SECRETARIA DE REGISTRO PARLAMENTAR E REVISÃO – SGP.4
EQUIPE DE TAQUIGRAFIA E REVISÃO – SGP.41
NOTAS TAQUIGRÁFICAS
SESSÃO SOLENE :
DATA:
O SR. PRESIDENTE (Laércio Benko – PHS) – Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
A presente sessão solene destina-se à comemoração às “Mulheres que brilham e se Destacam em 2013”, nos termos do requerimento 665, de 10 de maio de 2013.
Passo a palavra ao Mestre de Cerimônias, Sr. Antônio Carlos Vieira Jr., para a condução dos trabalhos.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Compõem a mesa as seguintes autoridades e personalidades: o Vereador Laércio Benko, presidente e proponente da sessão solene; convidamos a Sra. Clélia Gomes, Chefe de Gabinete do Vereador Laércio Benko e os Srs. Victor Perina, Chefe de Gabinete da Subprefeitura da Lapa; Yalorixá Gilda de Oxum, representando o Centro Cultural Ilé Ode Axé Omo Oxum; Pai Flávio de Odé, do Centro Cultural Ilé Ode Axé Omo Oxum; Mãe Marina Cabral, representando a Tenda Espírita Caboclo Calmaria, do Rio de Janeiro; Vitória Lopes, representando a Federação Espírita do Estado de São Paulo e Pai Flávio de Oya, do Jornal Agaxéta. (Palmas)
Convidamos todos para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
– Execução do Hino Nacional Brasileiro.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos todos para ouvir o toque Ijexá em Saudação a Oxum, orixá que reina sobre a água doce dos rios, o amor, a intimidade, a beleza, a riqueza e a diplomacia. Oxum é dona do ouro e da Nação Ijexá, a deusa mais bela e sensual do Candomblé. É a própria vaidade, sobretudo, Oxum é o brilho.
– Toque Ijexá em saudação a Oxum.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos todos para ouvirmos o toque Orixá Iansã, é relacionada ao elemento ar, sendo a divindade que controla os ventos. Como o vento personificado que precede a tempestade que é uma das representações do orixá do Fogo. Oiyá está relacionada ao culto dos mortos. Deusa de temperamento mais agressivo.
– Toque em Saudação a Orixá Iansã.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Registramos e agradecemos a presença da Sra. Valéria Benko, esposa do nobre Vereador Laércio Benko e dos Srs. Ogan Basilio de Xangô, Diretor Jurídico do Superior Órgão de Umbanda do Estado e Mário Luiz da Silva, Presidente do Conselho Deliberativo da Afoxé Filhos da Coroa de Dadá.
Convidamos para o seu pronunciamento o nobre Vereador Laércio Benko, Presidente e proponente desta sessão solene.
O SR. PRESIDENTE (Laércio Benko – PHS) – Cumprimento a todos, muito axé, muita vibração positiva, Mãe Gilda de Oxum, na pessoa de quem cumprimento a Mesa, muito obrigado por ser a idealizadora deste evento; Mãe Clélia de Iansã, minha mãe de santo, na pessoa de quem cumprimento todas as mães e pais de santo aqui presentes; Pai Flávio, na pessoa de quem cumprimento todas as autoridades do Candomblé presentes; cumprimento todos os presentes por terem vindo, meus irmãos, este é o início formal de um trabalho muito longo que temos para fazer.
Vejo neste Salão Nobre da Câmara Municipal muitos rostos que me são familiares, que me tocam o coração, com os quais tive a oportunidade de estar junto durante a campanha política de 2012, que me elegeu Vereador. A todos vocês que acreditaram nesse projeto, que acreditaram que era possível colocar na Câmara Municipal de São Paulo um representante das religiões de matriz africana, todos aqueles que acreditaram que era possível nos fazer representar, dou, do fundo do meu coração, o meu muito obrigado.
Sempre percorri vários terreiros de umbanda, de candomblé e em todos os lugares falava: “serei declarado e, orgulhosamente, um representante das religiões de matriz africana na Câmara Municipal de São Paulo”. E para aqueles que tiveram oportunidade de acompanhar, me viram tomando posse nesta Casa vestido em homenagem ao Sr. Zé Pelintra.
Tomei posse obviamente sob olhares muito estranhos. Muitos colegas me olharam com certa estranheza, alguns até com certo receio, mas estava orgulhosamente assumindo e cumprindo um compromisso de campanha com muita honra e orgulho, porque a honra foi toda minha, de estar vestindo e homenageando o Sr. Zé Pelintra, aqui, no dia primeiro de janeiro de 2013.
