Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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PARA NAVEGAR

Museu do Louvre. Páginas com fotos dos objetos da Mesopotâmia e do antigo Egito existentes no acervo do museu localizado em Paris, França (site em inglês). Disponíveis em: www.louvre.fr/en/departments/near-eastern-antiquities e www.louvre.fr/en/departments/egyptian-antiquities. Acesso em: 16 out. 2015.

Museu Calouste Gulbenkian. Página do site do museu português, sediado em Lisboa, sobre o antigo Egito. Disponível em: www.gulbenkian.pt/museu/pt/Colecao/Antiguidade/ArteEgipcia. Acesso em: 16 out. 2015.

PARA ASSISTIR

Ramsés, o maior faraó do Egito. Direção: Tom Pollock. Discovery Channel, 2004, 100 min. Documentário conduzido por Kent Weeks, especialista em história do Egito antigo, examina em detalhes uma das maiores tumbas do vale dos Reis, no Egito, que teria sido o sepulcro de Ramsés, o Grande. Esse faraó egípcio reinou entre 1270 a.C. e 1210 a.C. e deixou como legado muitos monumentos, construídos em homenagem às suas vitórias.

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CAPÍTULO 4 - Oriente antigo: China, Índia e Japão



DIALOGANDO COM... GEOGRAFIA

Ao longo da História, várias convenções foram utilizadas para dividir e nomear o planeta, os povos e as civilizações. Uma dessas convenções é a que criou os termos Ocidente e Oriente. Em geral, por esse princípio, tudo o que se encontra a leste do mar Mediterrâneo é pensado como mundo oriental. Já a parte que vai da Europa à América é conhecida como mundo ocidental.

Muitos pensadores discordam dessa categorização. Afirmam que, por ter sido criada pelos europeus, essa divisão é um elemento cultural que visa consolidar estereótipos e preconceitos contra os chamados povos orientais, quase sempre apresentados como um "todo homogêneo, misterioso, romantizado, exótico, inferior e incapaz", como afirma o pensador palestino Edward Said.

Além de possuírem inúmeros idiomas diferentes, os povos orientais/asiáticos criaram diversas religiões (cristianismo, islamismo, budismo, etc.) e invenções notáveis (papel, bússola, seda, etc.).

Neste capítulo, vamos conhecer aspectos de algumas culturas do Oriente, particularmente da Índia, China e Japão.

Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo uma discussão teórica sobre as convenções de Oriente e Ocidente, assim como uma proposta de Atividade Alternativa baseada na interdisciplinaridade com a Geografia.

LEGENDA: Operária chinesa trabalha com fusos elétricos em fábrica têxtil na cidade de Luannan, China. Foto de 2013.

FONTE: junrong/Shutterstock



OBJETIVOS DO CAPÍTULO

· Compreender o processo de urbanização no Extremo Oriente e refletir sobre a diversidade dessa região do planeta.

· Reconhecer o legado chinês, tanto cultural quanto científico, para a história da humanidade.

· Apresentar o processo de formação da Índia antiga.

· Explicar a organização e o funcionamento da sociedade de castas na Índia.

· Conhecer a formação do Japão antigo.

· Identificar a importância dos chefes guerreiros (samurais) para a manutenção do poder político do imperador.

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1. Formação da China



Professor(a), veja no Procedimento Pedagógico deste capítulo uma sugestão para relacionar o assunto da formação da China com o conceito de pluralidade da História.

As primeiras dinastias chinesas

Segundo pesquisadores, os primeiros grupos humanos a se fixarem em áreas que hoje fazem parte do território da China teriam chegado à região há cerca de 30 mil anos. Por volta de 7000 a.C., surgiram os primeiros povoados à margem dos rios, especialmente no vale do rio Amarelo, no norte da China, onde a agricultura mais se desenvolveu.

Aos poucos, esses povoados se transformaram em pequenos Estados governados por chefes cujo poder era transmitido por meio de laços familiares. Por volta de 2200 a.C., um dos chefes, Yü, o Grande, unificou os pequenos Estados, dando início à dinastia Xia, a primeira da história da China.

