Geografia 7º ano



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. Acesso em: 15 abr. 2015.

Sugestão de atividades complementares

1. Com base nas informações obtidas após o estudo deste capítulo, os alunos devem perceber que, durante todo o período da economia colonial e primária-exportadora, o Brasil foi um país de mercado e economia extrovertidos, ou seja, que visava apenas atender à demanda do mercado externo por matéria-prima, atividade que provocava o enfraquecimento de seu mercado interno. Por meio de uma conversa com seus familiares e alguma pesquisa em enciclopédias, o aluno deverá concluir se o Brasil ainda conserva, mesmo que em parte, essa característica de exportador de gêneros primários e em que medida isso prejudica o desenvolvimento do país.

2. Os alunos poderão pesquisar em jornais e revistas referências sobre o modo de vida dos boias-frias e qual a natureza do seu papel na sociedade da qual participam.

3. Os alunos podem ser divididos em grupos e encontrar, dentro do grupo, um colega que tenha familiar ou conhecido que seja

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proprietário de terra produtiva para ser entrevistado. Duas perguntas serão, sem dúvida, importantes: Que uso faz de sua propriedade? O que pensa sobre a reforma agrária? Além dessas duas questões fundamentais, caso haja possibilidade, incluir no trabalho outras que permitam obter informações sobre a propriedade, como sua localização, área, principal atividade etc.



4. Nesta tarefa individual, os alunos devem realizar uma pesquisa em revistas atualizadas, preferencialmente do ano corrente, e selecionar dois artigos que tratem dos conflitos por posse de terra no Brasil; em seguida devem proceder à identificação dos protagonistas da história, analisar a natureza do conflito e propor soluções para essa situação.

5. Um dos efeitos da globalização é o chamado desemprego tecnológico ou estrutural. Por meio dele, as:

“divisões de trabalho se alteram, surgem novos campos de trabalho, grandes contingentes de trabalhadores industriais são expulsos para o setor terciário da economia ou para o chamado ‘setor informal’ ou, ainda, são totalmente excluídos do mercado de trabalho, criando o desemprego conjuntural e o de exclusão”.

BRASIL. SEF. PCN 5ª a 8ª: temas transversais Brasília: MEC/SEF, 1998. p. 351.

a) Alguns desses efeitos da globalização estão presentes na localidade onde você mora? Como você percebe isso?

b) Ou o desemprego e o subemprego existentes em sua localidade têm outras causas? Quais?

c) O que é possível fazer para criar uma política geradora de empregos?



6. O aluno pode escolher um objeto presente na sala de aula e explicar a cadeia necessária para a sua fabricação, desde a materia prima, incluindo também a distribuição.

7. Individualmente, os alunos deverão fazer uma pesquisa sobre poluição urbana e de quais problemas graves sofrem as cidades.

8. Pesquisar se há coleta seletiva do lixo sólido produzido na escola ou no(s) bairro(s) onde moram os alunos ou o que seria necessário para viabilizar o processo, caso não seja a realidade local. Destacar a importância desse método para o equilíbrio ambiental e para a preservação dos recursos naturais.

unidade 4 - Região Norte

O infográfico da abertura explora a relação da Floresta Amazônica e da rede hidrográfica da Região Norte com os “rios voadores” – massas de ar úmidas que se deslocam da porção norte do país para o sul do continente americano, levando umidade para essa porção. Explore com os alunos o texto e a ilustração. Depois, discutam oralmente as atividades da seção Verifique sua bagagem.

Após abordar o meio natural da Região Norte e a construção histórica de espaços geográficos nos percursos 13 e 14, os subsequentes são bastante r0icos em suscitar discussões, pois tratam de conflitos na Amazônia, desmatamento, biodiversidade, biopirataria e desenvolvimento sustentável.

Serão trabalhados, principalmente, os seguintes conceitos e noções: rios voadores; Região Norte; Amazônia Continental e Legal; relevo, hidrografia, densidades demográficas; clima e vegetação (mata de terra firme, de inundação, de igapó, de várzea) da Região Norte; golfão; zona bragantina do Pará; manganês, cassiterita; Superintendência do Plano de Valorização Econômica



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da Amazônia; governos militares; Sudam; rodovias de integração nacional; núcleos ou projetos de colonização; Zona Franca de Manaus; Projeto Grande Carajás; posseiro e grileiro; arco do desmatamento; biodiversidade; endêmico, fitoterápico; biopirataria; sociedade civil; ONG; desenvolvimento ecologicamente sustentável; ONU; in natura; reservas extrativistas; líder sindical e a atuação de Chico Mendes.