De lá para cá temos tido a oportunidade de apresentar alguns projetos de lei, de fazer algumas manifestações favoráveis às religiões africanas. Por exemplo, apresentei o projeto de lei nº 66/2013, que visa regulamentar a prática dos rituais fúnebres das religiões de matriz africana nos cemitérios da cidade de São Paulo.
Por que isso meus irmãos? Não adianta, nesta Casa, no Salão Nobre, e em outros lugares, vermos esses quadros lindos representando os índios, os escravos que aqui estavam, e na prática ainda estarmos subjugados pelo período da Ditadura em que a nossa manifestação era proibida. Nesse período para praticar a umbanda e o candomblé nos terreiros, tínhamos de fazer de madrugada e escondido.
Infelizmente, ainda hoje, em pleno século XXI, há terreiros que têm de fazer as coisas escondidas por perseguição de vizinhos e de algumas autoridades que não se satisfazem e não aceitam a liberdade religiosa. Ainda temos muito que brigar. Vejo muitos de vocês que nos procuram com problemas por praticar a nossa religião. Isso é inadmissível, mas também não tínhamos uma voz, alguém para estar aqui hoje alertando sobre os problemas que temos. Faço isso com muito orgulho.
Vivemos um momento em que muita demagogia acontece. Enquanto vemos, no “Fantástico”, matérias em que aparecem animais sendo mortos em matadouros em condições absolutamente vergonhosas, bois sendo mortos em matadouros clandestinos e ninguém faz nada, a sociedade não se revolta, vemos pessoas se indignando contra a imolação de galinhas, bodes, que fazemos para seguir os fundamentos das nossas religiões. Muitas vezes, pessoas se indignando com a imolação de uma galinha e indo comer um Chicken McNuggets no dia seguinte no McDonald's. Temos de parar com essa hipocrisia.
Temos de parar também, meus irmãos, de ver matérias como vi no final do ano passado, no Estado de São Paulo, sobre um censo do IBGE em que menos de 1% das pessoas se declararam seguidores das religiões de matriz africana. E ainda não são poucos os casos, quando vejo irmãos da umbanda e do candomblé se apresentando em reuniões, em festas de aniversário, em casamentos, pessoas que sabemos são da umbanda e candomblé, como espíritas ou espiritualistas.
Em primeiro lugar, espiritualismo não é uma religião. Espiritualismo é um gênero que abrange todas as religiões que acreditam em reencarnação, que acreditam na transposição do espírito para outros corpos, todas as pessoas que acreditam numa vida pós-morte. Dentre essas há os nossos irmãos kardecistas, que são os espíritas, mas nós somos umbandistas, candomblecistas, nossas religiões têm nome. E por favor, irmãos, vamos incentivar o uso do nome da nossa religião.
Inclusive, Mãe Gilda, a senhora que nesta noite será oficialmente indicada como representante oficial do candomblé no nosso partido, PHS, e Mãe Clélia, nossa representante na umbanda, vamos iniciar um trabalho, vou criar botons, vou fazer algumas coisas para distribuir para as pessoas usarem: “sou umbandista com orgulho”; “sou candomblecista com orgulho”. Não vamos nos esconder. Vamos nos assumir, nos mostrar. É muito bonito ver esta Casa cheia numa sexta-feira, com o último capítulo da novela rolando. O que será que está acontecendo lá?
Então isso mostra, em primeiro lugar, o prestígio da Mãe Gilda. Isso mostra o prestígio da nossa religião. Isso mostra o prestígio das religiões de matriz africana. Então o trabalho a ser realizado é muito extenso. Temos muito trabalho pela frente e ele não pode parar por aqui, por que quais não foram os contatos que recebi já dentro do plenário da Câmara Municipal, de alguns colegas Vereadores falando escondido como se estivessem vendendo um pacotinho de cocaína: “olha, eu vou ao terreiro tal”; “olha, eu frequento a casa de mãe tal”. Então, por que não assume? Pega o microfone e fala que é da umbanda. Não. Não pode.
Assim não dá. Religião tem de ser uma coisa assumida de coração. E no Brasil tem de ser religião ou time de futebol. Temos de ter esse orgulho, essa vontade, essa força. E podem contar com o gabinete deste Vereador, 7º andar, sala 709. Muitos já nos procuraram. Estamos de portas abertas para receber todos para um bate papo, para auxiliar a regularizar a casa, para ajudar com auxílio jurídico, porque precisamos fazer muito. Há muito trabalho a ser feito.
