. Acesso em: 15 fev. 2015.
a) Com a ajuda do(a) professor(a), faça uma pesquisa na internet e encontre fotografias e reportagens que contem um pouco da História e da origem dos nomes dos bairros anotados no mapa. Escreva em seu caderno quais são as semelhanças entre eles, como paisagens parecidas e datas de fundação.
b) Em sua opinião, por que não é possível visualizar as paisagens desses bairros no mapa? Registre em seu caderno.
3. A resposta correta é a C. A inda que os aterros sanitários possam ser institucionalizados e legalizados pelos governos, isso não garante que o solo, que absorve os resíduos tóxicos, esteja preparado para tal. Ou seja, não há preparação do terreno para o depósito de lixo, e este fato pode prejudicar tanto a fertilidade do solo quanto sua estabilidade física, caso seja necessário construir alguma edificação no local. O despejo de esgoto em rios prejudica tanto a potabilidade da água, tornando-a imprópria para o consumo humano, quanto as vidas que dependem dos rios, como peixes, algas, capivaras, aves etc.
4. a) A a tividade p rocura d esenvolver a habilidade de pesquisa e a sistematização dos dados coletados. Nesse sentido, oriente os alunos a se deter às informações mais relevantes sobre a história dos bairros. Caso considere necessário, indique algumas fontes para os alunos realizarem a pesquisa solicitada.
b) Esse mapa tem como único objetivo indicar a localização dos bairros na cidade do Rio de Janeiro.
Página 38
Cidadania
Leitura
As comunidades tradicionais
Vimos que os lugares possuem vida própria, uma dinâmica singular, e que estão relacionados uns aos outros. Aprendemos também que os lugares estão sempre em constante transformação, seja por dinâmicas naturais ou sociais, e estas últimas vêm se tornando mais frequentes e rápidas à medida que nossa capacidade técnica e industrial evolui. Na página 30, vimos como a pesca predatória pode prejudicar o meio ambiente. O desafio atual da humanidade é justamente combinar nosso poder de transformação dos lugares com a necessidade de oferecer condições dignas de vida para toda a população, sem destruir o meio ambiente e a capacidade de renovação dos recursos naturais. É uma equação difícil de solucionar e nem sempre contamos com a vontade política necessária para essa árdua tarefa.
A relação entre os lugares implica que nem sempre vivenciamos de perto os efeitos negativos que causamos sobre o meio ambiente, e alguns deles recaem igualmente sobre todo o planeta. A poluição das águas e a pesca predatória são bons exemplos: mesmo praticadas a distância, elas influenciam na reprodução de peixes e na sua migração. Consequentemente, a renda de milhares de pescadores artesanais que dependem da pesca fica comprometida, assim como a continuidade do modo de vida de comunidades ribeirinhas e caiçaras.
É notável o fato de que a maioria das comunidades tradicionais de pescadores, como os caiçaras, viva hoje muito mais do turismo do que da pesca, transformando assim a função do lugar e alterando drasticamente a relação das pessoas com ele. Isso muda também a identidade do lugar, suas características e o uso a que se destina.
A própria procura pelo turismo ambiental é uma construção social recente: um lugar pode ser considerado turístico hoje e não ser mais em um futuro próximo. Fatores como mídia, propaganda e facilidade de deslocamento podem ser determinantes para a escolha das novas possibilidades turísticas. Da mesma forma, alterações ambientais negativas, como lixo e poluição, podem deteriorar lugares e retirá-los do circuito turístico.
Fig. 1 (p. 38)
Pescadores artesanais em Salinópolis, PA, abr. 2013.
JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), a seção trata da pesca predatória e de seus efeitos para o meio ambiente. Para complementar a atividade, você pode propor uma investigação sobre a pesca no Brasil. A fim de planejar essa sequência didática, seria interessante a consulta ao plano de aula indicado a seguir, no qual se discute pesca e sustentabilidade nas áreas litorâneas brasileiras. Sugerimos também a pesquisa em outros sites que trazem um panorama sobre a produção pesqueira no país, além de informações sobre políticas de fomento e sustentabilidade.