Percurso 13 — Região Norte: localização e meio natural

Utilizando o mapa da figura 3, na página 111, explique as diferenças entre os conceitos de Região Norte, Amazônia Continental e Legal. Em seguida, ao explicar os aspectos físicos gerais da Região Norte, trabalhe sempre com a base cartográfica disponibilizada neste percurso. Não deixe de aplicar oralmente as questões inseridas ao lado dos mapas e do climograma de Manaus.

Acompanhe os alunos na leitura e interpretação do infográfico “O maior complexo fluvial do mundo”, nas páginas 114 e 115, sempre atento a esclarecer dúvidas e, inclusive, ampliar as questões propostas sobre ele.

Os quadros Navegar é preciso, Quem lê viaja mais e Pausa para o cinema são importantes, uma vez que possibilitam a ampliação de pesquisa e conhecimento. Desse modo, há necessidade de incentivar sua consulta, principalmente de navegar pelo site “Tom da Amazônia”, indicado na página 110.

Percurso 14 — Região Norte: a construção de espaços geográficos

Neste percurso, são mostradas a construção e a reconstrução do espaço desde 1500 até os dias atuais. Chame a atenção para o fato de que a Região Norte do país, em sua quase totalidade, ficou excluída dos projetos de colonização mais antigos do Brasil, existindo como parte mais isolada do território, conhecida como estado do Maranhão e Grão-Pará. A Amazônia teve sua ocupação pelos portugueses, durante a época colonial, limitada à fundação de fortes militares e estabelecimento de missões religiosas. Destaque que somente de meados do século XX aos dias atuais, com a expansão da fronteira agropecuária e mineral e outras iniciativas governamentais, a Região passou por transformações econômicas e ambientais.

O quadro Quem lê viaja mais contribui para a ampliação do conhecimento de um aspecto do extrativismo vegetal da Região Norte. Assim, sua leitura deve ser referendada.

A Estação Socioambiental “O conflito do governo com indígenas na construção de 40 hidrelétricas na Amazônia”, na página 124, relaciona a construção de hidrelétricas em terras defendidas pelos indígenas. Oriente os alunos na leitura do texto e do mapa e em seguida solicite as respostas das questões propostas, não se esquecendo de que a educação geográfica implica, além de obtenção de informações, a construção de conhecimento e o desenvolvimento de olhares geográficos para a análise espacial.



Respostas e orientações das atividades

Estação Socioambiental – O conflito do governo com indígenas na construção de 40 hidrelétricas na Amazônia p. 124

1 Segundo os autores, os mundurucus apresentam-se mais organizados politicamente e com forte tradição de resistência aos invasores de suas terras se comparados aos povos indígenas do Vale do Xingu.



2 Espera-se que o aluno reconheça os direitos dos indígenas ao seu território. Sugerimos que o oriente nesse sentido, consultando a Constituição Federal de 1988, em seu Título VIII (Da Ordem Social), Capítulo VIII (Dos Índios).

Atividades dos percursos 13 e 14 p. 126 e 127

1 a) Pico da Neblina.

b) 2.994 metros de altitude.



c) Está localizado no estado do Amazonas, na fronteira com a Venezuela.

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2 Por causa das facilidades de transporte e comunicação oferecidas pelos rios, já que se trata de uma região com ampla cobertura vegetal e de difícil acesso por via terrestre.

3 a) O extrativismo do látex e da castanha-do para.

b) A construção dos portos de Belém e Manaus, a instalação de pequenas indústrias de bens de consumo, a incorporação do Acre ao território brasileiro, a expansão da rede urbana, com a fundação de cidades e a modernização dos espaços urbanos, principalmente de Manaus e Belém, com a construção de teatros, bibliotecas, serviços de bonde, e a implantação de energia elétrica, telefonia, entre outros.