Na próxima sexta-feira devo almoçar com o Prefeito Fernando Haddad para dar continuidade a algumas ideias que temos tido. Por que não, por exemplo, e essa foi uma ideia do Haddad, fiquei muito feliz que essa ideia tenha partido dele... Aproveitando o momento de Copa das Confederações e Copa do Mundo, criarmos um roteiro turístico voltado para os turistas que vem de fora do Brasil, para conhecerem os terreiros de umbanda e os terreiros de candomblé, com o apoio da Secretaria de Turismo de São Paulo, porque a nossa religião além de ser a mais linda, a mais carinhosa – em nenhuma outra religião se vê tanto beijo, tanto abraço, tanto carinho –, a nossa religião é a mais rica culturalmente, porque o candomblé traz toda a linda cultura da mãe África e a umbanda é o sincretismo do candomblé, do kardecismo e do catolicismo.
Então as religiões de matriz africana, no Brasil, além da beleza da religião, dos orixás e guias, trazem uma riqueza cultural fantástica que temos de mostrar a todos que vêm nos visitar. E vamos, irmãos, ser uma voz aqui na Câmara. Hoje também quero prestar contas para vocês, fui eleito Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo e protocolei hoje – vocês estão sabendo em primeira mão – um requerimento para convocar o Deputado Marcos Feliciano para vir a esta Casa prestar satisfações. (Palmas)
É muito fácil ficar lá em Brasília, porque por mais manifestações que se tenham é difícil chegar até lá, mas ele é Deputado por São Paulo. Quero ver, Deputado Marcos Feliciano, se o senhor vai ter coragem de vir aqui nesta Casa, no Estado e Cidade que o elegeram, para vir falar olho no olho – e vou convidar todos vocês – quero ver o senhor falar que os africanos são uma raça amaldiçoada. Quero ver o senhor falar mal dos homossexuais. Vem aqui, Deputado, se o senhor tem coragem, não escondido atrás de um púlpito ou do planalto central. Vem aqui na Câmara Municipal de São Paulo onde todos poderão estar presentes, se tem coragem, falar olhando olho no olho desse nosso povo tudo o que o senhor pensa, se é o que o senhor pensa mesmo, porque muitos pastores que a gente conhece por aí também batem cabeça em congá e sabemos disso.
Então, meus irmãos, não me alongarei mais, vou deixar a festa prosseguir. Temos um longo trabalho a fazer e esse trabalho só vai existir se vocês estiverem do nosso lado, participando junto conosco, porque o mais bonito da nossa religião, da umbanda, do candomblé, é o que faz a nossa religião ter uma dificuldade de articulação política, porque na nossa religião não tem um bispo para por a mão no ombro de um político e falar: elejam-no senão vocês vão para o inferno.
Na nossa religião, se queremos ter apoio, temos de andar muito, terreiro por terreiro, porque em cada terreiro a autoridade máxima está ali. É o líder da casa, o pai de santo, a mãe de santo e a casa é subordinada exclusivamente aos guias, porque na nossa religião não há intermediário entre nós e a espiritualidade.
Então isso gera uma dificuldade muito grande para fazer um trabalho bonito, mas prefiro assim porque é de coração, é puro e é legítimo.
Muito obrigado, meus irmãos. Aché. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento a Sra. Clélia Gomes, Chefe de Gabinete do Vereador Laércio Benko.
A SRA. CLÉLIA GOMES – Motumbá para quem é de motumbá. Sua benção para quem é de sua benção e colofé para quem é de colofé. Quantas pessoas gostariam de conhecer uma mãe yalorixá escondida, mas que trabalhou com muito afinco e que vai trabalhar para todos com muito afinco na nossa religião. Falei que não foi fácil colocar meu filho de santo onde ele está hoje. Tenho muito orgulho.
Agradeço a presença de todos vocês. Quero informar que sou candidata a Deputada Estadual. Convido todos os presentes para conhecer os nossos ideais. Convido todos os pais de santo que quiserem estar conosco brigando na Assembleia Legislativa para montarmos uma bancada forte de candomblecistas, umbandistas, todos aqueles que creem na espiritualidade ou no espiritualismo.
Agradeço a todos vocês por estarem aqui. Nosso gabinete está aberto a todos, no que pudermos ajudar, o que pudermos, eu digo que não temos dinheiro, eu digo que temos uma força para lutar e estamos aqui para isso. Espero contar com todos vocês. Não podemos continuar sendo humilhados do jeito que estamos sendo. Quero que vocês saibam que hoje temos um patamar de um Vereador, mas tenho certeza que com a força de todos vocês teremos também Deputado Estadual e Deputado Federal. Temos de sair do anonimato, porque nós nos colocamos no anonimato. Temos de ter força. Temos de querer brigar. Não temos de ter medo da guerra. Sou filha de Iansã. Adoro uma briga. Adoro guerrear. E quando entro não entro para perder. Espero contar com todos vocês.
Que Iansã abençoe a todos. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Registramos e agradecemos a presença do Dr. Stefan Vegel Filho, Coordenador do Departamento de Direitos Humanos da OAB – São Paulo.
