Geografia 6º ano



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. ACESSO EM: 13 FEV. 2015.

Fig. 3 (p. 110)

REPRODUÇÃO: HUMBERTO PIMENTEL. FONTE: BIBI SAINT-POL - OWN WORK (BASEADO EM UM GIF DE MARCO PRINS E JONA LENDERING, DISPONÍVEL EM: . ACESSO EM: 13 FEV. 2015.

Planisfério de Hecateu de Mileto, Grécia, séc. VI a.C.

Questionando
Na sua opinião, por que no mapa de Hecateu a Grécia ocupa o centro do mundo?

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Outra importante contribuição dos gregos para a cartografia veio com Ptolomeu (90 d.C.-168 d.C.), astrônomo, matemático e geógrafo membro da Universidade de Alexandria. Ele produziu um atlas mundial que continha um mapa representando a Terra com forma esférica. Além disso, Ptolomeu usou o sistema de coordenadas geográficas para localizar pontos na superfície da Terra. Observe o mapa a seguir.



Fig. 1 (p. 111)

Planisfério de Ptolomeu em uma impressão do século XV, Alexandria, Egito.

JOHANNES SCHNITZER, 1482. DISPONÍVEL EM: . ACESSO EM: 13 FEV. 2015.

Glossário
Cartografia: conjunto de técnicas voltadas para desenvolver trabalhos de representação do espaço, como a elaboração de cartas geográficas e mapas.

Durante a Idade Média, a cartografia apresentou poucos avanços na Europa. Todas as conquistas científicas realizadas até então foram substituídas por uma representação simbólica, influenciada pela religião católica.

O bispo Isidoro (570 d.C.-636 d.C.) de Sevilha criou um mapa que ficou conhecido como T–O. Nesse tipo de mapa, o O representava o formato achatado da Terra, e o T, três corpos d’água que dividiam os continentes: o Mar Mediterrâneo (entre a Europa e a África), o Mar Vermelho (entre a África e a Ásia) e o Rio Don (antigo Tanais), entre a Ásia e a Europa. Veja ao lado o mapa do bispo.

Além disso, o T também tinha uma função religiosa, já que representava uma cruz e, na sua junção, estava localizada Jerusalém como o centro do mundo. Note também que o mapa era circular e emoldurado por um grande oceano.



Fig. 2 (p. 111)

Mapa-múndi T-O, do bispo Isidoro de Sevilha. Livro escrito em 623 e impresso pela primeira vez em 1472.

BISPO ISIDORO DE SERVILHA/FOUNDATIONS OF WESTERN EUROPEAN CARTOGRAPHY IN TEXAS COLLECTIONS

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Ponto de vista

Entre os séculos II e o VI da era cristã, a representação do mapa-múndi desapareceu de cena, retornando numa forma muito diferente, e redefinido de acordo com o Cristianismo. Pelo fato de a Bíblia ter sido considerada o padrão para a reinterpretação da História e do Mundo, os mapas-múndi obedeceram à descrição do Gênesis da divisão do mundo entre os três filhos de Noé, daí três continentes.

CARVALHO, Maria Siqueira. O pensamento geográfico medieval e renascentista no ciberespaço. Londrina: Universidade de Londrina, Departamento de Geociências, [s.d.]. Disponível em: . Acesso em: 29 jan. 2015.

Enquanto, na Europa Ocidental, a influência religiosa fez que o desenvolvimento da cartografia permanecesse estagnado durante séculos, os árabes seguiram com os ensinamentos da escola grega e os aperfeiçoaram. O trabalho de Al-Idrisi (século XII) representava as regiões ocupadas e as rotas de comércio entre elas. Além disso, utilizava coordenadas e mostrava rios, lagos, montanhas, oceanos, ilhas e principais cidades. Observe o mapa de Al-Idrisi:



Glossário
Gênesis: livro bíblico no qual há a descrição sobre a criação do mundo.

Fig. 1 (p. 112)

Tábula rogeriana de Al-Idrisi, 1154.

BIBLIOTHEQUE NATIONALE DE FRANCE (MSO ARABE 2221). DISPONÍVEL EM: . ACESSO EM: 13 FEV. 2015.

Com as Grandes Navegações, os europeus passaram a realizar viagens marítimas longas e deram início à chamada era dos descobrimentos. A cartografia ressurge como meio de orientação para a navegação e de representação das novas descobertas.

Em 1570 foi publicado o primeiro grande atlas mundial, o Theatrum Orbis Terrarum, originalmente escrito em latim, organizado por Abraham Ortelius

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(1527-1598), cartógrafo belga nascido na Antuérpia. O conjunto de mapas foi produzido pelos mais importantes cartógrafos da época, entre eles, o belga Gerhard Mercator (1512-1594), cujas técnicas cartográficas são ainda hoje utilizadas na produção de mapas em todo o mundo.

