. Acesso em: 20 mar. 2015.
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Atividade
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Pesquisa e debate
Fig. 1 (p. 71)
MARIO YOSHIDA
Curdistão
Nahr Diyalá
ARMÊNIA
GEÓRGIA
AZERBAIJÃO
LÍBANO
JORDÂNIA
TURQUIA
IRÃ
Bagdá
Damasco
Beirute
Tbilisi
Baku
Jerevan
IRAQUE
44° L
36° N
Lago Úrmia
Lago Van
Mar Negro
Mar Cáspio
Rio Eufrates
Rio Tigre
Rio Tigre
Mar Mediterrâneo
0 130 km
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Altas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
Em 2014, na cidade síria de Kobane, milhares de curdos auto-organizados enfrentaram as forças do Estado Islâmico, grupo paramilitar terrorista que busca a implantação de um estado religioso na região. Os curdos venceram o combate, e Kobane passou a ser conhecida mundialmente não apenas pela vitória curda, mas pela forma de organização de seus combatentes, o que incomodou inclusive os Estados Nacionais da região, especialmente no que diz respeito às mulheres.
Forme um grupo com mais três colegas e pesquise em jornais, revistas ou sites da internet informações sobre a organização das combatentes curdas, as suas reivindicações sobre o território de Kobane e também sobre os direitos das mulheres. Você pode basear sua pesquisa em perguntas como:
- Como se dá a participação nos assuntos públicos em Kobane?
- Por que as mulheres de Kobane destacaram-se no enfrentamento ao Estado Islâmico?
- Que direitos as mulheres curdas reivindicam? Como isso se relaciona com o papel histórico da mulher na região?
Depois da pesquisa, os grupos podem apresentar suas descobertas com a ajuda de painéis e realizar um debate com base na seguinte questão: Por que as propostas do(a)s combatentes de Kobane para administrar seu próprio território desagradam tanto o Estado Islâmico quanto os Estados Nacionais da região, como a Turquia e o Iraque?
Bom debate!
Sugestão de resposta da atividade
Professor(a), oriente os alunos a seguir o que se pede na atividade a fim de garantir que todos os participantes do grupo se apropriem das informações e conteúdos trabalhados e que as pesquisas fundamentem de maneira fértil o debate sobre as apresentações. Organize as apresentações para que todos os grupos possam mostrar seus trabalhos. Ao final, é interessante que se produza uma síntese coletiva do que foi apresentado.
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Cidadania
Leitura
Os índios mundurukus e sua luta pela terra
Um país não representa necessariamente apenas uma nação, como vimos na página 65. O Brasil é um ótimo exemplo: atualmente, são mais de trezentas etnias diferentes vivendo em nosso território, representando diferentes nações.
A Constituição Federal de 1988 reconhece a posse da terra como um direito fundamental para a garantia de diversos outros direitos das etnias indígenas. Leia:
Título VIII - “Da ordem social”
Capítulo VII – “Dos índios”
Artigo 231 - São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
1. São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
2. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios, dos lagos nelas existentes.
3. O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivadas com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados das lavras, na forma de lei.
4. As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas são imprescritíveis.
DIREITOS INDÍGENAS na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2015.
Fig. 1 (p. 72)
Barco no Rio Tapajós, que corta área da Terra Indígena munduruku, PA, Brasil, 2011.
WERNER RUDHART/KINO.COM.BR
Em sala de aula
Professor(a), sugerimos que a leitura do artigo 231 da Constituição Federal de 1988 seja feita coletivamente e comentada com os alunos, destacando a essência de cada item. A seguir, se achar conveniente, repita esse procedimento com os alunos para a leitura e análise do texto da notícia sobre os Munduruku e do artigo 10 da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, estabelecendo relações entre os três. Espera-se com isso que os alunos se instrumentalizem para o desenvolvimento da atividade de pesquisa a respeito desse povo indígena. Oriente-os para que busquem e selecionem informações que sejam representativas das condições de vida dos Munduruku com base nos textos e nas análises feitas em classe.
Página 73
Atividade
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Construção de painel e análise de texto
Os índios mundurukus formam uma importante nação indígena, que atualmente vive às margens do Rio Tapajós, na fronteira entre os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas, e que luta pela demarcação de sua terra indígena, fundamental para a sua sobrevivência e a garantia de seus direitos. Leia a notícia a seguir:
Povo Munduruku faz autodemarcação de terra para evitar que área seja alagada por hidrelétrica no Pará
Ameaçados pela construção de uma usina no complexo do rio Tapajós, no Pará, o povo Munduruku do Médio Tapajós começou a demarcar por conta própria na semana passada o território em que vive, a terra indígena Sawré Muybu, para evitar que a obra da hidrelétrica, prevista para ter início no ano que vem, provoque danos à região.
Na última quarta-feira, os índios ganharam um reforço em sua luta de mais de uma década: a Justiça Federal deu o prazo de 15 dias para que a Funai (Fundação Nacional do Índio) continue o processo de demarcação da terra indígena Sawré Muybu, em Itaituba, no oeste do Pará.
E para isso, exigiu que se publique o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação, considerado fundamental no processo. O documento, elaborado pela Funai, confirma a ocupação tradicional da terra pelos índios.
Segundo o Ministério Público Federal, a terra indígena que seria alagada pela usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós está com a demarcação paralisada desde 2013.
A demora na demarcação provoca diversos danos aos Munduruku do Médio Tapajós, ameaçados constantemente por invasões de madeireiros e garimpeiros. Caso seja construída a usina de São Luiz do Tapajós, aldeias, florestas e cemitérios deverão ser alagados.
Com a demora no reconhecimento do território que ocupam, os moradores da Sawré Muybu não teriam reconhecido também seu direito à consulta e compensação.
REDE SUSTENTABILIDADE, 3 nov. 2014. Disponível em:
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