Sugestões de sites
• CARDOSO, Eduardo Schiavone. A geografia e a questão pesqueira: tecendo redes de investigação. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015.
• PORTAL DO IBAMA. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015.
• PORTAL DO MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015.
• REVISTA NOVA ESCOLA. Plano de aula: pesca e sustentabilidade. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015.
Página 39
Atividades
Não escreva no livro. Faça as atividades no caderno.
Pesquisa e feira cultural
Os lugares das comunidades de pescadores tradicionais, em especial os dos caiçaras, estão mudando de função. O que essa mudança significa para a próxima geração, ou seja, os filhos dos pescadores não aprenderão a pescar? Que outras comunidades tradicionais são afetadas pelos mesmos problemas?
Forme um grupo com mais cinco colegas e pesquisem, cada um, uma comunidade tradicional diferente, se possível da sua cidade ou região. Vocês devem comparar os dados encontrados, descobrindo semelhanças e diferenças entre as comunidades. Utilizem questões em comum para fazer a pesquisa, como:
- Há quanto tempo existe essa comunidade?
- Qual é sua atividade tradicional?
- Qual é o tamanho dessa comunidade?
- Que problemas ambientais e sociais afetam seus moradores?
- Existe alguma forma de turismo no local? Ela funciona em harmonia com as atividades locais ou acaba se tornando também um problema?
Depois de fazer a pesquisa e a comparação, o grupo deve verificar o que é comum a todas as comunidades e o que é específico de cada uma delas, principalmente em relação aos problemas ambientais e sociais. Em seguida, façam uma pesquisa sobre a ação da legislação brasileira quanto ao turismo em lugares onde vivem comunidades tradicionais e componham um painel para apresentação em sala e que contenha:
- as comunidades pesquisadas;
- suas características particulares;
- suas características em comum;
- os problemas que as afetam;
- as leis infringidas tanto pelos moradores como pelos turistas, e suas consequências ambientais e sociais;
- as reivindicações (se existirem) dos moradores para a preservação de seu modo de vida;
- as ações do Estado quanto a cada caso e suas repercussões entre os moradores;
- ideias de como resolver os problemas encontrados sem prejudicar o meio ambiente e o modo de vida dos pescadores.
Com os painéis, vocês podem, com a ajuda do(a) professor(a), organizar uma feira cultural na escola que fale sobre as comunidades tradicionais pesquisadas, contando sua história, suas tradições, seu modo de vida e suas lutas!
Sugestões de resposta da atividade
Professor(a), oriente os alunos ao longo da execução da atividade e também na organização e produção do painel e da possível feira de modo a garantir que todos os participantes do grupo se apropriem das informações e conteúdos trabalhados. Ao final, é interessante que se produza uma síntese coletiva do que foi apresentado.
Página 40
3. O lugar e o passar do tempo
Neste capítulo, estudaremos as transformações dos lugares com o passar do tempo como consequência dos movimentos naturais e das ações humanas Veremos as transformações históricas, sociais e espaciais e trataremos da importância de se respeitar os lugares como uma maneira de respeitar a nós mesmos
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Objetivos de aprendizagem
• Compreender o conceito de espaço geográfico.
• Relacionar espaço e tempo na análise das paisagens e lugares.
• Conhecer algumas formas de organizar o tempo.
• Compreender que o espaço geográfico foi construído pelos seres humanos desde o surgimento da nossa espécie e está em constante transformação.
• Diferenciar os conceitos de lugar, paisagem e espaço geográfico.
Conteúdos do capítulo
• Conceito de espaço geográfico.
• Escalas de tempo: geológica e humana ou histórica.
• A constituição do espaço geográfico.
• As transformações naturais, históricas e socioeconômicas do espaço geográfico.
Eixos norteadores
• Direito à moradia.
• Responsabilidades das gerações presentes em relação às gerações futuras.
• Direito a um trabalho digno.
Página 41
Fig. 1 (p. 41)
MAURICIO SIMONETTI/PULSAR
Vista aérea da Basílica Nossa Senhora Aparecida, Aparecida, SP, 2007.
