Geografia 6º ano



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) é um excelente material de pesquisa, pois disponibiliza informações sobre achados arqueológicos no Brasil. Na seção “Novidades”, é possível conhecer, em primeira mão, o que os arqueólogos estão descobrindo em todo o território brasileiro, tendo acesso a informações mesmo antes da publicação de artigos especializados ou do debate em congressos científicos.

OED

Página 46

As cidades, o campo e todas as suas construções configuram o espaço e fazem parte dele: as ruas, as casas e os prédios, as fazendas, os postes, as fiações e as calçadas. Somado a tudo isso, o fluxo de pessoas, materiais, produtos, dinheiro e informação (via telefone e internet, por exemplo) também faz parte do espaço geográfico, porque são essas ações que dão sentido e funcionalidade às construções que utilizamos. Portanto, além daquilo que é material, o espaço também é constituído por ações que são imateriais.



Fig. 1 (p. 46)

RICK FISCHER/MASTERFILE/LATINSTOCK

ROGÉRIO REIS/PULSAR

JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM

Para nos comunicarmos, utilizamos vários objetos que foram construídos por pessoas que não conhecemos e que podem morar até em outros países. Para conversarmos via aparelhos celulares, nossas falas são convertidas em sinais que são transmitidos por antenas e satélites. Não só os objetos constituem o espaço, mas também nossas ações, como conversar ao celular, pois ao utilizarmos e conectarmos tais objetos, damos a eles funções e estabelecemos ligação com o trabalho de outras pessoas. Na primeira foto, satélite de comunicação sobre a América do Sul, 2005; na segunda, torre com antena de celular sobre casas na Vila Brasilândia, São Paulo, SP, 2007; e na terceira, torcedor com chapéu verde e amarelo falando ao celular na entrada do Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, junho de 2013.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Professor(a), nesta página, enfatize a ideia de que o espaço também é constituído por ações que não são materiais. Explore as imagens para mostrar aos alunos os elementos não materiais que compõem o espaço geográfico.



Página 47

As transformações históricas e socioespaciais

Ao longo da História da humanidade, ocorreram muitas transformações culturais e econômicas, e é no espaço geográfico que essas marcas do tempo podem ser notadas.

Hoje é possível observar no espaço a sobreposição de diferentes técnicas, objetos e sistemas econômicos. Veja as fotos a seguir. Elas refletem as transformações ocorridas na cidade de São Paulo em duzentos anos. Observe e reflita sobre quais são as características que nos apontam para essas transformações.

Fig. 1 (p. 47)

Palácio das Indústrias, Parque D. Pedro II, São Paulo, SP, meados do século XX.

AUTOR DESCONHECIDO/ACERVO MUSEU DA IMIGRAÇÃO, SÃO PAULO, SP

Fig. 2 (p. 47)

Espaço Catavento Cultural e Educacional (antigo Palácio das Indústrias), Parque D. Pedro II, São Paulo, SP, 2014.

DELFIM MARTINS/PULSAR

O lugar e o passar do tempo

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Neste tópico, os alunos exercitarão o olhar geográfico para perceber as marcas do tempo nas paisagens. Para abordar as transformações históricas do espaço, são apresentadas duas imagens que retratam a mesma construção em momentos distintos da história da cidade de São Paulo. Espera-se que os alunos observem e, com os colegas, comparem as fotos e indiquem as transformações espaciais, ocorridas com o passar do tempo. Incentive-os a elencar acontecimentos que podem ter causado essas mudanças e a indicar também transformações percebidas em seus bairros ou na cidade em que moram.



OED

Página 48

Fig. 1 (p. 48)

Avenida São João, São Paulo, SP, início do século XX.

AUTOR DESCONHECIDO/ACERVO MUSEU DA IMIGRAÇÃO, SÃO PAULO, SP

Fig. 2 (p. 48)

Avenida São João no centro de São Paulo, SP, 2014.

JUCA MARTINS/OLHAR IMAGEM

Fig. 3 (p. 48)

Rio Tietê (Ponte Grande), São Paulo, SP, final do século XIX.

