No site da revista Superinteressante, você encontra várias reportagens sobre os povos do Ártico e do polo Norte. Nele, você poderá conhecer costumes, moradias e modos de vida de comunidades instaladas em regiões extremamente frias. Basta digitar “esquimó” no ícone de busca, no canto superior, e aparecerá uma lista de matérias sobre o assunto. Acesso em: 18 jun. 2014.
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Capítulo 2 - Orientação e localização
O QUE VOCÊ VAI APRENDER
• A necessidade de orientação no espaço geográfico ao longo do tempo
• A rosa dos ventos e os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais
• As linhas imaginárias sobre o planeta
• O sistema de coordenadas geográficas
CONVERSE COM OS COLEGAS
1. Que maneiras de se orientar e se localizar você conhece?
1. Resposta pessoal. Incentive os alunos a expressar suas opiniões. Entre outras maneiras de orientação, os alunos poderão mencionar a indicação de pontos de referência (edifícios, avenidas, rios, árvores), a observação dos astros (como o Cruzeiro do Sul e o movimento aparente do Sol) e o uso de instrumentos (mapa, bússola e GPS, por exemplo).
2. Observe a foto ao lado. Em sua opinião, como as pessoas fazem para se orientar na situação mostrada na imagem?
Fig. 1 (p. 26)
Caravana viajando pelo deserto de Thar, na Índia, em 2014.
Costas Anton Dumitrescu/Shutterstock.com/ID/BR
2. Resposta pessoal. Incentive o debate de ideias entre os alunos. Trabalhe com eles a ausência de pontos de referência que auxiliem a orientação na paisagem mostrada na foto. Nela, a caravana dependerá de outras formas para determinar o rumo a seguir, como a orientação pelos astros e por instrumentos.
3. Cite outras situações nas quais é preciso saber se orientar e se localizar.
3. Algumas possibilidades de resposta são: para a navegação (marítima, terrestre ou aérea), em estudos científicos, em mineradoras, em expedições de exploração de territórios, para a elaboração de estratégias militares ou em qualquer outra situação em que seja necessário o conhecimento de posições e direções.
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Para se orientar e se localizar no espaço, de maneira a percorrer grandes distâncias com segurança, tanto em terra quanto no mar, o ser humano desenvolveu conhecimentos e instrumentos de orientação e de localização. Ele criou, também, formas de representação dos lugares que conhecia e dos caminhos que percorria.
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Módulo 1 - Orientação
A observação dos astros possibilitou a diferentes sociedades orientar-se no espaço. Isso permitiu deslocamentos a grandes distâncias, mesmo em áreas onde não havia outros pontos de referência, como no mar.
Uma nova maneira de descobrir o mundo
Uma das primeiras maneiras de se orientar no espaço sem o emprego de instrumentos de orientação, como a bússola, foi a observação de referências físicas da superfície terrestre. Por exemplo, as pessoas acompanhavam o traçado de um rio, pois, além de garantir água e transporte, ele poderia servir como referência de localização.
Pontos elevados, como uma colina ou uma montanha, também eram usados. Nesse caso, bastava ter mais de um ponto de referência para determinar a direção a seguir. E para voltar era só acompanhar os mesmos pontos de referência.
Essas referências, porém, eram pouco eficientes no percurso de longas distâncias e não possibilitavam a orientação no mar, longe do litoral. Para tornar isso possível, foi necessário adotar outro modo de orientação.
Além de determinar pontos de referência na superfície terrestre, as pessoas passaram a observar o céu, ou seja, a posição das constelações (grupos de estrelas, como o Cruzeiro do Sul), de uma única estrela (como o Sol) ou da Lua (que é o satélite natural da Terra).
Orientar-se pelos astros permitiu as grandes navegações marítimas e a travessia de regiões inóspitas, como o imenso deserto do Saara, na África.
Fig. 1 (p. 28)
A observação de astros como forma de orientação foi muito importante para a navegação ao longo do tempo. Apesar do desenvolvimento de inúmeras tecnologias, ainda hoje, em muitas situações, pessoas utilizam os astros para orientar-se no espaço.
Foto mostrando o nascer do Sol em Maragogi (AL), em 2013.
Palê Zuppani/Pulsar Imagens
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Os pontos cardeais
A observação atenta de astros, como a Lua, o Sol e as estrelas, possibilitou aos seres humanos determinar a direção a seguir, mesmo sem pontos de referência na Terra.
Observando o movimento aparente do Sol, foram determinados os chamados pontos cardeais. Ao lugar onde o Sol aparece pela manhã convencionou-se chamar de leste (L), e a seu oposto, de oeste (O). A partir daí, estabeleceram-se também o norte (N) e o sul (S). Observe a ilustração.
Fig. 1 (p. 29)
Pela posição do Sol podemos conhecer a direção aproximada dos pontos cardeais.
A figura acima mostra a menina estendendo o braço direito para o lado em que o Sol nasce (leste) e o braço esquerdo para o lado em que o Sol se põe (oeste). Ao proceder dessa maneira, à sua frente está a direção norte e às suas costas está a sul.
AMj Studio/ID/BR
Nota
Representação para fins didáticos.
A situação apresentada não acontece da mesma maneira em todas as latitudes.
Com o conhecimento dos pontos cardeais e a invenção de instrumentos, as pessoas puderam viajar com mais segurança para lugares longínquos e desconhecidos. Registraram também os caminhos para esses lugares, de modo que pudessem retornar ao local de origem.
Siglas'>Pontos cardeais
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Siglas
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Norte
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N
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Sul
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S
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Leste
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L
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Oeste
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O
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ID/BR
A rosa dos ventos
Determinar direções era uma necessidade, principalmente para orientar os navegantes. Como não há pontos de referência no mar, os navegantes utilizavam os pontos cardeais.
