RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados apresentados são derivados da análise das Unidades de Manejo com base nas características fisiográficas exibidas no QUADRO 3. A partir das potencialidades e limitações que cada uma apresenta. São feitas recomendações relativas às várias modalidades de uso da terra.
1 - UNIDADE DE MANEJO NC
1.1 - Características Gerais
Esta unidade é a que possui maior extensão territorial, com 1.439 km2, representando 55,7% da área de estudo, estendendo-se em níveis altimétricos que variam entre 280 a 760 metros, em diferentes relevos de formas residuais e erosivas que variam desde plano a escarpado. A unidade ocorre em vários tipos de litologias datadas do Pré-Cambriano Inferior a Médio (rochas do Complexo Nordestino) e Mesozóico, representadas por rochas que compõem as Formações Antenor Navarro e Souza, pertencentes ao Grupo Rio do Peixe. O solo predominante na área é o Bruno não Cálcico (Luviossolo) e a cobertura vegetal é do tipo Caatinga Arbórea Aberta sem Palmeiras.
1.2 – Geologia
Na unidade ocorrem com maior extensão territorial as rochas que constituem o Complexo Nordestino, datadas do Pré-Cambriano Inferior a Médio, tais como: migmatitos, gnaisses, gnaisses migmatizados e granitóides. Com menor frequência ocorrem as rochas sedimentares datas do Mesozoico que constituem as Formações Antenor Navarro e Souza, representadas principalmente por arenitos e argilitos.
1.3 – Relevo
A forma de relevo mais frequente é a Tabular, que se apresenta como uma superfície plana, geralmente coincidente com a estrutura geológica, limitada por escarpas erosivas trabalhadas por processos de pediplanação. Esse relevo ocupa 64,2% da área, que também ocorre como formas convexas (21,2%), formas aguçadas (8,7%), superfície pediplanada (5,1%) e superfície tabular erosiva (0,4%). Essas formas se enquadram nas classes de relevo que variam desde plano a escarpado, sendo mais representativos os relevos suave ondulado (38,4%) e ondulado (31,3%) perfazendo 69,0% da área, sendo os 30,3% restantes se distribuídos entre plano, muito ondulado, forte ondulado, movimentado e escarpado como demonstrado no Quadro 3. A altimetria varia de 240 a 760 metros, estando a maior extensão (68,4%) da área nas cotas de 280 a 360 metros. Acima de 480 metros, a extensão territorial é menos representativa por perfazerem apenas 4,4% distribuídos nas cotas entre 480 a 760 onde estão os picos mais elevados da unidade.
1.4- Solos
A cobertura pedológica é representada pelos solos Bruno Não Cálcico (Luvissolos) e Litólicos Eutróficos (Neossolos Litólicos Eutróficos).
1.5 – Erodibilidade e Erosividade
Nessa unidade, os solos possuem um potencial natural a erosão indicado por um índice de erodibilidade em torno de 96,8%, percentual considerado alto, combinado com uma baixa erosividade da chuva, fato este que minimiza o processo de erosão do solo.
1.6 – Cobertura Vegetal
Segundo RADAMBRASIL (1981) a cobertura vegetal predominante na área é caatinga arbórea aberta sem palmeiras que, em condição nativa recobre 69% da unidade, sendo o restrante de sua área usada para cultivos agrícolas, que ocorrem em terrenos primitivamente ocupados pela mesma caatinga.
1.7 - Clima
As características hidrológicas imprimem condições climáticas de semiaridez que atuam na unidade. Em 66,8% da área a precipitação média anual é em torno de 850 a 950 mm, existindo zonas que representam 35,4% da área com precipitações entre 850 a 900 mm e zonas, que atingem 31,4%, com maiores índices pluviométricos , entre 900 a 950 mm. Apesar de não apresentar valores baixos de chuva, a evapotranspiração potencial varia entre 1.400 e 1.600 mm, estando 38,8% da área sobre a influência de uma evapotranspiração de que varia entre 1.400 a 1.500 mm e 49.1% entre 1.500 e 1.600 mm. Os meses secos alternam-se entre 7 e 9 e o índice efetivo de umidade de 100% de sua área classifica seu clima como semiárido.
