. Acesso em: 8 maio 2015.
Interligados
O trabalho de campo consiste em visitar um ou vários locais com o objetivo de aprofundar a compreensão de certos temas, aplicar técnicas e obter elementos que motivem outras pesquisas ou discussões em sala de aula. Permite também o desenvolvimento do companheirismo, a valorização do trabalho em equipe, o reconhecimento de limites e possibilidades e o aprofundamento do respeito ao meio ambiente e aos diversos modos de vida e manifestações culturais.
Nesse projeto, o foco também está em apresentar aos alunos como o conhecimento científico não está fragmentado no espaço geográfico, e sim interligado, interagindo sempre.
Professor, antes de realizar essa atividade, certifique-se de que os alunos têm a autorização dos pais ou responsáveis para a realização do trabalho de campo fora das dependências da escola. Se possível, seria interessante coordenar essa atividade com os outros professores das disciplinas relacionadas com o tema a ser escolhido para o trabalho de campo.
Defina com os alunos o tema e os objetivos do trabalho de campo. Sugerimos tópicos interdisciplinares, como:
• analisar o grau de preservação ambiental na vizinhança (juntamente com Ciências da Natureza); ou
• estudar o histórico de ocupação urbana da vizinhança (em análise conjunta com História).
Auxilie os alunos na elaboração do roteiro de entrevistas, a fim de que possam identificar possíveis entrevistados e registrar as impressões deles acerca do tema do trabalho de campo. Se possível, converse previamente com pessoas do bairro que estejam dispostas a ser entrevistadas pelos alunos. Oriente-os a respeitar as opiniões do entrevistado, inclusive caso ele não queira comentar algum tipo de pergunta.
Dependendo dos objetivos definidos com a turma, incentive-a a pesquisar mais informações sobre o bairro da escola, como o processo de ocupação
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dele, a vegetação existente e o número de moradores. O site do IBGE destinado aos municípios brasileiros pode ser uma boa fonte de informação (disponível em: . Acesso em: 28 abr. 2015). Outra fonte de informação importante é a prefeitura do município da escola. Geralmente, o poder público também disponibiliza essas informações em seus sites oficiais, como o da prefeitura ou da Câmara Municipal.
Oriente os alunos durante a realização do trabalho de campo:
• Peça que eles andem em grupos e, se possível, realizem a atividade com outros professores, para que possam manter os alunos sempre por perto. Convide, também, monitores para auxiliá-lo na atividade.
• Chame a atenção dos alunos para os elementos da paisagem. Incentive-os a registrar suas impressões, pois o trabalho em campo é o momento propício para isso. Posteriormente, esses registros vão ser analisados, ampliando o aprendizado sobre a área em estudo.
• Caso seja possível realizar a atividade de forma interdisciplinar, possibilite aos demais professores que também orientem a observação dos alunos.
Por fim, a confecção dos cartazes poderá ser feita com imagens, textos e questionários. Se houver a viabilidade da aplicação de vários questionários, é possível uma atividade interdisciplinar com Matemática, para organização de gráficos com os dados coletados. Se julgar oportuno, é possível antecipar o trabalho com a elaboração e a leitura de gráficos de barras propostas na seção Aprender a... da página 163.
Sugestões para o aluno
Para ler
• ASSOCIAÇÃO FRANCESA LES PETITS DÉBROUILLARDS. O coração da Terra. São Paulo: SM, 2005.
O que há nas profundezas da Terra? Como se descreve uma rocha líquida? Por que as erupções vulcânicas acontecem? Neste livro, o leitor vai descobrir esses e muitos outros segredos da Terra, além de aprender como funciona a grande máquina em que vivemos. Vai poder experimentar como se formam as estrelas e os planetas, e até fabricar o seu próprio vulcão.
• SARTORELLI, M. P.; GUERRA, S. M. B. dos S.; SERRANO, T. S. Os fósseis do senhor Asdrúbal. São Paulo: FTD, 2002.
Um grupo de adolescentes reencontra o colecionador de rochas, senhor Asdrúbal, que os convida para conhecer a nova ala de seu museu. Ao conhecê-la, os jovens entram em contato com o mundo dos fósseis, descobrindo a sua importância e aprendendo sobre as eras geológicas.
• VERNE, J. Viagem ao centro da Terra. São Paulo: FTD, 2007.
Um pergaminho escrito a mão com letras rúnicas escorrega de um livro de 700 anos, trazendo uma mensagem que motiva o professor Lidenbrock e seu sobrinho Axel a partirem de Hamburgo, na Alemanha, para a mais estranha e arriscada expedição científica do século XIX. Seria delírio fazer uma viagem tão perigosa? Essa era a opinião de Axel, da qual evidentemente seu tio não compartilhava, pois não havia argumento ou teoria científica que fizesse o professor desistir.
Sugestões para o professor
Para ler
• LENZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia geral. São Paulo: Nacional, 2003.
• TEIXEIRA, W. (Org.). Decifrando a Terra. São Paulo: Nacional, 2000.
