Geografia 6º ano



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. Acesso em: 24 abr. 2014.

6 Como é possível Samoa, um pequeno país localizado no Oceano Pacífico, alterar o dia de seu calendário?

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Sugestões de respostas das atividades

1. Espera-se q ue os alunos reflitam a respeito da utilidade dos mapas e sobre sua criação. Nessa reflexão, deve ser mencionado algo relacionado à locomoção no espaço, bem como à localização em diferentes lugares. Podem também aparecer ideias ligadas à gestão do território ou à exploração de novos lugares.

2. A escala é a p roporção e ntre o que é mostrado no mapa e o que são suas dimensões reais.

3. Porque o uso deve variar de acordo com a área que se deseja representar. Quanto maior a escala, menor o nível de detalhamento – como no caso dos mapas-múndi. Mapas com escala menor são mais próximos das dimensões reais dos elementos representados, porém permitem representar uma área menos extensa. Nos mapas com escalas menores, diminui-se a área real menos vezes do que quando se utiliza uma escala grande.

4. As coordenadas são sistemas de representação espacial, mecanismos que possibilitam a localização de um ponto específico em qualquer lugar da superfície terrestre. Elas são calculadas com base em linhas imaginárias que se cruzam (marcando um ponto) chamadas meridianos e paralelos.

5. Porque o Brasil possui uma grande extensão territorial no sentido leste/oeste. Desde suas águas territoriais até o extremo oeste do território, o país possui três diferentes faixas de fuso-horários. Quando são 22 horas em Brasília e nas regiões Sul e Sudeste, são 23 horas nas ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, e 21 horas nos estados da região Norte, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste.

6. Samoa se localiza à beira de onde passa a Linha Internacional de Data (LID), linha que determina a mudança de data no planeta. Por decisão política, o governo pode alterar o horário em seu território. Professor(a), para facilitar o entendimento dos alunos, mostre um mapa com a LID e a localização de Samoa.

Página 139

Cartografando

7 Observe e compare os mapas a seguir e depois responda às questões:

Fig. 1 (p. 139)

MARIO YOSHIDA



OCEANO ATLÂNTICO



OCEANO PACÍFICO

Equador


Trópico de Câncer

Círculo Polar Ártico

Círculo Polar Antártico

Trópico de Capricórnio

Meridiano de Greenwich

OCEANO PACÍFICO

OCEANO ÍNDICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

OCEANO ATLÂNTICO



Fig. 2 (p. 139)

MARIO YOSHIDA

OCEANO PACÍFICO

Equador


Trópico de Câncer

Círculo Polar Ártico

Círculo Polar Antártico

Trópico de Capricornio

Meridiano de Greenwich

OCEANO


PACÍFICO

OCEANO


ÍNDICO

OCEANO GLACIAL ÁRTICO

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO



Fonte dos mapas: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. A tlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p. 23.

a) Quais são as diferenças entre esses dois mapas do mundo?


b) Explique como o uso de projeções cartográficas explica essas diferenças.
c) Indique três importantes elementos de comunicação cartográfica que estão faltando nos mapas acima.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Sugestões de respostas das atividades

7. a) No primeiro mapa os meridianos são representados com linhas retas, enquanto no segundo, eles são circulares. No primeiro mapa, não fica sugerido que a Terra possui um formato arredondado – ao contrário do segundo. No primeiro mapa a Groenlândia e o Polo Sul aparecem proporcionalmente maiores em relação às outras regiões do mundo do que no segundo mapa.

b) Devido ao formato redondo da Terra, para representá-la em uma superfície plana foi utilizada a projeção cilíndrica e, assim, manteve-se fidelidade às áreas próximas ao Equador e houve distorção da área polar, mais distante dessa linha. No segundo mapa, foi utilizada a projeção equivalente de Mollweide, que manteve as áreas, mas distorceu as formas. As deformações variam conforme a projeção cartográfica usada. Título, escala e rosa dos ventos.



Página 140

E Ética

Leitura

Geopolítica e cartografia

Já vimos que um mapa sempre carrega a visão de mundo da pessoa que o faz. Mesmo quando tentamos ser neutros, produzir um mapa envolve opções e escolhas que revelam como pensamos, levando uma mensagem a quem o lê. A escolha de uma projeção específica favorece certas informações e distorce outras, ressalta determinadas características e pode esconder ou disfarçar algo. O mapa pode nos revelar ainda o cenário político de uma época, as relações de poder e como elas são pensadas pelas pessoas.

As versões mais comuns dos mapas-múndi apresentam uma visão eurocêntrica do mundo, ou seja, colocam a Europa no centro das atenções. O Meridiano de Greenwich fica no centro do mapa e o continente europeu na parte de cima. Em uma projeção que distorce as áreas quanto mais se direciona aos polos, a Europa fica no mapa, aparentemente,com áreas maiores do que são na realidade. Conforme já vimos, se considerarmos que a Terra é redonda, um mapa-múndi com o sul no topo da folha e com a América no centro estaria perfeitamente correto, embora para nós ele talvez parecesse estar de ponta-cabeça. Essa sensação é fruto das ideias que assimilamos pela longa exposição a tantos mapas eurocêntricos.

