Fronteiras da Globalização 3



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9. (Unifor-CE) A questão está relacionada aos mapas e às afirmações a seguir.

FONTE: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005. p. 159. CRÉDITOS: Reprodução/Unifor 2008

I. As novas unidades produtivas implantadas fora do Sudeste não conseguiram diminuir as diferenças regionais de industrialização.

II. Com a redistribuição das indústrias automobilísticas, São Paulo perdeu a liderança nacional no quesito pessoal empregado na indústria.

III. Há uma verdadeira guerra fiscal entre os estados e inúmeras empresas são atraídas para outras regiões do país.

IV. Vários tecnopolos foram implantados no Nordeste, associados à indústria automobilística.

A leitura dos mapas e os conhecimentos sobre a dinâmica industrial brasileira permitem afirmar que estão corretos somente:

a) I e II.

b) I e III.

c) I e IV.

d) II e III.

e) III e IV.



10. (UFRRJ) Considerando a estrutura industrial brasileira no que se refere à origem do capital, é correto afirmar que:

a) desde a origem da industrialização brasileira, a indústria de capital privado nacional sempre foi numericamente superior às demais.

b) na atualidade, as indústrias de capital privado nacional são um setor forte e predominante no sistema econômico.

c) somente após 1964 as empresas estatais passaram a uma fase de enfraquecimento.

d) as multinacionais, com sede no exterior, começaram a penetrar mais intensamente no Brasil após a Segunda Guerra Mundial.

e) desde a origem da industrialização brasileira, as fábricas de propriedade do governo tiveram mais importância e mais incentivos fiscais.

Questões de vestibular

Ícone: Não escreva no livro.



1. (Fuvest-SP) O processo de desconcentração industrial no Brasil vem sendo apontado como um dos responsáveis pelos altos índices de desemprego verificados em algumas áreas metropolitanas. Ao mesmo tempo, o setor terciário tem sido, reconhecidamente, o grande empregador no atual estágio de desenvolvimento da economia brasileira. Com base nessas informações e em seus conhecimentos:

a) Cite e analise duas causas possíveis dessa desconcentração industrial.

b) Explique por que o setor terciário tornou-se o maior empregador do país.

2. (Uerj) Acompanhando uma tendência mundial, a partir dos anos 1970, houve uma série de mudanças na localização das atividades industriais brasileiras, como representado, por exemplo, no mapa do estado de São Paulo.

FONTE: Reprodução/Uerj 2014

Indique duas causas para a desconcentração industrial nesse estado e duas consequências desse processo para a região metropolitana paulista.

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Outras fontes de reflexão e pesquisa

Filmes

Apresentamos a seguir algumas sugestões de filmes que abordam o conteúdo tratado nesta Unidade.



- Mauá, o imperador e o rei

Direção: Sérgio Rezende. Brasil, 1999, 135 minutos.

História de Irineu Evangelista de Souza, o Visconde e Barão de Mauá, um dos homens mais ricos e poderosos que o Brasil já conheceu. Ambicioso e empreendedor, ele construiu, aos 30 anos de idade, a primeira indústria brasileira.

- Um sonho intenso

Direção: José Mariani. Brasil, 2013, 142 minutos.

Documentário que reconta a história social e econômica brasileira de 1930 até a atualidade. Economistas e historiadores discutem os avanços socioeconômicos do país e analisam os principais erros e acertos do processo de industrialização nacional.

Livros

Estes livros poderão elucidar e ampliar o assunto estudado.



- A desindustrialização brasileira

André Filipe Zago de Azevedo. São Leopoldo: Unisinos, 2013.

Obra atual que permite compreender o processo de desindustrialização brasileiro.

- A era Mauá: os anos de ouro da monarquia no Brasil

Divalte Garcia Figueira. São Paulo: Saraiva, 2002.

Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido por Barão ou Visconde de Mauá, teve a perspicácia necessária para aproveitar as oportunidades que surgiam no país em pleno regime monárquico. Esse livro analisa a política, a economia e a sociedade do Segundo Império nos primórdios da industrialização brasileira, uma época de profundas mudanças na vida do país.

- A industrialização brasileira

Sonia Regina de Mendonça. São Paulo: Moderna, 2004.

Análise da industrialização brasileira desde a instalação das primeiras manufaturas, que se mantiveram incipientes até o final do século XIX, quando começou a nascer a grande indústria, atrelada à expansão cafeeira no Sudeste. Com os governos mais recentes, a autora analisa a crescente desnacionalização da economia, a desindustrialização e o avanço da política neoliberal.

- Brasil: do café à indústria

Roberto Catelli Junior. São Paulo: Brasiliense, 2004.

A cafeicultura paulista do século XIX foi o motor da economia nacional até 1930, trazendo consigo, a partir de 1880, o processo de industrialização brasileira.

- Industrialização brasileira no século XX

Marco César de Araújo. Osasco: Edifieo, 2008.

O autor reconstrói o processo de industrialização brasileira até o contexto da globalização.

- O futuro da indústria no Brasil: desindustrialização em debate.

Edmar Bacha e Monica Baumgarten de Bolle. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

O livro reúne artigos de conhecidos economistas brasileiros atuais que debatem questões fundamentais para o entendimento dos rumos da economia brasileira.

Sites

Os sites indicados a seguir constituem uma boa fonte de pesquisa.



- www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/2013/defaultempresa.shtm

Site que reúne um conjunto de informações econômico-financeiras que permitem estimar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no país e acompanhar a sua evolução ao longo do tempo.

- www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpf/br/default.shtm



Site do IBGE com informações mensais sobre a produção industrial.

- www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.php?area=2



Site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com informações sobre a cadeia produtiva de vários tipos de indústria.

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unidade 5. Atividades primárias no Brasil

LEGENDA: Pantaneiro em Cáceres (MT), em 2015.

FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens

LEGENDA: Colheita de milho em Alto Piquiri (PR), em 2014.

FONTE: Dirceu Portugal/Futura Press

LEGENDA: Exploração de fosfato em Tapira (MG), em 2014.

FONTE: Thomaz Vita Neto/Pulsar Imagens

As atividades primárias, a agropecuária e o extrativismo mineral foram responsáveis pela ocupação e pela atual configuração do território brasileiro, exercendo sempre papel fundamental na economia do país. Nesta Unidade, você vai conhecer esses setores que respondem pela produção das commodities que têm expressiva participação no PIB e na pauta das exportações brasileiras.

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capítulo 16. O espaço agropecuário brasileiro

LEGENDA DAS IMAGENS: O setor agropecuário é o responsável não só pela produção dos alimentos que estão na mesa dos brasileiros, mas também por alguns de nossos mais notáveis produtos de exportação. Fotos: 1 - comércio de grãos no Mercado Municipal de Bragança (PA), em 2013; 2 - legumes à venda em feira livre em São José dos Campos (SP), em 2014; 3 - comércio de hortaliças em feira livre no Rio de Janeiro (RJ), em 2015; 4 - venda de fruta em São José dos Campos (SP), em 2013; ao centro - silos de armazenagem em plantação de soja em Ibiporã (PR), em 2016.

FONTE: (1) Luis Salvatore/Pulsar Imagens; (2) Lucas Lacaz Ruiz/Fotoarena; (3) Ismar Ingber/Pulsar Imagens; (4) Lucas Lacaz Ruiz/Futura Press; (ao centro) Ernesto Reghran/Pulsar Imagens



O campo brasileiro

A realidade das atividades do campo brasileiro reflete a transição de um modelo econômico agroexportador para um perfil de industrialização tardia: a agropecuária (agricultura e pecuária) tornou-se subordinada à indústria e aos interesses econômicos de grupos brasileiros e internacionais. O agronegócio passou a dominar o setor e a fornecer produtos competitivos no mercado internacional. Ao mesmo tempo que ocupam lugar de grande destaque na pauta das exportações brasileiras, produtos como a soja, a cana-de-açúcar, a laranja, entre outros avançaram pelas terras cultiváveis, reduzindo o espaço ocupado por produtos alimentícios, diminuindo a produtividade e aumentando o preço para o consumidor final. Por esse motivo, apesar da grande produção agropecuária brasileira, o país ainda importa gêneros agrícolas essenciais.

