Dos primeiros humanos ao renascimento manual do professor gislane azevedo



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ESQUEMA-RESUMO

(p. 48)


Os pesquisadores já conhecem inúmeras tradições culturais que se desenvolveram no atual território brasileiro desde o início da ocupação do continente americano. As principais experiências que ocorreram nessa região foram a dos povos construtores de sambaquis, aquelas que surgiram na região de São Raimundo Nonato e na Lagoa Santa, os povos de tradição Umbu e Humaitá, bem como o povo de Itararé e as populações que surgiram na região amazônica, como os tapajônicos, os marajoaras e os do Alto Xingu. Essas sociedades se organizaram de formas diversas. Existiram aquelas que se desenvolveram como povos caçadores e coletores, como é o caso dos construtores de sambaquis, mas também dos povos que se desenvolveram em São Raimundo Nonato, na Lagoa Santa e nas regiões Sul e Sudeste do atual território brasileiro. Vale destacar que foram os povos de tradição Umbu que foram responsáveis pela disseminação de armas de caça na região do atual território brasileiro. Outras sociedades se desenvolveram a partir do domínio da agricultura, dando origem a modos de organização social complexos, incluindo hierarquias sociais mais definidas. Esse é o caso dos povos tapajônicos, marajoaras e das populações sedentárias do Alto Xingu.

ORGANIZANDO AS IDEIAS

(p. 49)


1. Há diversos tipos de vestígios arqueológicos, entre eles os fósseis de ossos humanos, os instrumentos de trabalho, os restos de alimentos fossilizados e de vestígios de atividades cotidianas (como fogueiras ou rituais religiosos). Pode-se também encontrar sambaquis, pinturas rupestres, objetos de cerâmica etc. que são essenciais para compreender o modo de vida, os hábitos e as características morfológicas dos primeiros habitantes.

2. Os sambaquis são amontoados de conchas, encontrados em diversas partes do litoral brasileiro,

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e acredita-se que foram formados por grupos humanos que se alimentavam de recursos marinhos e habitavam a região litorânea. Entre outras características, tinham o costume de empilhar as conchas dos moluscos, os restos de comida, os ossos de animais e as ferramentas. Aos poucos, essas pilhas se transformaram em grandes elevações, algumas com mais de 20 metros de altura, onde os povos dos sambaquis construíam suas moradias e enterravam seus mortos.



3. Na Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (Piauí), foi encontrada a maior concentração de sítios arqueológicos do Brasil. Na área do Boqueirão da Pedra Furada foram descobertos vestígios que, segundo alguns pesquisadores, indicam que a presença humana na região data de cerca de 50 mil anos. Em Lagoa Santa (MG), um dos principais sítios arqueológicos do país, foi encontrado o crânio de Luzia, o mais antigo vestígio de ossos humanos descoberto na América, com aproximadamente 11 500 anos.

4. Os povos de tradição Umbu ocuparam os campos da região Sul e do atual estado de São Paulo, entre 9500 a.C. e 1500 d.C. Produziam instrumentos de pedra e difundiram duas grandes inovações tecnológicas: o arco e flecha e a boleadeira. Os povos de tradição Humaitá dividiram, em princípio, a mesma região com os povos Umbu. Posteriormente, migraram dos campos para as matas e regiões mais altas. Além da caça e da pesca, mantinham uma dieta rica em pinhão, que assavam ou transformavam em farinha. Já o povo de Itararé desenvolveu-se no Sul e no Sudeste do Brasil por volta de 3500 a.C., instalando-se em regiões de clima frio e em altas altitudes. Para se proteger do frio, desenvolveram habitações abaixo do solo, escavando buracos de até 8 metros de profundidade e 20 metros de diâmetro, que se comunicavam entre si por uma rede de túneis, onde também eram guardados alimentos e objetos.