Os governantes Xia construíram muralhas ao redor das cidades e organizaram um exército equipado com armas de bronze. Dominando uma área de aproximadamente 1,6 mil quilômetros quadrados, os Xia reinaram até o século XVIII a.C., quando foram derrubados pelos Shang, que fundaram uma nova dinastia.

Os Shang governaram por cerca de 700 anos, até o final do século XI a.C. Nesse período, o território chinês passou a ter 100 mil quilômetros quadrados de área. Durante a dinastia Shang, surgiu uma escrita primitiva - conhecida como Yinxu - que originou a atual escrita chinesa, feita com ideogramas.

Os chineses da Era Shang desenvolveram um calendário com 365 dias, passaram a utilizar conchas como dinheiro, criaram instrumentos musicais (tambores e sinos) e inventaram a técnica de fabricar tecidos utilizando-se de casulos do bicho-da-seda. Eles acreditavam em vários deuses, consultavam oráculos e faziam sacrifícios humanos e de animais em nome dessas divindades.

Em 1122 a.C., teve início a dinastia Zhou e um período de duzentos anos de tranquilidade. A partir do século IX a.C., os grandes proprietários de terra e os pequenos Estados sob seu controle tornam-se mais poderosos, enfraquecendo gradativamente o poder real. Entre 475 a.C. e 221 a.C., os reinos de Chu, Yan, Qi, Zhao, Han, Wei e Qin travaram violentas lutas pela hegemonia da China. Esse período de batalhas ficou conhecido como Período dos Reinos Combatentes.

Em 221 a.C., o reino de Qin conseguiu anexar os territórios dos reinos adversários e unificou a China em um único Estado. Seu rei, Ying Zheng, pertencente à dinastia Qin, proclamou-se imperador. Era o começo da fase imperial da história chinesa.

LEGENDA: Pintura sobre seda representando o imperador chinês Yü, da dinastia Xia, iniciada em 2205 a.C. A obra foi produzida milênios depois por Ma Lin (c. 1180-1256), um pintor da Corte chinesa na dinastia Song.

FONTE: Bridgeman/Keystone

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Boxe complementar:



VOCÊ SABIA?

Confucionismo: ideias de paz em meio às guerras

O Período dos Reinos Combatentes - pelas alterações violentas provocadas no modo de organização política e social da China - provocou diversas reflexões a respeito do papel do Estado, das leis e dos governantes, e do modo de vida da sociedade. Desse processo nasceram teorias filosóficas ainda hoje muito presentes na China, como o taoísmo e o confucionismo.

O confucionismo é um sistema filosófico elaborado pelo pensador chinês Kung-Fu-Tzu (551 a.C.-479 a.C.), chamado entre os ocidentais de Confúcio, que se dedicou a pensar como o Estado, os governantes e os indivíduos poderiam viver em uma sociedade harmônica e mais feliz. Para ele, uma sociedade amparada na ordem e na justiça só seria possível por meio da capacidade de amar, ser bondoso, praticar o bem, ter respeito e interesse para com os outros. Os conceitos de Confúcio foram mesclados a diversas religiões e aspectos da vida chinesa ao longo dos séculos.

Fim do complemento.



O primeiro império chinês: centralização

Durante seu governo, o imperador Qin Ying Zheng (221 a.C.-210 a.C.) transformou a China em um império fortemente centralizado. Padronizou o sistema de pesos e medidas e os tipos de escrita, criou um rígido conjunto de leis e construiu diversas estradas.

Para defender o território chinês de invasões, determinou que as muralhas que protegiam as cidades fossem interligadas. Mais de 1 milhão de trabalhadores foram mobilizados nessa tarefa, que resultou na construção dos 4,2 mil quilômetros da Grande Muralha, no norte da China.

Com a morte de Ying Zheng, o império entrou em crise. Em 206 a.C., um líder chamado Liu Bang venceu seus adversários e assumiu o governo. Era o início da dinastia Han, que terminaria apenas no século III d.C.

LEGENDA: Vaso de bronze pertencente à dinastia Qin, produzido no século III.