A latitude e seus paralelos diminuem de diâmetro conforme se aproximam dos polos, portanto é muito fácil saber qual será o paralelo inicial: o maior deles, que fica no meio da esfera, a Linha do Equador. Já a longitude e seus meridianos são círculos de igual diâmetro, com todos passando pelos polos. Ou seja, são todos de igual tamanho e todos poderiam ser o marco inicial, o meridiano zero. A escolha é totalmente política e revela um retrato das relações políticas do período em que foi feita. Conforme vimos, a influência inglesa foi decisiva na escolha do meridiano zero. Ele está localizado na Inglaterra, em Greenwich, próximo a Londres. As noções de Oriente e Ocidente foram definidas em relação à Europa; o que está a leste desse continente é Oriente e o que está a oeste, é Ocidente. Expressões como “Oriente Médio” e “Extremo Oriente” são sempre em referência à posição europeia.



PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Professor(a), vale a pena abordar um aspecto interessante sobre o histórico do logotipo da ONU. Ele foi criado entre 1945 e 1946. No livro Cartografia, Jaime Oliva e Fernanda Padovesi Fonseca afirmam que: “Numa primeira versão (1945) os Estados Unidos tinham uma posição central, mas na segunda versão (1946), que afinal virou a definitiva, houve uma rotação na projeção e a Europa voltou ao centro do mapa”. Se achar pertinente, busque as imagens dessas duas projeções e analise-as com os alunos.



Página 141

Atividade

Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.



Pesquisa e debate

Observe o símbolo da ONU. Trata-se de um mapa de projeção azimutal, com o Polo Norte no centro.



Fig. 1 (p. 141)

Símbolo da Organização das Nações Unidas (ONU), Europa, séc. XXI.

JOSE ELIAS DA SILVA NETO/SHUTTERSTOCK/ID/BR

Ao analisarmos a imagem, podemos deduzir que seu centro está no Hemisfério Norte, portanto nos países mais influentes na entidade. A deformação dessa projeção é maior no sul do que no norte. A divisão entre o norte desenvolvido e o sul subdesenvolvido de alguma maneira aparece nessa representação. Essa é uma forma de ler a mensagem embutida no mapa.

Forme grupos com mais três colegas e pesquise mapas com diferentes projeções. Cada grupo deverá pesquisar dois mapas:

- Um mapa para ser analisado sob o ponto de vista ideológico. Tentem descobrir a mensagem embutida nele e pensem nos seguintes tópicos: por que foi feito, quais suas intenções, o que ressalta, o que transmite. Peça ajuda ao/à professor(a) para encontrar um bom exemplo a fim de fazer a análise.

- Um mapa com projeção não eurocêntrica. Quanto menos convencional, melhor. O objetivo é analisar quais elementos do mapa o tornam diferente dos mapas mais difundidos e por que foi feito assim.

O resultado deverá ser apresentado para a sala, mostrando as características das projeções selecionadas, a análise dos mapas e as conclusões do grupo.



Sugestão de resposta da atividade

As respostas dependem das escolhas realizadas pelos grupos.



Referência complementar para o(a) professor(a)

• FONSECA, Fernanda Padovesi; OLIVA, Jaime. Cartografia. São Paulo: Melhoramentos, 2012. (Coleção Como Eu Ensino).



Página 142

Cidadania

Leitura

Fusos horários

Os fusos horários são uma das formas de universalizar um modo de vida, uma relação com o tempo, com o dia e a noite. O relógio, os sinos da igreja, o sinal da escola, o apito da fábrica, todos representam maneiras de marcar o tempo e as atividades diárias. Padronizar o tempo significa determinar os momentos do dia de todas as pessoas: do trabalho, da escola, do descanso, do lazer etc.

Nossa sociedade prioriza uma dinâmica que favorece os aspectos econômicos e produtivos, portanto nossa relação com o tempo é bem próxima àquela do ritmo da fábrica, seguindo os intervalos dos seus apitos, dos horários de trabalho. É muito comum, por exemplo, perguntarmos sobre o horário de funcionamento de um lugar e ouvirmos a resposta: “horário comercial”, marcado pelo intervalo entre a hora em que a maior parte das pessoas entra no trabalho, no começo da manhã, e aquela em que voltam para casa, entre o fim da tarde e o começo da noite.

Fig. 1 (p. 142)

MARIO YOSHIDA

Imagem ilustrativa, sem escala, cores-fantasia, 2010.

Planisfério: fusos horários

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas escolar. Disponível em:


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