Fronteiras da Globalização 3


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Ícone: Atividade interdisciplinar.



1. Analise o gráfico seguinte.

FONTE: Petróleo Brent representa o petróleo extraído no mar do Norte e comercializado na Bolsa de Londres. O petróleo WTI é o petróleo extraído no litoral do Texas e comercializado na Bolsa de Nova York. Adaptado de: MING, Celso. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 3 jan. 2015. Disponível em: http://economia.estadao.com.br/blogs/celso-ming/mais-um-missil-no-petroleo. Acesso em: 18 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

a) Descreva o que aconteceu com o preço do barril do petróleo no mercado internacional, no período analisado.

b) Explique o que a análise desse gráfico representa para os países exportadores e para as nações importadoras de petróleo.

c) A situação demonstrada pelo gráfico (agravada no mês de agosto de 2015, quando o preço do barril atingiu os 40 dólares, o menor valor em 6 anos) pode afetar a exploração da camada do pré-sal brasileiro? Justifique sua resposta.

2. Cite alguns exemplos de como o carvão mineral pode ser aproveitado pelos mais diversos segmentos industriais.

3. Atividade interdisciplinar: Geografia e Língua Portuguesa. Leia o trecho a seguir; depois faça o que se pede.

[...] Esse produto é o sangue da terra, é a alma da indústria moderna, é a eficiência do poder militar. Tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas. Não tê-lo é ser escravo. Daí a fúria moderna na luta pelo petróleo [...].

LOBATO, Monteiro. O escândalo do petróleo e georgismo e comunismo. São Paulo: Globo, 2011. p. 22. (Adaptado.)

a) Com base no trecho, descreva a atual situação brasileira em relação ao petróleo.

b) Em sua opinião, o que o autor pretendia demonstrar ao declarar "Não tê-lo é ser escravo"?

c) Elabore uma redação cujo tema seja o texto acima.



4. Analise o mapa seguinte.

FONTE: Adaptado de: SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34ª ed. São Paulo: Ática, 2013. p. 117. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

a) Identifique a fonte energética destacada no mapa e a região geográfica onde ela predomina.

b) O que representam as áreas em verde no mapa? Se necessário recorra a um atlas geográfico ou ao capítulo.



5. Observe a imagem a seguir.

FONTE: Adaptado de: EXAME. Anuário Exame Infraestrutura. São Paulo: Abril, 2015. p. 69. CRÉDITOS: Banco de imagens/Arquivo da editora

- Indique os três maiores produtores de petróleo no Brasil e suas respectivas regiões geográficas.

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capítulo 20. Oferta interna de energia: energia elétrica e outras fontes

LEGENDA: As usinas hidrelétricas predominam na produção de energia elétrica no país, mas o Brasil vem investindo em projetos alternativos de energia, como o aproveitamento de energia solar e eólica (do vento). Apesar de ser uma fonte não poluente, a construção de uma usina hidrelétrica pode causar muitos impactos ambientais e sociais. Na imagem, Usina Hidrelétrica de Lajeado, no rio Tocantins (TO). A construção do reservatório dessa usina afetou cerca de 4 mil famílias que habitavam a região, entre elas comunidades indígenas Xerente que ocupavam as margens do rio. Foto de 2015.

FONTE: Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens



Energia elétrica

As usinas hidrelétricas, como a da foto que abre este capítulo, predominam na produção de energia elétrica no Brasil. Mas desde 1975, as hidrelétricas são seguidas pelas centrais termelétricas e termonucleares.

A matriz energética brasileira é bem diferente da mundial. Enquanto no mundo, para geração de energia elétrica, predominam o uso de petróleo, carvão mineral, gás natural, combustíveis renováveis, nuclear e água, no Brasil, destaca-se uma maior utilização de recursos hídricos. Essa situação pode mudar caso o país continue a sofrer com secas prolongadas atingindo suas bacias hidrográficas.

