Llull, chamada Félix ou O livro das Maravilhas, uma novela medieval escrita entre 1288 e 1289 com propósito moralista, já que visava apresentar modelos de bom comportamento para os leitores. Com base na leitura, responda ao que se pede.

- Filho, - disse o eremita - um cavaleiro tinha uma mulher que muito amava, e sua mulher também o amava muito, mas ela tinha tal natureza, que nunca ficava satisfeita quando seu marido se deitava com ela. Muito se maravilhava a senhora de onde vinha aquele descontentamento e aquela tristeza, pois seu marido muito a amava. A boa senhora considerou tanto a natureza que tinha que relembrou como antes de ter marido havia longamente amado sua virgindade, mas seu pai e sua mãe a forçaram a aceitar um marido. Após ter considerado isso, a senhora percebeu como a virgindade que longamente amara fora a causa da insatisfação com seu marido, enquanto que com ela estava satisfeita.

LLULL, Ramon. O livro das Maravilhas (1288-1289) apud AMARAL, Jéssica Fortunata do. O casamento na Idade Média: a concepção de matrimônio no Livro da Intenção (c. 1283) e nos exemplos do Livro das Maravilhas (1288-1289), do filósofo Ramon Llull. Disponível em: www.rotadoromanico.com/SiteCollectionDocuments/ Romanico_Mais%20Informacao/Artigos/Sociedade/O_Casamento_na_Idade_Media.pdf. Acesso em: 11 dez. 2015.

a) De acordo com o texto, qual era a razão da infelicidade da mulher do cavaleiro?

b) Pode-se dizer que o cavaleiro e sua mulher se casaram por amor recíproco ou devido a um compromisso social?

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c) Os motivos que levaram ao casamento do cavaleiro e de sua mulher podem ser considerados exceção ou eram um exemplo típico das relações matrimoniais na Idade Média? Justifique sua resposta.



2. Observe a imagem a seguir. Trata-se de uma representação da prisão de Joana d'Arc durante a Guerra dos Cem Anos. A imagem foi produzida no século XV e evidencia a importância de Joana d'Arc, que liderou as forças francesas no conflito contra a Inglaterra, para a construção da identidade nacional dos franceses. Leia o fragmento do texto do historiador Georges Duby, no qual ele descreve a visão e o pensamento que os homens tinham sobre a mulher durante a Idade Média. Depois, responda ao que se pede.

LEGENDA: Miniatura representando o aprisionamento de Joana d'Arc, que então foi vendida aos ingleses em 1430. A figura é de um manuscrito de Martial d'Auvergne, elaborado entre 1477-1483 sobre a Guerra dos Cem Anos.

FONTE: Bridgeman/Keystone

Os padres deduzem daí que a mulher deve permanecer constantemente sob tutela masculina. Não é conveniente que ela própria exerça o poder público. Se, por acidente, ela for obrigada a tomar nas mãos as rédeas do poder, seja porque seu homem está longe em campanha, seja porque deixou este mundo [...], a dama deve dominar sua natureza, transformar-se, dolorosamente, tornar-se um homem. Uma conversão: mudar de sexo. É assim que os prelados a exortam: "Na mulher, deves mostrar o homem, realizar a tarefa em um espírito de conselho e de força", conselho e força dos quais, estão convencidos, o sexo feminino é normalmente desprovido.

DUBY, Georges. Damas do século XII. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, edição digital sem paginação.

a) De que forma Joana d'Arc é representada na imagem?

b) É possível dizer, com base na representação da prisão de Joana d'Arc, que ela seguia o modelo de comportamento que os padres esperavam de uma mulher na sociedade medieval, conforme descrito no excerto de Duby?

c) Fica evidente, de acordo com o texto do historiador, que muitos homens viam as mulheres de forma preconceituosa e negativa na Idade Média. Esse tipo de visão é considerada misógina e machista. Atualmente ainda existem muitas pessoas que enxergam as mulheres de forma misógina e machista? Justifique sua resposta, no caderno, utilizando exemplos do cotidiano.

Glossário:


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