Fronteiras da Globalização 3



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LEGENDA: Extração mineral de ouro no município de Pontes e Lacerda (MT), em 2014.

FONTE: Mario Friedlander/Pulsar Imagens

Impactos ambientais nos biomas costeiros

Com mais de 7 mil quilômetros de extensão, o litoral brasileiro possui biomas com ecossistemas bastante variados. Como foi a primeira região a ser ocupada, a zona costeira é muito populosa e urbanizada e, por isso, apresenta-se hoje bastante devastada.

As restingas e os manguezais são os ecossistemas litorâneos de alta produtividade biológica que estão entre os mais degradados de nosso país. Em vários pontos do litoral brasileiro, os manguezais estão sofrendo intenso processo de degradação.

Diversas ações humanas afetam os biomas costeiros, como:

- poluição de suas águas, solos e ações relacionadas à expansão urbana desordenada;

- derramamento de petróleo das refinarias, nos terminais de embarque e desembarque e nos polos petroquímicos;

- grande concentração de capitais pelo litoral, somada ao lançamento de esgoto e à movimentação de seus importantes portos.

A pesca predatória, a ocupação irregular do solo, a poluição causada por polos industriais são fatores que também agravam os impactos ambientais nesses ecossistemas. Entre muitas, algumas das propostas da Rio+20 visam expandir as áreas marinhas protegidas e também reduzir a poluição dos oceanos.

Impactos ambientais nas vegetações de transição

As áreas de transição existentes entre os biomas também sofreram o impacto da ocupação humana.

A Mata dos Cocais é muito aproveitada pela população local para o extrativismo vegetal, principal fonte de renda dessa população. Na maioria das vezes, essa atividade procura preservar a vegetação, entretanto, uma parte da Mata dos Cocais já foi destruída para dar lugar a pastagens, plantações e projetos de mineração.

As florestas secas, que fazem a transição da Amazônia para o Cerrado e deste para a Caatinga, encontram-se devastadas pelo desmatamento e pelas queimadas.

LEGENDA: Poluição nas águas da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), em 2016.

FONTE: Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

90

Refletindo sobre o conteúdo

Ícone: Atividade interdisciplinar.



1. Analise as tabelas, reveja o mapa de biomas na página 81 e faça o que se pede.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Pampas: diversidade vegetal e animal

Plantas e animais

nº de espécies

% do total mundial

Plantas

aprox. 3.000

1,07

Mamíferos

102

2,03

Aves

476

4,80

Peixes

50

0,18

Tabela: equivalente textual a seguir.

Pantanal: diversidade vegetal e animal

Plantas e animais

nº de espécies

% do total mundial

Plantas

3.500

1,25

Mamíferos

124

2,47

Aves

423

4,27

Peixes

325

1,14

Répteis

177

2,17

Anfíbios

41

0,74

FONTE: LEITE, Marcelo. Brasil: paisagens naturais. São Paulo: Ática, 2007. p. 92, 108.

a) Localize geograficamente os dois biomas que aparecem nas tabelas.

b) Qual deles apresenta maior biodiversidade? Justifique sua resposta.

2. Atividade interdisciplinar: Geografia, História e Biologia. Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

O maior significado da pecuária no Brasil Colônia foi representado pelo alargamento das fronteiras do território pelos portugueses. Esse processo resultou no genocídio de inúmeras tribos indígenas, garantindo a transformação de áreas florestais ou de cultivo de tribos indígenas em grandes pastos para o gado circular livremente. A utilização dos grandes rios sertanejos do Nordeste e a ocupação dos pampas gaúchos foram consequências diretas da expansão dos rebanhos.

[...]


AQUINO, Rubim Santos Leão de (Org.). Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 193. (Adaptado.)

a) Que tipo de relação pode ser estabelecida entre o texto e o capítulo estudado?

b) Sob orientação do professor, reúna-se em grupo e discuta com seus colegas sobre a seguinte afirmação.

Culturas Indígenas - Adquirido ao longo de séculos, seu conhecimento é de importância vital para o manejo sustentado das florestas.

Empresa brasileira de pesquisa agropecuária (Embrapa). Atlas do meio ambiente do Brasil, 1996. p. 127. (Adaptado.)



3. Analise a tabela a seguir e responda às questões.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Evolução do desmatamento na Amazônia Legal (km²/ano)

Estados

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Acre

728

592

398

184

254

167

259

280

305

221

312

Amazonas

1.232

775

788

610

604

405

595

502

523

583

464

Amapá

46

33

30

39

100

70

53

66

27

23

-

Maranhão

755

922

674

631

1.271

828

712

396

269

403

246

Mato Grosso

11.814

7.145

4.333

2.678

3.258

1.049

871

1.120

757

1.139

1.048

Pará

8.870

5.899

5.659

5.526

5.607

4.281

3.770

3.008

1.741

2.346

1.829

Rondônia

3.858

3.244

2.049

1.611

1.136

482

435

865

773

932

668

Roraima

311

133

231

309

574

121

256

141

124

170

233

Tocantins

158

271

124

63

107

61

49

40

52

74

48

Amazônia Legal

27.772

19.014

14.286

11.651

12.911

7.464

7.000

6.418

4.571

5.891

4.848

FONTE: FULGÊNCIO, C. G1, Acre, 19 jul. 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2015/07/ac-tem-maior-taxa-de-desmate-da-amazonia-legal-em-2-anos-diz-sema.html. Acesso em: 6 abr. 2016.

a) Os estados mencionados acima pertencem a quais regiões brasileiras?

b) Qual foi o estado que menos desmatou em 2014? E o que mais aumentou o desmatamento no período entre 2013 e 2014? Identifique suas respectivas regiões.

c) Aponte duas consequências provocadas pelo desmatamento.