A produção e a transmissão de energia elétrica no Brasil são controladas pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), composto de termelétricas e hidrelétricas, com predominância destas últimas, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que agrega centros de operação das cinco regiões brasileiras. O SIN possui interligações entre os subsistemas e as diversas bacias hidrográficas. Essas interligações permitem que se utilize o excedente hidrológico de uma bacia em outra, quando necessário. Veja no gráfico da página a seguir como se configura a distribuição da oferta interna de energia elétrica, e veja, no mapa, como se integram os subsistemas de distribuição de energia elétrica com as bacias hidrográficas.



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FONTE: Adaptado de: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço energético nacional 2075. p. 35. Disponível em: https://ben.epe.gov.br/downloads/S%C3%ADntese%20do%20Relat%C3%B3rio%20Final_2015_Web.pdf. Acesso em: 11 abr.2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Energia hidrelétrica

O Brasil é o país com o maior potencial hidrelétrico do mundo, e a maior parte de sua matriz energética é produzida pelas usinas hidrelétricas.

Atualmente, muitas das vantagens desse tipo de energia têm sido questionadas. Sem dúvida é uma forma de energia limpa, sem poluentes, que gera muitos empregos - tanto na construção das usinas como no funcionamento delas - e proporciona desenvolvimento econômico para várias regiões onde as usinas hidrelétricas são construídas. Em um país como o Brasil, com disponibilidade de recursos hídricos e com predomínio de rios de planalto, condições essenciais para o funcionamento de uma usina hidrelétrica, é natural que seja a principal escolha para a geração de energia. Sobre esse assunto, leia o texto no boxe da página 239.

FONTE: Adaptado de: OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA (ONS). Disponível em: www.ons.org.br/conheca_sistema/pop/pop_integracao-eletroenergetica.aspx. Acesso em: 11 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora



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Boxe complementar:



Ampliando o conhecimento

O caminho da água na produção de eletricidade



Para produzir a energia hidrelétrica é necessário integrar a vazão do rio, a quantidade de água disponível em determinado período de tempo e os desníveis do relevo, sejam eles naturais, como as quedas-d'água, ou criados artificialmente.

Já a estrutura da usina é composta, basicamente, de barragem, sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que funcionam de maneira integrada.

A barragem tem por objetivo interromper o curso normal do rio e permitir a formação do reservatório. Além de "estocar" a água, esses reservatórios têm outras funções: permitem a formação do desnível necessário para a configuração da energia hidráulica, a captação da água em volume adequado e a regularização da vazão dos rios em períodos de chuva ou estiagem. [...]

Os sistemas de captação e adução são formados por túneis, canais ou condutos metálicos que têm a função de levar a água até a casa de força. É nessa instalação que estão as turbinas, formadas por uma série de pás ligadas a um eixo conectado ao gerador. Durante o seu movimento giratório, as turbinas convertem a energia cinética (do movimento da água) em energia elétrica por meio dos geradores que produzirão a eletricidade. Depois de passar pela turbina, a água é restituída ao leito natural do rio pelo canal de fuga. [...]

Por último, há o vertedouro. Sua função é permitir a saída da água sempre que os níveis do reservatório ultrapassam os limites recomendados, [...] evitando enchentes na região de entorno da usina. [...]

ANEEL. O caminho da água na produção de eletricidade. Atlas de energia elétrica do Brasil. Disponível em: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap3.pdf. Acesso em: 14 abr. 2016.

FONTE: Adaptado de: ANEEL. Disponível em: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap3.pdf. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora

Fim do complemento.

As usinas hidrelétricas podem causar impactos ambientais e sociais de grandes proporções, mesmo que sejam planejadas com muito cuidado. Seus lagos e barragens feitos para a geração de energia mudam o curso natural dos rios, interferindo na migração dos peixes e causando outras alterações na fauna do rio. Pode acontecer também o alagamento de importantes áreas florestais - onde muitas vezes se concentram espécies vegetais ameaçadas de extinção - e o consequente desaparecimento do habitat dos animais.

