Geografia 6º ano

. Acesso em: 7 maio 2015.

Boxe de valor

O objetivo deste boxe é levar o aluno a perceber que, como cidadão, também é responsável pela preservação e pelo cuidado com o ambiente que o cerca.

A abordagem desse boxe permite também levantar questionamentos sobre a ocupação irregular das várzeas dos rios, o desmatamento, que provoca assoreamento dos rios, a impermeabilização do solo e outras ações humanas que potencializam as enchentes, as quais são fenômenos naturais. Além disso, essas questões permitem entender que a ocorrência de determinados fenômenos (como as enchentes) resultam da inter-relação de outros, sendo necessário analisá-los globalmente para compreendê-los de modo consistente.

As chuvas torrenciais podem aumentar a incidência de enchentes, sobretudo nas cidades, porque geralmente não há escoamento de água por causa da impermeabilização dos solos, dos bueiros entupidos, de assoreamento dos rios. Assim, há alagamentos e consequentemente enchentes, que inundam casas, levando famílias a perder seus bens e a ficar expostas às doenças trazidas pelas águas contaminadas. A população mais atingida é a mais pobre, que mora perto de rios e córregos e em lugares sem rede de esgoto.

Texto complementar para o professor

Energia eólica

Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cata-ventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento de água.

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Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tentativas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 1970), é que houve interesse e investimentos suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala comercial. […]

No Brasil, os primeiros anemógrafos computadorizados e sensores especiais para energia eólica foram instalados no Ceará e em Fernando de Noronha (PE), no início dos anos 1990. Os resultados dessas medições possibilitaram a determinação do potencial eólico local e a instalação das primeiras turbinas eólicas do Brasil.

Potencial eólico brasileiro

Embora ainda haja divergências entre especialistas e instituições na estimativa do potencial eólico brasileiro, vários estudos indicam valores extremamente consideráveis. Até poucos anos, as estimativas eram da ordem de 20000 mW. Hoje a maioria dos estudos indica valores maiores que 60000 mW. Essas divergências decorrem principalmente da falta de informações (dados de superfície) e das diferentes metodologias empregadas.

De qualquer forma, os diversos levantamentos e estudos realizados e em andamento (locais, regionais e nacionais) têm dado suporte e motivado a exploração comercial da energia eólica no País. Os primeiros estudos foram feitos na região Nordeste, principalmente no Ceará e em Pernambuco. […]

Aneel. Disponível em: . Acesso em: 6 maio 2015.

Sugestão de atividade complementar

Se julgar adequado, peça aos alunos que pesquisem e selecionem reportagens de jornais, revistas e de sites da internet sobre enchentes, chuvas de granizo, ondas de frio e de calor intenso ocorridas em alguma localidade, etc. Divida a turma em pequenos grupos e peça que sistematizem as informações encontradas nos textos, atendo-se aos prejuízos socioeconômicos decorrentes desses fenômenos atmosféricos. Na etapa seguinte, discuta as possíveis soluções encontradas para amenizar tais efeitos nas localidades onde ocorrem.

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Atividade 1a. Caso os alunos desconheçam informações sobre a energia eólica, incentive-os a pesquisar sobre o assunto, integrando conhecimentos de Ciências. Outra possibilidade é fazer uma breve explanação sobre o aproveitamento da energia proveniente dos ventos, solicitando no final que os alunos façam o registro do que entenderam. Caso julgue necessário, comente que a força dos ventos pode ser utilizada para impulsionar veleiros; movimentar moinhos, empregados no processamento de cereais ou no bombeamento de água; gerar energia elétrica – nesse caso, aborde a invenção dos dínamos, geradores que transformam a energia mecânica em energia elétrica, bastando para movimentá-los a aplicação de força como a proveniente dos ventos (ou de águas correntes e até mesmo de geradores movidos a diesel).

Atividade 1b. O ar se desloca de locais frios e de alta pressão para lugares quentes e de baixa pressão, formando correntes, ou seja, os ventos, que são o ar em movimento.

Atividade 3a. Ela ocorre quando ventos carregados de umidade ascendem em razão de algum obstáculo natural, como morro, serra ou montanha. Conforme se elevam, os ventos perdem temperatura, o vapor de água se condensa, e forma-se a precipitação.

Atividade 3b. Além das chuvas orográficas, os alunos podem citar as frontais (que ocorrem quando duas massas de ar com temperaturas diferentes se encontram) e as convectivas (que ocorrem sobretudo em climas equatoriais e nas tempestades de verão das zonas temperadas e tropicais, quando há intensa evaporação). Aproveite a atividade para relacionar temas estudados em Geografia ao cotidiano dos alunos p. 181

Atividade 3. Antes de realizar essa atividade, procure saber com a coordenação da escola se existe na classe algum aluno que tenha passado por uma situação trágica envolvendo uma catástrofe natural, como a morte de parentes. Dependendo do caso, é melhor trabalhar o texto com outro tipo de atividade. Você pode pedir que os alunos tragam notícias e fotografias sobre a situação de Nova Orleans antes e depois da passagem do Katrina. Também pode pedir material sobre o tsunami do Japão em 2011, para traçar paralelismos entre os dois casos.

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Sobre as massas de ar, é importante garantir que os alunos compreendam que o deslocamento dessas massas provoca grandes alterações nas condições da atmosfera, podendo causar mudanças rápidas no tempo atmosférico das regiões por onde passam. Devem também compreender que a sucessão de massas de ar com características semelhantes durante certos períodos contribui para a caracterização das estações do ano, cujo padrão sazonal (que tende a se repetir todo ano, nos mesmos períodos) é referência para a classificação dos tipos climáticos. Finalize a explicação explorando com os alunos os mapas de massas de ar no inverno e no verão no território brasileiro, mostran-

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do-lhes, por meio da comparação, que a atuação das massas de ar tende a ocorrer de maneira distinta nos meses de inverno e nos meses de verão.

Para mais informações sobre o funcionamento das massas de ar, acesse o site do Centro de Previsão de Tempo e Estudo Climáticos (Cptec):