. Acesso em: 6 fev. 2015.
Esse combustível fóssil, assim como seus derivados, é uma matéria-prima muito utilizada na indústria. Pode ser empregado para movimentar máquinas e automóveis e na fabricação de plásticos, asfalto e até tintas.
Embora sua origem esteja ligada ao ambiente marinho, muitas vezes o petróleo pode ser encontrado no interior dos continentes. Como já estudamos anteriormente, a Terra nem sempre teve a configuração atual. Isso significa que determinada área de fundo dos oceanos existente há milhões de anos pode estar emersa hoje.
Glossário
Emersa: terra que não está coberta pela água.
O gás natural é outro combustível fóssil que se encontra na natureza e pode estar associado ou não ao petróleo. Ele é utilizado como combustível de uso tanto doméstico quanto industrial, como em fogões, caldeiras de aquecimento e até automóveis. Assim como o petróleo, ele resulta da decomposição de fósseis de animais e plantas pré-históricas ao longo de milhões de anos.
Exploração dos recursos e danos ambientais
A exploração dos recursos minerais aumentou muito nos últimos séculos, já que as indústrias cresceram e se multiplicaram, elevando o consumo de produtos industrializados. No entanto, essa exploração traz muitos danos ao meio ambiente.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), junto aos alunos, analise a foto de exploração mineral e suas consequências ambientais. Contextualize o Projeto Carajás, indicando que sua origem remonta à época dos grandes projetos territoriais que se desenvolveram durante o período da ditadura militar no Brasil. Destaque a falta de preocupação ambiental nos projetos territoriais da época e a luta de setores da sociedade para implementar Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e Relatórios de Impacto ao Meio Ambiente (Rima) atualmente presentes no Brasil. Contudo, a implementação desses instrumentos ainda não garante o devido cuidado ambiental nas construções e em obras territoriais. Atualmente ainda há no Brasil muitas obras que infringem orientações de cuidado, preservação e conservação ambientais indicadas pelos EIA/Rima, pois as grandes obras envolvem interesses de diferentes grupos da sociedade, e nem todos seguem as determinações dos órgãos responsáveis pela preservação e conservação ambiental.
Referência complementar para o(a) professor(a)
• MORAIS, Maria Carolina de; PEREIRA JUNIOR, Paulo Martins; PARADELLA, Waldir Renato. Informações geoambientais derivadas de imagens de radar (R99B/SIPAM) e ópticas (LANDSAT/TM5) em jazimento de minério de ferro em Carajás. Revista Escola de Minas, v. 2, ano 2. Ouro Preto, abr./jun. 2009. Disponível em: . Acesso em: 23 mar. 2015.
Página 174
A maioria dos minerais encontra-se em jazidas subterrâneas e, para realizar a sua extração, o ser humano remove a camada de vegetação que cobre o solo, desmatando vastas áreas. Além disso, há alterações em cursos d’água, assoreamento de rios, destruição da fauna, entre tantos outros impactos ambientais.
Fig. 1 (p. 174)
Extração de minério de ferro em Carajás, Pará, 1999.
RICARDO AZOURY/OLHAR IMAGEM
A extração e a utilização de combustíveis fósseis também provocam graves impactos ambientais. O carvão mineral, por exemplo, é extremamente poluidor, pois apresenta substâncias que, em contato com o ar ou a água, formam novas substâncias que contaminam solos, rios e lagos. Observe as imagens a seguir.
Fig. 2 (p. 174)
Usina Termelétrica Presidente Médici, que utiliza a queima de carvão mineral, Candiota, RS, 2014.
ALE RUARO/PULSAR IMAGENS
Fig. 3 (p. 174)
Ave atingida por derramamento de petróleo em Port Kavkaz, na Rússia, 2007.
EPSILON/FREELANCER/GETTY IMAGES
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), em parceria com os alunos, analise as fotografias que retratam efeitos da poluição nas águas e, também, na atmosfera. Você pode remeter a diversos exemplos de poluição que vivenciamos diariamente, de maneira direta ou indireta. Além dos danos relacionados à saúde respiratória, sobretudo em grandes centros e em áreas próximas a locais onde ocorrem queimadas na agricultura, no que se refere à poluição atmosférica, é comum a relação com o efeito estufa e o aquecimento global. É preciso destacar o fato de que o efeito estufa ocorre naturalmente e que ele permite a ocorrência de vida na Terra, mas a ação humana, responsável pela emissão de poluentes e diversas outras ocorrências, por exemplo, o desmatamento, tem provocado, segundo os cientistas, o excesso de calor na atmosfera.
