Geografia 6º ano



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. Acesso em: 26 jan. 2015.

Em sua opinião, qual é a posição do jornal O Globo sobre os conflitos envolvendo territórios indígenas no Brasil? Justifique sua resposta no caderno utilizando dois argumentos presentes no texto.

A Bolívia é um país sul-americano que faz fronteira com o Brasil. Governada pela minoria branca e descendente de espanhóis que lá se estabeleceu durante o período colonial, possui uma população que é majoritariamente de origem indígena.

Como no Brasil, as populações indígenas na Bolívia são étnica e culturalmente diferentes umas das outras. Ao todo, há mais de trinta idiomas no país. Os grupos locais também se diferenciam pelas suas crenças e hábitos de alimentar e de se vestir. Até recentemente, o espanhol era considerado o único idioma oficial do país – apesar de não ser a língua nativa da maior parte da população.



PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Nesta seção são apresentadas algumas polêmicas em torno da questão da demarcação das terras indígenas. Após a realização da atividade, pergunte aos alunos: qual a sua opinião a respeito desse debate? Durante a apresentação das opiniões, oriente-os a retomar os direitos indígenas e as informações vistas no capítulo para fundamentá-las.



Sugestão de resposta da atividade

Espera-se que os alunos, nesta atividade de interpretação de texto, identifiquem a posição do jornal a respeito dos territórios indígenas. O título já indica a defesa de um equilíbrio, entendido como a necessidade de não privilegiar nenhum grupo. No último parágrafo, essa posição fica mais clara quando se afirma: “Trata-se, porém, de buscar o equilíbrio neste eterno cabo de guerra, também com a preocupação de garantir direitos dos produtores rurais, um segmento essencial para a economia e a sociedade brasileiras”. Vale destacar que esse equilíbrio pode indicar a perda de terras indígenas, o que já vem ocorrendo há séculos no país.



Página 67

As imagens a seguir mostram indígenas de diferentes regiões da Bolívia.



Fig. 1 (p. 67)

Índios guaranis em Chuquisaca, Bolívia, 2007.

DAVID SANGER/GETTY IMAGES

Fig. 2 (p. 67)

Boliviana com criança em Isla del Sol, com as águas do Lago Titicaca ao fundo, Bolívia, anos 2000.

DAVID HOGSHOLT/GETTY IMAGES

As fotos acima evidenciam que indígenas do mesmo país podem vestir-se de formas bem diferentes. Nesse caso, eles também falam idiomas distintos.

No ano de 2009, o novo governo local submeteu uma nova Constituição a um referendo popular. Esse referendo popular foi aprovado e determinou a mudança do nome do país para Estado Plurinacional da Bolívia. Ao reconhecer a plurinacionalidade de seu país, a nova Constituição declarou oficiais todos os idiomas falados nele – sendo o espanhol a língua comum a toda a população.

Glossário
Referendo: consulta popular que acontece por meio de votação.

Apesar dos casos de intolerância religiosa e cultural presentes no mundo, o governo boliviano apresentou outro encaminhamento para a questão. Ao conceder participação política à sua população e reconhecer a sua diversidade nacional, o Estado mostrou que é possível haver coexistência entre diferentes culturas em um país e conceder os mesmos direitos à sua população.



Questionando
Os termos “índio” e “indígena” são utilizados para referir-se a certos grupos humanos que a princípio possuem as mesmas características étnicas e culturais – e por isso recebem a mesma classificação.
Você concorda com a afirmação de que os indígenas são todos iguais? Explique a sua resposta no caderno, utilizando as informações presentes neste capítulo.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Professor(a), utilize as imagens de indígenas de várias regiões da Bolívia para destacar a diversidade cultural entre os povos de um mesmo país. Vestimentas e idiomas diferentes retratam essa pluralidade cultural.



Sugestão de resposta da atividade

O capítulo desenvolve a ideia de diversidade entre os povos indígenas, enfatizando que eles não formam um único povo e diferenciam-se entre si nas tradições, nas vestimentas, nos idiomas etc. Espera-se, portanto, que os alunos não concordem com a ideia de que todos os indígenas são iguais. Vale a pena comentar com eles que a denominação “índio” foi dada pelo colonizador europeu (Cristóvão Colombo), que, ao chegar à América em 1492, acreditava estar nas Índias, nome atribuído à Ásia naquela época. Essa denominação cria a ideia de homogeneidade, exatamente o que o capítulo pretende desconstruir.



Página 68

Interdisciplinaridade

A seleção da Costa do Marfim e o fim da guerra civil no país

A Costa do Marfim, assim como os outros países africanos, possui uma população com diferentes etnias e crenças religiosas.

Em 2002, depois de uma série de conflitos envolvendo a nacionalidade e a origem das pessoas no país, iniciou-se uma guerra civil. A região norte do país, de maioria muçulmana e de origem imigrante, passou a ser governada pelos rebeldes. Já a região sul, de maioria cristã, onde a população se intitulava representante da verdadeira nação marfinense, ainda era controlada pelo governo.

O conflito deixou milhares de mortos e centenas de milhares de refugiados. O país passou a ter duas capitais: Abidjan (controlada pelos governistas) e Bouaké (controlada pelos rebeldes). No ano de 2005, após a classificação do país para a Copa do Mundo de 2006, deu-se a primeira iniciativa de paz entre ambos os lados.

A vitória sobre o Sudão garantiu a primeira participação da Costa do Marfim em uma Copa do Mundo. Emocionados, os jogadores da seleção gravaram um vídeo dentro do vestiário, o qual foi transmitido para o restante do país pela televisão. Nele, o astro do time, Didier Drogba, pede para que sejam convocadas novas eleições e que todos os envolvidos perdoem uns aos outros.

Em 2007, Drogba foi eleito o melhor jogador africano da temporada. Quando chegou a seu país, convidou o presidente a acompanhá-lo até Bouaké (capital rebelde) para mostrar a taça à população. O presidente aceitou e, quando chegaram à capital rebelde, foram aplaudidos por toda a população.

No mesmo ano, Drogba pediu à seleção da Costa do Marfim que fizesse um jogo em Bouaké, algo que não acontecia há anos. Ele foi atendido e o time goleou a seleção de Madagascar por 5 a 0. No jogo estavam presentes os líderes de ambos os lados do conflito, que passaram a negociar o processo de paz e as eleições, as quais aconteceriam três anos depois.

Leia esse trecho do discurso de Didier Drogba, realizado logo após a classificação da seleção da Costa do Marfim para a Copa do Mundo de 2006.

“Homens e mulheres do norte, do sul, do leste e do oeste. Provamos hoje que todas as pessoas da Costa do Marfim podem coexistir e jogar juntas com um objetivo em comum: classificar-se para a Copa do Mundo. Prometemos a vocês que essa celebração irá unir todas as pessoas. Hoje, nós pedimos, de joelhos: Perdoem. Perdoem. Perdoem. O único país na África com tantas riquezas não deve acabar em uma guerra. Por favor, abaixem suas armas. Promovam as eleições. Tudo ficará melhor. Queremos nos divertir, então parem de disparar suas armas. Queremos jogar futebol, então parem de disparar suas armas. [...] Não somos xenófobos, somos gentis. Não queremos este fogo, não queremos isto de novo.”

NAGAMINE; Guilherme; DONKE, André; SANTOS, Jean Pereira. Lado B da Copa: Drogba, o craque que mudou um país com um discurso de 76 segundos. ESPN.com.br, 6 maio 2014. Disponível em:


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