Os impactos sociais acontecem quando habitantes de uma região têm suas propriedades, suas terras produtivas e até mesmo suas cidades atingidas pelas inundações para a construção de lagos e barragens. Os efeitos dessas perdas são muitos, como a separação de comunidades e famílias, a destruição de construções históricas, hospitais e igrejas e inundação de locais sagrados para comunidades indígenas e tradicionais do lugar, etc.

Longos períodos de estiagem, que diminuem a vazão dos rios, são outro problema que as usinas hidrelétricas podem apresentar, pois o volume de água é essencial para movimentar as turbinas que produzem esse tipo de eletricidade.

A primeira hidrelétrica de maior porte no Brasil começou a ser construída no Nordeste (Paulo Afonso I), em 1949, pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

As demais hidrelétricas, construídas ao longo dos 60 anos seguintes, concentraram-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

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No Norte foram construídas Tucuruí, no Pará, e Balbina, no Amazonas. Nos anos 1990, as regiões Norte e Centro-Oeste começaram a ser exploradas com mais intensidade, com a construção da usina Serra da Mesa, Goiás, no rio Tocantins. Nas últimas décadas estão sendo realizados importantes projetos na região Norte, que enfrentam protestos de ambientalistas e embargos na justiça. Entre esses projetos, propõem-se as construções das usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira; a de Belo Monte, no rio Xingu; e as usinas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, no rio Tapajós.

* Estimativas.

FONTE: Adaptado de: SIPOT. Eletrobras 2014. Disponível em: www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS21D128D3PTBRIE.htm; ANEEL. Disponível em: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas3ed.pdf. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Energia termelétrica

As usinas termelétricas geram eletricidade por meio da energia em forma de calor resultante da queima de combustíveis renováveis ou não renováveis. Uma usina termelétrica é constituída por duas partes: uma térmica, onde é produzido o vapor; e outra elétrica, onde é gerada a eletricidade. O vapor movimenta as pás de uma turbina e cada turbina é conectada a um gerador de eletricidade. Essa energia é transportada por linhas de alta tensão aos centros de consumo. Veja, abaixo, o esquema da geração da energia termelétrica.

No Brasil, há usinas termelétricas que utilizam óleo, gás natural, carvão e biomassa (bagaço de cana, cavaco de madeira e casca de arroz).

FONTE: Adaptado de: BIOLOGÍASUR. Disponível em: www.biologiasur.org.br/Ciencias/index.php/geosfera/recursos-de-la-geosfera-y-sus-reservas. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora



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Termelétricas movidas a gás natural e carvão

O número de usinas que utilizam o gás natural como combustível tem aumentado bastante, principalmente por ser uma fonte menos poluente do que o carvão.

No Brasil, as termelétricas que utilizam carvão mineral concentram-se na região Sul, próximo às áreas de extração do combustível, como Charqueada e Figueiras (PR), Complexo Jorge Lacerda (SC), Presidente Médici e São Jerônimo (RS). A maior desvantagem de se utilizar combustíveis fósseis nas usinas é a emissão de gás carbônico que agrava o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global.

Glossário:

Combustível fóssil: denominação dada ao carvão e ao petróleo, oriundos de decomposição animal e vegetal.

Fim do glossário.

FONTE: Adaptado de: GASNET. Disponível em: www.gasnet.com.br/termeletricas/mapa.asp. Acesso em: 16 abr. 2016. CRÉDITOS: Banco de Imagens/Arquivo da editora

Termelétricas movidas a bagaço de cana-de-açúcar

A agroindústria canavieira, também utilizada na geração de energia elétrica, constitui-se em importante fonte de energia alternativa, seja pela produção do álcool (etanol), que vamos abordar mais adiante, seja pelo aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar em usinas termelétricas.