Mas essa agropecuária modernizada não é praticada em todo o território nacional. Há um visível predomínio da agricultura e da pecuária extensivas que ocupam grandes espaços concentrados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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Podemos verificar que, no espaço agrário brasileiro, a alta tecnologia convive com a precariedade de recursos de certos tipos de cultura, em que o uso reduzido de capital, máquinas, adubos e fertilizantes em várias áreas do país resulta na baixa produtividade das lavouras e dos rebanhos.

Além disso, podemos observar uma subutilização do espaço agropecuário: apenas cerca de 23% do espaço geográfico brasileiro é aproveitado por pasta gens e cerca de 7% por lavouras. Veja o infográfico a seguir.

FONTE: Adaptado de: REDE DE CONHECIMENTO DO AGROBRASILEIRO (Redeagro). Usos da terra no Brasil. Disponível em: www.redeagro.org.br/images/stories/uso_da_terra_no_brasil.pdf. Acesso em: 18 maio 2016. CRÉDITOS: Luis Moura/Arquivo da editora



Atividades agrícolas

Segundo o IBGE, nos Censos agropecuários, os estabelecimentos agrícolas no Brasil se encontravam divididos entre a agricultura familiar e a agricultura patronal, classificação que leva em conta quem administra a propriedade produtora.

Se considerarmos o número de estabelecimentos, temos 84,4% de agricultura familiar e 15,6% de agricultura não familiar. Mas, em termos de área ocupada, a agricultura não familiar se destaca com 75,7% e a familiar com 24,3%.

A agricultura familiar é aquela em que todas as medidas tomadas para gerir a propriedade e administrar a produção (o que plantar, para quem vender, que investimentos fazer, etc.) são executadas pelos membros de uma família, sendo ela proprietária da terra ou não. Em geral, nesse tipo de agricultura os membros da família são também a mão de obra utilizada. Algumas vezes, porém, há a necessidade de contratação de mão de obra externa ao núcleo familiar.

Um tipo de agricultura familiar bastante comum, principalmente em regiões mais carentes, é a agricultura de subsistência, voltada para satisfazer as necessidades alimentares dos próprios agricultores. Em geral, é praticada em pequenas ou médias propriedades utilizando-se técnicas tradicionais e sem uso de maquinário e de tecnologia.

Dependendo do tamanho da propriedade, a agricultura familiar também pode ser comercial. Nesses casos, em geral, pequenos e médios proprietários de terras se juntam em cooperativas que, organizadas em núcleos, reúnem lotes de produtos para armazenamento, processamento e distribuição, além de conseguirem melhores preços para venda e redução de custos. Essa é uma forma de esses pequenos e médios produtores gerarem excedentes de sua produção e também de conseguirem rendimentos, vendendo os produtos para o mercado interno e, algumas vezes, até para o mercado externo.



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Atualmente, como parte dos programas de aumento de renda, a agricultura familiar vem recebendo incentivos. É o caso das unidades familiares, principalmente no semiárido brasileiro, que cultivam a mamona, cujo óleo está sendo utilizado na produção de biodiesel.

LEGENDA: Família de agricultores colhe pinhas em Petrolina (PE). Foto de 2016.

FONTE: Cesar Diniz/Pulsar Imagens

Nos cinturões verdes que abastecem as grandes cidades com frutas, verduras, legumes, leite, entre outros produtos, também está presente a agricultura de mão de obra familiar.