RECOMENDAÇÕES
Os terrenos dessa unidade de manejo apresentam risco médio de degradação, consequência da alta erodibilidade aliada à média erosividade da chuva, o que se constitui numa causa de sua limitação ao uso da terra. O cultivo para produção do alimento poderá ser feito, praticamente sem limitações, nas áreas de relevo plano. Em áreas de relevo suave ondulado a ondulado o uso da terra poderá ser realizado desde que sejam adotadas técnicas conservacionistas adequadas. Devido à sua cobertura vegetal, são moderadamente apropriados para uso como pastagem nativa desde que sejam empregados sistemas de manejo que aumentem sua capacidade de suporte sem, contudo, diminuir a proteção que essa cobertura fornece ao solo.
2 - UNIDADE DE MANEJO PE – Argissolos
2.1 - Características fisionômicas:
A unidade PE é menos representativa espacialmente do que a unidade NC por possuir 402,8 Km2, totalizando 15,2% da área de estudo. Apresenta níveis altimétricos que variam entre 240 a 840 metros em relevo residual em formas tabulares de topo plano com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano. As principais litologias que compõem essa unidade estão vinculadas ao Complexo Nordestino de idade Pré-Cambriana Inferior a Médio e a Formação Rio do Peixe datadas do Mesozóico. Os solos de maior ocorrência são os Argissolos que são recobertos, predominantemente, pela cobertura vegetal de caatinga aberta.
2.2 – Litoestratigrafia
Os tipos litológicos que predominam na unidade PE estão vinculados aos granitos, granodioritos do Complexo Nordestino constituindo 93,1%. As litologias vinculadas à Formação Rio do Peixe representam apenas 6,9% da área total. Portanto, as rochas do complexo cristalino sobressaem das rochas sedimentares representadas por arenitos e argilitos pertencentes à Bacia Intracratônica do Rio do Peixe.
2.3 – Classes de Relevo
Os tipos mais freqüentes se enquadram nas classes de Suave Ondulado (33,9%) a Ondulado (26,6%) que representam 60,5% da área ocupada pela unidade. Os 39,5% restantes se enquadram nas classes de Forte Ondulado (17,1%), Muito Ondulado (7,5%), Plano (11,1%), Montanhoso (1,7%) e Escarpado (2,2%). Altimetria varia de 240 a 760 metros, estando a maior extensão, 59,4% da área, nas cotas entre 280 e 320 metros, com. 23,7% da área nas cotas entre 240 e 280. Acima de 400 metros se distribuem os 18% restantes.
2.4 – Solos
Os solos que recobrem as diferentes litologias são representados pelos Podzólico Vermelho Amarelo Eutrófico e Podzólico Vermelho Amarelo Eutrófico raso (ambos Argissolo Vermelho Amarelo Eutrófico), e Litólico Eutrófico (Neossolo Litólico).
2.5 - Erodibilidade e Erosividade
Os solos presentes nessa unidade possuem uma elevada potencialidade de perder-se por erosão, desde que 77,9% deles têm alta erodibilidade, aliado ao fato de que 80,5% da área apresenta erosividade da chuva muito alta.
2.6 - Cobertura Vegetal
Segundo RADAMBRASIL (1981), 44,4% da área da unidade é recoberta por cultivos agrícolas, 0s 55,6% restantes são revestidos pela a cobertura vegetal do tipo caatinga arbórea aberta sem palmeiras.
2.7 - Clima
As condições climáticas de semiaridez que atuam na unidade são aqui representadas por precipitações que variam entre 850 a 950 mm, sendo que 40,2% da área estão submetidos a precipitações em torno de 950 mm, 26,8% entre 900 e 950 mm, 24% entre 850 a 900 mm e o restante abaixo de 850 mm. Apesar de não apresentar valores baixos de chuva, a evapotranspiração potencial varia entre 1.400 e 1.600 mm, estando 59,8% da área com uma evapotranspiração que oscila entre 1.500 a 1.600 mm e 26,8 % entre 1.400 e 1.500 mm. Os números de meses secos alternam entre 7 e 9 meses, estando 54,5% da área submetidos a estiagem de 8 a 9 meses. O Índice Efetivo de Umidade indica que seu clima é semiárido em 80,5% de sua, apresentado os 19,5% restantes o clima do tipo subúmido seco.