FONTE: Bridgeman/Keystone



A dinastia Han: desenvolvimento econômico e cultural

Grande parte das medidas adotadas pela dinastia Han (entre os séculos III a.C e III d.C.) levou a China a um notável desenvolvimento econômico e cultural. A produção agrícola, por exemplo, teve um grande avanço devido à introdução de arados puxados por bois, à utilização de instrumentos de ferro e à construção de canais de irrigação.

LEGENDA: Durante séculos, apenas a China detinha os conhecimentos da produção da seda. Pintura chinesa atribuída ao imperador Hui Tsung, do século XII, representando mulheres fabricando seda.

FONTE: Granger/Glow Images

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O desenvolvimento agrícola e comercial permitiu que a China estabelecesse importantes laços comerciais com povos vizinhos e até mesmo com o Ocidente, por meio das Rotas da Seda, como ficaram conhecidos os diversos caminhos entre a China e a Europa (observe o mapa a seguir).



LEGENDA: Apesar do nome - Rota da Seda -, por esses trajetos comercializaram-se muitos produtos: madeiras, joias, especiarias (cravo, canela e pimenta, principalmente), sal, gengibre, óleos, etc. Também havia trajetos que passavam pelo oceano Índico (golfo de Bengala, mar da Arábia e golfo Pérsico) e envolviam comércio com vários povos da Malásia e da Índia, por exemplo.

FONTE: Adaptado de: RODRIGUE, Jean-Paul. The Geography of Transport Systems. New York: Routledge, 2013. Disponível em: http://people.hofstra.edu/geotrans/eng/gallery/Map_Silkroad.pdf. Acesso em: 3 nov. 2015. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

Na área da medicina, os chineses fizeram experiências de dissecação de cadáveres e cirurgias com anestesias. Difundiram-se ainda o uso de ervas e a prática da acupuntura para o tratamento de doenças. Os cientistas chineses desenvolveram também avançados conceitos matemáticos, como as quatro operações com frações e o cálculo com números positivos e negativos.

Sob essa dinastia também se consolidaram várias invenções dos chineses, como a técnica de fabricação de papel com cascas de árvores e outras fibras ricas em celulose (veja, na seção Eu também posso participar, as origens do papel e a importância de sua reciclagem nos dias de hoje), um instrumento que indicava a direção dos ventos, o sismógrafo (aparelho que mede tremores de terra), a bússola, a pólvora e os relógios de sol e de água.

LEGENDA: Espelho astronômico (espécie de antigo telescópio) feito em bronze, no século I, durante a dinastia Han.

FONTE: Akg/Werner Forman/Latinstock

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EU TAMBÉM POSSO PARTICIPAR

A invenção do papel

A técnica de produção de papel criada pelos chineses consistia em dispor materiais, como folhas, cascas de árvores e restos de tecidos de linho ou algodão, em uma tina de água. Esse material, rico em celulose, era prensado e então originava as folhas de papel.

LEGENDA: Catadora que faz parte do coletivo Dulcineia Catadora. Na foto ela está fazendo um livro com capa de papelão. Foto de 2013.

FONTE: Catadora Rosa/Dulcinéia Lúcia

As tecnologias desenvolvidas pela indústria papeleira hoje em dia permitem transformar praticamente todos os tipos de árvores em celulose. Além disso, o papel pode ser reciclado até dez vezes, dando origem a novas folhas. No Brasil, apenas 50% do papel descartado é reciclado.

Reduzir o desperdício e reciclar papel são atitudes que contribuem para melhorar as condições ambientais, pois cada tonelada de papel reciclado poupa a derrubada de sessenta eucaliptos, economiza 2,5 barris de petróleo e 300 mil litros de água.

Veja algumas ações importantes para diminuir o consumo de papel e aumentar a reciclagem.

· Utilizar os dois lados dos papéis para impressão e anotações.

· Imprimir e copiar somente o necessário.

· Reaproveitar sacolas, envelopes, embrulhos e embalagens de papel.

· Separar o papel usado e depois encaminhá-lo à reciclagem. São recicláveis: jornal, papelão, papel impresso, fotocópias, revistas, embalagens de papel, embalagem longa-vida, papéis brancos e mistos.

