Geografia 6º ano



Yüklə 1,51 Mb.
səhifə40/49
tarix06.09.2018
ölçüsü1,51 Mb.
#77867
1   ...   36   37   38   39   40   41   42   43   ...   49
. Acesso em: 15 mar. 2015.

Você já ouviu falar sobre os créditos de carbono?

Realize uma pesquisa sobre o mercado de créditos de carbono. Com base no que você descobrir, produza um texto argumentativo, cujo tema deve conter a seguinte afirmação: A influência dos países desenvolvidos sobre os chamados “países em desenvolvimento” na corrida pelas responsabilidades ambientais

Seu texto deve conter argumentos sobre os protocolos ambientais, as diferenças socioeconômicas entre os países ricos e pobres, os níveis de desenvolvimento industrial e tecnológico desses países e as consequências para o planeta da disputa política ao redor das responsabilidades ambientais.

Após escrever o texto, com a ajuda do(a) professor(a), promova um debate em que todos os colegas apresentem informações sobre o que pesquisaram, de forma a complementar a pesquisa feita individualmente. Se acharem interessante, um painel expositivo sobre as descobertas da classe pode ser confeccionado para ser exibido na escola.

Página 228

14. Formações vegetais do Brasil e sua diversidade

Fig. 1 (p. 228)

Caranguejo-uçá no manguezal em Camocim, CE, 2014.

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS

Ao longo dos capítulos anteriores, compreendemos a formação da Terra, o ciclo da água, o relevo e os climas presentes no Brasil e no mundo Isso nos fornece a base para entendermos a importância da vegetação para a vida nos diversos biomas do mundo como resultado da interação entre todos esses componentes Observe atentamente as imagens a seguir

Página 229

Fig. 1 (p. 229)

Barqueiro no manguezal na Ilha do Marajó, PA, 2006.

RICARDO AZOURY/OLHAR IMAGEM

1 O que você vê nesses recortes da paisagem? Como é a vegetação? E os animais? Há presença de água? Registre as respostas em seu cadernol.

2 Os mangues desenvolvem-se em áreas litorâneas, no encontro de água salgada com água doce De acordo com o que estudamos no Capítulo 12 sobre clima, responda em seu caderno: em qual zona climática você imagina que se encontram os manguezais? Por quê? Há indícios desse clima na foto?

Página 230

Os biomas

O que surge na sua mente quando lê a palavra bioma? Biologia? Biodiversidade? O termo “bio”, comum a essas palavras, significa “vida” em grego; “oma” significa grupo, agrupamento. Então, ao unir ambos os termos, temos a palavra bioma, que significa agrupamento de vidas, de espécies, de ecossistemas. Em um bioma, desenvolvem-se vegetações que variam de acordo com suas características próprias.

Para compreender uma formação vegetal, é necessário conhecer os vários fatores naturais que interagem com ela e as espécies que estão agrupadas nos biomas e ecossistemas onde ocorre seu desenvolvimento.

Quando olhamos para uma paisagem e, mais especificamente, para a vegetação de um bioma, precisamos nos questionar sobre o que já ocorreu ali para que chegasse àquela configuração atual. Além de atentar para a hidrografia, o relevo e o clima atual, também é preciso observar os efeitos desses fatores ao longo do tempo e que resultaram em determinada formação vegetal, gerando paisagens específicas em cada lugar, em cada bioma. Assim, cada paisagem será constituída de acordo com suas particularidades. Observe o mapa a seguir sobre os biomas do Brasil.



Glossário
Ecossistema: o conjunto de seres vivos de um lugar específico e as relações que estabelecem entre si e o meio ambiente.

Fig. 1 (p. 230)

MARIO YOSHIDA

Brasil: biomas

Equador 0°

OCEANO

ATLÂNTICO

OCEANO

PACÍFICO

50°O

BIOMA AMAZÔNIA

BIOMA

CERRADO

BIOMA

PAMPA

BIOMA

PANTANAL

BIOMA

CAATINGA

B I OM A M A T A A T L ÂN TICA

Trópico de Capricórnio

0 405 km


Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. p. 89.