Para assistir
• Inferno de Dante. Direção: Roger Donaldson. Estados Unidos, 1997 (108 min).
Para acessar
• Com Ciência
• Ibama
• Ministério do Meio Ambiente
• WWF Brasil
• WWI-Worldwatch Institute
Acessos em: 1º maio 2015.
Capítulo 7. A hidrosfera terrestre
• Objetivos do capítulo
• Compreender a importância da água como recurso natural e para a dinâmica da natureza.
• Verificar a distribuição e a disponibilidade de água no planeta.
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• Desenvolver nos alunos a consciência da necessidade do uso racional da água.
• Reconhecer os recursos marinhos e a sua importância econômica.
• Entender a importância da exploração de petróleo e de gás natural em águas profundas.
• Identificar as características do transporte oceânico.
• Reconhecer as causas dos impactos ambientais que atingem as águas oceânicas e continentais e formar senso crítico em relação a possíveis soluções.
• Conteúdos
Conceituais
• Importância da água.
• Ciclo da água.
• Distribuição da água no planeta.
• Águas oceânicas.
• Recursos marinhos.
• Transporte oceânico.
• Águas continentais e aproveitamento econômico.
• Rios e águas subterrâneas.
• Água: poluição e impactos ambientais.
Procedimentais
• Leitura e interpretação de textos.
• Análise de esquemas.
• Resolução de problemas.
• Localização de fenômenos em mapas.
• Uso das fotografias para contextualizar informações do texto.
• Construção e análise de gráficos.
Atitudinais
• Conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente.
• Desenvolvimento da responsabilidade em relação aos problemas ambientais.
• Conscientização da importância da água tratada para a saúde da população e da necessidade de exigir do Estado esse tipo de serviço.
• Participação contributiva em atividades coletivas.
• Orientações didáticas
p. 144 e 145
A imagem de abertura, que retrata pessoas coletando água em um poço no Níger, pode ser explorada para introduzir várias questões relacionadas à disponibilidade de água potável, como a distribuição irregular das águas continentais, a necessidade de utilizá-la racionalmente, a poluição dos recursos hídricos, etc.
A seção Converse com os colegas também permite preparar o olhar dos alunos para os temas que serão tratados no decorrer do capítulo. As questões propostas permitem fazer algumas reflexões sobre esses temas. Oriente os alunos nessas reflexões, promovendo discussões que possam aproximar os assuntos da realidade deles.
Atividade 4. O lugar mostrado na imagem parece ser uma vila ou aldeia na região do Sahel, onde não existe água encanada. Provavelmente, as pessoas que vivem nessa região sofrem com a falta de água.
Atividade 5. Os alunos podem apontar motivos naturais, como o clima seco ou um período de estiagem prolongada, e também motivos sociais, como a poluição. Neste primeiro contato com o tema, pode ser citada também a desigualdade da distribuição, uma vez que a falta de água encanada pode ser a realidade de muitos alunos. É importante verificar os conhecimentos prévios deles e refletir com eles sobre a realidade do local onde vivem.
Atividade 6. Se julgar adequado, anote no quadro de giz os conhecimentos prévios dos alunos sobre as águas oceânicas: disponibilidade, usos, restrições, degradação, etc. Ao final, peça que registrem as informações. Ao longo do estudo, possibilite momentos de retomada do que eles mencionaram, verificando sua correção ou reavaliando a informação, se for o caso.
Texto complementar para o aluno
Um mundo sem água
Vista da vastidão do espaço, a Terra é um planeta admirável: sob a luz do Sol, ela é azul e recoberta por água (nos oceanos, geleiras, rios, cumes das montanhas e atmosfera) e, à noite, mostra pontos de luz não natural.
Alguns sensores indicariam fontes de energia, emanações gasosas e emissões de sinais eletromagnéticos. Em outras palavras, a Terra não só possui condições favoráveis para sustentar vida; possui vários indícios de vida inteligente.
Quando olhamos para o espaço e pensamos na possibilidade de vida em outros planetas, nós nos lembramos da água: “Sinais de água em Marte!”; “Satélites são cobertos de gelo!”.
Quando olhamos para o passado da humanidade, recordamos as grandes civilizações que floresceram às margens dos rios. Quando olhamos para o microscópio, constatamos que somos essencialmente formados de água. Então, como o homem se relaciona com a água?
Sabemos que, do total de água disponível no planeta, 97% se distribuem pelos oceanos, 2% aparecem nas geleiras e o resto está à nossa disposição.
A água é um recurso finito. A oferta de água utilizável não tem aumentado, mas a população cresce em ritmo acelerado (mais 2 bilhões em 25 anos); em 2025, 70% da humanidade sofrerá
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com a falta de água, contra os 50% de hoje; milhões de pessoas adoecem diariamente, vítimas de diarreia e esquistossomose, devido ao consumo de água não tratada. Quanto isso custa em remédios, leitos hospitalares e pessoal? […]
Kondo, M. M. Disponível em:
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