As dinastias Tang e Song

Após o fim da dinastia Han no século III d.C., a China viveu períodos de unificação e fragmentação do poder imperial, sofrendo ataques de povos como os tibetanos e os turcos. A partir de 618, uma rebelião colocou no poder a dinastia Tang e teve início um período que se estendeu até 907, conhecido como Idade de Ouro.

A economia expandiu-se, a agricultura prosperou de modo notável e a metalurgia desenvolveu-se com o incremento de oficinas de fundição de cobre, ferro e prata. O comércio com os povos vizinhos se dinamizou e surgiram diversas cidades.

Em 907, uma rebelião camponesa provocou a queda da dinastia Tang e a China voltou a ser dividida em vários reinos.

LEGENDA: Espelho circular de bronze com aplicação em ouro e prata, produzido por escola chinesa da dinastia Tang (618-907).

FONTE: Museu de Belas Artes de Boston, Mas sachusetts, Estados Unidos/Coleção Marshall H. Gould/The Bridgeman/Keystone

Boxe complementar:

FILME

Veja o filme A maldição da flor dourada, de Zhang Yimou, 2006. História de poder e traição na família real da dinastia Tang (séc. X).

Fim do complemento.

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Somente no ano 960, com a ascensão da dinastia Song, o território chinês foi novamente unificado. Durante o período Song, os chineses criaram o dinheiro de papel e aperfeiçoaram a impressão xilográfica: o artesão Bi Sheng inventou, entre 1041 e 1048, uma forma de impressão com tipos móveis de argila cozida, que permitiam a produção de livros com grande facilidade. A dinastia Song terminou em 1279, quando o território chinês foi conquistado pelos mongóis.



LEGENDA: Representação do chinês Bi Sheng (909-1050), um vendedor de tecidos que inventou a imprensa de tipos móveis usando blocos de argila.

FONTE: SPL/Latinstock



O domínio mongol

Os mongóis eram formados por diversas tribos de pastores nômades que viviam nas estepes asiáticas, em uma região delimitada ao norte pela Sibéria e ao sul pelo deserto de Gobi. Cada tribo reunia vários clãs, e o líder da tribo recebia o título de khan.

Em 1206, diversas tribos se unificaram e aclamaram o líder guerreiro Temudjin como chefe de todos os mongóis, com o título de Gêngis Khan. Com esse novo líder, iniciou-se a expansão territorial que levaria os mongóis a conquistar a China (veja na seção Olho vivo informações sobre os guerreiros mongóis), formando um império que se estenderia do mar Cáspio, limite do atual Oriente Médio, até Pequim (Beijing), no Extremo Oriente.

Glossário:



Clã: grupo de pessoas com um ancestral comum. Grupo não muito numeroso, fortemente unido por laços sanguíneos. Relativamente comum não só entre alguns povos europeus (Gália e Escócia, por exemplo), mas também entre orientais, como os mongóis e os japoneses.

Fim do glossário.

FONTE: Adaptado de: DUBY, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2006. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

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OLHO VIVO



A cavalaria mongol

A habilidade militar e o uso de cavalos nas batalhas contribuíram para as conquistas mongólicas. Nos combates, os mongóis cavalgavam próximos uns dos outros, evitando abrir espaço para o avanço do inimigo. A imagem ao lado é uma ilustração do século XIV representando a cavalaria mongol em ação.

Texto elaborado com base em: História Viva, n. 21, jul. 2005, p. 22-23; As hordas mongólicas. In: Conquistas mongólicas. Rio de Janeiro: Time-Life Livros/Abril Coleções, 1996; THE ADVANTAGE of bow and horse. Disponível em: http://afe.easia.columbia.edu/mongols/conquests/khans_horses.pdf. Acesso em: 20 out. 2015.

LEGENDA: A cavalaria mongol em combate, gravura do século XIV que se encontra atualmente na Biblioteca Nacional da França.

