. Acesso em: 2 fev. 2015.
1. Este trecho questiona se a representação panorâmica de um lugar também pode ser chamada de mapa mental. O que você pensa sobre isso? Responda no caderno.
2. Você concorda com qual ponto de vista?
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), nos próximos capítulos estudaremos sobre os mapas convencionais, mas agora vale destacar para os alunos que os mapas mentais são construções da nossa imaginação, elaboradas com base nos lugares que vivemos, conhecemos ou imaginamos.
Sugestões de respostas das atividades
1. Espera-se q ue o s a lunos r eflitam sobre o que pode ser um mapa mental e questionem quais são as formas de representá-lo.
2. Professor(a), caso considere necessário apresentar mais informações sobre os mapas mentais para que os alunos se posicionem a respeito do tema, sugerimos a seleção de alguns tópicos que podem ser discutidos previamente: a percepção sobre os lugares, o mapa mental e a experiência geográfica e a questão sobre a descrição gráfica dos mapas mentais. Para obter subsídios para o debate, consulte a íntegra do texto citado na seção “Ponto de vista”.
Página 104
Estudos do capítulo
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Atividades
1 Na sala de aula, com a mediação do(a) professor(a), todos deverão reorganizar a sala tentando criar um bairro ou uma cidade fictício(a). Deverão bolar um trajeto de um lugar a outro, usando elementos de localização que você conhece: esquerda, direita, norte, sul, leste, oeste. Que elementos deverão conter neste ambiente?
2 No trecho de Jorge Amado na seção “Conexão” deste capítulo, há referências a certos lugares, um mítico e outro real (Eldorado e o latifúndio). O que cada um representa no contexto do trecho?
3 Os mapas mentais são construções individuais ou coletivas?
4 Esta é uma atividade em dupla. Tenha cuidado para que seu colega não veja sua execução. Desenhe em seu caderno um mapa mental da sala de aula até outro ponto da escola, sem contar a ele qual é o ponto escolhido. Depois de terminá-lo, vocês avaliarão se o desenho é capaz de transmitir com facilidade o percurso.
5 Vimos um pouco das representações artísticas dos lugares. Junte-se em grupos pequenos e façam uma pesquisa prévia sobre outros artistas que os retratam. Depois, com a mediação do(a) professor(a), os grupos escolherão um representante para explicar à classe como ocorreu a pesquisa e, em seguida, haverá um debate.
6 Vimos que a fotografia é um importante instrumento da Geografia para descrever e estudar as paisagens. Observe as imagens a seguir e, depois, responda às questões.
Fig. 1 (p. 104)
Morro do Pão de Açúcar. Rio de Janeiro (RJ), 2013.
ISMAR INGBER/PULSAR IMAGENS
ISMAR INGBER/PULSAR IMAGENS
a) As duas imagens retratam o Morro do Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro. Indique por que ele compõe paisagens tão diferentes nas fotografias.
b) Como a análise e o estudo dessas fotografias podem ser úteis para a Geografia?
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Sugestões de respostas das atividades
1. A ideia é exercitar o trabalho em grupo e os próprios sentidos de localização.
2. O Eldorado é o que o personagem está buscando, é a terra prometida, o lugar de riqueza e prosperidade. Já o latifúndio representa o que ele deixou para trás, a miséria, a desgraça e uma propriedade que não lhe pertence, e relaciona-se à falta de terras para todos.
3. Os mapas mentais são construções individuais com base em uma realidade social e coletiva.
4. O mapa mental é algo que está presente na vida de todos nós. Quando vamos a um bairro ou cidade que não conhecemos, temos de parar uma ou inúmeras vezes para perguntar se estamos no caminho certo. A pessoa que nos auxilia pensa em uma maneira de explicar da melhor maneira possível o trajeto que devemos seguir.
5. A ideia é estimular a pesquisa e o trabalho em grupo. Os artistas usados no texto possuem outras obras que retratam a realidade migrante. Podem ser indicados também outros artistas, como Graciliano Ramos, João Guimarães Rosa, Chico Buarque, Racionais Mcs etc.
