3.1. Dados Gerais
Denominação do Curso: Turismo
Modalidade: Educação Presencial
Ano de Início do Funcionamento: 1994
Prazo de Integralização do Curso: Mínimo 3 anos e Máximo 6 anos.
Regime Letivo: Semestral
Turno: Noturno
Endereço de funcionamento do curso: Av. Professor Nilton Lins, 3259. Parque das Laranjeiras – CEP: 69058-030
Currículo Vigente: 2016
Turnos de Funcionamento: Noturno
Número de vagas: 100 (anual)
3.2. Formas de Acesso
O aluno ingressa no Curso de Turismo por meio do processo seletivo, transferência entre instituições, mediante a realização de uma avaliação de conhecimentos específicos do curso e análise da matriz curricular. Poderá também ingressar no curso o aluno graduado nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Ambientais, Hospedagem mediante avaliação, dependendo da existência de vagas.
CONCEPÇÃO DO CURSO 4.1. Contexto Educacional
A Universidade Nilton Lins integra um complexo educacional instalado em uma área de 1.000.000 m², com aproximadamente 336.087m² de área construída.
O projeto tem como foco principal orientar de forma clara, o corpo de docentes, discentes e a sociedade envolvida com o desafio do turismo no Amazonas, dos fundamentos do Curso de Turismo desta IES e sua participação com responsabilidade social em contribuir para o desenvolvimento sustentável, em nível regional e global, mediante o uso dos recursos naturais pelas gerações, de maneira a influir em gerações futuras.
A região encontra-se em franco desenvolvimento e crescimento, tendo no comércio seu maior potencial econômico em atividade, além de um importante pólo industrial, pólo de produção de gás natural e petróleo, além de mineradoras e atividades agro-florestais. Nos últimos dez anos, o número de profissionais de Turismo na Amazônia aumentou lentamente, tornando-se insuficiente para atender a demanda do mercado. Desta forma compreende-se que a necessidade de formação de recursos humanos com habilidades essenciais para a identificação dos desafios do Turismo capaz de identificar e resolver também problemas ambientais específicos da região amazônica, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico sustentável comprometido com as peculiaridades ambientais da região.
O Ministério do Turismo destaca os setores de atuação do profissional em vários segmentos do turismo como: eventos, lazer e entretenimento, atividades de aventura, hotelaria, agências, transporte, cultura e pesca.
A atividade da Pesca Amadora teve início nos anos 90. O conceito e a prática da pesca amadora sofreram profundas transformações. As sensibilizações da população mundial para questões relativas ao meio ambiente e aos recursos naturais foram postas em discussão. A necessidade de exploração mais racional e sustentável desses recursos ficou evidente.
A pesca amadora, como denominada pelo Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA) – é uma atividade que permite conciliar o ganho econômico, através do Turismo da Pesca, explorando somente alguns recursos pesqueiros típicos de cada região, a exemplo do Amazonas.
A pesca amadora é uma atividade turística alternativa, complementar, capaz de gerar desenvolvimento em áreas remotas, e que pode substituir atividades econômicas que degradam o meio ambiente.
Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo de Pesca é um dos segmentos turísticos que demonstram maior índice de crescimento no mundo. No Amazonas, o segmento apresenta também tendência de crescimento, já que alia a oportunidade de convívio com a natureza ao fato de que a pesca é uma das atividades prediletas dos brasileiros, a exemplo do Município de Barcelos no Estado que é considerado pelo Mtur destino referência do Turismo de Pesca no Brasil.
Pesca Amadora é aquela praticada com equipamentos ou petrechos previstos em legislação especifica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto.
Estas foram as razões da inserção da disciplina no currículo do Curso de Turismo da Universidade Nilton Lins, sendo o único curso de graduação em Turismo no Brasil que oferece a disciplina de Gestão de Pesca Amadora.
Para tanto, o MTur assumiu o desafio de estruturar esse segmento turístico, a partir da definição inicial do conceito de Turismo de Pesca como “as atividades turísticas decorrentes da prática da pesca amadora”.
A Universidade Nilton Lins busca não apenas desenvolver o seu projeto institucional e pedagógico, mas também cumprir seus objetivos sociais, visando o desenvolvimento regional. Neste sentido, a região Amazônica apresenta, indiscutivelmente, características típicas no que tange às suas características ambientais e sociais, com uma demanda por profissionais para atuarem nas áreas de projetos turísticos, avaliação de impactos nos espaços sociais, gerenciamento de atividades de lazer e entretenimento. Esta instituição entende que é necessário formar recursos humanos com habilidades essenciais para a identificação dos desafios do Turismo capazes de identificar e resolver também problemas ambientais específicos.
A IES tem conquistado ao longo de sua trajetória o conceito de instituição que oferece um ensino de qualidade e possibilita produção intelectual, demonstrando sua importância e dimensão na sociedade onde está inserida.
O Projeto Político Pedagógico do Curso de Turismo é resultado de um processo dinâmico, construído coletivamente no âmbito desta IES, que está embasado nas considerações que se seguem neste documento.