5. Alguns povos da região amazônica, como a civilização marajoara, que ocupou a Ilha de Marajó há cerca de 3 500 anos, formaram organizações sociais hierarquizadas, dominavam técnicas de artesanato altamente desenvolvidas e praticavam a agricultura. Pesquisas recentes mostram que a região do Alto Xingu foi ocupada por uma sociedade de estrutura complexa. Os indícios mostram que a região chegou a abrigar 19 aldeias de formato circular, protegidas por fossas e paliçadas, interligadas entre si por meio de estradas. As maiores aldeias abrigavam uma população que variava de 2,5 mil a 5 mil indivíduos. Professor, você pode ressaltar que o conceito de "sociedade complexa" se aplica aos agrupamentos humanos cuja organização social, política e econômica conta com níveis acentuados de especialização, hierarquização e estratificação social. Em oposição, as chamadas sociedades simples são as que têm baixo nível de diferenciação social. Esses conceitos substituíram as noções antigas de "primitivo" e "civilizado", difundidas pela ciência eurocêntrica do século XIX.

6. a) A terra preta é um tipo de solo que tem coloração escura. Ela é encontrada na região amazônica, geralmente em terra firme, próxima às margens dos rios. Como esse tipo de solo é extremamente fértil, ele ajuda no desenvolvimento da agricultura na região.

b) Os pesquisadores acreditavam, até a década de 1980, que a terra preta se formou naturalmente ao longo do tempo. Porém, atualmente, os pesquisadores acreditam que esse tipo de terra tenha surgido do manejo do solo praticado pelas populações humanas que viveram na região amazônica cerca de mil anos atrás.



INTERPRETANDO DOCUMENTOS: IMAGENS

(p. 49)


1. a) Nesta atividade, espera-se que os alunos utilizem a imaginação para "desvendar" as imagens da Pedra do Ingá, pois há poucas informações comprovadas sobre os significados desses desenhos. Algumas figuras se destacam, por exemplo, as representações de seres humanos e animais (répteis e pássaros, por exemplo).

b) As inscrições da Pedra do Ingá ainda não foram decifradas pelos pesquisadores. Por isso, há várias hipóteses sobre seus significados e sobre a finalidade com que foram feitas. A hipótese mais aceita sugere que os desenhos serviam de registro das atividades cotidianas, como a caça e a pesca. Alguns cientistas, contudo, supõem que as inscrições estejam relacionadas a algum culto à água, realizado em períodos de seca. Outros pesquisadores defendem a hipótese de que os desenhos rupestres tinham finalidades artísticas, como representar sentimentos, expressar a expectativa de uma boa caçada e de obter alimentos para a sobrevivência do grupo.



2. a) A primeira imagem mostra um objeto com o formato de bola e feito de pedra. É possível observar no centro dele a existência de um declive, o que indica a possibilidade de utilizá-lo para amarrar outro objeto. A segunda imagem é uma peça de cerâmica com um grande espaço interno capaz de armazenar alimentos ou líquidos. O primeiro objeto foi produzido pelo povo de tradição Umbu e espera-se que os alunos identifiquem que se trata de uma boleadeira. Foi essa tradição cultural que difundiu o uso de armas de caça. Já o segundo objeto é um exemplo da cerâmica produzida pelo povo de Itararé. Espera-se que os alunos associem esse objeto às tradições ceramistas desse povo, bem como pela localização do objeto na região de ocupação desse grupo.

b) Nessa atividade, espera-se que os alunos reflitam sobre a importância da cultura material na pesquisa arqueológica dos paleoíndios que ocuparam o atual território brasileiro há milhares de anos. É importante lembrar que a cultura material é uma das evidências disponíveis para o



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estudo de povos que não deixaram documentos escritos. É por meio da análise dos objetos encontrados nesse período que os pesquisadores podem encontrar indícios da maneira como tais povos se organizavam, viviam, se alimentavam, se protegiam do frio e das chuvas, utilizavam ferramentas para a produção de outros objetos, entre muitas outras informações.