Convidamos para seu pronunciamento o Sr. Victor Perina.
O SR. VITOR PERINA – Boa noite. Quero fazer um relato sobre minha mãe de santo, Mãe Clélia de Iansã, que há 60 dias queria fugir do microfone. Ela não podia ver um microfone que se enfiava debaixo da mesa, mas acho que estamos criando um monstro. Imaginem essa mulher na Assembleia Legislativa.
Meu nome é Victor, quero agradecer o convite feito pelo Vereador Laércio Benko. Sou um irmão de vocês também. Agradeço a Mãe Gilda por quem tenho um carinho muito especial, que também ajuda a cuidar de mim juntamente com a Mãe Clélia.
Assumi a chefia de gabinete da Subprefeitura da Lapa há uma semana e falei: caramba, com essa cara de tonto que eu tenho... E todo aquele pessoal mais antigo de Prefeitura, eu tinha de me posicionar de alguma forma. Então a primeira reunião com todo aquele pessoal que trabalha há muitos anos na Prefeitura, engenheiros, fiscais, disse a eles: “se fechar um terreiro o bicho vai pegar agora. Daqui para frente se fechar um terreiro na jurisdição da Subprefeitura da Lapa o bicho vai pegar”. E todo mundo falou para que eu ficasse tranquilo que ali não haveria esse tipo de problema.
Isso nada mais é do que tirar a nossa religião da clandestinidade política que sofríamos até então. Ninguém queria discutir, quando acontecia um problema como aconteceu na casa que visitamos, do Caboclo Irajé, não tinha para onde correr, porque não tínhamos um Vereador, ninguém que se posicionasse a favor. Hoje nós temos. Hoje temos um Vereador que cuida da Câmara Municipal, mas podem ter certeza – registrem o que estou falando –, no máximo daqui a 10 anos teremos o Prefeito de São Paulo umbandista ou candomblecista.
Agradeço a todos os presentes na pessoa do meu amigo Ogan Basílio de Xangô, que já conheço de longa data. Também faz parte do nosso partido, PHS, e tem também um projeto para 2014.
Estou à disposição de todos. Não sei se tem alguma casa que é da minha jurisdição, mas se tiver podem saber que estão muito bem protegidos.
Muito obrigado. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento a Yalorixá Gilda de Oxum.
A SRA. GILDA DE OXUM – Boa noite. Motumbá. Não tenho muito que falar. Estou muito feliz, muito emocionada. Não tinha noção do quanto eu era querida e hoje cheguei a essa conclusão. Muito obrigada a todos vocês que estão aqui homenageando esse nosso projeto, porque o projeto não é meu, não é do Dr. Laércio, não é da Clélia. É nosso.
Reconheci o quanto Oxum é por nós e o quanto sou querida. Acho que precisava de uma história dessas para ter noção do quanto sou querida. Do quanto Oxum me quer. Do quanto Iansã me quer. Do quanto Oya me quer. Do quanto Nanã e Iemanjá me querem. E querem a vocês também.
A única coisa que vou pedir a vocês mulheres: saiam do anonimato e vejam o quanto a política é linda, porque nós fazemos política todos os dias lavando, passando, cozinhando, conversando com o amigo, aguentando o marido, os filhos, jogando búzios, tirando a roupa de ração e botando a roupa de santo. E botando a roupa de novo para lavar roupa. E botando a roupa de santo de novo. Isso é política.
Agradeço ao Dr. Laércio Benko por me ter dado esta oportunidade, à Mãe Clélia e ao partido todo. Estou muito emocionada.
Só tenho a agradecer e dizer a vocês que saiam do anonimato de verdade. Não adianta reclamar sem se mostrar. Façam com que a casa de vocês seja reconhecida, com que vocês sejam reconhecidos, porque depois não adianta reclamar. Não adianta falar que o Prefeito, o Deputado e o Vereador não fazem. Vocês têm de se mostrar.
Então já que ele abriu esse espaço para nós, o meu já está ali, minha documentação é verdadeira, ele não mentiu, a minha já saiu. Convidei algumas pessoas e essas pessoas ficaram no anonimato. Então, a partir desse momento saiam do anonimato, porque para ser gente de verdade você precisa de uma identidade, um CIC e um Título de Eleitor, porque se não tiver esses documentos você não é ninguém. Vocês, zeladores, a mesma coisa. Madrinha de umbanda, padrinho, a mesma coisa.
Estou muito feliz com este evento porque não foi só para yalorixá nem para madrinha. Mas, também, para reconhecer as mulheres que trabalham na sociedade. Aqui temos mulheres que trabalham com ONGs, comunidades, e isso é muito bonito.