Texto complementar para o(a) professor(a)
Efeito estufa: vilão, não!
No espaço sideral, o silêncio é absoluto. Afinal, lá não existe ar e o som não se propaga pelo vácuo. Mas, conforme chega perto da Terra, o espaço passa a ser preenchido por moléculas organizadas na forma de gás. Ao redor do globo, existe um manto de ar composto por 78% de nitrogênio, 20% de oxigênio, pouco menos de 1% de vapor de água e 0,03% de dióxido de carbono. O restante é uma mistura de outros gases. Rarefeita e difusa no espaço, a atmosfera vai ficando densa conforme se aproxima da superfície terrestre. Próximo ao solo, nas regiões em que as correntes de ar se movem rapidamente, podemos até ouvi-las assobiar: é o vento.
A atmosfera é fundamental para a existência da vida no planeta. Além de propiciar o oxigênio que respiramos, nos protege dos raios ultravioleta – parte da radiação solar nociva aos seres humanos –, que são filtrados pela camada de gás ozônio. Sem a atmosfera, a temperatura do planeta estaria abaixo de zero: os raios de sol (e seu calor, claro) seriam refletidos de volta ao espaço, deixando pouco calor por aqui. Na medida certa, a atmosfera retém a quantidade de calor necessária para a vida no planeta: é o efeito estufa.
A ação humana, porém, tem contribuído para o aumento das emissões de calor. Além do efeito estufa, que já faz a parte dele, retendo calor naturalmente, a emissão de gases poluentes – vindo de automóveis, por exemplo – está aumentando a temperatura além da conta. Essas mudanças afetam a composição da atmosfera e geram desequilíbrios climáticos, como chuvas e furacões intensos e frequentes. Por isso, se a natureza do planeta funciona em harmonia, é preciso conviver obedecendo a esses preceitos. [...]
Página 175
A queima dos combustíveis também libera substâncias que provocam poluição da atmosfera, dos solos e das águas. Além disso, levam ao aumento do efeito estufa e à ocorrência de chuvas ácidas.
Glossário
Efeito estufa: efeito natural de aumento de temperatura nas camadas inferiores da atmosfera. Pode ser intensificado pela emissão de gases poluentes.
Chuva ácida: chuva que agrega enxofre e outros elementos químicos poluentes, formando um tipo de ácido ao entrar em contato com o hidrogênio na atmosfera.
Conexões
O Grande Nevoeiro de 1952 em Londres
Em dezembro de 1952, a cidade de Londres, na Inglaterra, vivenciou um longo fim de semana debaixo de uma camada espessa de nevoeiro – mistura de névoa natural e poluentes atmosféricos. No início da década de 1950, a qualidade do ar na cidade estava comprometida por décadas de emissão de partículas de carbono na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. Nas semanas seguintes, as estatísticas dos serviços médicos viriam a registrar cerca de 12 mil mortes provocadas por doenças respiratórias. Tamanho incidente estimularia o Parlamento britânico a aprovar a Lei do Ar Puro em 1956, a qual definiu limites para a emissão de poluentes.
Fig. 1 (p. 175)
Chaminés de uma fábrica em East End entre a fumaça que cobre a cidade de Londres, Inglaterra, 1952.
© MIRRORPIX\UIG/KEYSTONE
Óxidos de nitrogênio: Originados da queima de biomassa e de combustíveis fósseis. Quando lançados no ar, absorvem radiação, prejudicando a camada de ozônio.
Dióxido de carbono: O CO2, liberado na queima de combustíveis e de biomassa, é absorvido pelos oceanos e pelas plantas ao longo do crescimento delas. O excesso de emissões, somado a queimadas indiscriminadas, o tornam poluente campeão.
Ozônio do bem: Embora na troposfera o ozônio seja prejudicial, a camada de ozônio é a parte da estratosfera em que a concentração do gás é maior. É importante porque filtra os raios ultravioleta, prejudiciais ao ser humano.
Metano: O CH4 vem da queima da biomassa e da flatulência e da eructação dos rebanhos. Embora contribua para intensificar o efeito estufa, a quantidade na atmosfera é mais baixa do que a de CO2.