TESTE SEU CONHECIMENTO

(p. 50)


1. D

2. B

3. C

4. As afirmativas I e IV estão incorretas; assim, a alternativa correta é a letra A. O erro da afirmativa I é indicar que os pesquisadores ainda não sabem qual era o uso dos sambaquis e como viviam as sociedades que os produziram. As pesquisas já constataram que os sambaquis eram utilizados para a construção de moradias e para enterrar os mortos. Além disso, sabe-se que essas sociedades viviam de recursos marinhos, da caça, da pesca e da coleta, entre outras características. O erro da quarta afirmativa é indicar que a região amazônica só começou a ser ocupada por volta de 2000 a.C. As pesquisas arqueológicas indicam que esse processo teve início bem antes, por volta de 12 mil anos atrás.

HORA DE REFLETIR

(p. 52)


A resposta é pessoal, mas é importante refletir com os alunos sobre a importância de conhecer as tradições culturais indígenas ao longo do tempo para melhor compreender as relações entre os seres humanos e o meio ambiente, bem como a forma como essas culturas se relacionaram e modificaram o meio em que viviam. Nesse sentido, pode-se lembrar também que conhecer a história das ocupações indígenas pode ajudar nossa sociedade a encontrar meios de melhor interagir com o meio ambiente, evitando usos predatórios e destrutivos da natureza. Um exemplo disso é o maior conhecimento que os pesquisadores possuem atualmente sobre a terra preta, o que foi possível graças ao estudo da história da ocupação humana na região amazônica. Além disso, é importante destacar que uma das formas para melhor conhecer a história da região é realizar estudos comparando as evidências arqueológicas com as observações sobre os hábitos culturais existentes atualmente na localidade em questão. Ainda que esses hábitos tenham sofrido grandes alterações ao longo do tempo, o estudo comparativo permite encontrar permanências e pontos em comum entre as práticas existentes ainda hoje entre as comunidades indígenas e as tradições culturais do passado. Por isso os pesquisadores desenvolvem hipóteses sobre as relações entre o passado e o presente, como aquelas do povo Kuikuro e as sociedades que ocuparam a região entre 1200 e 1600.

FECHANDO A UNIDADE

(p. 53)


1. O fragmento de lã de uma roupa produzida há milhares de anos e os casacos modernos foram confeccionados com finalidades semelhantes, isto é, proteger contra o frio e contra a chuva e garantir mais conforto aos indivíduos que os utilizavam. No entanto, há entre eles diferenças importantes. Uma delas é o material de que são feitos: enquanto a matéria-prima da primeira vestimenta era lã, os casacos modernos são feitos de tecidos diversos, incluindo material sintético. Além disso, a primeira vestimenta foi produzida manual e individualmente por um artesão ou por uma pessoa que dominava a técnica; já os casacos modernos foram produzidos industrialmente e em grande escala, com o uso de tecnologia e equipamentos e o trabalho de diversas pessoas envolvidas em uma cadeia de produção com várias etapas. Ambos expressam a capacidade humana de transformar a natureza com base no conhecimento e na experimentação. Assim, como não podia deixar de ser, uma das principais diferenças entre os objetos é o nível técnico e de especialização empregado na fabricação de cada um. Professor, se julgar necessário, você pode aprofundar a reflexão e sugerir aos alunos que outra diferença importante entre essas vestimentas é que a primeira nasceu de uma necessidade prática imediata e era utilizada, provavelmente, pelo mesmo indivíduo que a fabricou ou pelo seu grupo social (família ou clã), enquanto os casacos modernos foram produzidos como mercadoria para ser comercializada às centenas de milhares, numa estrutura social complexa, na qual a pessoa que vai utilizar a roupa não tem relações diretas com as pessoas que a fabricaram nem tem conhecimento dos processos técnicos que permitiram a fabricação do produto. Você pode ainda acrescentar que, nas sociedades modernas, o conhecimento é profundamente especializado e que praticamente tudo o que fabricamos torna-se mercadoria, isto é, nasce para ser trocado por dinheiro (ou por outra mercadoria) num mercado consumidor.

