Geografia 6º ano



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. Acesso em: 7 maio 2015.

p. 190

Apesar de muito se falar sobre o aquecimento da atmosfera terrestre, não são todos os pesquisadores que acreditam nisso. A seguir, leia um texto que corrobora a teoria do aquecimento global e o agravamento do efeito estufa, e outro que contesta estas ideias.



Texto complementar para o professor

Relatório final do IPCC não deixa dúvidas: precisamos agir agora

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) lançou hoje [2 de novembro de 2014] a parte final de seu 5º Relatório de Avaliação do clima. Esse volume sintetiza os documentos e as descobertas do órgão do último ano e traz, pela primeira vez, a clara mensagem aos governantes de que nossa visão deve ser zerar as emissões de gases de efeito estufa.

Entre 2000 e 2010 as emissões cresceram mais rapidamente do que na década anterior, sobretudo em razão do aumento do uso de carvão para geração de energia. Hoje, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera é a mais alta desde os últimos 800 mil anos. Se nada for feito, a previsão é de que até 2100 a temperatura média global aumente 5 ºC.

A maneira mais fácil de reduzir essa tendência é acelerar a adoção de energias renováveis, um processo que já tem acontecido ao redor do mundo. “Para os cientistas, não há nenhuma dúvida sobre como devemos lidar com as mudanças climáticas. Os Governos podem entender isso e começar a reduzir imediatamente o uso de carvão e óleo, ou podem ignorar essa realidade e só lidar com ela mais tarde, a um custo econômico e social muito mais elevado. Não há porque ignorar o elevado potencial das energias renováveis e atrasar nossa migração para um futuro sustentável”, disse Martin Kaiser, diretor de política climática internacional do Greenpeace. [...]



Greenpeace. Disponível em: . Acesso em: 7 maio 2015.

Página 298

Texto complementar para o professor

Não existe efeito estufa, diz Ricardo Felício

[...]


Segundo Felício, todas as teorias do aquecimento global seriam provenientes de modelos numéricos no computador, os quais simulam as condições naturais. O professor afirma que esses modelos não representam fielmente a realidade, pois não simulam o Sol e a atmosfera, apenas os gases do Efeito Estufa, cuja existência ele nega.

Seu maior argumento baseia-se na relativa raridade do CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico), suposto maior vilão na luta contra o aquecimento. Um dos chamados gases traços (nome dado aos menos abundantes), ele apresenta uma concentração aproximada de 0,033% na atmosfera. Segundo o cientista, essa baixa concentração o impede de exercer grande influência climática. [...]

Segundo o pesquisador, o que mantém a temperatura da Terra amena não são os gases do Efeito Estufa, mas a atmosfera, que impede mudanças bruscas e violentas baseadas na variação da radiação solar. [...]

Uma das maiores evidências que apresenta contra o papel do gás carbônico no aquecimento é o fato de que, durante as duas últimas Eras Glaciais, sua concentração era dez vezes maior que a de hoje. Além disso, ele afirma que a atividade humana responde por cerca de 2% do CO2 do planeta, muito pouco para exercer algum impacto significativo.

[...]

Aun. Disponível em: . Acesso em: 7 maio 2015.

Sugestão de atividade complementar

Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre o ranking dos países mais poluentes do mundo. Quando a pesquisa estiver finalizada, leia com a turma o boxe O protocolo de Kyoto.



A partir da leitura, os alunos vão perceber que os Estados Unidos, apesar de serem o país mais poluente do mundo, não assinaram o protocolo, dificultando a ação conjunta dos países em prol da redução da poluição no planeta. Discuta com os alunos os prováveis motivos que levaram os Estados Unidos a não aderirem às determinações do protocolo.

p. 191

Atividade 2a. Em situação normal, o ar quente, menos denso, sobe, levando consigo os poluentes. No entanto, isso não ocorre quando há inversão térmica. Este fenômeno acontece quando o ar frio fica posicionado abaixo da camada de ar quente. Sendo o ar frio mais denso, ele fica mais perto da superfície, o que impede a poluição atmosférica de se dispersar.

Atividade 2b. Ao dificultar a dispersão de poluentes, especialmente nas grandes cidades, a inversão térmica compromete a qualidade do ar e a saúde da população, causando ou agravando problemas respiratórios. Atividade 3a. Efeito estufa é um fenômeno natural responsável pela retenção de parte da radiação solar na atmosfera, sob a forma de calor. Algumas substâncias presentes na atmosfera (como o vapor de água, a poeira e o gás carbônico, entre outras) retêm uma parte do calor proveniente da radiação solar e do calor refletido pela superfície, mantendo aquecida a superfície da Terra.

