. Acesso em: 26 mar. 2015.
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Conexões
Os instrumentos de navegação e a exploração de novos territórios
Você já parou para pensar como os grandes navegadores europeus localizavam-se em alto-mar durante o período das Grandes Navegações? Obviamente, essa tarefa não era nada fácil, visto que a única paisagem que eles tinham para se orientar era o oceano e o céu. Por isso, viajar em alto-mar foi uma tarefa arriscada por muitos e muitos séculos.
Foi graças à observação do céu e das estrelas, aliada ao conhecimento acumulado e transmitido até então, que foi possível criar mecanismos de orientação em alto-mar.
Durante o período das Grandes Navegações, a partir do século XV, diversos instrumentos foram criados para facilitar a orientação em alto-mar, possibilitando aos europeus a exploração de novos territórios.
Fig. 1 (p. 131)
Bússola antiga, Europa, séc. XVII.
DAVID MUIR/MASTERFILE/LATINSTOCK
A bússola talvez seja o instrumento mais famoso desse período. Ela possui uma agulha magnetizada que indica o sentido geográfico. Com a bússola, os navegadores tinham conhecimento de qual era a direção que estavam seguindo em alto-mar.
Outro instrumento importante foi o astrolábio. Ele possibilitou medir a distância entre o ponto de partida da embarcação e o lugar em que esta se encontrava, por meio da observação do Sol ao meio-dia.
Fig. 2 (p. 131)
Astrolábio, Itália, 1573.
DE AGOSTINI/GETTY IMAGES
Por que os instrumentos de navegação foram fundamentais para os europeus conseguirem explorar e colonizar novos territórios? Responda no caderno.
Leia
A viagem do descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral, de Eduardo Bueno. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. 140p. (Coleção Terra Brasilis).
O livro conta histórias envolvendo a viagem da esquadra de Pedro Álvares Cabral, que culminou com a chegada dos portugueses no território que hoje é o Brasil. Baseado em pesquisas de documentos históricos e produção historiográfica, o autor descreve o cotidiano nos navios e curiosidades referentes aos diferentes personagens presentes nessa viagem.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), na seção “Box do autor” enfatiza-se a importância da matemática e da geometria para a cartografia. Se, por um lado, a cartografia é um instrumento fundamental para a geografia, é importante que os alunos atentem-se ao fato de que a cartografia não é de uso exclusivo da ciência geográfica e que ela constitui-se de uma gama de relações interdisciplinares. Dessa forma, os alunos tomam conhecimento de que, ao aprenderem cartografia, também desenvolvem competências e habilidades ligadas a leitura e interpretação em diferentes linguagens. Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam, em seus objetivos para o Ensino Fundamental, que a ciência geográfica escolar deve proporcionar aos alunos dessa fase escolar que sejam capazes de: “utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação”. A linguagem cartográfica enquadra-se nessas orientações.
Em sala de aula
Professor(a), nesta seção destaca-se a importância dos instrumentos utilizados na navegação, que eram fundamentais para a orientação espacial na época das Grandes Navegações.
Texto complementar para o(a) professor(a)
• RIBEIRO, António Silva. Os navios e as técnicas náuticas atlânticas nos séculos XV e XVI: os pilares da Estratégia 3C. Revista Militar, 2515/2516, ago./set. 2011. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2015.
Sugestão de resposta da atividade
Sobre a questão proposta, espera-se que os alunos indiquem que, sem os instrumentos, seria muito difícil orientar-se em alto-mar. Enquanto a bússola direcionava o sentido em que os navegadores seguiam, o astrolábio possibilitava calcular distâncias.
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Latitude e longitude
Observando a imagem abaixo, é possível notar que, no mapa, estão representadas linhas horizontais e verticais que se cruzam. São as coordenadas geográficas.
Fig. 1 (p. 132)
HUMBERTO PIMENTEL
Planisfério: coordenadas geográficas (latitutes e longitudes)
Equador
Meridiano de Greenwich
180º 150° O 120° O 90° O 60° O 30° O 0º
75° N 90° N 60° N 45° N 30° N 15° N 0° 15° S 30° S 45° S 60° S 75° S 90° S
30° L 60° L 90° L 120° L 150° L 180º
0 2.625 km
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar: Ensino fundamental do 6º ao 9º ano. 5. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
As linhas imaginárias horizontais são os paralelos, cujas coordenadas expressam em graus a localização de um ponto – e são denominadas latitudes. Já os meridianos são as linhas imaginárias que possuem suas extremidades nos polos Norte e Sul. Suas coordenadas são chamadas de longitudes.
Para localizar um ponto no planeta, basta cruzar as suas coordenadas de latitude e de longitude. Geralmente, os mapas costumam apresentar as coordenadas de alguns paralelos e meridianos considerados importantes. Observe os números em graus indicados nas extremidades do mapa acima.
As latitudes são calculadas tendo como referência a localização de um ponto em relação à Linha do Equador – principal paralelo, equidistante dos polos Norte e Sul e que indica o 0° de latitude.
O cálculo da latitude de um ponto em relação à Linha do Equador varia em 90°, tanto no sentido norte quanto no sentido sul.
Dessa forma, para cada ponto no planeta, existe uma coordenada geográfica específica que indica a quantos graus de latitude ele se localiza em relação à Linha do Equador.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), se possível, leia o livro indicado na seção “Leia”. Assim, você poderá indicá-lo aos alunos, contextualizando-o de maneira mais eficaz. Se tiver acesso ao livro, poderá, também, propor atividades de leitura compartilhada com os alunos na sala de aula. Professor(a), após o estudo das definições e explicações dos conceitos de latitude e longitude, explore o mapa-múndi com os alunos. É possível propor diversos exercícios de localização utilizando os cruzamentos das linhas de latitude e de longitude. Escolha diferentes pontos de cruzamento, números ou letras para identificá-los e peça aos alunos que identifiquem e indiquem os seus respectivos graus de longitude e de latitude. Oriente-os a mostrar onde estão os hemisférios e, quando possível, os países. Também é possível propor atividades relacionando os pontos, por exemplo, a simulação de uma viagem de avião entre um ponto e outro, ou entre alguns pontos.
Em sala de aula
Professor(a), há diversos vídeos que podem auxiliar na compreensão de como é elaborado o sistema de coordenadas geográficas e, então, visualizar dinamicamente como são definidas as linhas as latitudes e longitude. Um deles, desenvolvido no Laboratório de Cartografia da Universidade Federal de Santa Maria (RS), está disponível em:
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