Então só tenho a agradecer, a Oxum em primeiro lugar e a todos os meus amigos que estão aqui. E a oportunidade dada por Laércio Benko, por Mãe Clélia e todos vocês. Motumbá.
Muito obrigada. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento o Pai Flávio de Odé.
O SR. FLÁVIO DE ODÉ – Boa noite a todos. Peço a benção a todos os presentes. Agradeço esta oportunidade ao Dr. Laércio Benko, à Câmara por ter cedido este espaço e por ser uma solenidade oficial.
É importante a mulher na sociedade. Ela cria o filho, ensina o filho a andar, ensina na escola. Ela sabe quando a escola é boa e quando não é. Ela sabe o que o marido e o filho gostam. Tudo isso a mulher sabe.
Então chegou o momento da mulher colocar tudo isso para fora. Vocês estão acompanhando na Rede Globo que também há um evento para as mulheres. Também temos uma Presidenta. Está aberto para todas. Vocês têm muita força, muito mais do que vocês pensam.
Aproveitem essa força. A política é linda e maravilhosa. Sem a política ninguém caminha. Nós precisamos dela. Precisamos oficializar nossas casas. Precisamos oficializar a nossa existência. E para isso vocês têm de aparecer, procurar e lutar. Vocês vão conseguir. Tenho certeza disso. Porque, se hoje sou um homem que fez 60 anos, devo tudo a minha mãe, as minhas tias, a minha avó, a minha esposa. Todo homem que está aqui dependeu da sua mãe, uma mulher que o educou e ensinou. Ela sabe o que é bom para todos.
Então vocês sabem. É só colocar para fora. Aproveitem a oportunidade. O Dr. Laércio está dando essa oportunidade a todas vocês. O PHS está abrindo uma porta imensa às mulheres. Aproveitem essa porta e vamos lutar para vencer, senão seremos derrotados. Ninguém vai ganhar de nós. Nós vamos ser derrotados.
Muito obrigado. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento a Mãe Marina Cabral.
A SRA. MARINA CABRAL – Boa noite a todos. Estou cheia de alegria porque estou pedindo ao nosso mestre supremo, que me concedeu a graça de poder estar aqui hoje com pessoas que tenho certeza estão pedindo cada uma por si e eu estou aqui também pedindo por mim e por todos vocês que estão aí.
Agradeço a minha Mãe Oxum. Agradeço também a minha Mãe Iemanjá, que ela possa trazer o seu fluído de paz, de saúde, de alegria no coração de todos vocês. E possa também levar para o fundo do mar sagrado tudo aquilo de negativo que porventura esteja aqui em qualquer pessoa (o que acredito que não tenha...). Mas, que Iemanjá esteja presente me ouvindo nesta hora. Se todos precisam, eu também preciso muito porque tenho 92 anos.
Entrei para a tenda mirim com 23 anos e estive lá até fazer o meu desenvolvimento. Minha irmã, Araci Cabral da Rocha, comprou um terreno e fez a tenda. Depois da tenda pronta, eu passei para lá. Fiquei 40 anos, com ela sendo minha comandante. Minha irmã faleceu no dia 19, foi enterrada no dia 20. Depois de ter velado o corpo dela durante a noite inteira, o Caboclo Mirim me chamou e disse: “hoje você vai fazer a gira que começa às 15h”. E eu fiz com muita fé. Uns caiam, outros queriam tomar a bênção e não aguentavam. Passei por isso tudo e fiquei esse tempo todo lá.
Com o decorrer dos anos, meu irmão Leonidas, que é do Centro Caboclo Calmaria, ficou doente. Eu deixei meu substituto e todo domingo ia para lá para ver meu irmão com câncer. Ele pedia para que eu não o deixasse. Então eu ia todos os domingos. Houve um dia que ele me disse: “hoje quem vai comandar o terreiro é minha irmã com o Caboclo Caiçara”. Eu disse: “não, meu irmão, não posso fazer isso, você me perdoe, mas você tem uma comandante à altura e por acaso a irmã dela está aqui, não estou vendo, mas ela está aqui”.
Então fiquei e até hoje estou lá. Estou com 92 anos, mas todo primeiro domingo do mês estou lá. A comandante diz assim: “vocês estão pensando que a Dona Marina está aí sentada e não tem nada com ela? Os guias dela estão todos aí com ela”.
Quero desejar a todos que nosso Pai supremo derrame sobre todos nós aqui dentro muita luz, muita força, muita saúde, paz, entendimento e coragem para viver.
Há uma coisa que quero que todos saibam: tenho um amor muito grande a essa figurinha, porque foi ele que fez com que eu estivesse aqui hoje e isso para mim foi uma gratidão muito grande, irmão.
