. Acesso em 9 abr. 2015.
Em sala de aula
Pesquise notícias recentes sobre áreas de risco ou fenômenos relacionados, como deslizamento de terras próximo ao lugar onde vivem. Apresente aos alunos e indique a importância de se preservar a vegetação natural do solo como forma de minimizar a erosão. Saliente também que áreas de risco ocupadas pela população representam, na maioria dos casos, a falta de uma opção mais viável de moradia, já que muitos têm dificuldade de manter aluguéis ou financiar a compra de imóveis e acabam buscando moradias sem custo em áreas de risco.
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Vegetação da Mata dos Cocais
Esta vegetação não apresenta uma larga extensão no território brasileiro, pois é considerada como zona de transição entre a Floresta Amazônica e Caatinga, de que trataremos mais adiante. Assim, possui características de ambas, como é possível notar na palmeira do açaí e na do buriti, e recebe menor quantidade de chuvas por estar mais próxima do clima semiárido, que também estudaremos neste capítulo. Veja a próxima imagem.
Fig. 1 (p. 235)
Mata de Cocais com palmeiras buriti no povoado de Itamatatiua, Alcântara, MA, 2014.
CESAR DINIZ/PULSAR IMAGEM
Florestas Subtropicais
Por mais que as áreas remanescentes deste e de outros biomas estejam hoje bastante reduzidas, sua preservação é imprescindível para que as populações locais e também os turistas conscientizem-se de sua importância para o equilíbrio de outros ecossistemas e, ao fazer um paralelo com o que antes existia, dos danos que o desmatamento pode trazer. No Brasil, encontramos resquícios da Floresta Subtropical na região Sul do país.
Vegetação da Mata de Pinhais ou de Araucárias
Esta formação florestal foi denominada com base nas árvores mais abundantes do bioma, as araucárias, também conhecidas como pinheiros-brasileiros ou pinheiros-do-paraná, que, por sua vez, possuem grande importância cultural no país, pois produzem o pinhão, alimento muito consumido principalmente na região Sul e também em festas juninas.
Em sala de aula
Ao tratar da Mata dos Cocais, preocupe-se em enfatizar para osalunos que essa é uma importante sub-região, responsável pelo sustento de muitas famílias que vivem da extração dos recursos existentes ali. Relembre os alunos que as florestas subtropicais estão localizadas fora da zona climática intertropical, o que caracteriza uma vegetação bastante específica do território brasileiro.
Ao tratar das araucárias, informe aos alunos que o replantio e a exploração desse tipo de madeira têm crescido nos últimos anos nessa região, não por questões culturais e alimentares em torno do pinhão, mas como matéria-prima para a fabricação de móveis e como suporte para construções.
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A Mata de Pinhais abrange os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. Observe as imagens a seguir.
Fig. 1 (p. 236)
Mata de Araucária no Parque Nacional de São Joaquim, Urubici, SC, 2012.
FABIO COLOMBINI
Fig. 2 (p. 236)
Pinhões de araucárias. Porto Alegre, RS, 2014.
RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS
Essa vegetação, por se desenvolver em áreas de climas tipicamente mais frios, também pode ser encontrada em locais de maior altitude de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, a área em que se observa tal floresta não é a mesma da ocupação original. O desmatamento foi decorrente da presença do ser humano no bioma: construção de casas de madeira de araucária e exploração agropecuária.
Vegetação de formações arbustivas e herbáceas
As formações arbustivas e herbáceas possuem esse nome por terem arbustos e vegetação rasteira. Caracterizam-se também por possuírem largo espaçamento entre os grupos de vegetação em relação às florestas.
Esse tipo de formação vegetal ocorre com a presença do clima tropical, com estações secas e a úmidas bem definidas e alternadas entre si.
A flora apresenta-se de forma escassa, com poucas árvores baixas de troncos finos, vegetação rasteira e arbustiva. No Brasil, essa vegetação desenvolve-se no Cerrado e na Caatinga.
Vegetação do Cerrado
Considerado o segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado é reconhecido como a savana mais rica do mundo por sua biodiversidade exuberante e por ser o berço de importantes aquíferos: Bambuí e Guarani. Abrange treze estados brasileiros, principalmente na região Centro-Oeste do país.
Da mesma maneira que a Mata Atlântica, o Cerrado apresenta diferentes fisionomias. Porém, sempre mantém a característica de suas árvores como vegetação de pequeno porte com galhos retorcidos e raízes profundas que, em época de seca, buscam na profundidade de seus solos ácidos a umidade dos aquíferos.
Glossário
Aquífero: reservatório de água no subsolo. Por meio da infiltração de água, é capaz de retê-la e de cedê-la, originando e abastecendo rios.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Ao trabalhar o Cerrado, é importante que os alunos compreendam os processos de devastação atuais e os motivos desse quadro, associando a expansão das fronteiras agrícolas, pautadas em uma proposta de aumento da produção de commodities, ao cenário de devastação.
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Questionando
Devido à existência de grandes áreas com pouca população no Cerrado, os proprietários das grandes fazendas vislumbraram uma grande possibilidade de expansão de suas terras. Planícies e campos esparsos pareciam ser as condições ideais para o desenvolvimento econômico da região e do país. Assim, sua biodiversidade foi intensamente afetada pelo cultivo de grãos, como milho e soja, como retrata a imagem ao lado, e pela criação de gado bovino em grandes áreas de pastagem.
Os problemas ambientais decorrentes dos processos de desmatamento no Cerrado não são tão fortemente combatidos quando comparados com a preocupação mundial que acompanha os desmatamentos na Amazônia, por exemplo.
Fig. 1 (p. 237)
Plantação de soja na Serra da Canastra, Delfinópolis, MG, 2015.
CASSANDRA CURY/PULSAR IMAGENS
Gráficos comparativos do desmatamento da Amazônia e do Cerrado
Fig. 2 (p. 237)
MARIO YOSHIDA
Desmatamento da Amazônia e do Cerrado (em km2)
25.396
27.772
19.014
14.286
11.651
12.911
7.464
7.000
7.415
6.418
7.653
8.172
8.905
4.822
3.509
4.447
3.757
2.997
3.724
4.571
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Amazônia
Total desmatado19%
Áreas protegidas45%
Cerrado
Total desmatado44%
Áreasprotegidas 10%
Adaptado de: INPE, UFG, IMAZON apud CALIXTO, Bruno. Desmatamento do Cerrado, o novo vilão ambiental do Brasil. Época, 6 out. 2014. Disponível em:
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