. Acesso em: 16 fev. 2015.
Página 241
2 Com base na leitura do texto, responda em seu caderno:
a) De acordo com as pistas fornecidas pelo autor, em qual bioma está a cidade de São Joaquim?
b) Considerando que o autor retrata o acontecimento com preocupação, seria possível dizer que tanto a infraestrutura da cidade como a própria população estão preparadas e acostumadas à neve? Justifique com base no texto e, se preciso, utilize frases para apoiar sua argumentação.
Cartografando
3 Os mapas a seguir revelam a transformação dos biomas brasileiros entre 1950 e 2004 devido à ação humana.
Fig. 1 (p. 241)
MAPAS: MARIO YOSHIDA
Brasil: evolução do antropismo
1950-1960
RORAIMA; AMAZONAS; RONDÔNIA; ACRE; PARÁ; AMAPÁ; PIAUÍ; MARANHÃO; CEARÁ; TOCANTINS; GOIÁS; BAHIA; MINAS GERAIS; ESPÍRITO SANTO; RIO DE JANEIRO; RIO GRANDE DO NORTE; PARAÍBA; PERNAMBUCO; SERGIPE; ALAGOAS; SÃO PAULO; PARANÁ; SANTA CATARINA; RIO GRANDE DO SUL; MATO GROSSO DO SUL; MATO GROSSO; DISTRITO FEDERAL
OCEANO ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
Equador
50° O 0°
OCEANO PACÍFICO
1997-2004
OCEANO ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
Equador
RORAIMA; AMAZONAS; RONDÔNIA; ACRE; PARÁ; AMAPÁ; PIAUÍ; MARANHÃO; CEARÁ; TOCANTINS; GOIÁS; BAHIA; MINAS; GERAIS; ESPÍRITO SANTO; RIO DE JANEIRO; RIO GRANDE DO NORTE; PARAÍBA; PERNAMBUCO; SERGIPE; ALAGOAS; SÃO PAULO; PARANÁ; SANTA CATARINA; RIO GRANDE DO SUL; MATO GROSSO DO SUL; MATO GROSSO; DISTRITO FEDERAL
50° O
0º
OCEANO PACÍFICO
Floresta
Savana (Cerrado)
Savana estépica
Campinarana
(Campinas do Vale do Rio Negro)
Estepe
Áreas pioneiras
Área modificada pelo ser humano
0 490 km
Fonte dos mapas: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. p. 104.
Formações vegetais do Brasil e sua diversidade
Com base na comparação dos mapas:
a) Faça uma análise do que ocorreu de 1950 a 2004 utilizando seus conhecimentos prévios e o que foi discutido ao longo deste capítulo. Escreva suas conclusões em seu caderno.
b) Desenvolva uma hipótese de como seria o mapa da evolução do antropismo neste ano em que você está utilizando este livro. Quais áreas estariam preservadas? Quais foram mais transformadas pelo ser humano?
Página 242
E Ética
Leitura
Biopirataria nos biomas brasileiros
Neste capítulo você aprendeu sobre as formações vegetais e os diferentes biomas brasileiros. Conheceu a incrível biodiversidade do nosso país, uma das mais expressivas do planeta! Mas tanta diversidade também pode causar problemas...
Você já ouviu falar em biopirataria? Se você gosta de histórias de piratas, deve lembrar-se de que eles saqueavam navios e cidades para conquistar as maiores riquezas do lugar. Bio, como você estudou na página 230, é vida, de modo que biopirataria refere-se àqueles que roubam espécies animais e vegetais, ou seja, recursos biológicos. Só que, nesse caso, não são roubadas apenas as espécies em si, mas todo o conhecimento construído pelas comunidades tradicionais que fazem uso das espécies saqueadas.