No estado de São Paulo, algumas usinas que utilizam esse tipo de combustível alimentam a rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL): usina Baldin (45 MW), em Pirassununga; usina da Pedra (70 MW), em Serrana; usina Buriti (50 MW), em Buritizal, e usina do Ipê (25 MW), em Nova Independência. A CPFL também possui uma usina similar no Rio Grande do Norte: a usina Baía Formosa (40 MW). A usina pioneira e mais importante do país nesse ramo é a Vale do Rosário, em Morro Agudo, no estado de São Paulo, inaugurada com 30 MW. Em 2007, essa usina se uniu à Cia. Energética Santa Elisa, de Sertãozinho, formando a Santa Elisa Vale S. A., e, atualmente, opera com cerca de 93 MW de potência.

Veja no esquema a seguir como funciona uma usina alimentada pelo bagaço da cana-de-açúcar.

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FONTE: Adaptado de: REVISTA Galileu. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI326727-18537,00-PARTICIPACAO+DE+USINAS+DE+CANA+NA+GERACAO+DE+ENERGIA+DO+PAIS+PODERIA+SER+SE.html. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora

Energia termonuclear

O urânio é a principal fonte de energia das usinas termo nucleares, que são também um tipo de usina termelétrica. Nelas, além do urânio, são utilizados outros combustíveis, como o plutônio e o tório. Veja a seguir o esquema de funcionamento de uma usina termonuclear.

FONTE: Adaptado de: INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS. Disponível em: www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20021/Elizandra/nuclear.html. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Alex Argozino/Arquivo da editora

O programa nuclear brasileiro é um dos assuntos mais polêmicos da história recente do país, pois, além de envolver os riscos desse tipo de energia, houve uma série de pontos discutíveis na implantação desse programa. Um desses pontos é a própria localização das usinas, em uma região de solo sedimentar instável e no centro da região mais povoada do país. Outro ponto foi o alto custo empregado na construção das usinas em relação à produção de energia elétrica. De acordo com o Balanço Energético Nacional, em 2015, a produção de eletricidade nuclear no Brasil não chegava a 3% do total nacional.

A primeira usina nuclear brasileira, Angra I, começou a ser construída em 1972, com tecnologia dos Estados Unidos, que foi adquirida no sistema turn key, e começou a operar comercialmente em 1985. Em 1975, para a construção de Angra 2 e Angra 3, o Brasil assinou com a então República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) o Acordo de Cooperação para o Uso Pacífico da Energia Nuclear.

Glossário:



Turn key (chave na mão): sistema pelo qual a empresa entrega a obra finalizada, mas não transfere sua tecnologia.

Fim do glossário.



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As termonucleares brasileiras fazem parte do Centro Nuclear Almirante Álvaro Alberto - Angra 1 (1985), Angra 2 (2000) e Angra 3 (ainda não finalizada, com previsão para entrar em operação comercial em dezembro de 2018) -, localizado na praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Depois dos graves acidentes envolvendo usinas nucleares pelo mundo, como Three Miles Island (Estados Unidos - 1979), Chernobyl (Ucrânia - 1986) e Fukushima (Japão - 2011), as discussões pró e contra a energia nuclear aumentaram no Brasil, influenciando a construção e a instalação da usina Angra 3.

LEGENDA: Vista das usinas nucleares de Angra 1 (à esquerda) e Angra 2 (à direita), em Angra dos Reis (RJ). Foto de 2015.

FONTE: Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens

Os defensores desse tipo de energia fundamentam que ela é segura, tem preço acessível, não é poluente e que os recursos hídricos do Brasil podem se esgotar.

Ambientalistas, ecologistas e outros cientistas pensam que em um país com tantos recursos naturais (água, vento, sol) não se deve investir em um tipo de energia que pode contaminar drasticamente o meio ambiente.

A primeira unidade de enriquecimento de urânio em centrífugas, no Brasil, entrou em funcionamento em maio de 2006, e está instalada nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, estado do Rio de Janeiro.