As contribuições das Grandes Navegações ampliaram o conhecimento do ser humano sobre o mundo. Durante séculos, os mapas foram sendo aperfeiçoados e modificados de forma a incluir novas terras que haviam sido conquistadas e colonizadas pelos europeus.

No final do século XVII, ocorreu na Inglaterra a Revolução Industrial. Entre muitas outras coisas, essa revolução trouxe importantes avanços na cartografia. Foram inventados novos instrumentos, que ajudaram a melhorar a precisão das representações cartográficas, como o teodolito e o sextante.

Hoje em dia, a cartografia evolui muito com ajuda de diversos recursos tecnológicos. Fotos aéreas, satélites e programas de computadores são alguns exemplos de técnicas que não só facilitam a confecção de mapas, mas também permitem a disponibilização de informações de maneira rápida e precisa.

Fig. 1 (p. 113)

Planisfério, 2011 (detalhe ressaltando a América e a Europa).

EARTH OBSERVATORY/NASA

Acesse
Para saber mais sobre a História da cartografia, acesse: . Acesso em: 2 fev. 2015.

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Os lugares e suas representações para diversos povos

No mundo atual, a tecnologia permite que a maioria dos lugares esteja conectada e que a circulação de informações seja muito rápida. A cartografia também é influenciada por tais fatores. Os mapas são elaborados com técnicas sofisticadas e devem obedecer a padrões internacionais.

Antigamente, os povos viviam mais isolados em suas regiões, já que não havia tantos meios de comunicação, e os que existiam não eram tão velozes. Assim, cada sociedade desenvolveu suas próprias técnicas para representar o lugar em que vivia de acordo com suas necessidades. Os mapas, portanto, também eram reflexos da visão de mundo de cada povo.

Observe esse mapa babilônico, que foi produzido no século VIII a.C. Essa civilização viveu no Oriente Médio, e o mapa foi encontrado por arqueólogos na região onde hoje é o Iraque. Ele traz a Babilônia como o centro do mundo.



Fig. 1 (p. 114)

Mapa-múndi babilônico esculpido em pedra, século VIII a. C.

ACERVO BRITISH MUSEUM, LONDRES, INGLATERRA

Os egípcios produziam mapas utilizando papiros. O mapa de Turim, criado aproximadamente no século II a.C., traz informações topográficas sobre a região do Antigo Egito. Os mapas dessa época também continham medições do vale e do delta do Rio Nilo e a demarcação de terra para a cobrança de impostos.



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Fig. 1 (p. 115)

Fragmentos de Turim em papiro – um antigo mapa egípcio de mineração (metade direita e esquerda), do século XII a.C.

J. HARRELL/MUSEU DE TURIM

Na América, os mapas dos astecas, por exemplo, traziam feitos históricos, representações simbólicas do mundo e hieróglifos indicando os pontos cardeais.

Na Groenlândia, os esquimós, por sua vez, produziam mapas entalhados na madeira, com detalhes topográficos da região em que habitavam. Confira a próxima imagem.

Fig. 2 (p. 115)

Mapas de madeira do povo inuíte coletados na costa leste da Groenlândia pela expedição de Gustav Holm, cerca de 1883.

HOLM, GUSTAV; GARDE, VILHELM. DEN DANSKE KONEBAADS-EXPEDITION TIL GRØNLANDS ØSTKYST. FORLAGSBUREAUET, 1887/HARVARD UNIVERSITY.

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A cartografia chinesa também era bastante desenvolvida. Os mapas tinham como finalidade mapear as riquezas naturais do império, os acidentes geográficos e a demarcação de terras. Eles utilizavam uma série de informações e símbolos e também procuravam traçar rotas marítimas, como mostra o mapa abaixo.



Glossário
Acidente geográfico: variação no relevo terrestre, como um lago ou uma montanha.

Fig. 1 (p. 116)

Cartografia antiga da China. Mapa xilogravado do litoral da província de Guangdong incluído na Crônica Militar de Cangwu (3. ed., 1579).

OLIVEIRA, FRANCISCO ROQUE DE. CARTOGRAFIA ANTIGA DA CIDADE DE MACAU, C. 1600-1700: CONFRONTO ENTRE MODELOS DE REPRESENTAÇÃO EUROPEUS E CHINESES. SCRIPTA NOVA. REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES, UNIVERSIDAD DE BARCELONA, V. X, N. 218 (53), 1º AGO. 2006. DISPONÍVEL EM:


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