Poeira, vapor e poluentes. Apesar de menos intensos, também retêm calor. Podem ser emitidos por causas naturais (como vulcões) e humanas (como a queima de carvão e de gás natural).
Fonte: FURLAN, Sueli Angelo; SARACENI, Vinícius. Atlas ambiental: Guaíra, SP, Brasil. São Paulo: Geodinâmica, 2011. p. 48, 49.
Página 176
Estudos do capítulo
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Atividades
1 Observe as imagens abaixo e depois elabore uma resposta em grupo para a pergunta a seguir.
Fig. 1 (p. 176)
Estrada na Cordilheira dos Andes em direção ao Valle Nevado. Santiago, Chile, 2012.
EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS
Fig. 2 (p. 176)
Poluição atmosférica provocada por chaminés que lançam fumaça no ar. Datong, China, 2013.
PAUL SOUDERS/CORBIS/LATINSTOCK
Como podemos comparar as transformações no planeta causadas pela ação da própria natureza e aquelas provocadas pelo ser humano? Lembre-se de utilizar o conceito de tempo geológico.
2 Faça um desenho em seu caderno que represente o nosso Sistema Solar. Não se esqueça de identificar os planetas e dividi-los em rochosos e gasosos.
3 A Terra nem sempre teve a configuração atual. Desde seu surgimento, há cerca de 4,5 bilhões de anos, o planeta passou por intensas transformações. Baseado em seu conhecimento acerca do surgimento da Terra, organize um breve resumo em seu caderno sobre as principais etapas de sua transformação.
4 Quais são as estruturas internas da Terra? Defina cada uma delas no caderno.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Sugestões de respostas das atividades
1. Resposta pessoal. No entanto, os alunos devem levar em consideração que a Terra está em constante transformação por processos naturais, entre os quais a maioria, porém, tem uma duração muito longa e acontece lentamente, como é o caso da formação de cadeias montanhosas. Apesar da existência da humanidade ser muito curta em comparação à do planeta, a ação humana vem modificando radicalmente a superfície da Terra, em particular nos últimos séculos, devido à exploração dos recursos naturais.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos representem o Sistema Solar respeitando a ordem dos planetas e indiquem as diferenças compatíveis de tamanho entre eles.
3. Primeira etapa: o planeta Terra se forma a partir da concentração de gás e poeira cósmica da nebulosa, que originou todo o Sistema Solar. Era completamente formado por magma incandescente, tanto em sua superfície quanto em seu interior.
Segunda etapa: a Terra lentamente entrou em um processo de resfriamento. Assim, começou a se formar uma fina camada de rochas, que daria origem à crosta terrestre há aproximadamente 4 bilhões de anos.
Terceira etapa: À medida que o planeta ia se resfriando, a crosta terrestre se tornava mais espessa. Uma imensa quantidade de gases, entre eles o vapor d’água, começou a ser expelida do interior da Terra, graças à atividade de vulcões. Formação da atmosfera.
Quarta etapa: o vapor d’água favoreceu o surgimento das primeiras precipitações, que deram origem aos oceanos primitivos.
Quinta etapa: as placas tectônicas movimentam-se continuamente, formando a configuração atual do planeta.
4. As principais estruturas internas da Terra são: crosta terrestre, manto e núcleo. A crosta é a camada mais fina e superficial, composta por rochas. Sua espessura varia entre 5 e 70 quilômetros e está dividida em crosta oceânica e crosta continental. O manto é a camada intermediária e mais espessa, com espessura média de 2.950 quilômetros. É composta principalmente por magma, uma substância pastosa formada por material derretido. O núcleo é a camada mais profunda da Terra, composta principalmente por ferro e níquel. Sua temperatura pode chegar a 5.000 °C.
Página 177
5 Observe o mapa ao lado e responda em seu caderno: de acordo com o que você aprendeu neste capítulo, como podemos explicar a existência de fósseis dos mesmos animais em diferentes continentes do mundo?
Fig. 1 (p. 177)
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Fósseis encontrados em vários continentes
África
América do Sul
Austrália
Antártida
Índia
Fósseis triássicos do réptil terrestre Lystrossaurus
Fósseis de Glossopteris existentes em todos os continentes austrais
Fósseis do réptil dulçaquícola Mesossauro
Fósseis do réptil terrestre Cynognatus
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