RECOMENDAÇÕES
Os terrenos dessa unidade são susceptíveis à erosão, causa da sua principal limitação ao uso, o que resulta de uma combinação entre altas erodibilidade dos solos e erosividade da chuva.. Este alto risco de degradação, indica ser a área moderadamente apropriada para uso agrícola, pecuária e silvicultura, requerendo-se para tal emprego de técnicas de controle da erosão. Nas áreas de relevo mais movimentado recomenda-se o uso em silvicultura e nas áreas de relevo suave poderá ser feito o cultivo para produção de alimentos.
3 - Unidade de Manejo Re – Regossolos
3.1 - Características Fisionômicas:
Essa unidade possui extensão territorial da ordem de 319,8 km2, ocupando 12,4% da área, estendendo-se em níveis altimétricos que variam entre 280 e 760 metros, em diferentes relevos de formas tabulares que variam desde plano a escarpado. A unidade ocorre em vários tipos de litologias datadas do Pré-Cambriano Inferior a Médio, representadas por rochas que compõem a suíte magmática. O solo predominante na área é o Regossolo e a cobertura vegetal é do tipo Caatinga Arbórea Aberta sem Palmeiras.
3. 2 – Litoestratigrafia
Na unidade ocorrem, com maior extensão territorial, as rochas que constituem o Complexo Nordestino, tais como: migmatitos, gnaisses, gnaisses migmatizados e granitóides datadas do Pré-Cambriano Inferior a Médio que representam 76,7% da área. Em menor extensão ocorrem as rochas dos tipos granitos pegmatóides, pegmatitos e granodioritos que constituem a suíte magmática ocupando 23,3% da área.
3.3 – Relevo
A forma de relevo predominante, decorrente de processos erosivos, é considerada como relevos residuais que apresentam topos planos com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano. Essa forma de relevo ocupa 56,0% da área, ocorrendo, também, relevos de Formas Aguçadas (24,5%), Formas Convexas (18,5%) e Superfície Tabular Erosiva (0,7%). Essas formas se enquadram em classes de relevo que variam desde plano a escarpado, sendo mais representativo, os tipos Ondulado, Forte Ondulado e Suave Ondulado que ocorrem em 28,2%, 27,8% 22,8% da área, respectivamente, perfazendo 78,8% da área da unidade. Os 21,2% restantes se distribuem entre Plano (4,9%), Muito Ondulado (12,1%), Movimentado (2,8%) e Escarpado (1,5%) como indicado no Quadro 03. A altimetria varia de 280 a 760 metros, estando as maiores extensões (62,6%) posicionadas nas cotas entre 320 a 440 metros. Acima de 480, ou seja, 20,2% estão os picos mais elevados da unidade.
3.4- Solos
A cobertura pedológica que recobre as rochas cristalinas é constituída unicamente pelo Solos Litólicos (Neossolos Litólicos).
3.5 – Erodibilidade e Erosividade
Nessa unidade, os solos apresentam elevado potencial para erosão, consequência de estarem 100% em nível de erodibilidade considerado alto, mesmo em condições nas quais a erosividade da chuva se situa entre baixa e média.
3.6 – Cobertura Vegetal
Segundo RADAMBRASIL (1981) os tipos de cobertura vegetal predominantes na área são Eas (caatinga arbórea aberta sem palmeiras) e Eds (caatinga arbórea densa sem palmeiras) que ocorrem, respectivamente, em 53,1% e 32,4% da área da unidade.
3.7 - Clima
As condições climáticas de semiaridez que ocorrem na unidade são expressas por índices pluviométricos abaixo de 850mm, em 65,4% da área, com zonas onde as precipitações alcançam níveis entre 900 a 950 mm e maiores do que 950 mm, em 15,1 % e 12,0% da área da unidade, respectivamente. Apesar de não apresentar muito baixa pluviosidade, a evapotranspiração potencial varia entre 1.400 e 1.600 mm em 50.6%,, com níveis menores do que 1400mm em 48,9% da área. O número de meses secos alterna entre 7 e 9 meses e o índice efetivo de umidade classifica o clima de 91,0% da área como semiárido.