6. a) O Morro do Pão de Açúcar é visto de ângulos diferentes, por isso a paisagem muda e outros lugares aparecem na imagem. Na primeira imagem, vista do mar, o aspecto central é o de paisagem natural, com poucos indícios de ação humana. Na segunda imagem, vista do continente, a forte presença da urbanização altera completamente o cenário. Também podes ser estudadas as diferenças entre paisagem preponderantemente natural ou humanizada.
b) No estudo da paisagem, ao considerar que a mudança de ângulo de visão altera a paisagem. Também pode ser usada para entender a ocupação urbana na cidade.
7. Retome com os alunos os mapas mentais apresentados na página 104 para que eles relembrem as perspectivas aérea e panorâmica. Após a realização da atividade, eles podem mostrar e explicar os seus mapas para a turma.
8. Espera-se que os alunos indiquem que o grafite é uma expressão artística tipicamente urbana e que é uma marca que caracteriza certos lugares da cidade. Não é uma representação artística do espaço geográfico, mas, como forma de expressão urbana, deixa marcas próprias de um tempo no espaço urbano.
Página 105
Cartografando
7 Escolha um trajeto que você usa muito na sua vida e tente representá-lo nas formas aérea e panorâmica em seu caderno.
Interpretando a mídia
Graffiti na Avenida 23 de Maio – o maior da América Latina
“Enquanto houver gente, haverá cidades. Enquanto houver cidades, haverá muros. O povo escreve a história nas paredes.” Esse trecho de poema é também o título do primeiro livro de Mário Lago, escrito em 1948, O povo escreve história nas paredes. Ator de novelas, compositor de marchinhas de Carnaval (Amélia que era uma mulher de verdade...), Mário Lago traduz a realidade das cidades, onde, desde os tempos antigos, os romanos já deixavam recados nos muros com os mais variados temas — algo como um mural de mensagens.
E o que o muro da Av. 23 de Maio tem a ver com o poema de Mário Lago? A partir deste trecho do livro entendo mais a cumplicidade e combinação que o graffiti e a arte urbana compõem com a cidade, ainda mais em São Paulo, megalópole e berço do graffiti no Brasil. Se acatarmos a ideia de que “enquanto houver muros algum tipo de mensagem será escrita em alguma parede, inevitavelmente”, isso facilita a compreensão de que o muro é um suporte que nos acompanha em toda a cidade, quase como uma sombra. Vale, sim, a arte urbana interagindo com a cidade. Mais cor no cinza dos concretos, por favor!
Normalmente temos dois pontos de referência na cidade: o ponto de partida e o ponto de chegada — origem e destino. E o que fazer nesse vácuo chamado rua? Nesse vazio entre os dois pontos? Se pararmos para pensar, perdemos um tempão no transitar das ruas, no qual nada importa senão o ponto de chegada. No final do dia, contabilizamos horas de permanência nesse vácuo, vazio que não faz sentido por tanto tempo de nossos dias. Cabe à arte minimizar esse vácuo urbano.
2015 começou mais colorido para cidade. Aos apaixonados pela arte de rua, graffitis & cia., o presente de ter a Av. 23 de Maio com mais de 70 muros e 15 mil metros quadrados de arte colorindo o cinza é como ter um álbum de figurinhas gigante! A realidade virtual fez dos graffitis uma mania em que clicar e compartilhar arte de rua pode ser o formato moderno de colecionar figuras e apreciar arte. Mais de 400 grafiteiros — muitos grandes representantes do movimento atual em São Paulo e no exterior, outros mais influentes na periferia e, ainda, outros tantos amantes e viventes da arte — compuseram um painel, referência como o maior da América Latina. [...]
Quem gosta de graffiti tem outra visão da cidade. Acostumado a apreciar as artes dos muros, encontra no tédio do caos urbano mensagens, códigos, estilos e cores incríveis em lugares degradados, que nos perseguem quando estamos presos no trânsito, esperando o ônibus e no tal vácuo entre os dois pontos. [...]
A arte de rua é para todos, e todos fazem parte dela. Enquanto existir seres humanos haverá cidades e seus muros, que esses sejam grandes painéis de uma grande galeria a céu aberto, sim! Por uma cidade mais colorida, mais limpa e criativa!
TATOO, Ricardo. Jornal Pedaço da Vila, ed. 146, 19 fev. 2015. Disponível em:
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