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Concluindo a Unidade 2

Leia o texto, reflita e depois responda às questões propostas.

'Rio está mudando seu curso', alerta especialista sobre assoreamento

Waldemir Santos fala sobre fenômeno que pode deixar rio Acre mais raso. Especialista fala sobre dinâmica do rio e as enchentes no interior



"A tendência é assorear, porque o rio está mudando seu curso". Essa previsão é do professor e coordenador do curso de Geografia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Waldemir Santos. Segundo o professor, o assoreamento, fenômeno conhecido como o soterramento do leito do rio, ocorre devido à quantidade de sedimentos deixados no afluente depois de uma enchente. Em 2015, os acreanos viveram a maior enchente já registrada na história do estado. O nível do rio chegou a 18,40 metros e desabrigou mais de 10 mil pessoas só em Rio Branco.

[...] O professor explicou como ocorre o fenômeno que pode deixar o rio Acre mais raso e, consequentemente, causar mais enchentes com o passar dos anos. Destacou ainda sobre a mudança no percurso do manancial, soluções para evitar que as águas do rio desabriguem mais pessoas no estado.



O professor conta que o rio está mudando seu percurso e voltando ao seu curso anterior, que seriam as áreas que antes não alagavam e agora sofrem com as inundações. Entre os motivos para essa mudança, de acordo com Santos, seria o desmatamento, que inclui o uso impróprio da terra e a ocupação irregular nas planícies de alagação.

"O rio Acre está em uma região cuja constituição ecológica de rocha é sedimento, que é muito fácil de ser erodido. Como está chovendo a mesma quantidade que chovia antes, e temos inundações extremas, podemos acreditar que o assoreamento está fazendo com que a água que chega até a calha se estenda. Isso faz com que as áreas mais distantes, que antes não inundavam, sejam atingidas", revela.

Segundo o professor, o assoreamento ocorre quando há uma grande quantidade de sedimentos, como areia, argila e silte, acumulados no fundo do rio. Ele explica que esses sedimentos são das margens do rio, que caem dentro do afluente no período de chuva e pós-chuva. Santos diz que esses desbarrancamentos ocorrem porque na Região Amazônica, local onde o Acre está localizado, as chuvas ocorrem com mais frequência.

"Esse soterramento ocorre gradativamente em função da erosão das margens, na medida em que vai erodindo as paredes a cada enchente. Tudo cai dentro do rio e vai se acumulando, fazendo com que aconteça o soterramento do fundo e o rio sofra um assoreamento", conta.

Para Santos, o fenômeno pode causar problemas no lençol freático do manancial. Ele explica que o rio é abastecido pelos lençóis freáticos e pelas chuvas que caem na região. "Há uma contribuição da água subterrânea, que é a água que está no fundo do rio e não deixa com que ele seque anualmente. Então, como nós temos essa contribuição do lençol freático, o assoreamento faz com que essa contribuição deixe de existir, o que poderá, no futuro, surgir alguns trechos que irão, de certa forma, apartar o rio", revela.

NASCIMENTO, Aline. G1, 20 abr. 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2015/04/rio-esta-mudando-seu-curso-alerta-especialista-sobre-assoreamento.html. Acesso em: 31 mar. 2016. (Adaptado.)



1. Qual é o problema detectado pelo professor de Geografia da Universidade Federal do Acre?

2. A origem desse problema foi provocada pelo ser humano ou pela natureza? Justifique sua resposta.

3. Relacione a questão 3 do Refletindo sobre o conteúdo, da página 90, com essa reportagem.

Testes e questões

Ícone: Não escreva no livro.

Enem

1. A convecção na Região Amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.

FISCH, G.; MARENGO, J. A., NOBRE, C. A. Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia. Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1998. (Adaptado.)

O mecanismo climático regional descrito está associado à característica do espaço físico de

a) resfriamento da umidade da superfície.

b) variação da amplitude de temperatura.

c) dispersão dos ventos contra-alísios.

d) existência de barreiras de relevo.

e) convergência de fluxos de ar.



92

2. Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas. Ao passo que a outra o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças, e desdobra-se-lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado; árvore sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante.

CUNHA. E. Os sertões. Disponível em: http://pt.scribd.com. Acesso em: 2 jun. 2012.

Os elementos da paisagem descritos no texto correspondem a aspectos biogeográficos presentes na:

a) composição de vegetação xerófila.

b) formação de florestas latifoliadas.

c) transição para mata de grande porte.

d) adaptação à elevada salinidade.

e) homogeneização da cobertura perenifólia.