Hoje, quando você observa mapas de qualquer tipo, encontra a indicação dos pontos cardeais ou pelo menos do norte, na representação. Isso serve para que a pessoa que lê o mapa possa orientar-se adequadamente. Essa indicação geralmente é feita por meio da rosa dos ventos. Veja ao lado.
Fig. 2 (p. 29)
Rosa dos ventos com pontos cardeais.
Vagner Coelho/ID/BR
N S O L
A origem do nome “rosa dos ventos”
O desenho da rosa dos ventos tem aparecido em diversos mapas desde o século XIV. Inicialmente, ela não representava os pontos cardeais, mas a direção dos principais ventos. O termo “rosa” tem origem na aparência do desenho, que lembra as pétalas dessa flor.
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Pontos colaterais e subcolaterais
Além dos pontos cardeais, foram criados os pontos colaterais e os subcolaterais. Todos esses pontos, indicados na rosa dos ventos, possibilitam a localização no espaço com maior precisão.
Os pontos colaterais são pontos intermediários entre os cardeais. Assim, entre o norte e o oeste fica o noroeste (NO); entre o norte e o leste fica o nordeste (NE); entre o sul e o oeste fica o sudoeste (SO); e entre o sul e o leste fica o sudeste (SE).
Pontos colaterais
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Siglas
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Nordeste
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NE
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Sudeste
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SE
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Noroeste
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NO
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Sudoeste
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SO
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ID/BR
Fig. 1 (p. 30)
Rosa dos ventos com pontos cardeais e colaterais.
N NE L SE S SO O NO
Entre os pontos cardeais e os colaterais, existem ainda os pontos subcolaterais.
Por exemplo, entre o norte e o nordeste está o ponto norte-nordeste (NNe); entre o leste e o nordeste está o leste-nordeste (LNe); entre o leste e o sudeste está o leste-sudeste (LSe), e assim por diante.
Siglas
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Pontos subcolaterais
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Localização
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NNe
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norte-nordeste
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Entre o norte e o nordeste
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LNe
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leste-nordeste
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Entre o leste e o nordeste
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LSe
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leste-sudeste
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Entre o leste e o sudeste
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SSe
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sul-sudeste
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Entre o sul e o sudeste
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SSo
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sul-sudoeste
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Entre o sul e o sudoeste
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OSo
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oeste-sudoeste
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Entre o oeste e o sudoeste
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ONo
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oeste-noroeste
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Entre o oeste e o noroeste
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NNo
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norte-noroeste
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Entre o norte e o noroeste
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ID/BR
Fig. 2 (p. 30)
Ilustrações: Vagner Coelho/ID/BR
Rosa dos ventos com pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
N NE L SE S SO O NO
ONo LNe OSo LSe NNo NNe SSo SSe
Fornecendo uma informação
Fig. 3 (p. 30)
Mulheres se orientando com o auxílio de um mapa, em Lille, na França, 2014.
Eddie Linssen/Alamy/Latinstock
Às vezes podemos utilizar nossos conhecimentos de orientação e localização ajudando alguém que está com dificuldade para achar o lugar que procura.
Acolher quem está perdido, mostrar receptividade e cordialidade não são apenas atitudes de respeito, mas também um exercício de cidadania.
MP
I. Na fotografia acima, a mulher com um mapa em mãos pede à outra que lhe explique como chegar a determinado lugar. Em sua opinião, de que maneiras é possível orientar uma pessoa que precisa de ajuda?
II. Imagine uma situação em que você precise explicar a um novo colega da classe como chegar a algum lugar da escola que ele não conhece. Como faria para orientá-lo?
III. Temos o hábito de indicar lugares apontando e mostrando. Como fazer para orientar uma pessoa com deficiência visual?
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Instrumentos de medição
Acredita-se que a bússola tenha sido inventada pelos chineses há 4 mil anos. Levada para a Europa pelos árabes, seu uso se generalizou nas navegações europeias do século XV.
O ponteiro da bússola aponta aproximadamente para o norte geográfico da Terra. A partir dele, são determinados os outros pontos (cardeais, colaterais, subcolaterais), possibilitando a orientação no espaço.
A bússola utiliza o magnetismo do planeta para indicar a direção norte. O núcleo da Terra, formado de níquel e ferro, gera um campo magnético no planeta, como um ímã, com polos próximos aos polos norte e sul geográficos.
Fig. 1 (p. 31)
Bússola com os pontos cardeais e colaterais. Observe o ponteiro indicando aproximadamente o norte geográfico da Terra.
Jacek/kino.com.br
O GPS
Nas últimas décadas, um aparelho chamado GPS (global position system) tem sido muito utilizado. Por meio de uma rede de satélites artificiais, o GPS pode apontar com precisão a localização de qualquer lugar na superfície terrestre e, consequentemente, a direção para chegar a ele.
No início, o GPS era utilizado para fins científicos e militares. Recentemente, seu uso se popularizou, incorporando-se a automóveis e aparelhos celulares para indicar caminhos, em especial no trânsito das grandes cidades.
Fig. 2 (p. 31)
Aparelho de GPS.
Fabio Colombini/Acervo do fotógrafo
Fig. 3 (p. 31)
O GPS informa com exatidão a sua posição na superfície terrestre, pois faz uso das informações enviadas por uma rede de satélites, em órbita a cerca de 20 mil quilômetros da superfície. Os satélites emitem ondas de rádio que são captadas pelo GPS. O aparelho faz o cruzamento dessas ondas e, com isso, é capaz de informar exatamente a sua localização.
Fonte de pesquisa: Klester Cavalcanti e Ricardo Villela. Perdido nunca mais. Veja, São Paulo, nov. 1998. Disponível em:
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