Geografia 6º ano



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. Acesso em: 9 abr. 2015.

Em sala de aula

A própria legenda da imagem permitirá aos alunos que respondam à questão. Lembre-os de que a legenda nos ajuda a fazer a leitura da paisagem retratada. Trabalhe com os alunos as diferenças entre os elementos das paisagens nas fotografias, indicando que cada uma é diferente da outra.



Sugestão de resposta da atividade

O espaço geográfico brasileiro é resultado da ação humana e da ação da natureza sobre o território. Assim sendo, todas essas paisagens, humanizadas ou não, fazem parte dele.



Página 262

O trabalho humano e a construção do espaço geográfico

O espaço geográfico é o conjunto que integra a natureza e ação do ser humano. Pode apresentar diferentes formas e funções, dependendo das atividades que nele se desenvolvem: lazer, comércio, moradia etc.

Para sabermos como se organiza o espaço geográfico, precisamos entender primeiramente a relação entre o trabalho do ser humano e o espaço em torno dele. Na sociedade atual, assistimos cada vez mais a uma especialização das atividades. Isso significa que o trabalho humano está dividido em atividades específicas, ou ramos de atividade.

Essa divisão só pode ocorrer porque o ser humano vive em sociedade. Existem padeiros, enfermeiros, motoristas, cozinheiros e toda uma série de profissões diferentes. A essa divisão damos o nome de divisão social do trabalho.

O trabalho também está dividido territorialmente. Isto é, cada lugar possui determinada função na cadeia produtiva. Em alguns lugares predomina a agricultura, em outros, a extração mineral, e assim por diante. Essa divisão é chamada de divisão territorial do trabalho.

A formação territorial do Brasil

O Brasil nem sempre teve as dimensões territoriais atuais. A consolidação do território brasileiro é fruto de um longo processo, desde a expansão colonial portuguesa. Até o fim do século XIX, os meios de transporte eram escassos e as estradas geralmente ligavam as zonas produtoras aos portos, de onde as mercadorias eram levadas para o mercado externo. Havia pouquíssimas vias de ligação interna no país. A expansão da atividade cafeeira impulsionou a integração nacional, já que estimulou o comércio interno entre as diferentes regiões. Além disso, promoveu a construção de ferrovias no Sudeste.

Durante o século XX, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização. Esse processo contribuiu para a integração do território, a qual já vinha sendo fortalecida desde o século XIX com a expansão cafeeira.

As primeiras indústrias brasileiras estabeleceram-se no Sudeste, com o investimento dos grandes produtores de café. Como essa era a única área de produção industrial do Brasil, a integração ocorreu, em um primeiro momento, por meio da distribuição dos produtos industrializados do Sudeste para as demais regiões do Brasil e da compra de matéria-prima e produtos alimentícios dessas regiões pelo Sudeste.

Além disso, o processo de industrialização foi acompanhado por um intenso processo de urbanização. Isso significa que as grandes cidades e a população urbana começaram a aumentar em uma velocidade crescente.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Ao trabalhar a formação territorial do Brasil, relembre os alunos sobre os processos de expansão dos limites iniciais, impulsionados pelas atividades econômicas. Além disso, fatores como propostas e ações de incorporação de territórios; guerras; expansão em busca de recursos minerais seguindo os caminhos hídricos; e, mais tarde, projetos de integração nacional fazem parte desse processo.



Referência para o(a) professor(a)

Sobre o uso da cartografia para ensinar o processo de formação do território brasileiro ao longo dos séculos:

A cartografia torna-se recurso fundamental para o ensino e a pesquisa.

Ela possibilita ter em mãos representações dos diferentes recortes desse espaço e na escala que interessa para o ensino e pesquisa. Para a Geografia, além das informações e análises que se podem obter por meio dos textos em que se usa a linguagem verbal, escrita ou oral, torna-se necessário, também, que essas informações se apresentem espacializadas com localizações e extensões precisas e que possam ser feitas por meio da linguagem gráfica/cartográfica. É fundamental, sob o prisma metodológico, que se estabeleçam as relações entre os fenômenos, sejam eles naturais ou sociais, com suas espacialidades definidas. [...]

A cartografia no ensino de Geografia obteve grandes avanços teóricos e metodológicos. Dentro da perspectiva de uma Geografia tradicional e positivista, a cartografia significava muito mais uma técnica da representação voltada para a leitura e a explicação do espaço geográfico onde o leitor comportava-se como sujeito. Atualmente, comprometida com as novas correntes do pensamento de uma Geografia da percepção e fenomenológica, o aluno passou a ser orientado a desenvolver uma consciência crítica em relação ao mapeamento que estará realizando em sala de aula. Isso significa dizer que existe sempre uma perspectiva subjetiva na escolha do fato a ser cartografado, marcado por um juízo de valor. O aluno deixou de ser visto como um mapeador mecânico para ser um mapeador consciente, de um leitor passivo para um leitor crítico dos mapas.

Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 77.



Página 263

Espaço urbano e espaço rural: atividades econômicas e suas marcas no espaço

O desenvolvimento das atividades econômicas no Brasil esteve sempre muito ligado à produção de mercadorias destinadas ao mercado externo. O escoamento dessa produção dependia e depende até hoje dos portos, já que os traslados são realizados por grandes navios cargueiros. Assim, os núcleos de povoamento mais antigos se estabeleceram na faixa litorânea, facilitando a ligação com Portugal no período da Colônia e com os demais países ao longo dos séculos.

Essa organização da produção deixou marcas no espaço geográfico brasileiro. Podemos observar no mapa a seguir que a faixa litorânea concentra uma grande porcentagem da população do Brasil.

Fig. 1 (p. 263)

MARIO YOSHIDA

Brasil: distribuição da população (2010)

Belém


Palmas

Cuiabá


Macapá

Manaus


Goiânia

Teresina


BRASÍLIA

São Luís


Curitiba

Boa Vista

Porto Velho

Porto Alegre

Belo Horizonte

São Paulo

DF

MATO GROSSO



AMAZONAS

RORAIMA


AMAPÁ

MARANHÃO

CEARÁ

PIAUÍ


ACRE

RONDÔNIA


SANTA CATARINA

PARANÁ


Maceió

Recife


Aracaju

Vitória


Salvador

Fortaleza

Rio Branco

Campo Grande

Florianópolis

Rio de Janeiro

João Pessoa

Natal


GOIÁS

MINAS GERAIS

BAHIA

TOCANTINS



RIO DE JANEIRO

ESPÍRITO SANTO



OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO PACÍFICO

PARÁ


Paraíba

Pernambuco

Alagoas

Sergipe


RIO GRANDE DO NORTE

MATO GROSSO DO SUL

RIO GRANDE DO SUL

SÃO PAULO



50°O

-10°



Equador

Trópico de Capricórnio

0 300 km 10.000 habitantes

Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar. Características demográficas. Distribuição da população. Disponível em:


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