4 A criação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), a implantação de rodovias de integração nacional e de núcleos ou projetos de colonização. O aluno também poderá citar a criação da Zona Franca de Manaus e a implantação do Projeto Grande Carajás. É interessante ainda explicar cada uma dessas iniciativas e a forma como contribuíram para o espaço geográfico amazônico.

5 Espera-se que os alunos façam a associação com o desmatamento que vem ocorrendo na Amazônia, causado não somente pela expansão da fronteira agropecuária, mas também pela investida de empresas madeireiras ou de madeireiros ilegais que avançam sobre as terras indígenas para extrair madeira para comercialização. Lembrá-los de que o Ibama é um órgão fiscalizador que tem procurado conter a ação irregular de madeireiros ilegais. No texto, eles podem mencionar a importância da terra para os povos indígenas e como essas práticas de extração de madeira, legais ou ilegais, atingem negativamente esses povos.

6 a) A menor variação de temperatura é encontrada no climograma de São Gabriel da Cachoeira, localidade situada em baixa latitude (0°), onde a grande iluminação e o aquecimento pelo Sol se mantêm no decorrer do ano. No climograma desse município, a temperatura média, durante todo o ano, é de 26 °C. Em Uruguaiana, localidade situada a 29° latitude Sul, a diferença de médias térmicas entre o inverno e o verão são pronunciadas (jun./jul. com média térmicas com cerca de 12 °C e dez./jan. com 25 °C); além disso, a iluminação e o aquecimento pelo Sol são menos intensos devido à maior latitude.

b) Em São Gabriel da Cachoeira. A precipitação média nesse município não é inferior a 200 mm mensais. Uruguaiana, por sua vez, registra precipitação média acima de 200 mm apenas em abril, no restante do ano é inferior a esse valor. Explicar aos alunos que o município de São Gabriel da Cachoeira está em uma região onde se forma a massa de ar Equatorial continental (quente e úmida) e são comuns na região as chuvas de convecção causadas pela grande umidade e pelo calor.

c) O clima em São Gabriel da Cachoeira é o equatorial úmido, em Uruguaiana é o subtropical úmido.

7 a) O turismo.

b) Para que o turismo seja uma atividade sustentável na Amazônia, deve-se, entre outras medidas, construir uma infraestrutura de modo que não agrida o meio ambiente. Além disso, deve-se preocupar com a comunidade local, inserindo-a no projeto turístico sem, contudo, descaracterizá-la. Oportunidade para discussão de que as comunidades locais não estão inseridas no circuito turístico desses grandes empreendimentos que têm como alvo as populações com alta renda do Brasil e do exterior. Alguns hotéis promovem o desenvolvimento das comunidades locais com a visitação programada a aldeias indígenas e também a comercialização, em suas dependências, do artesanato dessas populações.

8 a) Na Depressão da Amazônia Ocidental. A Depressão da Amazônia Ocidental é área de imensas proporções com origem sedimentar. As bacias sedimentares são constituídas

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pelo acúmulo, durante milhares de anos, de sedimentos, por isso muitas delas tornaram-se ricas em combustíveis fósseis, tais como o petróleo e o gás natural.

b) Hidroviário. Por causa das dificuldades de locomoção na floresta amazônica, o transporte hidroviário ainda figura como um dos mais importantes na Região Norte do país.

c) Sim. Caso não sejam tomados os devidos cuidados, os impactos poderão ser: desmatamento por causa da construção da infraestrutura de extração, do transporte do petróleo e do gás natural; risco de contaminação do solo e das águas; alteração no modo de vida de comunidades próximas e ribeirinhas etc. Vale ainda enfatizar que o desmatamento causa a fuga de espécies e a degradação do solo. A Petrobras é a responsável pela extração de petróleo e gás natural em Urucu e disponibiliza o mapeamento das espécies existentes no entorno feito por ela e referenciado em imagens de satélite no link: . O site conta com vídeos e textos explicativos sobre cada espécie e sobre o método de pesquisa e mapeamento empregado.

Percurso 15 — Amazônia: conflitos, desmatamento e biodiversidade



Este percurso aborda vários embates entre os protagonistas sociais na busca pela apropriação de territórios na Região Norte. Assim, deve-se dar ênfase a essa abordagem, que contribuirá de forma abrangente para as questões que envolvem a apropriação de terras e o desmatamento da Floresta Amazônica, causados pela expansão da fronteira agropecuária e pela atuação ilegal de madeireiras.