2. Numa perspectiva histórica e numa longa escala de tempo (milhares de anos, por exemplo), os casacos modernos poderão ser vistos como "artefatos arqueológicos", pois as sociedades do futuro poderão encontrar outras soluções para a fabricação de roupas, tornando obsoletas essa forma de produção de casacos que, por hipótese, poderiam desaparecer. Nessas condições, pode-se imaginar que um arqueólogo, daqui a milhares de anos, poderá observar um desses casacos do mesmo modo que observamos o fragmento de uma roupa dos séculos VIII a.C. e III a.C. Professor, essa questão tem por finalidade incentivar o aluno a pensar sobre o significado do próprio conhecimento histórico (especificamente, o conhecimento arqueológico). Como tratamos os objetos do cotidiano como utensílios com finalidades práticas, em geral esquecemos que foram objetos semelhantes a esses que contribuíram para decifrar o modo de vida dos primeiros seres humanos. O espírito científico de indagação, a pesquisa, o questionamento e a formulação de hipóteses também podem se debruçar sobre objetos contemporâneos que nos

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fariam refletir sobre o significado deles e sobre o modo de funcionamento das nossas sociedades.



3. Nessa obra, Arthur Bispo do Rosário atribuiu um novo significado a uma peça de vestuário. Ela deixou de ser vista como um objeto de uso cotidiano e passou a ser tratada como um objeto de arte. Ou seja, o artista, por meio de sua criatividade e da necessidade de expressar aspectos mais complexos do que a realidade objetiva e concreta, reinventou o significado do mundo à sua volta. É importante que os alunos compreendam que a transformação da roupa em obra de arte depende do nosso olhar sobre esses objetos e da interferência do artista sobre eles, ou seja, de como ele atribui a esses objetos significados simbólicos. Esse tipo de utilização de objetos do cotidiano das sociedades industriais foi uma das características da Pop Art, corrente artística de grande influência nos anos 1960. Professor, você pode incentivar os alunos a refletir sobre o processo de criação humana com base em exemplos corriqueiros: a diferença entre um pássaro da natureza e um pássaro desenhado, entre uma floresta natural e um jardim, entre o barro e um objeto de cerâmica, etc.

4. O conhecimento e a criatividade levaram o ser humano a dominar diversos aspectos da natureza e a utilizá-la a seu favor. Eles estão também na origem das inovações que caracterizam a História da humanidade desde os tempos mais remotos. Do machado de pedra lascada até o moderno computador, o ser humano tem produzido constantemente novos artefatos, ampliado o leque de materiais utilizados e penetrado no espaço sideral e no microcosmo do átomo e do DNA. Nessa perspectiva, o acúmulo de conhecimentos ao longo de milênios, aliado à criatividade, melhorou a qualidade e ampliou a expectativa de vida, além de permitir aos seres humanos dominar uma infinidade de técnicas e meios de explorar os recursos naturais. Entretanto, é preciso levar em conta também que o desenvolvimento econômico acelerado, especialmente nos últimos duzentos anos, e a exigência cada vez maior de consumo de energia e recursos naturais vêm causando sérios danos ao meio ambiente e à humanidade. Nem sempre o conhecimento e a criatividade têm sido utilizados para melhorar nossas condições de vida. Muitas vezes, servem para o desenvolvimento tecnológico voltado para a guerra, com a produção de armas de destruição em massa, e para dominar outros seres humanos, difundir preconceitos e formas de racismo, incentivar o uso predatório e indiscriminado da natureza e ampliar as desigualdades sociais. Professor, a resposta a essa questão é individual, mas é importante refletir com os alunos sobre as diversas formas de utilização do conhecimento e da criatividade nas sociedades contemporâneas.

Texto complementar

No texto a seguir, a professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) aponta algumas questões a respeito da educação inclusiva e da ação do professor para a diversidade.