Como possui a sexta reserva mundial de urânio, o país conta com dois fatores importantes para a instalação de usinas nucleares: o combustível e a tecnologia para seu enriquecimento.

As termonucleares representavam uma escolha importante no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (2005-2015) no Brasil.

Energia eólica

A energia eólica é bastante utilizada em outros países, principalmente europeus, e pode ser uma solução para amenizar o problema energético.

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) aponta o Brasil, ao lado de China, Alemanha e Estados Unidos, na lista dos países com maior incremento na capacidade instalada de energia eólica no mundo, em 2014.

O Brasil dispõe de condições naturais e de tecnologia para a instalação de pás e turbinas para a geração de energia, os cata-ventos de três pás, chamados aerogeradores.

Quase todo o território nacional apresenta boas condições de vento para a instalação de aerogeradores, mas as áreas mais favorecidas estão no litoral nordestino, especialmente no Ceará e no Rio Grande do Nor te. Estudos mostram que o potencial brasileiro de energia eólica é maior que o das usinas hidrelétricas instaladas.

LEGENDA: Usina eólica em Camocim (CE). Foto de 2015.

FONTE: Andre Dib/Pulsar Imagens

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A usina eólio-elétrica de Taíba, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, é a primeira do mundo construída sobre dunas de areia. A sua capacidade instalada é de 5 MW e a produção é de 17,5 milhões de kWh, suficientes para atender a 50 mil pessoas durante um ano.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a capacidade instalada das usinas eólicas no Brasil teve um aumento de 113% entre 2014 e 2015. Esse aumento foi concentrado principalmente na região Nordeste, que alcançou 75% da capacidade total das usinas eólicas do país.

O Rio Grande do Norte, onde se localiza o Parque Eólico Rio do Fogo, foi o estado que mais gerou energia eólica, em 2014, seguido pela Bahia e pelo Rio Grande do Sul. Quanto à capacidade instalada, o Rio Grande do Norte é o primeiro colocado, seguido do Ceará, Rio Grande do Sul (Parque Eólico de Osório), Bahia e Santa Catarina.



Outras fontes de energia

Embora não existam usinas solares, e as termelétricas que queimam cavaco de madeira sejam poucas, a energia solar, a lenha e o carvão são fontes de energia utilizadas no Brasil.

Lenha e carvão

A lenha e o carvão vegetal, também classificados como biomassa, são bastante utilizados no Brasil. São empregados como combustível em pequenas metalúrgicas e para gerar calor em restaurantes, hospitais, indústrias e residências, por exemplo.

No Brasil, a biomassa foi o primeiro combustível utilizado, quando foi consumida, em forma de lenha, gran de parte das florestas que recobriam a porção leste do território do país. Seus principais usos eram o doméstico, nos engenhos de cana-de-açúcar, nos transportes ferroviário e marítimo e na indústria siderúrgica.

Por esse motivo, questiona-se se a lenha e o carvão vegetal são realmente uma fonte de energia renovável, uma vez que o replantio de florestas demanda grande período de tempo para sua utilização.

O uso da lenha e do carvão vegetal no Brasil é ainda expressivo e representou 6,3% do consumo final de fontes de energia, em 2014. A lenha é utilizada, principalmente, nas carvoarias para produzir carvão vegetal e em residências para cozinhar e para o aquecimento.

Energia solar

O Brasil possui bom potencial energético solar, mas as condições para a instalação de unidades geradoras de energias viáveis são prejudicadas pela falta de informações solarimétricas confiáveis sobre alguns locais do território, além do alto custo desse tipo de energia.

