Geografia 6º ano



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. Acesso em: 14 fev. 2015.

O ritmo do desenvolvimento econômico, ou seja, o avanço da modernização sobre áreas florestadas (por meio da pecuária, do desflorestamento ou do agronegócio), como vem ocorrendo na Amazônia, age como duplo fator de desgaste ambiental: retira a vegetação responsável por regular o CO2 e coloca no lugar atividades que aumentam esse componente na atmosfera.

E que mudanças são essas? O que está acontecendo no meio ambiente que vem chamando a atenção de cientistas e povos do mundo todo?

Entre todas as ameaças, a preocupação em torno da água é uma das mais relevantes. Há o temor de que possa ocorrer um colapso no fornecimento de água potável tanto nas cidades quanto no campo. Além disso, o derretimento das geleiras colocaria em risco muitas cidades costeiras.



Assista
Uma verdade inconveniente
(Direção: Davis Guggenheim, Estados Unidos, 2006.)
Neste documentário, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, apresenta uma sequência deslides com o objetivo de alertar cidadãos de todo o mundo sobre o aquecimento global, mostrando suas causas e consequências.

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Porém, como já afirmamos anteriormente, há correntes de pensamento que vão na contramão desse discurso, as quais defendem a ideia de que a Terra está entrando em uma nova era, talvez mais quente, mas que o ser humano não tem capacidade de interferir de maneira significativa para reverter a situação.

A possibilidade de discordância entre correntes de pensamento é o que vem propiciando a evolução da Ciência, incluindo a Geografia. Isso move os avanços do conhecimento científico e nos faz seguir estudando e renovando o que se conhece da vida.

Ponto de vista

Cientistas discordam que as mudanças climáticas sejam causadas pela ação do homem

[...] Do derretimento do Polo Norte ao esfriamento da Antártida, as explicações variam tanto quanto as correntes de pesquisadores. Para os céticos do dia, ainda não surgiram provas cabais de que a ação do homem possa ser a causadora do aumento de temperatura na Terra. Mas, para os cientistas do IPCC, o painel da ONU sobre mudanças climáticas, o adiamento de providências pode ser fatal para o planeta.

O inglês James Lovelock, um dos primeiros cientistas a denunciar o aquecimento global como consequência da atividade humana no planeta, admitiu recentemente que pode ter errado em suas conclusões e sido alarmista sobre as mudanças climáticas. “O clima está fazendo suas trapaças de sempre”, afirmou.

[...] Já [o físico e professor] Luiz Carlos Baldicero Molion acredita que o clima varia por causas naturais e o conceito de efeito estufa proposto pelo IPCC está errado. “Nossa fonte de energia é o Sol, que não é estável. Ela varia ao longo do tempo e um dos grandes controladores do clima global são os oceanos. O CO2 tem um papel mínimo nisso tudo. Criaram a história de que ele controla o clima.” Molion destaca que, nos últimos 10 mil anos, a temperatura já esteve mais elevada e que, nos últimos quinze anos, a temperatura tem permanecido estável e o CO2 tem subido. “O CO2 está sempre na contramão da temperatura”, defende. [...]

GLOBO NEWS, 22 jun. 2012. Disponível em: . Acesso em: 14 fev. 2015.

Converse com seus colegas sobre as afirmações do professor Molion e comparem suas opiniões com as dos que defendem que as ações humanas são responsáveis pelas mudanças climáticas. Anote as comparações em seu caderno.



Assista
A grande farsa do aquecimento global
(Direção: Martin Durkin, Reino Unido, 2007.)
Este documentário produzido pelo Channel 4 de Londres reúne cientistas que discordam do fato de que as mudanças climáticas, como o aquecimento global, sejam causadas pela alta emissão de gás carbônico pelos seres humanos.

Não existe uma verdade absoluta: aqueles que acreditam na ideia de que o proeminente aumento da temperatura seja decorrente das atividades humanas baseiam-se sobretudo nos relatórios do IPCC. Este órgão reúne mais de 2 mil cientistas de muitas áreas do saber que estudam as mudanças climáticas. No IPCC, há a predominância do pensamento de que o ser humano é o grande protagonista dessas mudanças.

Já o outro grupo reúne cientistas de diferentes áreas do conhecimento, espalhados por todos os continentes, que não possuem muito espaço na mídia, tampouco recebem a mesma quantidade de investimentos para pesquisa do que a outra corrente. Porém, o trabalho deles também se baseia em estudos sérios.

Glossário
IPCC: sigla em inglês que significa Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Trata-se de um órgão que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e que avalia periodicamente as mudanças climáticas na Terra.

Página 224

Estudos do capítulo

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Atividades

1 Considerando as abordagens apresentadas neste capítulo a respeito das mudanças climáticas, discuta com seus colegas quais mudanças climáticas podem ser sentidas por vocês, com base na experiência pessoal de cada um. Anote as conclusões em seu caderno.

2 Responda em seu caderno: como a radiação solar colabora para a manutenção da vida no planeta?

3 Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões em seu caderno.

[...] Os conhecimentos sobre o presente e as heranças obtidas ao longo da história do planeta Terra nunca foram considerados para planejar, com cuidados, as ações que as sociedades promoveriam em busca do desenvolvimento. É possível que as abordagens dos pesquisadores se apresentassem como algo muito distante, fora das possibilidades de atingir o Brasil e o planeta. Soma-se a essa dificuldade a visão “estrábica” que ainda alimenta ações de certas lideranças mundiais, a exemplo de George W. Bush [ex-presidente dos Estados Unidos], de que os assuntos referentes às mudanças climáticas dizem respeito a acontecimentos universais, que não poderiam ser evitados ou acelerados pelas intervenções antrópicas; mais ainda, as vantagens que são auferidas por economias que usufruem da superexploração da natureza para se manterem hegemônicas são algumas das causas da falta de atenção dedicada ao tema. Mas, estamos próximos do limiar, não há possibilidades de se manter as posições que radicalizam e responsabilizam exclusivamente as leis do universo pelas oscilações climáticas. Com a incidência da motosserra e das queimadas, com a queima de combustíveis fósseis (petróleo) e do carvão emitindo gases tóxicos em modos de produção que se globalizam, ficam cada vez mais evidentes as presenças de modelos mundiais na rarefação da camada de ozônio e no chamado “efeito estufa” [...].

MAURO, Claudio Antonio Di. A atualidade da visão de Ab’Saber. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 24, n. 1, jan./abr. 2012. Disponível em:


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