RECOMENDAÇÕES
Os solos dessa unidade apresentam sérias limitações ao uso, não só pelas características inerentes dos solos litólicos, como pelo relevo íngreme que lhes confere alto risco de degradação. Por cauda da textura arenosa dos horizontes superficiais dos solos nas áreas mais planas e a declividade nas áreas de relevo mais acidentado recomenda-se a adoção de manejo que evite aceleração da erosão, buscando-se deste modo a proteção das pequenas planícies aluviais nela encravada. Por estas razões a unidade apresenta potencialidades moderadas para a pecuária e silvicultura.
4 - Unidade de Manejo SS
4.1 - Características fisionômicas
A Unidade de Manejo SS possui uma extensão territorial de 132,3 km2, ocupando 5,1% da área de estudo. Apresenta baixos níveis altimétricos que variam entre 200 a 320 metros. É caracterizada por uma superfície plana, denominada de Superfície Pediplanada que se estende em diversas litologias pertencentes, predominantemente, ao Grupo Rio do Peixe, Formação Souza e Antenor Navarro e, em menor proporção, ao Complexo Nordestino de idade do período Pré-Cambriana Inferior a Médio Os solos de maior ocorrência são os Solonetz Solodizados (Planossolo Nátrico Órtico) seguidos pelos Solos Aluviais Eutróficos (Neossolos Flúvicos) recobertos, predominantemente, por culturas agrícolas.
4.2 – Litoestratigrafia
Os tipos litológicos que predominam em 92,1% da unidade SS estão relacionados aos sedimentos Mesozóicos de idade Jurocretácica pertencentes ao Grupo Rio do Peixe. As rochas do complexo cristalino de idade Pré-Cambriana ocorrem em menor proporção ocupando apenas 7,8% da unidade.
4.3 – Relevo
Na Superfície Pediplanada, os tipos de relevo mais freqüente estão nas classes. Plano (47,6%) e Suave Ondulado (40,1%), que representam 87,7% da área. O relevo Ondulado ocupa 8,2% e os menos significantes, como o Muito Ondulado (0,8%) e o Forte Ondulado (0,1%) ocupam apenas 8,6%. A altimetria varia de 200 a 320 metros, estando os terrenos de maior extensão (54,6% da área) e os de menor extensão (41,5% da área), respectivamente, entre as cotas de 280 e 320 metros e de 240 e 280. Acima de 360 metros se distribuem os 3,4% restantes da área de estudo.
4.4 – Solos
Os solos que recobrem as diferentes litologias da área são representados pelos Solonetz Solodizados (Planossolo Nátrico Órtico) seguidos pelos Solos Aluviais Eutróficos (Neossolos Flúvicos) e Neossolos Litólicos encontrados em 90% da área, enquanto os Vertissolos recobrem os 10% restantes.
4.5 - Erodibilidade e Erosividade
Os solos presentes nessa unidade possuem uma potencialidade erosiva relativamente elevada, resultante do fato de 100% deles apresentarem erodibilidade alta, combinada com um nível de erosividade da chuva considerado de baixo (54,0%) a médio (45,1%).
4.6 - Cobertura Vegetal
Segundo RADAMBRASIL (1981), 99,7% da área da unidade é recoberta por cultivos agrícolas.
4.7 - Clima
As precipitações variam entre 850 e 950 mm, sendo que 49,6% da área da unidade estão submetidos a precipitações entre 900 e 950 mm. Em outros setores, que representam 38,1%, as precipitações alcançam níveis de 850 a 900 mm. Apesar de não apresentar valores baixos de chuva, a evapotranspiração potencial varia entre 1.400 e 1.600 mm, estando 50,8% da área sob a influência de uma evapotranspiração que oscila entre 1.400 e 1.500 mm e 45,3% entre 1.500 a 1.600 mm. O número de meses secos varia entre 7 e 8 em 100% da área e o Índice Efetivo de Umidade mostra que 78,3% tem clima semiárido.