É necessário mostrar as contradições sociopolíticas que ocorrem nessa região, fazer a leitura e a interpretação da figura 24, “Amazônia Legal: o arco do desmatamento – 2013”, na página 130, e mostrar a biodiversidade e a biopirataria na região.

A seção Estação Cidadania “Carne legal”, na página 131, destina-se a criar uma consciência junto à sociedade de saber a origem da carne antes de comprá-la, evitando-se, com isso, aquelas que se originam de criadores de gado que não respeitam as leis ambientais e trabalhistas e que invadem e desmatam reservas florestais para a prática ilegal da pecuária. Essa seção merece toda a atenção, pois o seu efeito multiplicador junto a familiares dos educandos e da sociedade pode contribuir para o desenvolvimento de atitudes sociais éticas.

A seção Mochila de ferramentas “Aprendendo a fazer um mapa pictórico”, na página 133, é uma oportunidade de trabalhar a Geografia e a Cartografia. Assim, os alunos passam a ter a apreensão espacial, segundo a proposta de trabalho, e sua representação gráfica. Estimule a sua confecção, sugerindo até mesmo que os trabalhos sejam expostos em um quadro mural.

Respostas e orientações das atividades

Estação Cidadania – Carne legal p. 131

1 Porque, até 2009, quase toda a pecuária da Amazônia desrespeitava as exigências legais, sendo recordista em desmatamento e trabalho escravo. O Ministério Público Federal iniciou, assim, suas ações de combate à ilegalidade da pecuária no Pará.

2 Cabe ao consumidor questionar a procedência da carne nos supermercados, certificando-se de que ela provém de uma fazenda legalizada. Dessa forma, o consumidor estimula a produção pecuária e o consumo sustentáveis, que não desmatam, não exploram o trabalho escravo nem cometem outras irregularidades.

Mochila de ferramentas – Aprendendo a fazer um mapa pictórico p. 133

Pode-se trabalhar com os alunos a valorização dos espaços turísticos de sua cidade, estado ou

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mesmo do Brasil, por meio de pesquisas sobre a atividade turística e materiais cartográficos. É importante que os alunos usem a criatividade para elaborar o próprio mapa pictórico, baseados em suas impressões sobre o que será mapeado.

Percurso 16 — Amazônia: o desenvolvimento sustentável



Inicie a(s) aula(s) perguntando aos alunos se recordam o conceito ou a noção de ONG e se, na localidade onde vivem, sabem da existência de alguma(s) e seus objetivos. Ressalte a existência e a importância de ONGs ambientalistas, como é o caso do Greenpeace, da SOS Mata Atlântica, entre outras. De forma clara, explique o que é o desenvolvimento ecologicamente sustentável e pergunte se na localidade onde vivem esse princípio é aplicado. Aborde o desenvolvimento sustentável na Amazônia utilizando o exemplo das reservas extrativistas e da luta empreendida pelo líder sindical Chico

Mendes pela criação delas, fato esse que contrariou os interesses de alguns protagonistas sociais da Amazônia. Lembre-os de que esse conceito foi lançado em 1987, na Conferência de Estocolmo sobre meio ambiente, quando da publicação do livro Nosso futuro comum (Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988): “Desenvolvimento sutentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades” (p. 46).

A seção Encontros “Cipó artístico”, na página 137, é um exemplo de desenvolvimento ecologicamente sustentável e do conhecimento secular ou milenar dos indígenas da flora regional. Chame a atenção para o último parágrafo desse texto para que entendam por que essa atividade é sustentável. Solicite as respostas orais das questões propostas, suscitando, dessa forma, o surgimento de dúvidas e debates; essa é também uma forma de contribuir para o desenvolvimento da expressão verbal.

Respostas e orientações das atividades

Encontros – Cipó artístico p. 137

1 Porque, ao deixar as raízes mais novas, garantirá colheita farta no próximo ano. É uma forma sustentável de utilização da floresta.

2 Entre outras possibilidades de resposta, espera-se que o aluno responda que a floresta é fonte de vida, pois os moradores da sub-Bacia do Rio Negro encontram no extrativismo de fibras uma fonte de renda; que esse extrativismo obedece a critérios de sustentabilidade ambiental.

Atividades dos percursos 15 e 16 p. 138 e 139

1 a) É a disputa por territórios na Amazônia causada pelos conflitos de interesses entre os grupos ou protagonistas sociais. Os principais protagonistas envolvidos são: o posseiro, o indígena, o madeireiro, o pequeno agricultor, o grileiro, o trabalhador sem terra e as empresas de mineração e agropecuárias.

b) Os conflitos territoriais causam o desmatamento, a perda da biodiversidade, os desequilíbrios ecológicos, a destruição de ecossistemas e a expulsão de indígenas, posseiros e pequenos agricultores.

2 Trata-se de uma área quase contínua que abrange os estados do Maranhão, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia e que sofreu intervenção humana, principalmente, pelo avanço da agropecuária e da exploração madeireira, que causaram desmatamentos de grandes proporções na Amazônia Legal.

3 Calcula-se que o processo de evapotranspiração na Amazônia seja responsável por mais de 50% da chuva que cai nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Assim, o desmatamento dessa floresta altera o regime de precipitação e causa sérios problemas à agricultura e à produção de alimentos nessas

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regiões. Se necessário, retome o infográfico na abertura desta unidade.



4 a) É apropriação ilegal de animais, plantas e conhecimentos tradicionais (principalmente das comunidades indígenas) para fins de exploração comercial (produção de medicamentos, por exemplo), sem o consentimento e remuneração do país de origem e das comunidades locais.

b) Em 1993, representantes de 160 países assinaram a Convenção da biodiversidade, reconhecendo a necessidade de preservação da biodiversidade, a exploração de recursos naturais de forma sustentável e a divisão justa dos benefícios obtidos com a pesquisa científica de plantas e animais. Colocada em prática em junho de 2000 pelo Brasil, essa convenção objetiva evitar que o país perca os direitos sobre sua biodiversidade ou sobre os resultados das pesquisas realizadas por empresas estrangeiras.



5 São organizações formadas pela sociedade civil, sem a participação dos governos dos países onde elas atuam. As ONGs agem de diferentes formas e em diversas áreas; algumas se dedicam a defender o direito das mulheres, das crianças, das minorias étnicas; outras combatem a destruição do meio ambiente etc. Seria interessante estimular os alunos a buscar informações sobre a existência ou não de ONGs no município. Caso elas não existam, lance o desafio: “Que ONGs poderíamos fundar em nosso município para ajudar a resolver problemas locais?”.

6 Espera-se que o aluno responda que sim, pois essa é uma forma de aliar a conservação da natureza com a exploração sustentável de seus recursos, além de ser uma proteção contra a invasão dessas terras públicas por protagonistas sociais da Amazônia.

7 a) Nas áreas desmatadas. O predomínio de frigoríficos nas áreas desmatadas está relacionado ao avanço da fronteira agropecuária em direção à Floresta Amazônica.

b) O desmatamento e suas consequências, como a alteração do processo de evapotranspiração e a emissão de gases do efeito estufa — no caso de queimadas —, contribuem, por exemplo, para mudanças climáticas e problemas na agricultura que podem atingir outras regiões não só do país, mas também do mundo.

c) “Distribuição do desmatamento e dos frigoríficos instalados na Amazônia”. Outras respostas podem ser consideradas.

8 a) À Cordilheira dos Andes, de cujas encostas leste descem cursos de água que contribuem para a formação do Rio Solimões-Amazonas.

b) As águas subterrâneas que afloram, as que descem dos Andes e as das chuvas abundantes na região.

c) À linha equatorial ou Linha do Equador, cuja medida em graus é 0 (zero).

d) Nas relações do ser humano com a natureza da Amazônia, aparentemente ele saindo vencedor, ou seja, explora e comercializa os seus recursos naturais de maneira desmedida, sem considerar que o desmatamento ou outras intervenções inadequadas no meio ambiente poderão colocar em colapso a Amazônia (extinção de espécies animal e vegetal, assoreamento dos rios, rompimento do ciclo hidrológico com consequências locais e globais etc.).



9 a) A queima de combustíveis fósseis promovida por usinas termoelétricas e automóveis, por exemplo.

b) A vegetação e o oceano apresentam maior absorção do que emissão de gás carbônico. Assim, atuam como reguladores do ciclo do carbono. Além disso, existe a produção de oxigênio pela vegetação terrestre e aquática por meio da absorção de gás carbônico.



