Fronteiras da Globalização 3



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FONTE: RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 242. (Edição de bolso.)

No Brasil, uma grande parte dos imigrantes dirigiu-se para as grandes fazendas de café. Um número menor de imigrantes se estabeleceu como pequeno proprietário nos núcleos coloniais nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo [...]

FAUSTO, Boris. História geral da civilização brasileira. Tomo III: O Brasil republicano. Sociedade e Instituições (1889-1930). 6ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. p. 105. v. 9. (Adaptado.)

a) A que conclusão podemos chegar ao relacionar o texto e a tabela?

b) Escolha uma das nacionalidades da tabela e pesquise em livros de História e na internet os motivos da migração, principais destinos, ocupações e interferências na cultura brasileira.



3. Leia o trecho a seguir e responda à questão proposta.

Um país pleno de oportunidades, receptivo a todos que vinham "fazer a América", era a imagem que a maioria dos imigrantes tinha do Brasil.

SOUZA, Ismara Izeque. Espanhóis: História e engajamento. São Paulo: Nacional, 2006. p. 5. (Adaptado.)

- O que você compreende por "fazer a América"?

4. Atividade interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa. Leia a notícia publicada em junho de 2015.

Crise econômica provoca êxodo de brasileiros para o exterior

[...] a cada dia, mais brasileiros estão tentando fixar residência ou abrir negócios nos Estados Unidos, em especial em Miami (Flórida), ou em Portugal, na Europa. De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, quase 3 milhões de brasileiros vivem no exterior. Desses, um terço moram nos Estados Unidos.

O certo é que os brasileiros já representam 13% dos compradores internacionais do estado da Flórida. O êxodo se dá principalmente pelo medo de instabilidade política e econômica no Brasil e pela segurança, qualidade de vida e educação que o país norte-americano oferece.

Opções não faltam. Diferentemente dos anos 1980 e 1990, quando os brazucas iam para fora atrás de subempregos, atualmente os imigrantes são altamente instruídos e com poder aquisitivo para alavancar negócios de importação, exportação, restaurantes e até bancos, como Itaú, BTG Pactual e XP Investimentos, estão seguindo sua clientela em Miami.

"É preocupante. Estamos perdendo mão de obra qualificada e transferindo divisas para o exterior. É um cenário negativo da relação trabalhista atual", avalia Heitor Soares Jr., da Fusibras e conselheiro do Ciesp Leste. "Não deixa de ser uma saída para o empresário brasileiro: formar uma joint-venture e buscar estabilidade, mas o governo precisa se preocupar com as empresas nacionais para que o capital continue no Brasil."

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (Ciesp), 1º jul. 2015. Disponível em: www.ciespleste.com.br/noticias/crise-economica-provoca-exodo-de-brasileiros-para-o-exterior/. Acesso em: 23 mar. 2016.

a) Quem são os brazucas?

b) Por que essa notícia indica outro contexto daquele demonstrado pela chegada de novos imigrantes a São Paulo?



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capítulo 11. O processo de urbanização no Brasil

LEGENDA: Um país é considerado urbanizado quando tem mais habitantes nas cidades do que nas zonas rurais. Na foto de 2015, São Paulo (SP), a maior cidade brasileira.

FONTE: LucVi/Shutterstock



Urbanização acelerada

O processo de urbanização do Brasil consolidou-se na década de 1970 e desenvolveu-se de forma acelerada até a primeira década do século XXI, como podemos observar no gráfico da página seguinte.

Esse processo de urbanização foi consequência da consolidação da industrialização nacional, nas décadas de 1950 e 1960. O grande fluxo de habitantes para as cidades foi decorrente do intenso êxodo rural que ocorreu, principalmente, depois da década de 1970.

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FONTE: Adaptado de: IBGE. Censos Demográficos de 1940 a 2014. Síntese dos indicadores sociais 2015. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2015/default.shtm. Acesso em: 9 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

As maiores mudanças aconteceram na região Sudeste, onde o processo de industrialização foi mais intenso. Posteriormente, com a dispersão das indústrias pelo território nacional, a população urbana também aumentou nas demais regiões.