A agricultura patronal é realizada por empresas agrícolas que empregam trabalhadores contratados. Trata-se da agricultura subordinada à indústria, aos serviços e ao comércio, com os quais forma uma cadeia produtiva. É a atividade típica do agronegócio.

Embora a agricultura patronal represente menos de 16% do número de estabelecimentos, ela ocupa mais de 75% da área destinada à agropecuária, evidenciando uma estrutura agrária ainda muito concentrada no Brasil. Essa dicotomia entre as áreas destinadas à agricultura familiar e à patronal, com suas diferenças, quase sempre justifica a origem dos conflitos no campo, assunto que estudaremos no Capítulo 17.

Principais produtos agrícolas

De modo geral, as condições naturais (clima e solo) no Brasil são favoráveis às atividades agrárias. Apesar do predomínio de produtos tropicais, devido à sua extensão e posição geográfica, o país apresenta condições propícias ao cultivo de diversos produtos agrícolas.

A soja e seus derivados, a cana-de-açúcar, a laranja e o café são os principais produtos agrícolas cultivados para exportação no Brasil. Entre os gêneros agrícolas cultivados para o mercado interno, destacam-se feijão, mandioca, algodão, arroz, batata, cebola e milho. Todos esses produtos, conforme a periodicidade da safra, se distribuem entre lavouras temporárias e lavouras permanentes.

Lavouras temporárias

Compreendem as áreas utilizadas para o cultivo de culturas de curta duração (geralmente inferior a um ano) e que só produzem uma única safra, já que, na colheita, a planta é destruída.

A seguir, vamos ver quais são as principais lavouras temporárias brasileiras.

Cana-de-açúcar

Introduzida logo nos primeiros anos de colonização, a cana-de-açúcar e seus subprodutos (principalmente o açúcar) ainda ocupam importante lugar na pauta das exportações brasileiras.

A região Centro-Sul é a maior produtora de cana-de-açúcar do Brasil, principalmente o estado de São Paulo, onde é cultivada em vários municípios, como Campinas, Americana, Piracicaba, Jaú, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Sertãozinho e Serrana. Entre outros estados produtores podemos citar Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Na década de 1970, com a criação do Proálcool, as usinas aumentaram a produção do álcool combustível, que em dez anos passou de 80 milhões de toneladas para 229,9 milhões. A partir de 1986, com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, o ritmo de produção diminuiu.

Na primeira década do século XXI, renasceu a produção de álcool para abastecer os carros bicombustíveis que chegavam ao mercado. Com isso, a produção de cana-de-açúcar voltou a crescer.

Atualmente, o maior produtor é o estado de São Paulo, com quase 55,1% da produção total do país, a cidade de Ribeirão Preto sendo a principal "região sucroalcooleira" do Brasil. Veja no gráfico a seguir a produção de cana-de-açúcar, por região.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola 2016. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Fasciculo_Indicadores_IBGE/estProdAgr_201603.pdf. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

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Soja


A soja é uma leguminosa originária da Ásia e tem alto valor nutritivo. No Brasil, seu cultivo comercial foi incentivado no final da década de 1960, sobretudo pela demanda de farelo de soja, componente da ração utilizada para alimentar suínos e aves.

A soja começou a ser cultivada nos estados do Sul, mas, com o desenvolvimento tecnológico, passou a ser cultivada também em regiões de latitudes mais baixas e no Cerrado. Após a década de 1990, muitos produtores do Sul procuraram terras mais baratas em outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Maranhão, para expandir suas lavouras. Dessa forma, a produção de soja cresceu, e o Brasil ocupou o segundo lugar entre os maiores produtores mundiais, o que tornou o complexo soja o principal produto agrícola de exportação do país.

Glossário:

Complexo soja: compreende o produto em grão, o farelo e o óleo.

Fim do glossário.

Veja no gráfico a seguir quais são as principais regiões produtoras de soja e também a participação de cada uma delas na produção nacional.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola 2016. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Fasciculo_Indicadores_IBGE/estProdAgr_201603.pdf. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

LEGENDA: Plantação de soja irrigada no município de Rio Verde (GO). Foto de 2015.