[...] A educação democrática e emancipadora parece constituir-se em uma alternativa capaz de favorecer: a superação das diferenças significativas entre deficientes e não deficientes; o acesso e a permanência na escola regular dos educandos com deficiência; e a possibilidade de se pensar uma sociedade justa e humana.

Em segundo lugar, faz-se necessário discutir as formas para tornar possível a educação democrática e para a escola acolher as diferenças. Nessa perspectiva Ainscow (1997, p. 14), destaca duas questões: "Como os professores podem ser apoiados a organizar as suas salas de aula de modo que assegurem a aprendizagem a todos os seus educandos? Como as escolas podem ser reestruturadas de forma a apoiarem os professores nesse esforço?"

Para a valorização profissional dos professores o referido autor destaca as seguintes estratégias, dentre outras: "Oportunidades de considerar novas possibilidades; apoio à experimentação e reflexão. Ainscow (1997) destaca também que encorajar os professores a explorarem formas de desenvolver a sua prática, de modo a facilitar a aprendizagem de todos os educandos, é um convite a experimentarem métodos que, "(...) no contexto da sua experiência anterior, lhes são estranhos.

COSTA, Valdelúcia Alves da. Ensino de História e educação inclusiva: suas dimensões formativas. In: MONTEIRO, Ana Maria; GASPARELLO, Arlette Medeiros; MAGALHÃES, Marcelo de Souza (Org.). Ensino de História: sujeitos, saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 2012. p. 258.



Sugestões de livros

BIUZELLI, José Luís; SOUZA, Cláudio Benedito Gomide de (in memoriam) (Org.). Caminhos para a escola inclusiva. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. (Série Temas em Educação Escolar: 21.).

· Obra coletiva, composta de diversos artigos escritos por pesquisadores e especialistas, que trata especificamente da educação inclusiva, tanto das possíveis abordagens sobre o assunto quanto de experiências de pesquisa.

FUNARI, Pedro Paulo; NOELLI, Francisco Silva. Pré-História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2001.

· Obra com proposta didática que, por meio da perspectiva de dois autores especialistas em Arqueologia, aborda o povoamento do atual território brasileiro e a formação das culturas indígenas, retomando as teorias sobre o povoamento da América.

PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a Pré-História do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

· O livro do arqueólogo André Prous aborda a formação, a história e a cultura dos povos que habitavam o território brasileiro muito antes da chegada dos colonizadores europeus. O autor traça um histórico da pesquisa arqueológica no Brasil e apresenta hipóteses sobre o povoamento da região.

RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto: o museu no ensino de História. Chapecó: Argos, 2004.



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· Este livro, escrito por Francisco R. L. Ramos, professor de História da Universidade Federal do Ceará, faz uma instigante abordagem crítica das possibilidades que os museus e a cultura material oferecem para o ensino de História, sempre atentando para os dilemas pedagógicos que podem surgir dessas possibilidades.



Sugestão de filme

Caverna dos sonhos esquecidos (Werner Herzog, 2010).

· O documentário traz imagens exclusivas do interior da caverna Chauvet, na França, onde estão localizadas algumas das mais velhas expressões de pintura rupestre da humanidade.



Sugestões de sites

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP). Disponível em: www.mae.usp.br. Acesso em: 14 jan. 2016.

· Site institucional que oferece informações variadas, desde horários de funcionamento e dados sobre visitas educativas, até propostas de atividades educativas e oferecimento de empréstimos de materiais didáticos.



Scientific American. Disponível em: www2.uol.com.br/sciam/. Acesso em: 14 jan. 2016.

· Site da revista Scientific American, que costuma trazer reportagens sobre Arqueologia e Pré-História do Brasil.



