Geografia 6º ano



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. Acesso em: 3 mar. 2015.

Ao longo do tempo, o ser humano foi aperfeiçoando a utilização desse recurso. Utilizamos a água o tempo todo: cozinhamos com ela, tomamos banho, limpamos a casa e as roupas, nadamos, navegamos, pescamos, geramos energia elétrica.

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A seguir, veremos alguns exemplos de utilização da água para distintos objetivos.



Fig. 1 (p. 187)

Vista aérea em Sorriso, MT, 2014, com destaque para os tanques de água destinados à produção de peixe. À esquerda, há também uma reserva florestal, e à direita, uma plantação de milho.

ANDRÉ DIB/PULSAR IMAGENS

Fig. 2 (p. 187)

Captação de água em Boa Vista (RR), durante período de estiagem, 2014.

MARIO FRIEDLANDER/PULSAR IMAGENS

Fig. 3 (p. 187)

Água usada como via de transporte. Barcos atracados na Baía de Guajará, em Belém, PA, em 2014. O mercado Ver o Peso funciona como um porto central que recebe castanhas, frutas e verduras, além de ervas provenientes do interior amazônico.

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Fig. 4 (p. 187)

Usina de geração de energia por meio da água da maré em Annapolis, Canadá, anos 2000.

CHRIS GALLAGHER/GETTY IMAGES

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A água e os lugares de ocupação humana

Ao longo da História, graças à sedentarização, ao desenvolvimento da agricultura e, mais tarde, à urbanização intensa a partir dos séculos XIX e XX, a água foi se tornando cada vez mais um bem de primeira necessidade. Esse recurso é essencial para diversas atividades, como a agricultura e a criação de animais, além de ser a via de transporte para a navegação, a qual permitiu que o ser humano viajasse para terras desconhecidas.

Dessa forma, criaram-se comunidades, vilas, cidades e verdadeiros impérios em torno dos rios, locais com terras mais férteis, pois são formados por muita matéria orgânica, o que contribui para o cultivo de alimentos.

Conexões

No tempo em que o ser humano era nômade, ele tinha de se planejar para não ficar sem mantimentos, ou seja, precisava estocar alimentos e reservar água para seguir sua jornada. A sedentarização permitiu, por meio da agricultura, maior rendimento e produção de excedentes. Isso levou ao aumento da população, exigindo a formação de uma organização social mais complexa, como é o caso das chamadas Civilizações Hidráulicas do Mundo Antigo.

Tais civilizações originaram-se graças à existência de rios. Para tirar proveito dos benefícios das águas, tais sociedades foram organizadas com uma diferenciada estrutura social e política, como é o caso do Egito Antigo, que ainda hoje possui uma paisagem desértica, na qual o Rio Nilo aparece serpenteando o solo quente, trazendo fertilidade.

Os povos que ali viveram construíram diques, canais e barragens que possibilitavam não apenas maior controle das cheias e vazantes do rio, mas também o transporte de suas águas para outras regiões.



1. Com base na observação da imagem, descreva em seu caderno a paisagem dessa região, destacando as áreas onde há água.
2. Você sabe quais são as outras Civilizações Hidráulicas do Mundo Antigo? Pesquise em livros e na internet e faça um trabalho sobre uma dessas civilizações.

Fig. 1 (p. 188)

STOCKTREK IMAGES/GETTY IMAGES

Imagem de satélite da foz do Nilo, 2014.

Desde os tempos antigos, o ser humano conhece a importância de construir seus lugares de moradia ao longo de rios e costas marítimas. A água é fundamental para a vida na cidade e no campo. Dela pode-se retirar o sustento da família, como mostra a imagem a seguir.



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Fig. 1 (p. 189)

ANDRÉ DIB/PULSAR IMAGENS

Senhora ribeirinha preparando um peixe para refeição no rio da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, em Tefé, AM, 2014.

O Brasil é o país que possui a maior rede hidrográfica do mundo, com uma gigantesca oferta de água doce. Porém, não podemos deixar de lembrar que a nossa relação com a água é ligeiramente ambígua. Embora ela esteja presente em muitas atividades cotidianas, o destino dela, após passar pelas nossas mãos, muitas vezes é ignorado. O esgoto doméstico e industrial não tratado, a contaminação dos rios e lençóis freáticos causada pelo veneno utilizado na agricultura e a destruição da mata ciliar são algumas ações muito difíceis que precisam ser revertidas.



Ponto de vista

Rios que atraem cidades

Gercinair Silvério Gandara, historiadora e professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), analisa as cidades brasileiras de um ponto de vista da beira, ou seja, da perspectiva do rio, do mar, do ribeirão, das estradas, da rodovia, da ferrovia, entre outras. E, se muitas de nossas cidades são de beira, várias cresceram à custa de seus rios. Por exemplo, em todas as capitais brasileiras, incluindo Brasília, rios tiveram papel importante no desenvolvimento urbano, ainda que muitas vezes eles estejam poluídos, canalizados ou com suas características físicas alteradas. [...] Gercinair considera os rios um espaço social em constante transformação. Segundo ela, muitas cidades que nascem voltadas para os rios acabam virando-lhes as costas: “isto resulta das próprias dinâmicas históricas das cidades no cruzamento dos caminhos fluviais e terrestres; assim, as cidades-rios são chaves para a leitura do mundo e do ambiente”.

Com essa ótica, a historiadora estudou o rio Parnaíba, que banha os estados do Maranhão e do Piauí. Com a transferência da capital do Piauí, de Oeiras para Teresina, em 1852, atividades extrativistas e de comercialização e a navegação a vapor foram intensificadas e contribuíram para que o rio Parnaíba assumisse um importante papel de integração comercial. Teresina, que está situada no centro médio do rio Parnaíba, foi projetada e construída para alavancar o crescimento do Piauí e deter a influência que o Maranhão começava a exercer sobre o interior piauiense. Gercinair salienta que, em consequência da mudança da capital, surgiram e ressurgiram vários povoados à beira do rio Parnaíba, que mais tarde se tornaram vilas, cidades, empórios comerciais: “elas foram surgindo marcadas pelo tráfego das mercadorias transportadas pelo rio, durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX”.

ASSAD, Leonor. Cidades nascem abraçadas a seus rios, mas lhes viram as costas no crescimento. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 65, n. 2, abr./jun. 2013. Disponível em:


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