Página 231

Florestas Equatoriais e Tropicais

Localizadas ao longo da Linha do Equador e nos Trópicos (observe o mapa “Brasil: biomas”), essas florestas são bastante úmidas e quentes, características consequentes da irradiação solar intensa e de chuvas constantes. Isso possibilita a presença de uma enorme biodiversidade, o maior agrupamento mundial de espécies de seres vivos.



Fig. 1 (p. 231)

Vista aérea da Reserva Indígena Ingarikó, com destaque para Cachoeira Arongarem, Uiramutã, RR, 2014.

RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS

Tal biodiversidade é muitas vezes sinônimo de riqueza natural e, por proporcionar solos muito férteis, é alvo frequente da indústria agropecuária e mineradora e das madeireiras. Grandes áreas de tais florestas também são desmatadas com a abertura de novas estradas.



Vegetação da Floresta Amazônica

Trata-se da maior Floresta Tropical do planeta. Ela abrange partes dos territórios do Brasil, Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Colômbia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, e nela encontra-se 20% da reserva de água doce de toda a Terra.

Sua extensão no Brasil abarca os estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Amapá, Rondônia, Tocantins e partes do Maranhão e Mato Grosso. Assim, compreende-se que essa área ultrapassa 60% do território nacional. Ao longo da Floresta Amazônica corre o maior rio do mundo, o Amazonas, com cerca de 6,8 mil quilômetros de comprimento. Será que conseguimos imaginar tanta água correndo?

Página 232

Além da quantidade de água, tampouco podemos imaginar que essa floresta concentra 1,5 milhão de espécies vegetais. Porém, ainda que você não seja proveniente dessa região, deve conhecer os seguintes frutos:



Fig. 1 (p. 232)

Frutos do açaí, típicos da região amazônica, 2013.

IARA VENANZI/PULSAR IMAGENS

Fig. 2 (p. 232)

Castanhas-do-pará com e sem casca. Manaus, AM, 2013.

EDSON GRANDIZOLI/PULSAR IMAGENS.

Ainda que a Floresta Amazônica seja considerada Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ela continua a ser vítima de desmatamento, mesmo que às vezes em ritmo menor, e ainda presenciamos intensa derrubada de vegetação para a expansão de fazendas e o comércio de madeiras das árvores derrubadas.



Vegetação da Mata Atlântica

Esta floresta tropical estendia-se ao longo do litoral brasileiro desde o Rio Grande do Sul, adentrava São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Maranhão, e ia até a Paraíba pela costa litorânea. Com o passar do tempo, no entanto, a Mata Atlântica sofreu intenso desmatamento. Além da costa litorânea, ela ocupava áreas que sofreram grandes transformações, primeiro com a instalação de grandes fazendas, depois com o surgimento e crescimento de muitas cidades onde reside hoje a maioria da população brasileira.



Página 233

Conexões

A expansão da ocupação humana

O crescimento das grandes cidades brasileiras não se deu de maneira adequadamente planejada, em especial no âmbito da ocupação do solo. O caso do Rio de Janeiro ilustra bem como se comportou o crescimento populacional em relação ao espaço disponível. Serras foram loteadas para moradia e morros passaram a se transformar em bairros, sejam eles regulares ou não. Isso tudo ocorreu sem que houvesse um único estudo prévio do que poderia acontecer se o bioma original fosse completamente modificado.



Fig. 1 (p. 233)

RENATA MELLO/OLHAR IMAGEM

Ocupação humana em morros do Rio de Janeiro, RJ, 2009.

Com a derrubada da vegetação para a abertura de áreas destinadas à ocupação humana, o solo da Mata Atlântica começou a sofrer diferentes ações que o tornaram mais vulnerável à instabilidade e a erosões. Ou seja, sem as raízes das árvores e a matéria orgânica em sua superfície, as chuvas fortes podem desbarrancar terrenos.