A valorização estratégica da Amazônia justifica-se não apenas pela exuberância de seus rios e florestas, mas, sobretudo, pelas potencialidades ambientais e socioeconômicas que podem ser traduzidas por inúmeros fatores:
-
Pela existência de um imenso capital natural, traduzido pela biodiversidade;
-
Pela posição estratégica, tanto do ponto de vista logístico, quanto do ponto de vista econômico;
-
Pela potencial utilização alternativa dos recursos naturais;
-
Pela preservação e conservação ambiental da floresta amazônica
-
Por deter 80% da água doce disponível no território brasileiro, frente a gradativa escassez de água potável no planeta;
-
Pela criação de um modelo de desenvolvimento regional, mediante a implantação do Pólo Industrial de Manaus e preservação ambiental.
O curso de Turismo está contribuindo com o processo de inclusão social, uma vez que a sociedade está vivendo uma nova realidade, pois a Zona Franca de Manaus (ZFM), até então grande fonte de empregos diretos e indiretos, foi prorrogada em seus benefícios tributários por mais 50 anos (até 2073), conforme Emenda Constitucional 83. Portanto, a cidade de Manaus continuará contribuindo enormemente para o desenvolvimento da Amazônia e para redução das desigualdades regionais que persistem no país.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é um modelo de desenvolvimento econômico implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras.
Esta é a mais bem sucedida estratégia de desenvolvimento regional. O modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá) ao desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida à população.
O mercado turístico, composto de um complexo de atividades econômicas competitivas, é um dos setores mais importantes da atualidade, contribuindo para um grande percentual do PIB mundial. O turismo, num mercado globalizado, com elementos humanos nele empregados atingindo universalmente mais de duzentos milhões de pessoas, passa a exigir, cada vez mais, qualificação crescente de recursos humanos.
Foi dentro desse contexto que a Escola Superior da Amazônia implantou, em 1994, o curso de Turismo, na cidade de Manaus, a partir dos mínimos de conteúdo e duração fixados pelo Conselho Federal de Educação, pela Resolução de 28 de janeiro de 1971.
Ao longo do curso, estudos foram realizados, pela Escola Superior da Amazônia e por outras IES, visando à atualização do currículo mínimo do curso, com mais de vinte anos de vigência. Mas, recentemente, a Associação Brasileira de Dirigentes de Escolas de Turismo e de Hotelaria e a Associação Brasileira de Bacharéis de Turismo, disponibilizaram, via Internet, estudo amplo a respeito dos cursos de Turismo, atualmente ministrados, pelas IES nacionais, e da evolução das ações profissionais dos bacharéis de turismo.
Tendo em vista os estudos da Universidade Nilton Lins, de IES congêneres e, principalmente, da Amazonastur, ManausCult e da ABBTUR, promoveu-se uma reformulação curricular, com ampla atualização dos conteúdos programáticos do curso de Turismo. O objetivo foi proporcionar a formação de um profissional gestor, versátil e empreendedor, desenvolvendo, ainda, a comunicabilidade, dinamismo, criatividade, liderança, responsabilidade e conhecimento de estruturas organizacionais de empresas do Turismo.
A Lei de Reforma Universitária 5.540/68 estabelece em seu artigo 9º, a fixação dos currículos mínimos dos cursos de graduação, válidos para todo o país, concebidos para facilitar as transferências entre instituições, fornecer diploma profissional, assegurando o exercício das prerrogativas e direitos da profissão, assegurar uniformidade mínima profissionalizante a todos quantos colassem grau profissional, permitir a duração dos cursos de forma determinada, a fixação de tempo útil mínimo, médio ou máximo, desde que esses tempos não significassem redução de qualidade face à redução ou prorrogação da duração do curso, ainda que com o mesmo número de créditos e assegura aos alunos, uma vez graduado igualdade de oportunidades.
Nesse sentido, no ano de 2002 o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Turismo, desenvolveu a matriz curricular cujo perfil desejado ensejava a formação do Turismólogo, sustentado sob uma sólida consciência social e econômica nacional e regional, de forma a poder enfrentar as situações emergências empresariais, proveniente de transformações políticas e econômicas na região.
No ano de 2004, o Colegiado do Curso de Turismo se reuniu para apreciar uma nova etapa na formação de Turismólogos para a cidade de Manaus, apresentando no âmbito do novo projeto adaptações e adequações as novas exigências profissionais nacionais e regionais.
Sistematicamente, o NDE estuda o PPP tendo em vista adequar o curso ao perfil do egresso, enfatizando ainda mais o caráter plural do Turismo e permitindo uma imediata inserção no mercado de trabalho.
Em 2014 houve a retomada da vitalidade do curso no contexto econômico da região. Nestes 2016 não somente o PPP, mas também a matriz tiveram ajustes coerentes com a nova realidade que o curso requer.
Dostları ilə paylaş: |