Esta é uma foto aérea da cidade de Aparecida do Norte, localizada no estado de São Paulo Ao observá-la, podemos imaginar como era essa paisagem antes da ocupação humana, não é mesmo?
a) Escolha duas situações na foto nas quais o ser humano transformou a paisagem e explique a importância dessa transformação
b) Essa paisagem parece com o lugar onde você vive? Faça um croqui com os principais elementos naturais e humanos do lugar em que você mora
Glossário
Croqui: desenho rápido que tem como objetivo representar o essencial de uma forma ou paisagem.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), neste capítulo, o foco é a transformação dos lugares ao longo do tempo e a construção do conceito de espaço geográfico. Após as atividades de abertura, antecipe os temas a serem estudados, lendo com os alunos os títulos dos tópicos, as imagens e as legendas do capítulo. Discuta com eles o que descobriram com essa investigação e depois solicite que façam, individualmente, uma lista das informações descobertas. Peça para trocarem a lista com um colega para que possam complementá-la.
Sugestões de respostas das atividades
a) Os elementos que os estudantes podem escolher são os mais variados. Espera-se que eles compreendam o sentido da transformação da natureza para benefício do ser humano. Eles podem destacar a construção de vias para o transporte e de casas para moradia ou a retirada da vegetação nativa para pastagem do gado.
b) Após a observação da paisagem retratada na fotografia, os alunos devem voltar o seu olhar para o lugar onde vivem e representar os elementos naturais e humanos desse local, a fim de perceber as transformações da paisagem.
Página 42
O espaço e o tempo
Neste capítulo estudaremos o espaço geográfico, mas para isso precisamos entender que o tempo e o espaço caminham juntos. O espaço é o objeto da ciência geográfica. Mas o que o tempo tem a ver com isso?
Há diversas maneiras de medirmos o tempo, ou de termos uma ideia de como organizá-lo. A isso chamamos escala de tempo. Existe a escala geológica de tempo – que é o tempo da formação da Terra, em milhões de anos. Também há a escala humana ou histórica, que é a nossa. Nós organizamos e dividimos o tempo e isso nos dá a dimensão de sua passagem com base em fatos e marcas deixadas pelas ações humanas. Todas essas dimensões do tempo são visíveis, isto é, os acontecimentos do passado podem ser vistos na paisagem.
Os fenômenos que ocorreram na escala geológica estão mais próximos de nós do que imaginamos. Convivemos no nosso dia a dia com as paisagens, que são também um resultado visível das ações do tempo no espaço: são os rios, as montanhas, os vales, as planícies, os montes... Todas essas formas que aparecem na paisagem são resultado da ação do vento, da chuva, da força da terra e do sol.
E tudo muda com o tempo: florestas são derrubadas para darem lugar a áreas de pastagem ou a novas cidades, os prédios antigos são implodidos para que sejam construídos outros mais modernos, o espaço daquela farmácia do bairro é transformado em estacionamento e assim por diante.
A História é uma sucessão de transformações, e observar o espaço também é uma maneira de compreendê-la. Na imagem a seguir, é possível identificar duas escalas de tempo. Observe-a e as identifique.
Fig. 1 (p. 42)
Nesta foto de março de 2014 podemos observar em apenas uma imagem duas escalas de tempo, a geológica e a histórica. Atrás, vemos a Cordilheira dos Andes, uma cadeia montanhosa que se estende da Argentina até a Venezuela, formada pelo choque entre duas placas tectônicas; também é possível visualizar Machu Pichu, no Peru, cidade construída no século XV pelos incas.
© SERGI REBOREDO/KEYSTONE
Glossário
Placas tectônicas: são partes da crosta terrestre que interagem em movimentos de aproximação e distanciamento, formando cadeias de montanhas, terremotos e vulcões, entre outros fenômenos geológicos.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), nesta página, destaque as marcas do tempo nas paisagens e as escalas de tempo: geológica e humana. A leitura e análise da imagem contribuem para o entendimento das escalas geológica e histórica.
Página 43
As transformações naturais
Da natureza utilizamos diversos elementos fundamentais para nossa vida: a água, os alimentos, os recursos minerais e o ar. Ela é a guardiã do passado e do presente: as árvores, os rios, a mata e os animais são frutos de um passado em constante transformação. E para o futuro ela simboliza uma reserva estratégica fundamental.