São chamadas “áreas de risco” aquelas que oferecem perigo de desabamento e erosão, e que, preferencialmente, não devem ser ocupadas pelo ser humano. É preciso ressaltar, porém, que nem sempre essas áreas são ocupadas por pessoas que não têm condições financeiras de arcar com outros terrenos. A região das serras do Rio de Janeiro é destino turístico para milhares de brasileiros. Condomínios de luxo e hotéis no topo dos morros também correm risco de desabamento caso o solo não consiga drenar toda a água das chuvas de verão.

Mesmo quando os desabamentos são causados por fenômenos naturais, a presença do ser humano, alterando a natureza, pode acelerar o processo. Assim, as recomendações quanto a essas áreas de risco é que não haja ocupação para que, caso ocorra algum desastre natural, pessoas não se acidentem.

Com base no que aprendemos até agora, responda em seu caderno:
1. Na cidade onde você mora, há moradias construídas em morros ou montanhas? Você descreveria essas áreas como pouco, relativamente ou muito ocupadas pelo ser humano?
2. Na sua cidade já houve casos de desabamento ou deslizamento de terra? Em que época ocorreu? Como era o relevo do lugar? Caso não se recorde de nenhum fenômeno, pesquise em jornais ou na internet se houve algum desastre natural nos últimos cinco anos.

Página 234

A Mata Atlântica não possui uma fisionomia única, uma vez que se encontra em diferentes latitudes e, consequentemente, climas, o que lhe confere uma grande diversidade de paisagens. Exemplo disso são as restingas e os mangues, que possuem enorme relevância para a sobrevivência de populações tradicionais. Observe a imagem a seguir.



Fig. 1 (p. 234)

Encontro de água doce com água salgada na foz do Rio Ribeira de Iguape e Mar Pequeno. Na margem do rio, vegetação de mangue. Iguape, SP, 2014.

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

A ocorrência dos manguezais ocorre em áreas de transição do ambiente terrestre para o marinho em regiões tropicais e subtropicais. São influenciados pelo regime de marés e apresentam elevada umidade. No encontro do rio com o mar, a mistura de água doce e salgada resulta na chamada água salobra. Essa água propicia a reprodução de caranguejos, ostras, camarões e diversas espécies de peixes.

As restingas, por sua vez, podem ser consideradas como a vegetação entre áreas alagadas e a mata, sendo basicamente arbustiva. Formam-se em praias, dunas e estuários de rios. No Brasil, estão concentradas ao longo da Mata Atlântica, sofrendo forte influência do mar.

Fig. 2 (p. 234)

Restinga em Canoa Quebrada, Ceará, anos 2000.

JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM

Página 235

Vegetação da Mata dos Cocais

Esta vegetação não apresenta uma larga extensão no território brasileiro, pois é considerada como zona de transição entre a Floresta Amazônica e Caatinga, de que trataremos mais adiante. Assim, possui características de ambas, como é possível notar na palmeira do açaí e na do buriti, e recebe menor quantidade de chuvas por estar mais próxima do clima semiárido, que também estudaremos neste capítulo. Veja a próxima imagem.



Fig. 1 (p. 235)

Mata de Cocais com palmeiras buriti no povoado de Itamatatiua, Alcântara, MA, 2014.

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGEM

Florestas Subtropicais

Por mais que as áreas remanescentes deste e de outros biomas estejam hoje bastante reduzidas, sua preservação é imprescindível para que as populações locais e também os turistas conscientizem-se de sua importância para o equilíbrio de outros ecossistemas e, ao fazer um paralelo com o que antes existia, dos danos que o desmatamento pode trazer. No Brasil, encontramos resquícios da Floresta Subtropical na região Sul do país.