AUTOR DESCONHECIDO/ACERVO MUSEU DA IMIGRAÇÃO, SÃO PAULO, SP

Fig. 4 (p. 48)

Marcas na margem do Rio Tietê vistas da Ponte do Limão, São Paulo, SP, 2012.

ALEXANDRE TOKITAKA/PULSAR

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

Nesta página, os alunos continuam a observar imagens que mostram transformações na cidade de São Paulo ao longo do tempo. Solicite aos alunos que comparem as imagens e escrevam no caderno: o que mudou? O que permaneceu?



Página 49

Como resultado da organização humana em sociedade, há uma diversidade de culturas, religiões, maneiras de fazer política, mas isso também não é imutável: a economia muda, a política muda, assim como a cultura.

Já houve uma época em que os seres humanos viviam basicamentepara buscar recursos e modificar o espaço para a sobrevivência, paragarantir a reprodução da vida e de seus costumes.

Muitos foram os acontecimentos que nos levaram até a era industrial, na qual as máquinas passaram a desempenhar alguns serviços que outrora eram realizados por pessoas. Isso fez que a relação humana com o tempo e com o espaço tenha sofrido uma profunda mudança.

O Brasil e grande parte dos países ao redor do mundo vivem em um sistema econômico chamado capitalista, no qual a economia baseia-se na busca incessante pelo lucro. Alguns são donos da produção ou da terra e outros são os trabalhadores. Esse sistema é muito bom para uns, mas também produz muitas desigualdades sociais, além de causar grandes impactos ao meio ambiente. As desigualdades sociais podem ser verificadas na forma e nas condições de organização do espaço. Muitas vezes, o contraste entre aqueles que possuem melhores condições de vida e os que carecem de recursos pode ser facilmente notado na paisagem urbana por meio das desiguais condições de moradia. Observe a fotografia a seguir:

Fig. 1 (p. 49)

Nesta foto podemos observar uma imagem recorrente nos grandes centros urbanos: favelas e moradias de alto padrão convivem na mesma paisagem. Vista do bairro do Morumbi, em São Paulo (SP), mostra prédio de apartamentos de luxo que faz divisa com a favela de Paraisópolis, 2004.

TUCA VIEIRA/FOLHAPRESS/COLEÇÃO PIRELLI

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Em sala de aula

As transformações socioeconômicas também modificam o espaço, deixando marcas na paisagem. Nesta página, são ressaltadas as desigualdades sociais resultantes do modo de produção capitalista. Destacam-se as marcas dessas desigualdades na paisagem, mostrando o contraste entre favelas e prédios de alto padrão, que convivem lado a lado em algumas cidades brasileiras.



Página 50

Conexões

Sociedade e economia

Como da natureza tiramos tudo para satisfazer as necessidades humanas, que se organizam em sociedade, são necessários muitos tipos de trabalho, separados nos chamados setores da economia:



1 Setor primário: é aquele responsável por extrair e explorar recursos da natureza. Desse setor fazem parte a agricultura, o extrativismo vegetal, a mineração, a pesca, a caça, a pecuária, a extração de recursos não renováveis.

2 Setor secundário: é a parte que transforma as matérias-primas obtidas pelo setor primário em produtos a serem consumidos pela sociedade, assim como máquinas e automóveis.

3 Setor terciário: nesse setor, há a comercialização dos produtos já finalizados, bem como a oferta de serviços úteis à sociedade. Fazem parte desse setor diferentes tipos de comércio e serviços, incluindo aqueles ligados à administração pública, além do turismo e dos sistemas de transporte.

As fotos apresentadas a seguir representam os diversos setores econômicos que acabamos de aprender.


1. Responda em seu caderno qual setor cada uma das fotografias representa.
2. Entreviste alguém que você conheça. Em qual setor econômico essa pessoa trabalha?

Fig. 1 (p. 50)

A: Caminhão de minério em atividade pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Mina Casa de Pedra, Congonhas, MG, 2008.

RICARDO AZOURY/PULSAR

Fig. 2 (p. 50)

B: Robôs montando automóveis, Baltimore, Maryland, EUA, 2010.

© GLOWIMAGES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Sugestões de respostas das atividades

1. Neste exercício, espera-se do estudante a capacidade de distinguir os setores da economia segundo as imagens. Imagem A: setor primário; B: setor secundário; C: setor primário; D: setor terciário e E: setor primário.

2. Sugerimos que seja elaborado com a turma um roteiro para entrevista, que pode ser utilizado em outras situações. Propomos algumas etapas:

• Planejando a entrevista: relacione o tema da entrevista e o seu objetivo. Solicite aos alunos que escolham quem será o entrevistado e decidam como registrarão as informações.

• Elaborando as perguntas: as perguntas iniciais devem ser voltadas para a identificação do entrevistado. Nome, idade, profissão, há quanto tempo exerce essa profissão, onde trabalha, se já teve outras profissões etc.

• Preparando a entrevista: oriente os estudantes a combinar o horário e o local da entrevista com o entrevistado, além de testar com antecedência os materiais que serão usados – gravadores, câmeras, tablet etc.

A entrevista: oriente os alunos a lembrar o entrevistador sobre o tema e os objetivos da entrevista. Eles devem levar as perguntas escritas. A cada pergunta feita, peça que ouçam atentamente as respostas. Se sentirem necessidade, oriente-os a inserir novas questões que pareçam importantes. Afinal, há certa liberdade nessas situações e às vezes surgem fatos novos e interessantes a respeito do tema em discussão.

• Redigindo a entrevista: solicite aos alunos que organizem as respostas obtidas e, se possível, digitem-nas. Apresente modelos de entrevistas para que eles escolham o formato que desejam, como o de um diálogo, no qual se identifica o entrevistador e o entrevistado.



Página 51

Fig. 1 (p. 51)

C: Navio plataforma de petróleo. Campos, Rio de Janeiro, 2002.

RICARDO AZOURY/OLHAR IMAGEM

Fig. 2 (p. 51)

D: Prédio da Prefeitura Municipal de Bagé, RS, 2011.

GERSON GERLOFF/PULSAR

Fig. 3 (p. 51)

E: Plantação de alface em horta orgânica. Rio de Janeiro, 2006.

ROGÉRIO REIS/OLHAR IMAGEM

Página 52

Questionando

O mundo é desigual e há muitas injustiças sociais, mas tudo pode mudar. Tem muita gente que está se organizando para tentar transformar isso, como é o caso de trabalhadoras do Maranhão. Elas estão levando suas experiências para outros estados.



Fig. 1 (p. 52)

Quebradeira de coco-babaçu carregando cesto na cabeça na região do Bico do Papagaio, São Miguel do Tocantins, TO, 2011.

FRANCO HOFF/PULSAR

As quebradeiras de coco-babaçu do leste do Maranhão conseguiram melhorar a renda. Elas passaram a beneficiar as amêndoas, após, juntas, criarem uma associação para ganhar mais força na hora da negociação do produto.

As mulheres de São José dos Basílios passam o ano vasculhando os palmeirais para catar os cocos que caem quando amadurecem. O olhar treinado das mulheres acha os cocos espalhados no babaçual. [...]

Cerca de 350 mulheres trabalham na usina que conseguiu dobrar a renda nos babaçuais. Antes a renda de uma extrativista era de 250 reais, em média, por mês. Hoje, a maioria consegue até 570 reais por mês, com a quebra do coco. “Antes da associação os comerciantes só compravam o coco da gente a 30 centavos e depois da associação o preço aumentou. Por isso, a gente acha que o nosso serviço foi valorizado”, explica a quebradeira de babaçu Francisca Betânia.

QUEBRADEIRAS de coco-babaçu do Maranhão conseguem melhorar renda. CBN Foz do Iguaçu, 1º jul. 2014. Disponível em:


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