Na tabela a seguir, pode-se comparar a taxa de urbanização entre as regiões brasileiras.

Tabela: equivalente textual a seguir.

Brasil: taxa de urbanização, por região

Regiões

Taxa de urbanização (em %)

Norte

75,9

Nordeste

73,7

Sudeste

93,2

Sul

85,7

Centro-Oeste

90,3

FONTE: IBGE. Síntese dos indicadores sociais 2015. Disponível em: www.ibge. gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2015/default.shtm. Acesso em: 9 abr. 2016.

O que é cidade no Brasil

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera cidade todo aglomerado com mais de 20 mil habitantes. Porém, em alguns países, esse número é menor, como na França (2 mil hab.) e na Espanha (10 mil hab.).

No Brasil, toda sede de município é classificada como cidade, independentemente da população e dos serviços ou recursos que oferece a seus habitantes. Esse critério permite que sejam consideradas cidades as sedes de municípios com menos de mil habitantes e que não contam com hospital ou banco, por exemplo.

Em Geografia, definimos cidade como um aglomerado com certo número de habitantes que exercem atividades não rurais, isto é, atividades ligadas à indústria, ao comércio e aos serviços.

LEGENDA: Borá, localizada no estado de São Paulo, é o menor município do estado e o segundo menor do Brasil, com 836 habitantes em 2015, segundo o IBGE. Foto de 2012.

FONTE: Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens

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Rede e hierarquia urbana

A rede urbana de uma região envolve as relações entre o campo e a cidade, e também as relações entre os diferentes tipos de cidade. A existência de uma rede de transportes e de comunicação é fundamental para a integração e o desenvolvimento de uma rede urbana.

Na rede urbana brasileira existem diferentes tipos de cidade, considerando o número de habitantes, a quantidade e a qualidade de serviços oferecidos à população local e à população das áreas vizinhas. Isso torna umas mais importantes do que outras, formando uma hierarquia urbana.

Em escala local ou regional, a área polarizada por uma cidade é sua área de influência, que pode ser maior ou menor conforme seu poder de atração. De modo geral, uma cidade exerce influência sobre outras cidades menores e suas áreas rurais. Em 2007, o IBGE definiu uma nova dinâmica da rede urbana brasileira. Nela, encontramos doze grandes redes que abrangem municípios de estados diferentes. A classificação foi feita levando em consideração a presença de órgãos do executivo, do judiciário, de grandes empresas e a oferta de ensino superior, serviços de saúde e domínios de internet.

Veja, no mapa abaixo, como está organizada a hierarquia dos centros urbanos brasileiros.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Regiões de influência das cidades 2007. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/regic.shtm. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora

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Tabela: equivalente textual a seguir.

FONTE: IBGE. Regiões de influência das cidades 2007. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/regic.shtm. Acesso em: 7 abr. 2016.

Os centros urbanos brasileiros foram classificados em cinco níveis, que por sua vez foram subdivididos em dois ou três subníveis, como exposto na tabela acima.

No topo da hierarquia urbana, doze metrópoles comandam as redes urbanas. São Paulo, Grande Metrópole Nacional, tem projeção em todo o país, e sua rede de influência abrange o estado de São Paulo, parte do Triângulo Mineiro e do sul de Minas, estendendo-se para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

LEGENDA: Vista aérea da avenida Paulista, em São Paulo (SP). Foto de 2014.

FONTE: Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens

Sítio urbano, origem e função das cidades

O local onde uma cidade é construída é denominado sítio urbano, que pode ser uma planície, um planalto, um vale, uma área litorânea, entre outros. As cidades, assim como os seres vivos, nascem, crescem, envelhecem, entram em decadência após um período de prosperidade, e podem, por fim, morrer, se forem arrasadas por uma guerra, por fenômenos naturais, como terremotos, erupções vulcânicas, inundações, etc.

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Se o aglomerado urbano surgir naturalmente de pequenos núcleos de povoamento, vai dar origem a uma cidade espontânea. É o caso da maioria das cidades do Brasil e do mundo, como São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York e Paris. O núcleo que dá origem à cidade é denominado embrião da cidade. Diversas cidades brasileiras tiveram como embriões aldeamentos indígenas, missões católicas, pousos de tropeiros ou de viajantes, fortes, fortalezas, antigas fazendas e estações ferroviárias.

Algumas vezes, porém, as cidades são planejadas, isto é, são construídas deliberadamente, seguindo projetos previamente concebidos. No Brasil, o exemplo mais conhecido é Brasília, embora Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Teresina (PI), Aracaju (SE) e Palmas (TO) também sejam cidades planejadas.

Atualmente, nas cidades costumam se desenvolver várias atividades (comércio, bancos, escolas, mercado financeiro, etc.), mas algumas são conhecidas por uma característica principal: a função urbana.

No Brasil, encontramos, por exemplo:

- cidades religiosas - Aparecida (SP), Trindade (GO) e Juazeiro do Norte (CE).

- cidades industriais - Volta Redonda (RJ), São Bernardo do Campo (SP) e Manaus (AM).

- cidades administrativas - Brasília (DF).

- cidades militares - Resende (RJ).

- cidades históricas - Alcântara (MA), São Miguel das Missões (RS) e São João del-Rei (MG).

- cidades turísticas - Porto Seguro (BA), Rio de Janeiro e Paraty (RJ), Bonito (MS), Florianópolis (SC) e Foz do Iguaçu (PR), e outras cidades praianas, as estâncias de montanha, de águas minerais, etc.

Existem também as cidades tecnológicas ou tecnopolos, que são características da era da informação e do conhecimento. O conceito surgiu no Japão, quando o governo instalou vinte cidades científicas. O primeiro tecnopolo ligado a uma universidade privada foi o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos.

Os tecnopolos estão relacionados à Terceira Revolução Industrial, à pesquisa e à tecnologia de ponta. Reúnem em um só lugar centros de desenvolvimento e de pesquisa, empresas e universidades. No Brasil, a pioneira é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em torno da qual se desenvolveu o tecnopolo de Campinas.

LEGENDA: Palmas, capital do estado do Tocantins, é a mais recente cidade planejada brasileira. Na imagem, vista aérea da cidade de Palmas, em construção, em 1996. O planejamento urbano é um processo que visa melhorar importantes aspectos nas cidades, como a qualidade de vida. Para seu desenvolvimento são analisadas questões como localidade, investimento, crescimento demográfico e industrial, etc.

FONTE: Delfim Martins/Pulsar Imagens

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Destacam-se, ainda, São José dos Campos (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e São Carlos (Universidade Federal de São Carlos), todos no estado de São Paulo. Nessas cidades, o principal destaque é o capital intelectual, ou seja, o conhecimento.

LEGENDA: Vista aérea do campus da Universidade de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP). Foto de 2014.

FONTE: João Prudente/Pulsar Imagens

Processo de conurbação

O crescimento das cidades brasileiras deu origem a um processo de conurbação, que consiste na unificação de áreas de municípios limítrofes.

Glossário:

Conurbação: fenômeno urbano que ocorre quando duas ou mais cidades, ao se desenvolverem, acabam unindo suas malhas urbanas.

Fim do glossário.

A formação dessas conurbações tornaram necessárias medidas legais que facilitassem a sua administração. A Constituição de 1988 prevê a criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões para fins administrativos.

Definidas por lei, as aglomerações urbanas são conurbações menores do que as regiões metropolitanas. Como exemplos podemos citar as aglomerações urbanas de Jundiaí e Piracicaba, no estado de São Paulo, e a do Sul, no estado do Rio Grande do Sul.

As microrregiões reúnem municípios vizinhos limítrofes e são utilizadas para a administração e para fins estatísticos.

Regiões Metropolitanas

No Brasil, o conceito de Região Metropolitana foi estabelecido pela Lei n. 14, de 1973, e foi definida como: um "conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos de infraestrutura comum".

Com base na Constituição de 1988, a criação de Regiões Metropolitanas é atribuição dos estados. Surgiu também o conceito de Região Integrada de Desenvolvimento (Ride), que reúne municípios de diferentes estados, como a do Distrito Federal, que possui cidades de Minas Gerais e Goiás.

Segundo o IBGE, há no Brasil 65 Regiões Metropolitanas e três Ride. Veja na tabela as maiores.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Brasil: maiores Regiões Metropolitanas - 2015

Região Metropolitana

População

1. São Paulo

21.090.792

2. Rio de Janeiro

12.280.702

3. Belo Horizonte

5.829.923

4. Porto alegre

4.258.926

5. Ride DF e entorno

4.201.737

6. Fortaleza

3.985.297

7. Salvador

3.953.290

8. Recife

3.914.317

9. Curitiba

3.502.804

10. Campinas

3.094.189

11. Manaus

2.523.899

12. Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo

2.453.387

13. Goiânia

2.421.833

14. Belém

2.402.428

15. Grande Vitória

1.910.104

16. Sorocaba

1. 888.073

17. Baixada Santista

1.797.131

18. São Luís

1.538.131

19. Natal

1.504.819

FONTE: IBGE. Estimativa de população 2015. Disponível em: http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2972. Acesso em: 8 abr. 2016.

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O Complexo Metropolitano Brasileiro

Segundo o IBGE, o Brasil é um exemplo de país emergente a apresentar uma aglomeração urbana que é resultado de conurbação das duas maiores metrópoles, isto é, o Complexo Metropolitano do Sudeste, conhecido como eixo Rio de Janeiro-São Paulo.

Esse complexo apresenta características que indicam tratar-se da primeira megalópole brasileira. Abriga mais de 40 milhões de habitantes (aproximadamente 20% da população brasileira) concentrados entre as áreas metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, ligadas pela mais movimentada rodovia do país: a rodovia Presidente Dutra (trecho da BR-116). Além disso, em seu eixo - o Vale do Paraíba - está localizado um dos principais tecnopolos brasileiros: a cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo.

A abrangência do Complexo Metropolitano do Sudeste ultrapassa os limites do Vale do Paraíba. Incorpora também a área metropolitana da Baixada Santista, onde está o porto de Santos, o mais movimentado do país, ligado à capital pelas rodovias Anchieta e Imigrantes.

LEGENDA: Área que abrange o Complexo Metropolitano do Sudeste vista em imagens obtidas por satélite, em 2016.

FONTE: © Landsat/2016, Engesat

FONTE: Adaptado de: IBGE. Atlas geográfico escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro, 2012. p. 143, 146. CRÉDITOS: Allmaps/Arquivo da editora



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Boxe complementar:



Ampliando o conhecimento

Em um ano, população brasileira cresce 1,7 milhão

IBGE aponta 204,4 milhões de moradores no país. São Paulo é a maior cidade brasileira, e Serra da Saudade, em Minas Gerais, a menor.

LEGENDA: Localizada no Centro-Oeste mineiro, Serra da Saudade perdeu quatro habitantes entre 2014 e 2015, quando foram estimados 818 habitantes. É considerado o menor município do Brasil. Foto de 2011.



FONTE: Marcos Michelin/EM/D.A Press

O Brasil atingiu em 1º de julho deste ano [2015] uma população de 204.450.649 pessoas. O número foi divulgado [...] no Diário Oficial da União e faz parte de estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, houve um crescimento populacional de 0,83% ou 1,7 milhão de morado res no país, em relação aos dados divulgados no ano passado [2014], quando a estimativa era de 202.768.562 habitantes. A cidade mais populosa continua a ser São Paulo (11 967 829), e está em Minas Gerais o menor município brasileiro: Serra da Saudade, no Campo das Vertentes, com 818 moradores, quatro a menos em relação à estimativa de 2014.

Em relação aos estados, os mais populosos estão na região Sudeste e os menos na Norte. São Paulo se mantém na liderança com 44,4 milhões de habitantes - 21,7% da população total no Brasil. Minas Gerais é o segundo, com 20,8 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro, com 16,5 milhões. Roraima é o estado menos populoso, com 505,7 mil habitantes - 0,2% da população total -, seguido do Amapá, com 766,7 mil habitantes (0,4%) e do Acre, com 803,5 mil habitantes (0,4%).