Vegetação da Mata de Pinhais ou de Araucárias

Esta formação florestal foi denominada com base nas árvores mais abundantes do bioma, as araucárias, também conhecidas como pinheiros-brasileiros ou pinheiros-do-paraná, que, por sua vez, possuem grande importância cultural no país, pois produzem o pinhão, alimento muito consumido principalmente na região Sul e também em festas juninas.



Página 236

A Mata de Pinhais abrange os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Observe as imagens a seguir.



Fig. 1 (p. 236)

Mata de Araucária no Parque Nacional de São Joaquim, Urubici, SC, 2012.

FABIO COLOMBINI

Fig. 2 (p. 236)

Pinhões de araucárias. Porto Alegre, RS, 2014.

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Essa vegetação, por se desenvolver em áreas de climas tipicamente mais frios, também pode ser encontrada em locais de maior altitude de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, a área em que se observa tal floresta não é a mesma da ocupação original. O desmatamento foi decorrente da presença do ser humano no bioma: construção de casas de madeira de araucária e exploração agropecuária.



Vegetação de formações arbustivas e herbáceas

As formações arbustivas e herbáceas possuem esse nome por terem arbustos e vegetação rasteira. Caracterizam-se também por possuírem largo espaçamento entre os grupos de vegetação em relação às florestas.

Esse tipo de formação vegetal ocorre com a presença do clima tropical, com estações secas e a úmidas bem definidas e alternadas entre si.

A flora apresenta-se de forma escassa, com poucas árvores baixas de troncos finos, vegetação rasteira e arbustiva. No Brasil, essa vegetação desenvolve-se no Cerrado e na Caatinga.



Vegetação do Cerrado

Considerado o segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado é reconhecido como a savana mais rica do mundo por sua biodiversidade exuberante e por ser o berço de importantes aquíferos: Bambuí e Guarani. Abrange treze estados brasileiros, principalmente na região Centro-Oeste do país.

Da mesma maneira que a Mata Atlântica, o Cerrado apresenta diferentes fisionomias. Porém, sempre mantém a característica de suas árvores como vegetação de pequeno porte com galhos retorcidos e raízes profundas que, em época de seca, buscam na profundidade de seus solos ácidos a umidade dos aquíferos.

Glossário
Aquífero: reservatório de água no subsolo. Por meio da infiltração de água, é capaz de retê-la e de cedê-la, originando e abastecendo rios.

Página 237

Questionando

Devido à existência de grandes áreas com pouca população no Cerrado, os proprietários das grandes fazendas vislumbraram uma grande possibilidade de expansão de suas terras. Planícies e campos esparsos pareciam ser as condições ideais para o desenvolvimento econômico da região e do país. Assim, sua biodiversidade foi intensamente afetada pelo cultivo de grãos, como milho e soja, como retrata a imagem ao lado, e pela criação de gado bovino em grandes áreas de pastagem.

Os problemas ambientais decorrentes dos processos de desmatamento no Cerrado não são tão fortemente combatidos quando comparados com a preocupação mundial que acompanha os desmatamentos na Amazônia, por exemplo.

Fig. 1 (p. 237)

Plantação de soja na Serra da Canastra, Delfinópolis, MG, 2015.

CASSANDRA CURY/PULSAR IMAGENS

Gráficos comparativos do desmatamento da Amazônia e do Cerrado



Fig. 2 (p. 237)

MARIO YOSHIDA

Desmatamento da Amazônia e do Cerrado (em km2)

25.396


27.772

19.014


14.286

11.651


12.911

7.464


7.000

7.415


6.418

7.653


8.172

8.905


4.822

3.509


4.447

3.757


2.997

3.724


4.571

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Amazônia

Total desmatado19%

Áreas protegidas45%

Cerrado


Total desmatado44%

Áreasprotegidas 10%

Adaptado de: INPE, UFG, IMAZON apud CALIXTO, Bruno. Desmatamento do Cerrado, o novo vilão ambiental do Brasil. Época, 6 out. 2014. Disponível em:


Yüklə 1,51 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   36   37   38   39   40   41   42   43   ...   49




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin