Geografia 6º ano



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. Acesso em: 20 mar. 2015.

Em sala de aula

Solicite aos alunos que leiam o texto da Prefeitura do estado de São Paulo sobre o Carandiru () ou mesmo o site do Acessa SP (), como maneira de acessar uma fonte confiável, imparcial e comum a todos para a produção do trabalho. Na sequência, você pode pedir que realizem buscas em outros sites.

É interessante solicitar que cada grupo faça um trabalho, deixando-os livres para a escolha do tipo de produto que produzirão (peça, música, vídeos etc.). Os aparelhos celulares podem ser utilizados para registro e produção dessa atividade. É uma ótima utilização dos recursos tecnológicos na educação. Se possível, também, crie um blog da sala de aula ou das turmas que realizarão essa atividade e poste os conteúdos produzidos, de modo que todos tenham acesso ao que foi produzido pelos demais grupos. O blog também pode servir como espaço para troca de ideias, inserção de conteúdos novos, orientação aos alunos e fonte de pesquisas futuras. Como avaliação, é possível, por exemplo, solicitar aos alunos que comentem as postagens de outros grupos ou que respondam às perguntas disponibilizadas pelo(a) professor(a).

Página 287

Atividade

Pesquisa e produção artística

Vocês já conheciam a história do Carandiru?



Fig. 1 (p. 287)

Em 2005, 200 quilos de explosivos implodiram em quatro segundos dois pavilhões da antiga Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru (zona norte). São Paulo, SP, 17 de julho de 2005.

LUIZ CARLOS MURAUSKAS/FOLHAPRESS

Essa história pode nos fazer pensar sobre o fato de que derrubar prédios pode ser uma forma de apagar a história: Se não vemos, não lembramos, e se não lembramos, parece que nunca existiu. O que vocês acham sobre essa cultura do esquecimento pela destruição material de um lugar?

No entanto, também existem outras maneiras de se lembrar da história. Veja alguns trechos da letra da música a seguir (depois, você pode pesquisá-la na íntegra):

Diário De Um Detento
(Racionais Mc’s)

São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8h da manhã


Aqui estou, mais um dia
Sob o olhar sanguinário do vigia [...]
Cada detento uma mãe, uma crença
Cada crime uma sentença
Cada sentença um motivo, uma história de lágrima
sangue, vidas e glórias, abandono, miséria, ódio sofrimento, desprezo, desilusão, ação do tempo
Misture bem essa química
Pronto: eis um novo detento [...]

Mas pro Estado é só um número, mais nada


Nove pavilhões, sete mil homens
Que custam trezentos reais por mês, cada [...]
Amanheceu com sol, dois de outubro
Tudo funcionando, limpeza, jumbo
De madrugada eu senti um calafrio
Não era do vento, não era do frio [...]

Cachorros assassinos, gás lacrimogêneo


Quem mata mais ladrão ganha medalha de prêmio!
O ser humano é descartável no Brasil
Como Modess usado ou Bombril
Cadeia? Claro que o sistema não quis
Esconde o que a novela não diz
Ratatatá! sangue jorra como água
Do ouvido, da boca e nariz [...]
Mas quem vai acreditar no meu depoimento?
Dia 3 de outubro, diário de um detento

Que tal descobrir mais sobre o Carandiru? O que funciona no local nos dias de hoje? Que tipos de construção ele abriga? No que ele foi transformado?

Faça uma pesquisa sobre o Carandiru atual e, em seguida, forme um grupo com mais três colegas. Com a ajuda do(a) professor(a), produza com o grupo um material artístico com base na seguinte questão: os patrimônios culturais podem ajudar a manter viva a história de uma sociedade?

De que outras maneiras isso pode acontecer?

Vocês podem produzir:
- um cartaz;
- um poema;
- uma música;
- um ensaio fotográfico;
- uma peça teatral.

Ao final da produção, apresente seu trabalho para a classe, deixando-o aberto para interpretações e para o debate!



Sugestões de respostas das atividades

Professor(a), esta atividade propõe que os alunos reflitam sobre a importância do patrimônio cultural para a permanência da memória histórica da sociedade. Contudo, é importante que eles também se atentem para o fato de que a História é sempre apresentada por diversos grupos, com interesses e ideologias distintas e, portanto, é preciso compreender os interesses implícitos em políticas de tombamento, por exemplo. Além disso, espera-se que eles manifestem-se artisticamente, articulando diversos saberes complementares para sintetizar as discussões sobre esse assunto. Cuide para que, no debate, a percepção de que o que aconteceu no Carandiru, com o massacre de 1992, representou uma grave violação dos direitos humanos e que, por conta disso, sua memória contribui para evitar que novos episódios como esse acontecessem. Se achar interessante, você pode relacionar o acontecimento com o período da ditadura militar, apontando para a importância da preservação da memória.



Página 288

Bibliografia

LIVROS

AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Labur Edições, 2007.

CONTI, José Bueno; FURLAN, Sueli Angelo. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. 5. ed. São Paulo: Edusp, 2005.

OLIVEIRA, F. Noiva da revolução/Elegia para uma re(li)gião. São Paulo: Boitempo, 2008.

PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman, 2006.

RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia política da água. São Paulo: Annablume, 2008.

ROSS, Jurandyr L. Sanches. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. 2. reimpr. São Paulo: Edusp, 2006. (Coleção Milton Santos; 1).

_____________. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.

SUGUIO, Kentiro; SUZUKI, Uko. A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida. São Paulo: Edgard Blücher, 2003.

TEIXEIRA, Wilson (Org.) Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.

TUAN, Yi Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Trad. Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1983.

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2005.

VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. Porto Alegre: LP&M, 2002. 264 páginas. (Coleção LP&M Pocket.)

SITES

ASSAD, Leonor. Cidades nascem abraçadas a seus rios, mas lhes viram as costas no crescimento. Ciência e Cultura, v. 65, n. 2, São Paulo, abr./jun. 2013. Disponível em:


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