UNIDADE 2 - Urbanização

Procedimentos pedagógicos

Professor, antes do início do capítulo 3, há uma apresentação do eixo conceitual que norteará toda a discussão que envolve a Unidade II: a urbanização. Esse eixo conceitual, ao ser trabalhado em sala de aula, apresenta excelentes possibilidades para discutir assuntos que estejam ligados ao presente e à vivência cotidiana dos alunos. A seção que abre a unidade apresenta diversas informações acerca da urbanização no mundo atual, por meio de imagens, textos, gráficos e tabelas.

Os alunos, como brasileiros e habitantes de centros urbanos, caso vivam em cidades, certamente conhecem a realidade prática desses problemas e dessas situações. Trazer a experiência deles para a sala de aula é algo que pode ser muito importante para o início dos trabalhos com essa unidade. É isso o que se pede na atividade da seção Começo de conversa, na página 55, quando se pergunta acerca da participação dos estudantes em movimentos e espaços sociais e das qualidades e deficiências da cidade onde moram.

A fim de ampliar o tema desta segunda unidade, pode-se organizar, a partir da própria seção Começo de conversa, uma Atividade Alternativa. Em grupos, os alunos podem, com entrevistas a professores, pais de alunos, funcionários da escola, moradores dos arredores e associações comunitárias, fazer um levantamento dos pontos negativos do bairro onde está localizada a escola. Ao fim da pesquisa, cada grupo organizará um relatório com as informações que conseguiu levantar. O documento final deve apresentar textos, dados e tabelas estatísticas e fotografias. A partir dos relatórios, os alunos podem formular uma demanda oficial junto aos representantes públicos da cidade (prefeitura ou subprefeitura, câmara dos vereadores, secretarias municipais), cuja finalidade seria a resolução de algum problema do bairro. Pode ser alguma questão ligada à iluminação pública, à segurança, aos espaços de lazer, à conservação das calçadas e vias públicas, à preservação do meio ambiente, etc. Com essa atividade, os estudantes terão uma noção mais aprofundada dos problemas do bairro de sua própria escola e poderão entender melhor o funcionamento da administração pública. Ressalte-se um aspecto interessante: este exercício pode se converter, também, em uma importante Atividade de Inclusão, pois alunos, membros da comunidade escolar ou moradores da região que tenham alguma deficiência de locomoção, por exemplo, podem contribuir muito para as demandas por melhorias no bairro voltadas a esse público. A experiência deles seria fundamental nas requisições pela criação de calçadas rebaixadas, faixas guias para cegos e transporte público acessível ou pela presença de intérpretes de Libras em instituições públicas ou privadas. A participação de pessoas com deficiência, ao evidenciar situações de exclusão e cobrar soluções, pode fazer da luta pela inclusão uma realidade do cotidiano escolar.



COMEÇO DE CONVERSA

(p. 55)


1. Esta atividade tem por finalidade ampliar a reflexão sobre o espaço urbano e sobre as diversas formas de compreender a cidade. Em geral, a vida doméstica e escolar dos alunos representa uma parcela importante das suas experiências. A vida urbana, contudo, envolve também outras atividades diretamente relacionadas aos espaços sociais da cidade: a frequência a clubes, parques, praças; a presença em festas (quermesses, shows), eventos cívicos ou políticos; a participação em associações de bairros, igrejas, centros comunitários; ou a organização de movimentos de reivindicação por melhorias urbanas (asfalto, saneamento básico, segurança, etc.). É importante que o aluno reflita sobre essas diversas formas de inserção coletiva na vida urbana para que compreenda o universo complexo e diversificado com o qual ele se relaciona. Professor, para aprofundar essa reflexão, você pode propor uma discussão aberta em sala de aula. Para isso, organize os alunos em grupos e peça a cada um deles que proponha um tema sobre algum aspecto da vida na cidade onde a escola está localizada. A ideia é que os alunos reflitam sobre os pontos positivos e negativos do tema escolhido. Um exemplo possível seria o lazer. Nesse caso, os alunos podem refletir se a cidade oferece espaços democráticos para as práticas de lazer, como esses espaços estão distribuídos na cidade,

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