FONTE: Ricardo Teles/Pulsar Imagens

Algodão herbáceo

Cultivo tradicional desde o tempo da colônia, o algodão destacou-se no Sertão nordestino (tipo arbóreo-mocó e seridó). A região perdeu a primazia da produção algodoeira a princípio para São Paulo (tipo herbáceo) e, mais tarde, para a região Centro-Oeste e para o oeste da Bahia (tipo herbáceo).

Para efeito de cálculo de produção, consideram-se o algodão em pluma, o algodão em caroço e o caroço de algodão. Seus principais usos estão na indústria têxtil e na alimentar (óleo).

FONTE: Adaptado de: IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola 2016. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Fasciculo_Indicadores_IBGE/estProdAgr_201603.pdf. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Milho

Cultivado, de modo geral, em todo o país, a cultura de milho tem grande importância para a agropecuária brasileira. O milho é empregado na elaboração de ração animal, principalmente para suínos, e abastece uma variada indústria alimentícia (óleo, fubá, canjica, cereais, farinha, etc.), sendo também fundamental para a alimentação de populações de grande parte do país. Desde meados da década de 1980, a alternativa de se cultivar o milho no inverno, fornecendo uma segunda safra anual, além do desenvolvimento de novas espécies híbridas, aumentaram a produção do ce real. No Brasil, a maior região produtora de milho é a Centro-Oeste.



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Feijão


Apesar do grande consumo, a cultura do feijão não é realizada com técnicas aprimoradas nem desperta o interesse de grandes produtores rurais. São os pequenos proprietários que enfrentam os problemas desse cultivo (clima, solos) e os baixos preços do mercado interno. Paraná, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás e Santa Catarina são os estados que se destacam no cultivo do feijão.

Arroz


Cereal mais consumido no mundo e alimento básico do brasileiro, é cultivado no país de duas formas: o arroz irrigado, ou de várzea, e o arroz de sequeiro (dependente das chuvas). A partir da década de 1970, o arroz irrigado passou a dominar a preferência do mercado, fazendo que sua produção aumentasse continuamente.

A região Sul se destaca na produção do arroz irrigado e a região Centro-Oeste, em arroz de sequeiro. Os principais estados produtores são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Itaqui, São Borja e Camaquã, todos no Rio Grande do Sul, são os municípios que mais produzem arroz.

LEGENDA: Colheita mecanizada de arroz no município de Cacequi (RS). Foto de 2015.

FONTE: Gerson Gerloff/Pulsar Imagens

Trigo e outros cereais de zona temperada

O plantio do trigo tornou-se possível em terras brasileiras devido à tecnologia e às pesquisas agropecuárias. A produção brasileira de trigo não é suficiente para o consumo interno, sendo necessário importar o produto, principalmente da Argentina. Paraná e Rio Grande do Sul são os maiores produtores brasileiros.

Outros cereais de zona temperada também são cultivados em pequena escala no país: aveia (PR, RS, SC), centeio (RS, PR) e cevada (RS, PR). O triticale, cereal híbrido do trigo e do centeio, é cultivado em São Paulo e no Paraná.

Sorgo


Cereal utilizado no Brasil, principalmente, em rações para animais. Os maiores produtores são Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Outras oleaginosas

O amendoim é cultivado em sistema de rotação de cultura com a cana-de-açúcar em São Paulo, que produz 88,6% do total brasileiro. Em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul destaca-se o cultivo de girassol. A mamona, como vimos anteriormente, é cultivada na região Nordeste para a produção do biodiesel.

LEGENDA: Colheita mecanizada de amendoim, no município de Guatapará (SP). Foto de 2013.

FONTE: Alf Ribeiro/Folhapress

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Boxe complementar:



Ampliando o conhecimento

Ícone: Não escreva no livro.