FONTE: Biblioteca Nacional da França/Arquivo da editora

1. A bandeira indica a forma de organizar o avanço da cavalaria.

2. O selim, feito de couro e madeira, garantia a firmeza do guerreiro ao cavalgar.

3. A espada era presa à cintura, no lado esquerdo do corpo.

4. As flechas com ponta de ferro alcançavam 320 metros de distância.

5. O cavalo era o bem mais valioso de um guerreiro mongol.

6. As roupas eram acolchoadas com uma camada interior, justa ao corpo, e outra exterior, que descia até os tornozelos.

7. Os arcos eram feitos de osso e tendão, numa armação de madeira.

8. O tecido acolchoado protegia o cavalo do atrito com o estribo.

9. As botas de couro eram forradas com tecido e placas de metal protegiam pés e tornozelos.

10. A bolsa de couro presa à cintura guardava o arco.

11. O estribo de metal tinha base resistente para os movimentos de ataque e defesa do cavaleiro.

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DIALOGANDO COM... GEOGRAFIA

Poluição na China

Mesmo com o título de país com maior volume de reservas em moeda estrangeira e ouro do planeta, a China não tem sido capaz de reduzir o uso de combustíveis fósseis. Juntos, China e Estados Unidos são responsáveis por cerca de 45% do dióxido de carbono emitido em escala global. De olho nas pressões de órgãos internacionais, os chineses se comprometeram, em 2014, a atingir o ápice de suas emissões de CO2 no máximo até 2030, quando então deverão começar a cair. Para isso, o país pretende criar investimentos para que 20% de sua energia tenha origem em fontes não poluentes.

Adaptado de: NINIO, Marcelo. EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes. Folha de S.Paulo, 12 nov. 2014. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/ambiente/2014/11/1546843-eua-e-china-anunciam-acordo-para-reduzir-emissao-de-gases-poluentes.shtml. Acesso em: 22 out. 2015.

LEGENDA: Habitantes de Beijing (Pequim) - capital da China - usam máscaras para enfrentar a forte poluição da cidade. Foto de 2015.

FONTE: Kim Kyung-Hoon/Reuters/Latinstock

ORGANIZANDO AS IDEIAS

NÃO ESCREVA NO LIVRO

ATIVIDADES

1. O atual território chinês começou a ser ocupado há mais de 30 mil anos. Descreva, em linhas gerais, como se desenvolveram as primeiras aglomerações até o momento de centralização do Estado e o surgimento da dinastia Xia.

2. Os historiadores costumam denominar de Idade de Ouro os longos períodos de prosperidade e desenvolvimento de determinadas civilizações. No caso da China, a Idade de Ouro ocorreu entre os séculos VI e X, durante a dinastia Tang. O que justifica essa afirmação?

3. Nos itens anteriores, foram feitas diversas referências aos conhecimentos culturais e científicos da civilização chinesa. Escreva um texto recuperando as principais heranças deixadas pelos chineses para a história da humanidade.

4. No século XIII, o Império Mongol tornou-se o mais poderoso reino de toda a Ásia, dominando um extenso território, que ia do mar Negro ao mar da China. Como se formou esse império?

INTERPRETANDO DOCUMENTOS: TEXTO

ATIVIDADES

Os chineses criaram várias teorias filosóficas ao longo de sua história. Uma delas foi o confucionismo, elaborado pelo pensador chinês Kung-Fu-Tzu (551 a.C.-479 a.C.), também conhecido como Confúcio. Suas ideias e conceitos se disseminaram pela sociedade chinesa e conquistaram inúmeros seguidores. O trecho a seguir é de um dos livros que registraram as principais ideias do confucionismo. Pesquisadores e estudiosos atribuem a autoria da obra, intitulada A conduta da vida, a K'ung Chi, neto de Confúcio. Leia atentamente os trechos selecionados e, em seguida, responda no caderno ao que se pede.

O homem moral adapta-se às circunstâncias de sua vida; não deseja nada que esteja fora de sua situação.