Atividade 3b. A intensificação do efeito estufa pode provocar o aquecimento global, com mudanças no clima da Terra, com a intensificação de eventos extremos, como ondas de calor, chuvas torrenciais, furacões e secas mais prolongadas. Pode também provocar o derretimento das geleiras das regiões polares, elevando o nível da água dos mares e oceanos. Assim, milhares de cidades litorâneas e ilhas correm o risco de desaparecer, ficando submersas no mar.

Atividade 4a. Não, pois os hemisférios Norte e Sul são diferentes e, portanto, podem ter médias de temperaturas diferentes.

Atividade 4b. O oceano Pacífico, cuja variação de temperatura pode afetar a dinâmica global, uma vez que a atmosfera é aquecida a partir da superfície e esse oceano ocupa cerca de um terço da superfície terrestre.

Atividade 4c. Espera-se que os alunos percebam, a partir da leitura dos dois textos, que a comunidade científica não entrou em consenso sobre a participação do ser humano ser significativa na intensificação do efeito estufa e, consequentemente, no aumento das temperaturas no planeta. Promova um debate com os alunos sobre o assunto. Se julgar necessário, peça a eles que façam uma pesquisa prévia em fontes confiáveis, como jornais e revistas de grande circulação e sites de organizações públicas, de universidades e do governo. Destaque o papel do oceano Pacífico na dinâmica climática global e também comente que as atividades econômicas têm se intensificado e lançado cada vez mais gases de efeito estufa na atmosfera. A ideia do debate é mostrar aos alunos que não há consenso entre os especialistas do tema e que a dúvida favorece o saber científico, uma vez que leva à busca de novas respostas.

p. 193

Para o Antes de ler desta página os alunos devem relacionar as mudanças climáticas e seus efeitos sobre os



Página 299

seres vivos na Terra. Os ursos polares são um dos animais que, até o momento, mais tem sido atingidos pelo aumento de temperatura do planeta.



p. 196

Atividade 1a. Equatorial: caracteriza-se pelo predomínio de altas temperaturas e chuvas abundantes ao longo do ano. Tropical: caracteriza-se pelo predomínio de verões mais quentes e chuvosos e invernos um pouco mais frios e secos. Tropical atlântico: caracteriza-se pelo predomínio de altas temperaturas, com ligeiras quedas durante o inverno; as chuvas se concentram durante o verão no SE e durante o inverno no NE. Tropical de altitude: apresenta médias de temperatura mais baixas que o clima tropical, com chuvas concentradas no verão. Semiárido: caracteriza-se por altas temperaturas durante o ano todo e baixa ocorrência de chuvas. Subtropical: caracteriza-se pelo predomínio de baixas temperaturas no inverno e temperaturas mais altas no verão; as chuvas são bem distribuídas durante o ano todo.

Atividade 1b. Oriente os alunos a consultar o mapa da p. 183. Se viverem em estados onde ocorre mais de um tipo de clima, oriente-os a localizar o clima correspondente ao da sua região ou ao do seu município.

Sugestões para o aluno

Para ler

CALDAS, S. T. Terra sob pressão: a vida na era do aquecimento global. São Paulo: Moderna, 2008.

O livro aborda a questão do aquecimento global problematizando os riscos que ameaçam a disponibilidade de recursos naturais na Terra e os cuidados necessários para evitá-los.

PORTELA, F.; ANDRADE, J. C. de. Secas no Nordeste. São Paulo: Ática, 2004.

A obra conta a história de uma equipe de reportagem que vai fazer filmagens no sertão do Nordeste e descobre a existência de pessoas poderosas que tiram proveito econômico dos problemas decorridos da seca.

STERN, I. Sobrevivendo ao frio. São Paulo: Atual, 2005.

A obra descreve a fauna e a flora dos polos Norte e Sul. Explica a maneira como os organismos sobrevivem ao clima nas zonas polares ou nas áreas montanhosas, onde o frio é muito intenso. Ricamente ilustrado e repleto de mapas, o livro também narra as aventuras humanas na conquista dos polos e do monte Everest, descreve a vida dos povos inuítes e analisa como eles se adaptam ao clima.

Sugestões para o professor

Para ler

PARKER, S. Clima e previsão do tempo. São Paulo: Melhoramentos, 1995.

TOLENTINO, M. et al. A atmosfera terrestre. São Paulo: Moderna, 2004.

Para acessar

• Climatempo, site de previsão de tempo


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