No Brasil, essa fonte de energia é utilizada principalmente nos aquecedores solares para residências, hospitais ou hotéis. Nesse caso, a placa ou as placas utilizadas são escuras para absorver a energia do Sol e transformá-la em calor, aquecendo a água. Há também a energia solar fotovoltaica, que consiste na conversão da energia solar em energia elétrica. A unidade fundamental desse processo é a célula fotovoltaica, e o material mais empregado na construção dessas células é o silício. Atual mente, esse tipo de energia tem sido utilizado em lugares muito afastados dos centros servidos pela rede de fornecimento de energia elétrica, para projetos de cunho social, agropastoris ou de comunicações.

Alguns exemplos de sua utilização compreendem:

- sistema de bombeamento fotovoltaico para irrigação;

- eletrificação residencial rural;

- postos com serviços de áudio e vídeo e telefonia pública.

A partir de 2015, a Aneel começou a realizar leilões para construção de usinas de energia solar.

Glossário:



Solarimétrico: referente à medição da radiação solar direta.

Célula fotovoltaica: também chamada célula solar, é um dispositivo elétrico capaz de converter a luz diretamente em energia elétrica.

Fim do glossário.

LEGENDA: Placas de energia solar para a geração de energia elétrica, em Arraial do Cabo (RJ). Foto de 2015.

FONTE: Luca Atalla/Pulsar Imagens



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Biocombustíveis

Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), biocombustível "é a substância derivada de biomassa renovável, como biodiesel, etanol e outras substâncias estabelecidas em regulamento da ANP, que pode ser empregada diretamente ou mediante alte rações em motores a combustão interna ou para outro tipo de geração de energia, podendo substituir parcial ou totalmente os combustíveis de origem fóssil".

O álcool, por exemplo, pode ser produzido de várias plantas, como a cana-de-açúcar, a beterraba, a mandioca, o girassol e o eucalipto. O seu uso mais difundido como fonte de energia é para movimentar motores de veículos (álcool etílico da cana-de-açúcar e o metanol, obtido do eucalipto).

No Brasil, utiliza-se em diversos setores o álcool etílico, ou etanol (anidro e hidratado), extraído da cana-de-açúcar. A produção do etanol no Brasil oscilou bastante entre 2005 e 2014. Veja o gráfico a seguir.

FONTE: Adaptado de: ANP. Anuário estatístico brasileiro de petróleo, gás e biocombustíveis 2015. Disponível em: www.anp.gov.br/?pg=76798#Se__o4. Acesso em: 14 abr. 2016. CRÉDITOS: Arte Ação/Arquivo da editora

Entre os fatores que podem diminuir a produção do etanol estão problemas climáticos, que interferem na safra da cana-de-açúcar e levam ao aumento da produção do açúcar, cujo preço se torna mais vantajoso no mercado internacional em comparação ao etanol. Por outro lado, a produção também pode se elevar em razão do aumento da fabricação de carros bicombustíveis (flex) e dos preços da gasolina em relação ao álcool combustível.

O Centro-Sul concentra 85% do cultivo da cana-de-açúcar e mais de 80% da produção de álcool. Os principais estados produtores dos dois tipos de álcool são Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Boxe complementar:

O Proálcool

O Proálcool (Programa Nacional do Álcool), criado em 1975 como tentativa de encontrar uma fonte de energia alternativa ao petróleo - cujos preços haviam disparado no mercado internacional -, apresentou aspectos positivos e negativos.

Aspectos positivos. O Brasil desenvolveu tecnologia própria e o álcool combustível é bem menos poluente que a gasolina.

Aspectos negativos. O álcool de cana (etílico) deveria ser substituído pelo álcool de eucalipto (metílico) porque este é menos poluente e, além disso, é menor o desgaste dos solos causado pelas plantações de eucalipto.

Grandes áreas rurais são usadas apenas para o cultivo da cana-de-açúcar com a finalidade de transformá-la em álcool etílico, caracterizando novamente a monocultura dessa planta.

Fim do complemento.

LEGENDA: Local de queima de bagaço de cana-de-açúcar para a geração de energia elétrica em usina no município de Cerqueira César (SP), em 2015.

FONTE: Paulo Fridman/Pulsar Imagens


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