Ao se encontrar em uma situação de riqueza e honraria, ele se porta como alguém rico e honrado. Ao se encontrar em uma situação de pobreza e simplicidade, ele se porta como alguém em circunstâncias pobres e humildes. Ao se encontrar em países incivilizados, ele se porta como alguém que vive em países incivilizados. Ao se encontrar em circunstâncias de perigo e dificuldade, ele age de acordo com o que se exige de um homem em tais circunstâncias. Em suma, não há situação na vida em que o homem moral se encontre em que ele não seja senhor de si mesmo.

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Quando em um alto posto, não tiraniza os subordinados. Quando em um cargo subordinado, não corteja favores dos superiores. Ele ajusta sua conduta pessoal e não busca nada dos outros; logo, não se queixa. Não se queixa de Deus e tampouco se lamenta dos homens.



Portanto, o homem moral vive o curso regular de sua vida, aguardando calmamente pelo desígnio de Deus, enquanto a pessoa vulgar opta por caminhos perigosos, esperando por golpes incertos da sorte.

WILHELM, Richard; QIAN, Sima; MING, Ku Hung. Introdução a Confúcio. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011. p. 121-122.

a) Aqueles que defendiam e praticavam os princípios do confucionismo buscavam atingir um modo de vida, chamado "Homem moral". De acordo com o texto, qual era o comportamento esperado do homem moral diante das diversas situações da vida?

b) Para se atingir a vida do homem moral, o confucionismo também defendia que seus praticantes adotassem certos modelos de conduta diante dos outros. Como o homem moral deveria se comportar com os outros, segundo o texto?

c) As ideias do confucionismo se desenvolveram durante um período muito turbulento da história do território chinês, o Período dos Reinos Combatentes. Relacione a turbulência desse período com os ideais defendidos no trecho acima e justifique sua resposta.

2. A Índia antiga

Por volta de 3000 a.C., os povos que habitavam o noroeste do subcontinente indiano começaram a erguer cidades ao longo do rio Indo (onde hoje se localiza o atual Paquistão; veja o mapa ao lado). Eram núcleos urbanos bem estruturados, com avenidas largas; seus habitantes eram os dravidianos, cujas casas de tijolos de barro cozido contavam com eficientes sistemas de água e esgoto.

Os dravidianos criaram a técnica de confeccionar roupas de algodão que comercializavam com outros povos. Além de parte dessa produção têxtil, eles vendiam também joias, pedras semipreciosas, utensílios domésticos, brinquedos, etc.



Os arianos e o hinduísmo

Por volta de 1800 a.C., os dravidianos começaram a abandonar as cidades em direção ao vale do rio Ganges e ao sul da Índia atual. As razões para esse deslocamento são desconhecidas. No entanto, alguns estudiosos apontam como causa a invasão do vale do Indo pelos arianos por volta de 2000 a.C. Nômades, provenientes da Ásia Central, os arianos subjugaram os dravidianos e dominaram a região. Alguns desses grupos (também conhecidos como indo-europeus), depois de se instalarem no vale do rio Indo, avançaram em direção ao vale do Ganges.

FONTE: Adaptado de: WORLD History Atlas: Mapping the Human Journey. London: Dorling Kindersley, 2005. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

Glossário:



Ariano: forma genérica pela qual são chamadas as pessoas de pele clara originárias de algumas das cerca de cinquenta tribos nômades que habitavam a região do Cáucaso (área que abrange parte dos territórios atuais da Rússia, Geórgia, Azerbaijão e Armênia).

Fim do glossário.

80

Depois da invasão, os árias (como se autodenominavam essas tribos) passaram a viver como sedentários e incorporaram muitos elementos das línguas dravidianas a seu idioma, o sânscrito. As crenças religiosas também se misturaram, dando origem ao hinduísmo, conjunto de doutrinas e práticas religiosas que passou a reger quase todos os aspectos da vida cotidiana e da organização social dessa população. Muitas dessas crenças persistem até hoje na Índia.



Os fundamentos do hinduísmo estão registrados no Rig Veda, ou Livro do conhecimento, coletânea de 1028 hinos que acabaria por denominar todo o período em que a Índia antiga esteve sob o domínio dos árias: época védica (de 1500 a.C a 500 a.C.).

Boxe complementar:



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