3. As áreas do planalto do cerrado - como a chapada dos Guimarães, a serra de Tapirapuã e a serra dos Parecis, no Mato Grosso, com altitudes que variam de 400 m a 800 m - são importantes para a planície pantaneira mato-grossense (com altitude média inferior a 200 m), no que se refere à manutenção do nível de água, sobretudo durante a estiagem. Nas cheias, a inundação ocorre em função da alta pluviosidade nas cabeceiras dos rios, do afloramento de lençóis freáticos e da baixa declividade do relevo, entre outros fatores. Durante a estiagem, a grande biodiversidade é assegurada pelas águas da calha dos principais rios, cujo volume tem diminuído, principalmente nas cabeceiras.

Cabeceiras ameaçadas. Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC. Vol. 42, jun. 2008, adaptado.

A medida mais eficaz a ser tomada, visando à conservação da planície pantaneira e à preservação de sua grande biodiversidade, é a conscientização da sociedade e a organização de movimentos sociais que exijam:

a) a criação de parques ecológicos na área do pantanal mato-grossense.

b) a proibição da pesca e da caça, que tanto ameaçam a biodiversidade.

c) o aumento das pastagens na área da planície, para que a cobertura vegetal, composta de gramíneas, evite a erosão do solo.

d) o controle do desmatamento e da erosão principalmente nas nascentes dos rios responsáveis pelo nível das águas durante o período de cheias.

e) a construção de barragens, para que o nível das águas dos rios seja mantido, sobretudo na estiagem, sem prejudicar os ecossistemas.



4. As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a São Francisco.

ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.

As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraí ram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de mineração e destacam-se pela sua história geológica por

a) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês).

b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro.

c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país.

d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos.

e) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura.

Testes de vestibular

Ícone: Não escreva no livro.



1. (Udesc-SC) Para classificar o relevo, deve-se considerar a atuação conjunta de todos os fatores analisados - a influência interna, representada pelo tectonismo, e a atuação do clima, nos diferentes tipos de rocha.

Sobre o relevo brasileiro, é correto afirmar:

a) Pelos novos estudos que classificam o relevo brasileiro, é fácil perceber que as planícies dominam o território nacional; por isso há tantas áreas disponíveis para a agricultura.

b) As chapadas são formas de relevo moldadas em rochas metamórficas, do que resulta a feição tabular, com a superfície mais ou menos plana e encostas abruptas. São muito encontradas na região Sul e Sudeste do Brasil.

c) Não ocorrem no país dobramentos modernos. Essa característica contribui para que o relevo seja bastante desgastado e rebaixado pelo intemperismo e pela erosão, fato evidenciado pelas modestas altitudes encontradas no país.

d) As planícies brasileiras terminam, na sua grande maioria, em frentes de cuestas - nome que se dá às áreas planas das praias.

e) Segundo o geógrafo Jurandyr Ross, não existem áreas de depressão no Brasil, pois nenhuma forma de relevo é mais baixa que a linha do oceano.

93

2. (Fuvest-SP)

FONTE: www.ibge.gov.br. Adaptado. Moderno Atlas Geográfico, 2012. Adaptado. CRÉDITOS: Reprodução/Fuvest, 2014.

Correlacione as formações vegetais retratadas nas fotos às áreas de ocorrência indicadas nos mapas abaixo.

a)

b)



c)

d)

e)



FONTE DAS ILUSTRAÇÕES: Reprodução/Fuvest, 2014.

3 (Osec-SP) A "friagem" consiste na queda brusca da temperatura, na região amazônica. Sobre ela pode-se afirmar que:

I. O relevo baixo, de planície, facilita a incursão de massas de ar frio que atingem a Amazônia.

II. A massa de ar responsável pela ocorrência de friagem é a Tropical Atlântica.

III. A friagem ocorre no inverno.

De acordo com as afirmativas, assinale:

a) se apenas I estiver correta;

b) se I e II estiverem corretas;

c) se II e III estiverem corretas;

d) se I e III estiverem corretas;

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.



4. (Fuvest-SP) Considerando os mapas, assinale a alternativa correta.

FONTE: Adap. Simielli, 2000.

FONTE: Adap. Simielli, 2000.

O potencial hidrelétrico brasileiro

a) está esgotado na bacia do Paraná, localizada numa área de média densidade demográfica.

b) está esgotado na bacia do São Francisco, localizada numa área de baixa densidade demográfica.

c) é pouco explorado na bacia Leste, localizada numa área de baixa densidade demográfica.

d) está esgotado na bacia do Uruguai, localizada numa área de alta densidade demográfica.

e) é pouco explorado na bacia do Tocantins, localizada numa área de baixa densidade demográfica.

94

5 (UFPA) Define-se "LAGOS DE VÁRZEA" como sendo aqueles oriundos da acumulação de aluviões fluviais. Deduz-se que tais formações devem ser encontradas:

a) de modo abundante no país.

b) no Rio Grande do Sul (como as Lagoas dos Patos e Mirim).

c) na Amazônia.

d) no baixo Paraná.

e) no alto São Francisco.



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