Mas as ações humanas ligadas a um ritmo extremo de desenvolvimento e crescimento sem cuidados ambientais, como o desmatamento de florestas, a extração intensa de minérios, a poluição das águas, podem levar ao esgotamento desses elementos e comprometer a vida em um futuro que talvez esteja próximo.
Não cuidar da natureza significa não cuidar de nós mesmos. Você já parou para pensar que nós também fazemos parte da natureza?
Pois é, nós fazemos parte da natureza e, quando a transformamos, também transformamos a nossa vida. Somos o resultado de milhões de anos de evolução, e podemos também contribuir para o equilíbrio dela. Nossas ações podem ser muito significativas e até irreversíveis, por isso, respeitar a natureza é respeitar a nós mesmos. Uma maneira de se relacionar com a natureza sem prejudicá-la é dela retirar o que é fundamental para nossas necessidades sem que isso destrua seu ritmo de vida. Observe, na imagem abaixo, um exemplo disso.
Fig. 1 (p. 43)
Extração da carnaúba, uma árvore típica da região Nordeste do Brasil e fonte de matéria-prima para a população local. Palmeiral de carnaúbas, desenho de Percy Lau para “Tipos e aspectos do Brasil”. In: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – Conselho Nacional de Geografia. Revista Brasileira de Geografia, 8. ed., Rio de Janeiro, 1966.
PERCY LAU/REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA/IBGE
Assista
A guerra do fogo
(Direção: Jean-Jacques Annaud. França; Canadá, 1981.)
Filme francês que mostra a saga de primitivos hominídeos que gesticulam por meio de grunhidos. Após perderem a posse do fogo, destacam três caçadores para buscá-lo novamente em terras desconhecidas. Durante o caminho, eles encontram outro grupo que já dominava a técnica da linguagem, a de produção do fogo e de construção de objetos e outra maneira de se relacionarem.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Em sala de aula
Professor(a), neste tópico, são destacadas as transformações da natureza pela ação do ser humano e das sociedades. Se possível, apresente cenas do filme A guerra do fogo e relacione-o à evolução do ser humano e à sua dependência dos recursos naturais.
Neste momento do estudo, seria interessante compartilhar com os alunos experiências que mostrem a exploração dos recursos naturais de forma sustentável na atualidade. A Cooperativa Central de Comercialização de Produtos da Floresta – Cooperacre, por exemplo, comercializa produtos da floresta de forma sustentável e tem milhares de famílias associadas, distribuídas em catorze municípios do estado do Acre. O texto complementar a seguir apresenta as atividades e projetos dessa cooperativa. Após a leitura da reportagem, pode-se discutir a seguinte questão: qual é a importância de iniciativas como essa para a preservação da Amazônia e a inclusão social dos povos da floresta?
Texto complementar
Castanha garante sustentabilidade
[...] Tudo começou em 1982.
“Naquele ano, nós começamos a organizar as primeiras associações de seringueiros e coletores de castanha.” [...] Relembra Manoel José da Silva, 72 anos, o presidente da Cooperacre – organização formada por 26 associações e cooperativas que juntas atendem a mais de duas mil famílias em todo o Vale dos rios Acre e Laco. Mais cinco associações, reunindo uma média de 70 famílias cada uma, estão se associando na próxima assembleia da Cooperacre, em dezembro.
[...] Contratos para o fornecimento de castanha a empresas como a Nutrimental e a Nestlé são fundamentais para colocar da produção da Cooperacre num mercado mais seleto e garantir o retorno financeiro necessário para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores da floresta. Esses e outros clientes, na sua grande maioria, brasileiros e alguns do exterior, têm de sua parte a segurança de comprar um produto de qualidade garantida pelo comprometimento consciente dos coletores familiares que têm na castanha sua maior e principal fonte de renda, que os motiva a continuarem defendendo a conservação florestal amazônica. [...]
Fonte: XANGAI, Juracy. Castanha garante sustentabilidade. Jornal Página 20, 28 de nov. 2010. Disponível em:
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