Esses piratas, além de se apropriarem dos recursos biológicos, querem obter o controle exclusivo por meio de patentes que restringem o seu uso e a sua comercialização. É como se eles dissessem que determinada planta, cultivada e conhecida há milênios por um povo tradicional, pertencesse a eles, e que as comunidades que historicamente detêm o conhecimento sobre seus usos passassem a ter de pagar por isso! Na verdade, as comunidades não são sequer consultadas sobre a exploração indevida. Isso se refere, por exemplo, ao conhecimento relativo às propriedades de plantas medicinais que podem usadas como remédio.
Veja a seguir considerações sobre a biopirataria do Ministério do Meio Ambiente:
Historicamente, o uso dos recursos e conhecimentos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados tem ocorrido de forma injusta. Os países de origem dos recursos genéticos e as comunidades indígenas e locais, detentoras de conhecimentos tradicionais associados, sequer têm sido consultados pelos que se utilizam desses recursos para obter ganhos econômicos com produtos comerciais, quanto mais recebido qualquer tipo de benefício. Esta apropriação injusta, muitas vezes agravada pelo uso das patentes, corresponde à biopirataria, e tem ocorrido ao longo de toda a história do Brasil.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2015.
Glossário
Comunidades tradicionais: são as comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras, que têm um modo de vida e saberes próprios.
Patentes: são registros de propriedade intelectual que garantem que o proprietário tenha direitos plenos sobre determinado produto, técnica ou conhecimento. Assim, para uso ou comercialização, é preciso ter autorização do proprietário e ainda pagar uma taxa.
Página 243
Fig. 1 (p. 243)
Índio da tribo kaxinawá, cujos conhecimentos sobre plantas medicinais da Amazônia estão sendo explorados por laboratórios estrangeiros. Acre, Brasil, 1997.
OTAVIO DIAS DE OLIVEIRA/FOLHAPRESS
Atividade
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Pesquisa e seminário
Forme um grupo com mais três pessoas e pesquise sobre biopirataria em um dos biomas brasileiros estudados no capítulo. Considere o tráfico de animais exóticos, o patenteamento de frutos e de plantas medicinais.
Com seu grupo, responda às questões: quais as consequências da biopirataria para as espécies, para as comunidades envolvidas, para o meio ambiente e para a economia? Existe alguma legislação que impeça a biopirataria? Quem fiscaliza? Quais são as punições? São aplicadas multas?
Após a sua pesquisa, apresente para a turma em forma de seminário as suas descobertas. Caracterize brevemente o bioma escolhido, mostre imagens das espécies animais e vegetais, bem como das comunidades envolvidas.
Fig. 2 (p. 243)
Aves maritaca-maracanã (nome científico Aratinga leucophthalma), em cativeiro para tratamento após serem capturadas por traficantes de animais. Rio Quente, Goiás, 2008.
JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS
Página 244
15. Ações humanas e mudanças ambientais
Fig. 1 (p. 244)
Sete Quedas do Rio Paraná ou Saltos del Guaira antes da inundação provocada pelo lago da hidrelétrica de Itaipu. Guaíra, Paraná, 1982.
JOAO URBAN/OLHAR IMAGEM
Nos capítulos anteriores, vimos em diversos momentos questões sobre as alterações no meio ambiente advindas das ações humanas E assim continuaremos ao longo deste livro, pois na organização da vida humana, as ações dos seres humanos interferem, de uma maneira ou de outra, na natureza Neste capítulo, veremos mais detidamente algumas dessas interferências e as ações positivas voltadas à conservação e à preservação ambiental.
Página 245
Fig. 1 (p. 245)
Vista aérea da área inundada pelo lago da Hidrelétrica de Itaipu. Rio Paraná, Brasil, cerca de 2010.
CARLOS S. BORGES/KINO.COM.BR
A fotos anteriores mostram a mesma área onde se localiza a Usina Hidrelétrica de Itaipu, antes e depois de sua construção Com base nas imagens, responda em seu caderno:
1 Que necessidades humanas você considera que justificaram a transformação da natureza apresentada nas fotografias?
2 Você acha que haveria outras formas de atender a essas necessidades sem causar tamanha transformação?
Página 246
O meio ambiente
As transformações decorrentes da ação humana sobre o espaço foram se intensificando com o desenvolvimento das sociedades. A Revolução Agrícola, ocorrida há cerca de 10 mil anos, possibilitou que os diferentes grupos humanos passassem a ter algum controle sobre a natureza ao dominar a produção de alimentos e deixar de depender da coleta. Da mesma forma, implicou na sedentarização humana e na retirada de coberturas vegetais para substitui-las por pastagens, lavouras e moradias.