Com exceção da cana-de-açúcar, as outras lavouras temporárias citadas fazem parte de um grupo que o IBGE chama de cereais, leguminosas e oleaginosas, cuja produção no Brasil vem aumentando e cujas áreas cultivadas se distribuem desigualmente pelas regiões brasileiras. Essas lavouras têm importante peso na agricultura brasileira.

Em 2015, a safra desses produtos foi de 209,5 milhões de toneladas, com uma área colhida de 58,4 milhões de hectares. O arroz, o milho e a soja são os principais produtos desse grupo, com grande participação na produção e na área colhida. No gráfico a seguir, podemos analisar a participação das regiões e dos estados brasileiros na produção desses produtos, em março de 2016.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola 2016. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=15. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Fim do complemento.

Lavouras permanentes

Compreendem as áreas utilizadas para o plantio de culturas de longa duração, ou seja, culturas que, após a colheita, não necessitam de novo plantio porque produzem por vários anos consecutivos. Em geral, são produtos quase sempre de agricultura comercial, como café, cacau, laranja, maçã, banana e uva.

Café

Do final do século XIX até a crise de 1929, o café ocupou frentes pioneiras, levando o povoamento a regiões até então despovoadas, no processo conhecido como Marcha do Café, que partiu do Rio de Janeiro e atingiu o estado de São Paulo e o norte do Paraná.



Depois da crise de 1929, o café perdeu a importância que tinha na economia brasileira. Daí em diante, iniciou-se o processo brasileiro de industrialização, no qual os capitais da cultura cafeeira tiveram grande participação.

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Embora o mercado mundial de café seja regulamentado pela Organização Internacional do Café (OIC), sediada em Londres, na Inglaterra, o Brasil mantém-se como maior produtor mundial. Os principais produtores brasileiros são Minas Gerais e Espírito Santo.

Veja a posição das regiões brasileiras na produção de café.

FONTE: Adaptado de: IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola 2016. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Fasciculo_Indicadores_IBGE/estProdAgr_201603.pdf. Acesso em: 7 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Cacau

Natural da região amazônica, o cacau - que precisa de clima muito úmido com chuvas abundantes - encontrou no sul da Bahia (Ilhéus e Itabuna) as condições ideais para seu desenvolvimento. Cultivado nessa região desde o século XIX, propiciou o surgimento de uma sociedade característica ao redor dessas cidades.



O Brasil já foi o primeiro produtor dessa matéria-prima para a indústria do chocolate. A partir da década de 1970, a concorrência de países africanos (Gana e Costa do Marfim) e do Sudeste Asiático (Indonésia) e, mais tarde, nos anos 1990, a praga conhecida como vassoura-de-bruxa, que quase dizimou os cacauais da Bahia, acabaram por deixar o Brasil em quarto lugar entre os exportadores de cacau.

Laranja


Nativa da Ásia, a laranja chegou à Europa na Idade Média e mais tarde à América. O plantio dessa fruta tem maior produtividade em regiões tropicais e subtropicais. A laranja é exportada sob a forma de fruta ou de suco concentrado.

A região Sudeste é a grande produtora de laranja no Brasil (76,9%), com plantações concentradas no estado de São Paulo (72,2%).

LEGENDA: Vista aérea de plantação de laranja no município de Londrina (PR). Foto de 2015.

FONTE: Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Outras frutas

Além da laranja, outras frutas são cultivadas visando aos mercados interno e externo: a banana (PA e SP), a uva (RS e BA), a maçã (SC e RS), o caju (CE e RN) e o coco-da-baía (BA, CE e PA).

Importantes projetos agropecuários irrigados têm sido desenvolvidos ao longo do rio São Francisco, entre as cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), produzindo frutas como o melão, a manga, o mamão e a uva, que se destinam aos mercados externo e interno (Centro-Sul). Com o desenvolvimento da cultura irrigada de uva, o município de Lagoa Gran de (PE) vem se destacando como grande produtor de vinho no vale do São Francisco.


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