10 Os processos de transpiração das plantas e a evaporação dos corpos de água da Amazônia regulam o clima regional, sendo responsáveis por 50% de suas chuvas e amenizando o calor sem que este se dissipe na atmosfera. O clima quente e úmido se torna propício para determinadas espécies que se reproduzem nessas condições. A floresta “em pé”, portanto, torna se responsável, em grande parte, pela manutenção dos recursos naturais e dos recursos hídricos.

11 A intenção desta atividade é exercitar o espírito crítico dos alunos e estimulá-los a pensar sobre as

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diferentes variáveis que envolvem as ONGs. Seria interessante organizá-los em pequenos grupos para que conversem sobre o processo de elaboração do trabalho e a que resultados chegaram. Ajude-os a perceber diferenças e semelhanças entre as ONGs. Dessa maneira, os alunos estarão mais cientes da própria fala e do que será preciso apresentar em um debate geral entre eles.

Sugestão de leitura para o professor



A abordagem das Grandes Regiões brasileiras é iniciada na Unidade 4, tendo a Região Norte como foco de estudo. A seguir, o texto apresentado expõe algumas reflexões sobre as relações entre a educação geográfica e a educação ambiental, o que poderá auxiliar o trabalho com esta unidade.

A dimensão ambiental da educação geográfica

[...] A Geografia, enquanto ciência que trata do espaço no contexto das relações sociedade-natureza, busca explicitar a realidade de vida das populações quanto à dimensão espacial dos fenômenos, no sentido de onde ocorrem, como ocorrem e por que ocorrem: não somente localiza os elementos físicos e humanos sobre a superfície terrestre, como analisa as dinâmicas inter-relacionais desses elementos em diversas escalas, conforme os objetivos de estudo (local, regional, nacional e mundial) e as razões das interações, sob enfoques de compreensão criteriosa dos determinantes da construção organizacional do espaço pelo homem. Assim, a ciência geográfica comporta uma explícita relação com as interdependências do homem e do meio e, ainda mais, com as consequências dessa interação sobre o próprio espaço envolvente [...].



A geografia escolar, a partir do sentido da Geografia enquanto ciência, guarda uma íntima relação com a Educação Ambiental. Pelo seu papel formativo no desenvolvimento do educando, ao orientá-lo na leitura do espaço, desde o imediato ao mais remoto, a educação geográfica envolve-se, motivada e justificadamente nos dias de hoje, com as questões ambientais. No trato das dinâmicas naturais e das relações entre sociedade e natureza, emergem problemas de várias dimensões, até por experiência dos alunos, que levam a questões de preservação e conservação ambiental e, pouco a pouco, à construção de uma compreensão da sustentabilidade ambiental – em conexão com atitudes e habilidades práticas relativas ao ambiente de vida dos alunos.

A formação de um raciocínio geográfico pelo educando é o objetivo fundante da geografia escolar: desde a identificação e a distribuição de elementos no espaço vital, passando pela apreensão de fenômenos sob crescentes representações escalares, pela apreensão de relações causais de localização e variações espaciais e alcançando a compreensão das formas de organização e construção humana do espaço, no contexto das relações sociedade-natureza. Nessa sequência progressiva de amplitude cognitiva e de penetração analítico-interpretativa, o educando estará se capacitando a ser um ator situado no mundo enquanto espaço relacional. Ao pensar relações geográficas também estará apreendendo e pensando interdependências ambientais, na perspectiva de mudanças e transformações desejáveis, por meio de estratégias adequadas, em vista de estilos de desenvolvimento socioeconômico compatíveis com a qualidade de vida, nos âmbitos locais e em diferentes lugares, povos ou nações. E aí entra a atuação da escola, do professor, da professora de Geografia, para valorizar o tempo curricular desta disciplina como educação geográfica – na linha de um compromisso profissional, portanto competente e ético, para com a efetivação da dimensão ambiental da educação escolar [...].”

CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. A dimensão ambiental da educação geográfica. In: Educar em Revista, n. 19, Curitiba: Editora UFPR, jan./jun. 2002. p. 44-45. Disponível em:
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