RECOMENDAÇÕES
Essa unidade apresenta baixo risco de degradação física decorrente do relevo Plano a Suave Ondulado. Porém, algumas unidades de solos, sobretudo, os Neossolos Litólicos situados em vertentes mais íngremes, apresentam maiores problemas de controle de erosão. Estes solos deverão ser preservados para recreação e vida silvestre. As áreas pertencentes às demais classes de solos poderão ser usadas, tanto para pastoreio em níveis que variam de intensivo a limitado, como para silvicultura, com as devidas precauções para evitar danos à planície aluvial integrada à unidade de manejo.
5 – Unidade de Manejo V
5.1 - Características fisionômicas
A unidade V possui uma extensão territorial de 292 km2 ocupando 11,3% da área de estudo. Apresenta níveis altimétricos que variam entre 200 a 320 metros, estando 82,8% da área na faixa de 240 e 280 metros. Possui relevo Plano a Suave Ondulado em formas de relevo Tabulares e Superfície Pediplanada, com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano. As principais litologias que compõem essa unidade estão vinculadas às Formações que compõem a Bacia Intra Cratônica do Rio do Peixe, datadas do Mesozóico. Os solos de maior ocorrência são os Vertissolos recobertos predominantemente por cultivos entre fragmentos da Caatinga Aberta sem Palmeiras.
5.2 – Litoestratigrafia
Os tipos litológicos que predominam na unidade V estão vinculados aos sedimentos arenoquartzosos que constituem os aluviões (34,2%) e as rochas sedimentares das Formações Sousa (44,1%) e Antenor Navarro (17,1%), representadas por arenitos e argilitos. As litologias vinculadas às rochas cristalinas do Pré-Cambriano representam apenas 4,6% da área total.
5.3 – Relevo
Os tipos mais freqüentes de relevo, que representam 95,5% da área ocupada pela unidade, se enquadram nas classes de Plano (68,5%) e Suave Ondulado (27,0%). Os 4,5% restantes se enquadram nas classes de Ondulado (3,3%), Muito Ondulado (0,6%), Forte Ondulado (0,1%) e Escarpado (0,5%). Altimetria varia de 200 a 280 metros, estando a maior extensão (82,8% da área) nas cotas entre 240 e 280 metros. Apenas 13,2,% e 4,1% da área estão, respectivamente, nas cotas entre 200 e 240 e acima de 320 metros.
5.4 – Solos
Os solos que recobrem as diferentes litologias são representados pelos Vertisol (Vertissolos, 50%) seguido por Solonetz Solodizado ( Planossolo Nátrico, 20%), Solos Aluviais Eutróficos (Neossolos Flúvicos, 20%) e Solos Litólicos Eutróficos (Neossolo Litólico 10%).
5.5 - Erodibilidade e Erosividade
Os Vertissolos presentes nessa unidade possuem uma elevada potencialidade de perder-se por erosão, resultante do fato deles apresentarem, em sua totalidade alta propensão esta que é atenuada, porém, por eles se situarem em área de relevo plano. Quanto à erosividade da chuva, em 71,4% e 28,6% ela é, respectivamente, média e alta.
5.6 - Cobertura Vegetal
Segundo RADAMBRASIL (1981), 97,4% da área da unidade é recoberta por cultivos agrícolas entremeados por fragmentos da Caatinga Arbórea Aberta sem Palmeiras (2,6%).
5.7 - Clima
As condições climáticas de semiaridez que atuam nessa unidade são aqui representadas por precipitações que variam entre 900 e 950mm (26,6% da área), sendo que os 73,4% da área estão submetidos a precipitações que ultrapassam 950 mm.. Apesar de não apresentar valores baixos de chuva, a evapotranspiração potencial varia entre 1500 e 1.600 mm. Quanto ao número de meses secos, eles são entre 8 e 9 em 51,0% da área e entre 7 e 8 nos 49,0% restantes.
RECOMENDAÇÕES
É de todas as unidades estudadas a que tem níveis permeabilidade mais baixos. O relevo plano contribui para um risco limitado de erosão, o que permite usa-la para pecuária e estabelecimentos de culturas permanentes, tal como reflorestamento com culturas nativas nobres, até os limites que seus solos pesados permitem.
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