Porém, foi a partir da Revolução Industrial, no século XIX, que se intensificou o processo de humanização do espaço no mundo inteiro e de destruição de ecossistemas em grande escala.
A produção e o consumo em massa resultaram no aumento considerável da demanda por recursos naturais, os quais serviriam de matéria-prima para as fábricas. Além disso, a atividade industrial impactava de diversas formas o meio ambiente, devido à emissão de substâncias químicas na água, no solo e no ar.
No final do século XVIII, desenvolveu-se o motor a vapor, que funcionava com base na queima de carvão. Já na segunda metade do século seguinte, a produção de energia passou a utilizar motores movidos a petróleo. Tanto o petróleo como o carvão são combustíveis fósseis, cuja queima implica na emissão de grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera.
Conexões
A poluição causada pela Revolução Industrial na Europa no século XIX
A Revolução Industrial foi responsável por uma série de impactos ambientais negativos nas cidades europeias ao longo do século XIX. Existem diversos relatos de autores da época que descreveram como as condições de vida nas cidades europeias pioraram naquele período. Além de emitirem gases na atmosfera (como mostra a ilustração a seguir) por meio da queima de carvão, as indústrias produziam substâncias químicas que eram despejadas no solo e na água, provocando sua contaminação.
O processo de industrialização também foi responsável por atrair massas de trabalhadores rurais para os centros urbanos. Isso provocou um crescimento desenfreado, agravando as condições de vida das cidades, que careciam de infraestrutura como saneamento básico, coleta de lixo e abastecimento de água.
Por que a Revolução Industrial resultou na piora da qualidade de vida nas cidades europeias no século XIX? Responda no caderno.
Fig. 1 (p. 246)
Ilustração de uma paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. Inglaterra, 1887.
LEEMAGE/CORBIS/LATINSTOCK
Página 247
O meio ambiente no Brasil
Devido a suas imensas dimensões territoriais e grande diversidade climática, o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, o território brasileiro abriga mais de 20% da fauna e da flora do planeta. Como já vimos, os espaços naturais brasileiros passaram por diferentes transformações devido à ação humana.
Transformações no Cerrado
A partir da metade do século XX, o Estado brasileiro passou a estimular a ocupação e o desenvolvimento do interior do país – principalmente da região Centro-Oeste. Essa nova etapa do povoamento do território brasileiro envolveu a expansão das áreas agrícolas no Cerrado, onde a produção de soja e a pecuária ocorreram em grande escala. Entre os anos de 1977 e 2002, ou seja, em um período de 25 anos, a expansão agrícola avançou de forma intensa no Centro-Oeste brasileiro. Observe os mapas a seguir.
Fig. 1 (p. 247)
MARIO YOSHIDA
Brasil: aumento da produção de soja (1977 a 2002)
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO PACÍFICO
Trópico de Capricórnio
Equador
50° O 0º
MT AC RO MA GO MG ES RJ PR SP PA TO SC RN RS AM RR AP PI CE PB PE AL SE BA MS
Brasília
0 610 km
234.363
47.213
500
Produção de soja (toneladas)
Limite do Cerrado
OCEANO ATLÂNTICO
OCEANO PACÍFICO
Trópico de Capricórnio
Equador
50° O 0º
MT AC RO MA GO MG ES RJ PR SP PA TO SC RN RS AM RR AP PI CE PB PE AL SE BA MS
Brasília
0 610 km
Produção de soja (toneladas)
Limite do Cerrado
1.482.000
387.923
500
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2002 apud NOVA ESCOLA, s.d. Disponível em:
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