Muito obrigada. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento a Sra. Vitória Lopes.
A SRA. VITÓRIA LOPES – Boa noite a todos. Em nome de Deus Pai todo poderoso, peço que neste momento Ele possa nos abençoar, porque o mais importante é que todos nós somos filhos de Deus.
Estou representando a sociedade civil. Sou espírita kardecista, filha e irmã de umbandista. Essa umbandista que a Dona Marina acabou de falar. Dona Marina me conhece há muitos anos. Tenho a raiz da matriz africana. Quis Deus por algum motivo que eu trabalhasse aqui do lado de vocês, todos os sábados, na Federação Espírita do Estado de São Paulo, mas para mim o mais importante – e creio que é isso que o grande Pai de todas as coisas quer – é que nos queiramos bem.
Agradeço ao Vereador Laércio Benko e toda sua assessoria por este convite que muito me honra. E quero dizer a todas as mulheres presentes que estão sendo homenageadas e, principalmente, ao Vereador Laércio Benko e sua assessoria, que também representem todas as minorias. Não é só contra o negro. Não é só contra o gay. É também contra a mulher negra. É também contra o pobre. Este País tem sim preconceito contra o pobre. Preconceito contra tudo aquilo que possa incomodar, mas não importa o que aconteça. Obstáculos não importam. Também sou aquela: mexeu comigo eu sou guerreira. Obstáculo não me faz parar, mas ir. Eu quero ir.
Meu Deus do céu, todos os orixás presentes, mentores amigos, agradeço e peço todos os dias força, fé, coragem, hombridade para ir, porque não é nenhuma cara feia que vai me fazer parar. Eu quero ir.
Agradeço a Deus este momento. Agradeço por tudo o que passei, mas principalmente, agradeço a minha família, amigos, guias espirituais que nunca me deixaram cair e jamais deixarão.
Viva a minoria. Viva nós que estamos aqui hoje tentando nos unir para sermos ouvidos. Em nome de Deus, em nome de Jesus e dos nossos orixás.
Muito obrigada. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento o Pai Flávio de Oya.
SR. FLÁVIO DE OYA – Primeiramente, quero me desculpar pelo meu tom de voz que não é muito agradável, mas é o que Olodumare me deu.
Quero parabenizar de coração o Vereador Laércio pela iniciativa, e tomar sua benção, Mão Gilda, porque só Oxum mesmo para desbravar esses caminhos dentro de uma Cidade tão conservadora e violenta como São Paulo.
Falar da mulher nos cultos afro-brasileiros é voltar no tempo e lembrar as nossas escravas que vieram forçadas, muitas delas princesas na África. É falar de Obabií, por exemplo. É falar de Mãe Estela, de Mãe Senhora, de Mãe Olga de Alaketu, de Mãe Nilzete de Iemanjá, de Mãe Juju D’Oxum, de Mãe Ana de Ogum, enfim, falar de mulher dentro do candomblé é um tema bastante complexo e amplo.
Não há candomblé sem a figura da mulher. Isso eu posso garantir. A mulher negra a priori, que eram as mães de santo que se escondiam e hoje a mulher branca sentando nas cadeiras de axé, comandando seus barracões e gerando vida humana. O axé é feminino. O axé orixá sangra e o produto dessa feminilidade, desse sangramento, são os nossos deuses, pelos quais lutamos e os defendemos com unhas e dentes.
Enfim, não há mulheres que não brilhem no culto. A única mulher que não está brilhando atualmente é a cidade de São Paulo porque está fechando terreiros, porque o meu foi fechado pelo Governo Kassab.
Então quero deixar uma pergunta, Vereador Laércio Benko, será que a recém-criada Secretaria Municipal de Igualdade Racial, na figura do Sr. Netinho de Paula, e o Prefeito Fernando Haddad conhecem o que está acontecendo com as religiões afro-brasileiras na cidade de São Paulo? Peço ao senhor que, no seu almoço, fizesse essa pergunta para ele.
Muito obrigado. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos os presentes para, de pé, assistirmos à entrega de homenagem ao nobre Vereador Laércio Benko. Convidamos a mãe Liliana, que irá entregar uma homenagem ao presidente e proponente desta sessão solene.
– Entrega de homenagem, sob aplausos.
A SRA. LILIANA – Boa noite a todos e a todas. A bênção aos meus mais velhos e meus mais novos. Hoje é um dia de homenagens e eu estou aqui para prestar esta homenagem. Inicialmente em nome da comunidade da Pedra Branca, que comemorou trinta anos de lutas, conquistas e vitórias. Mas a última conquista, que é de todos nós, é ver o seu mandato. Estou aqui por vontade de Oxum, para lhe homenagear, agradecer e dizer que vamos continuar... Que o que nós precisávamos, nós conseguimos. Muito obrigada Dr. Laércio Benko. Eu espero que a gente possa viver não somente mais trinta, mas muitos mais anos com estas conquistas. Esta homenagem é muito mais do que merecida e não é só da minha casa. É de todo povo de santo...
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos os presentes para assistirmos a um vídeo com pronunciamento do nobre Vereador Laércio Benko em defesa das religiões de matrizes africanas.
– Apresentação de audiovisual.
MESTRE DE CERIMÔNIA – Neste momento passaremos à entrega de homenagem à Yalorixá Mãe Gilda de Oxum.
– Entrega de homenagem a Yalorixá Mãe Gilda de Oxum, sob aplausos.
O SR. PRESIDENTE (Laércio Benko – PHS) – Quero dizer à senhora que além de estar sendo homenageada hoje, que fique claro a todos que o PHS não é só um partido que respeita o Candomblé e a Umbanda, mas é também um partido que oficializa dentro do seu estatuto e de sua executiva a figura das religiões de matrizes africanas.
Hoje, como Presidente Estadual do PHS, nomeio a senhora e lhe entrego este certificado como representante oficial do PHS no Estado de São Paulo para as religiões de matrizes africanas.
Então quem fala em nome do PHS para as religiões de matrizes africanas a partir de agora é a Sra., Mãe Gilda. No dia de minha posse, em nome de nosso Pai Oxalá e minha Mãe Maria Baiana, prometi exercer meu mandato.
E tenho certeza, Mãe Gilda, que estou aqui neste momento fazendo a vontade de minha Mãe Maria Baiana. Se estou vivo devo a Maria Baiana. Então em nome de minha Mãe Maria Baiana, do PHS e de todos os guias a senhora está nomeada.
Muito obrigado, Mãe Gilda, por ter aceitado e tem a palavra. (Palmas)
A SRA. GILDA DE OXUM – Mais uma emoção. E é de verdade porque não sabia de nada disso.
O que vou contar é muito rápido e a minha dedicação a partir deste momento será triplicada. Não sou uma pessoa de venda, muitos irmãos me conhecem há muitos anos. Nunca quis me envolver com a política porque dizia que era um rumo diferente, mas há cinco anos Xangô me disse que eu teria uma história na política.
E cinco anos depois estou aqui politicando, brincando com a política sem querer. Muito obrigada a todos que confiaram em mim. Muito obrigada ao Sr., Vereador Laércio Benko, e ao seu gabinete, por terem confiado em mim. Tenham certeza, o que depender de mim, de Oxum e de Xangô, estou aqui e vou até o fim.
Muito obrigada. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos os presentes para assistir uma apresentação cultural.
– Apresentação artística.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Passaremos à entrega de homenagens “Mulheres que Brilham e se Destacam em 2013”.
– Entrega de homenagem às Sras. Lúcia Griselda, representando a comunidade cubana; Antonia Helena da Silva, representante das ONGs; Iracema Mariano Barbosa, Empresária de Guarulhos; Vitória Lopes, da Lopes Consultoria; Piná, Artista e Empresária; Mãe Nivaldir, Tenda de Umbanda Caboclo Pena Branca; Mãe Solimar Araújo, Tenda de Umbanda Caboclo Aracaçu e Caboclo Tamandaré; Mãe Tercília Pereira Marcato, Aldeia de Umbanda Cabocla Imarai e Cabocla Inajá; Mãe Fabiana, Federação de Umbanda do Estado de São Paulo; Mãe Débora Jósimo, Tupã Oca do Cacique Aymoré; Mãe Viviane Scheibel, Tupã Oca do Caboclo 7 Pedreiras; Mãe Jussara Aparecida Damasseno, Tenda Espírita de Umbanda João de Araújo; Mãe Ericka, Tupã Oca do Caboclo Irajé e Pai Folha Seca; Mãe Ivone Daniel Cristhiano, Templo Espírita Cabocla Janana e 7 Pedreiras; Mãe Regina, Tenda Espírita Caboclo Pena Branca; Mãe Daniela, Tenda de Umbanda Ogum 7 Lanças e Mãe Márcia Vilas Boas, sob aplausos.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos a Sra. Valéria Benko, esposa do nobre Vereador Laércio Benko, para uma foto com a Mãe Gilda e Mãe Clélia.
– Registro Fotográfico.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos os presentes para assistirmos a mais uma apresentação cultural.
– Apresentação artística.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Dando sequência à entrega de homenagens “Mulheres que Brilham e se Destacam 2013”, serão homenageadas as mulheres que representam o Candomblé.
– Entrega de homenagem às Sras. Yalorixa Nina de Ayra; Iya Regina de Ogum; Mãe Graça; Mãe Neide; Mãe Débora; Mãe Kaya; Mãe Vanda; Iyá Egbé Cláudia Pedrozzelli; Sandra, representando Mameto Indemboakenã; Mãe Rosana de Iansã e Mãe Clarice de Oxum, sob aplausos.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Dando sequência à entrega de homenagens “Mulheres que Brilham e se Destacam em 2013”, serão entregues os certificados aos Ebomis e Equedis.
– Entrega de homenagem aos Egbonmy Nunes Sicolin, Centro de Mamãe Oxum e Pai Guiné; Egbonmy Edinei Aparecida Ribeiro; Egbonmy Angelina Vanucci; Egbonmy Patrícia; Egbonmy Ericka; Egbonmy Ellen Rose de Oya; Ekedi Clóeni; Ekedi Ana Cristina Rosa Cardoso; Ekedi Dirce e Mãe Liliana de Oxum, sob aplausos.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Dando sequência à entrega de homenagens, convidamos a Mãe Marina Cabral para ser homenageada, neste ato representando 80 anos de religião e 92 anos de idade.
– Entrega de homenagem, sob aplausos.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Chamamos a Mãe Fabiana para cantar o Hino da Umbanda.
– Apresentação musical.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos os presentes para assistirmos uma apresentação de Capoeira.
– Apresentação artística.
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Informamos que ao término da sessão solene será oferecido um coquetel no Restaurante Escola São Paulo, no 1º subsolo. Todos estão convidados para a confraternização.
Convidamos para mais uma saudação do Pai Flávio de Odé.
SR. FLÁVIO DE ODÉ – Não quero tomar muito tempo nessas considerações finais. Que maravilha a cultura negra ainda resistir com capoeira, samba e com a macumba. Temos de bater palmas para isso. (Palmas)
Hoje, Vereador Laércio Benko, foi um dia de busca de igualdade de gênero. A famosa busca da igualdade entre homens e mulheres.
Também foi um dia de busca e de briga pela liberdade de crença em nosso País e com isso o fortalecimento do Estado laico. Vivemos em um País em que todas as religiões têm a mesma importância. Não parece, mas é.
São Paulo é muito forte, é a maior Cidade da América Latina, como é forte esta Casa porque influencia as demais câmaras legislativas do País. Portanto, por ser eu conhecido como um indivíduo polêmico, defensor dos direitos humanos, por influência de minha Mãe, de Iansã, venho pedir ao Sr. Vereador, em nome das dificuldades que enfrentamos dentro de um terreiro, que não são pequenas, recém integrado na Comissão de Direitos Humanos desta fortíssima Casa, que o Senhor não se esqueça de uma realidade muito forte e tão triste quanto a intolerância religiosa, que é a diversidade sexual. Nós precisamos do respeito, do direito à fé e mais do que nunca à cidadania. Gays e lésbicas precisam do seu espaço.
Muito obrigado. (Palmas)
MESTRE DE CERIMÔNIAS – Para o encerramento desta solenidade, tem a palavra o Sr. Presidente, nobre Vereador Laércio Benko.
O SR. PRESIDENTE (Laércio Benko – PHS) – Foi lindo... Quero agradecer os amigos cubanos que estiveram aqui presentes. (Palmas). Quero reinterar o convite do coquetel, no 1º subsolo. A casa está oferecendo um coquetel a todos os convidados.
Para encerrar, Pai Flávio, quero dizer o seguinte: sou Vice-Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, sou membro da Comissão da Verdade na esfera municipal e Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos – trabalhamos muito nesta Casa –, infelizmente, muitas pessoas usam da demagogia e minha Mãe Maria Baiana nos ensina a agir com o coração e de acordo com o verdadeiro ensino de nosso Pai Oxalá.
E muitos pastores que usam indevidamente o nome de Deus esquecem que o maior ensinamento de Jesus quando esteve na terra foi: amar a Deus sobre todas as coisas, mas principalmente amar ao próximo como a si mesmo. E quando ele disse amar ao próximo como a si mesmo não falou em cor, religião ou opção sexual. Ele fala amar ao próximo qualquer que seja sua cor, opção sexual e credo. Infelizmente algumas pessoas acabam cometendo o grande erro de usar o nome de Deus em vão. E tenho certeza que serão muito cobradas por isso.
Aqui estamos com nossa espiritualidade, nossos guias e orixás nos orientando. Agradeço a minha esposa Valéria e a minha filha Maria Eduarda pela presença. Agradeço a todos vocês e as três Marias que me trouxeram de volta à vida. Peço uma salva de palmas para Maria Baiana, Maria Padilha e Maria Helena. (Palmas)
Está encerrada a sessão.
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