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parte de nossa comida.

A Srta. Cleópatra saltou sobre o peito do Ancião e farejou em volta, a barba, os ouvidos e deu uma boa cheirada na boca.

— Acho que ele está subalimentado, Tad — disse. — Acho que precisamos conversar com Ma para encher um pouco com alimento todos estes vazios.

Mas não importa o que a Srta. Cleópatra dissesse, o que a Srta. Tadalinka contribuísse, e por melhores fossem as inten­ções de Ma, o Ancião estava de dieta pelo resto da vida, uma miserável e horripilante dieta que mal dava para manter corpo e alma unidos.

A Srta. Tadalinka mergulhou sob a cama e falou à Srta. Cleópatra.

— Ouça, Cleo — disse —, quer saber de uma coisa? Aca­bei de ouvi-los falar. Ele está perdendo meio quilo por dia, e isto significa que dentro de duzentos e setenta dias não terá peso algum.

As gatas sentaram-se e começaram a pensar no caso. Em seguida, a Srta. Cleópatra inclinou, muito sábia, a cabeça, com toda a sabedoria e sagacidade que uma pequena gata de quatro anos de idade consegue reunir.


  • Ah, sim — reexclamou —, mas você esqueceu uma coisa, Taddy. Quanto mais esfomeado ficar, mais doente se tornará, e em mais, clarividente se transformará. Dentro de pouco, ele começará a ver as coisas antes que aconteçam.

  • Que besteira! — disse a Srta. Tadalinka. — Ele já as vê, Veja só a mensagem telepática que nos enviou do hospital. Ainda assim, é uma boa preparação para o começo do livro que vai escrever. Acho que devemos dar-lhes toda ajuda que pu­dermos.

O radiador estava bastante quente e os dois gatos saltaram para o peitoril em cima. Estenderam-se a fio comprido, da cabeça à ponta da cauda, e entraram no estado habitual de intros­pecção antes de comunicar os pensamentos do dia aos gatos locais. O Ancião? Bem, o Ancião estava satisfeito por se encon­trar na cama. Recostou-se durante algum tempo e pensou.

"Acho que você tem de escrever este miserável livro. Precisa viver, mesmo que não coma muito atualmente. Tem que pagar pelo que come." Na manhã seguinte, por conseguinte, resolveu começar este livro com a esperança de concluí-lo, e aqui está ele. Começou e você está lendo o primeiro capítulo, não?

Numerosas pessoas escreveram perguntando coisas, todos os tipos de coisas. Bem, seria uma boa idéia se este livro ten­tasse responder o que parece haver em comum nas perguntas. O homem tem direito de saber, pois, de outra maneira, desenvolve estranhas idéias, como aquela de que a morte é uma coisa horrível, ou que não há o Além. Bem, fico sempre divertido quando dizem que não há o Além, simplesmente porque não o conhecem. Da mesma maneira, um indivíduo que more numa zona remota do interior talvez diga que não existem Londres, Nova York nem Buenos Aires, porque não as conheceram em pessoa. Afinal de contas, as fotografias podem ser forjadas. Vi uma série de fotografias montadas sobre a vida no Além, e isto é uma pena. Há um "Além", um "Além" muito bom e chega­mos ao máximo do absurdo quando "videntes" desonestos e pervertidos apresentam uma série de materiais falsos. É tão fácil apresentar a verdadeira realidade. Mais fácil, realmente.

Eu nutria a esperança de continuar as pesquisas em torno da aura. Infelizmente, tive de abandoná-las devido a motivos financeiros, e agora — bem — não há um plano de seguro médico aqui, não como na Inglaterra, e tudo é horrivelmente caro. O trabalho sobre a aura, por conseguinte, terá que ser deixado a outras pessoas.

Outro projeto que eu queria desenvolver é o seguinte: é inteiramente possível construir um dispositivo com o qual possa­mos "telefonar" para o mundo astral. Foi realmente fabricado, mas o homem que o fez enfrentou tal barragem de dúvidas, sus­peitas e acusações da imprensa, que se cansou de tudo, caiu no desânimo e, pressionado pela imprensa insana, quebrou o apa­relho e cometeu suicídio.

É inteiramente possível inventar um telefone que ligue para o mundo astral. Vejamos o caso da fala: ao falarmos, produzimos uma vibração que transmite energia a uma coluna de ar, que, por seu turno, aciona um aparelho recebedor, por exemplo, o ouvido do interlocutor, e ele ouve os sons que emitimos. Os sons são interpretados como fala. Ninguém conseguiu ainda postar-se em cima de uma antena de rádio, gritar e ser ouvido em torno do globo. Isto porque as vibrações são transformadas em uma forma diferente de energia. Mensagens faladas e trans­formadas nessa energia podem ser ouvidas, com aparelhagem apropriada, em todo o mundo. Escuto a Inglaterra, o Japão, a Austrália, a Alemanha, todos os países. Ouvi mesmo a Pequena América no sul da Antártida.

Um dispositivo para telefonar ao astral é algo parecido. Transforma ondas de rádio comuns em algo incomparavelmente mais alto, da mesma forma que as ondas de rádio, por seu lado, são transmitidas em freqüências muito mais altas do que a fala.

No futuro, poderemos telefonar para os recentemente falecidos, mais ou menos da mesma maneira que uma pessoa pode telefonar hoje a um hospital e, se tiver sorte e a enfermeira estiver de bom humor, falar com um doente que convalesce de uma operação. O mesmo acontecerá com aqueles que faleceram recentemente e se recuperam da provação da ida para o Além, da mesma maneira que a mãe e o filho se recuperam das dores do parto. Enquanto a convalescença está em andamento, os parentes podem telefonar para uma área de recepção para saber "como vai fulaninho". Naturalmente, logo que o doente ficar inteiramente bom e passar a outras dimensões, ele ou ela ficará ocupado demais para se importar com os assuntos banais desta Terra.

A Terra é apenas uma mancha de pó que existe durante um piscar de olhos no tempo real.

Àqueles que estejam interessados, digo que conheci real­mente um desses telefones e que o vi em uso. É uma pena que a imprensa idiota não esteja sujeita à censura porque não deveria poder agir tolamente apenas no interesse do sensaciona­lismo e, dessa forma, inibir um progresso real.

Consideremos isto, pois, um começo, e o fim do primeiro capítulo. Continuaremos e veremos o que poderemos fazer para, no segundo, responder a algumas perguntas.


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