Segundo o ranking do IBGE, 17 municípios brasileiros têm mais de um milhão de habitantes, com 44,9 milhões de pessoas ou 22% da população total do Brasil. Além de São Paulo, também encabeçam a lista o Rio de Janeiro (6.476 631), Salvador (2.921.090) e Brasília (2.914.830). Belo Horizonte está na quinta colocação, com 2.591.191 moradores. Se excluir as capitais, segundo o IBGE, os três municípios mais populosos são Guarulhos (SP), com 1,3 milhão, Campinas (SP), com 1,1 milhão, e São Gonçalo (RJ), com pouco mais de 1 milhão. As cidades menos populosas têm menos de mil habitantes: Serra da Sauda de (MG), com 818, Borá (SP), 836, e Araguainha (MT), com 976, segundo dados do instituto.

Crescimento negativo - Os 41 municípios com mais de 500 mil habitantes concentram 29,9% da população do Brasil (61,2 milhões de habitantes) e mais da metade da população brasileira (56,0% ou 114,6 milhões de pessoas) vive em apenas 5,5% dos municípios (304), que são aqueles com mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, apenas 6,3% da população (1,4 milhão) reside em 2.451 municípios brasileiros (44%) com até 10.000 habitantes.

Entre os 5.570 municípios, 24,5% (1.364) apresentaram taxas de crescimento negativas, ou seja, redução do número de moradores nos últimos 12 meses. A maior parte deles refere-se a municípios com até 20 mil habitantes. Mais da metade das cidades (52,6% ou 2.930) apresentou crescimento que variou entre 0,0% e 0,9% e 271 municípios (4,9%) apresentaram crescimento igual ou superior a 2%. Apenas 65 cidades apresentaram crescimento superior a 3,0%. As estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos intercensitários e são, também, um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na distribuição do Fundo de Participação de Estados (FPE) e do Fundo de Participação de Municípios (FPM). O estudo foi feito com dados das 5.570 cidades brasileiras, com referência em 1º de julho.

Tabela: equivalente textual a seguir.



Cidades mais populosas - habitantes

Cidades menos populosas - habitantes

São Paulo (SP): 11.967.829

Serra da Saudade (MG): 818

Rio de Janeiro (RJ): 6.476.631

Borá (SP): 836

Salvador (BA): 2.921.090

Araguainha (MT): 976

Brasília (DF): 2.914.830

Oliveira de Fátima (TO): 1.098

Belo Horizonte (MG): 2.591.191

Anhanguera (GO): 1.104

FONTE: ESTADO de Minas. Disponível em: www.em.com.br/app/noticia/nacional/2015/08/29/interna_nacional,683083/em-um-ano-populacao-brasileira-cresce-1-7-milhao.shtml. Acesso em: 8 abr. 2016.

Fim do complemento.



135

Problemas das cidades brasileiras

A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais podemos destacar:

- aumento do número de comunidades carentes (favelas e cortiços) que ocupam, muitas vezes, áreas de mananciais ou áreas florestais consideradas regiões de risco. Isso significa que os mananciais, isto é, as fontes de abastecimento de água, podem ser poluídos. Nas áreas florestais, o desmatamento de encostas põe em risco a vida das pessoas;

- a falta de infraestrutura acompanha o crescimento das comunidades carentes. A rede de esgotos, de coleta de lixo, de água encanada, de luz, de telefone é insuficiente ou clandestina. Além de os objetos serem jogados em rios ou em áreas de mananciais, soma-se o risco de contaminação por roedores e insetos;

- diversas formas de violência e problemas sociais estão presentes nos centros urbanos: homicídios, sequestros, assaltos, filas para atendimento médico, acidentes de trânsito, desemprego, etc.

LEGENDA: Superlotação em hospital no município de Natal (RN). Foto de 2016.

FONTE: Frankie Marcone/Futura Press

LEGENDA: Favela do Bueiro, comunidade ribeirinha do rio Capibaribe, em Recife (PE). Foto de 2015.

FONTE: Diego Herculano/Fotoarena

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