Geografia 7º ano



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, os quais podem ser úteis na elaboração da redação.

Sugestão de leitura para o professor

Na Unidade 6, como em outras do volume do 7º ano, são indicados sites no quadro Navegar é preciso. O texto a seguir trata sobre os avanços da informática, da internet e como sua difusão pode ajudar o professor de Geografia a renovar o interesse dos alunos diante de diferentes conteúdos, sendo importantes, porém, alguns cuidados.

Mídias eletrônicas e ensino de Geografia

“[...] Ensinar Geografia usando linguagens e recursos diversos, como as mídias eletrônicas, é, sem dúvida, um processo complexo que exige da escola competências para mediar processos e pesquisas, de forma que eles tenham importância didático-pedagógica para, além de informarem também possibilitarem ao aluno a oportunidade de (des)construir e reconstruir o conhecimento.

Assim, estão postos os desafios de se criar uma prática docente que saiba lidar com o novo e produzir, com qualidade, os conhecimentos geográficos, tornando essa ciência mais significativa para os alunos, o que ocorre quando eles se apropriam de seus conteúdos para a vida.

Das novas posturas constam ainda a busca pela interdisciplinaridade e pela transversalidade no ensino e a utilização de métodos de avaliação variados, alguns, progressivos. Mas, tudo isso, mais do que uma importante proposta de inovação, deve ser um compromisso teórico-metodológico, para que possamos, com nossas práticas escolares, ser também sujeitos dessas transformações. É preciso estar ciente de que as outras linguagens e recursos, sob qualquer formato, que chegam às escolas como o novo, o moderno, o atual e, como tal, são atrativos e sedutores, não resolvem, por si sós, os problemas de ensino-aprendizagem da Geografia ou de qualquer outra disciplina. É necessário, portanto, um domínio de tais técnicas por parte dos professores e uma proposta político-pedagógica que contemple de forma consciente os usos dos recursos tecnológicos disponíveis.

[...]

Com os avanços da informática e da internet e sua difusão em locais de trabalho, lares e escolas, sua utilização em atividades de ensino e aprendizagem é uma opção que pode renovar o interesse dos alunos e ser empregada no trato de diferentes conteúdos. Os temas devem ser bem estabelecidos, selecionados previamente, e deve-se incentivar a reflexão sobre o uso das novas tecnologias e sua sistematização para o estudo.



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Utilizando a internet, o professor poderia, por exemplo, propor aos alunos [...] uma pesquisa no programa ‘Google Earth’ sobre imagens de território, de espaço, de acordo com a realidade desses estudantes. Pode-se, assim: comparar a proximidade e a localização das áreas dentre as opções escolhidas e registrar no caderno as características humanas/culturais e naturais a partir das imagens de satélite. É uma atividade de leitura e interpretação do território que os cerca.

Incorporar a internet na realização das atividades de ensino pode ser uma maneira de explorar novos campos de pesquisa, criar novas percepções de mundo e sociedade. A continuidade das pesquisas e a divulgação dos conhecimentos produzidos podem ser feitas por meio dos blogs, e-mails, homepages etc. A internet, assim, pode proporcionar uma maior socialização, interação e democratização dos conhecimentos com agilidade. [...]”

SANTOS, Rosselvelt José; COSTA, Cláudia Lúcia da; KINN, Marli Graniel. Ensino de geografia e novas linguagens. In BUITONI, Marísia Margarida Santiago (Coord.). Geografia: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. p. 43, 44, 50 e 51. (Coleção Explorando o Ensino; v. 22). Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2015.



unidade 7 - Região Sul

A abertura desta unidade explora um dos principais aspectos naturais da Região Sul: a hidrografia e as Cataratas do Iguaçu (PR). Motive e oriente os alunos a expressar seus conhecimentos prévios sobre os estados da Região Sul do Brasil, em particular sobre as características naturais e os fluxos imigratórios que contribuíram no povoamento, diversidade de atividades econômicas e de aspectos culturais. Se sua escola situa-se na Região Sul, pergunte-lhes o que sabem a respeito dos outros dois estados que a integram. As questões da seção Verifique sua bagagem devem ser respondidas oralmente.

A unidade aborda temas relativos à ocupação da Região Sul do Brasil e à produção e organização de seus espaços geográficos. Na Região Sul houve dois tipos principais de organização do espaço geográfico: algumas sub-regiões foram construídas com base em estâncias ou fazendas de gado, que eram responsáveis pela produção de carne e couro e abastecedoras da região mineradora, e outras intimamente ligadas à imigração europeia do século XIX e início do XX. Os imigrantes estabeleceram-se em propriedades privadas de pequeno e médio porte, com produção voltada para a autossubsistência e para abastecer o mercado interno, diferenciando a ocupação e o espaço geográfico construído na Região Sul e os das demais regiões do Brasil.

A Região Sul possui um espaço urbano e industrial desenvolvido e um espaço agropecuário com modernas técnicas de produção.

Serão trabalhados, principalmente, os seguintes conceitos e noções: Região Sul; terras altas e baixas; serras do Mar e Geral; planícies litorâneas ou costeiras e fluviais; Campos; Campanha Gaúcha ou Pampa; planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste; depressão periférica da borda leste da Bacia do Paraná; planalto e chapadas da Bacia do Paraná; lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira; zona temperada; massa de ar polar; clima subtropical; Aquífero Guarani; pecuária; reduções jesuíticas; ilhéu açoriano; charqueada; tropeiro; consciência ecológica; manancial; Mata de Araucária ou dos Pinhais; efluente; arenização; chuva ácida; região e cinturão carbonífero; PIB; artesanato familiar; tarifa alfandegária; e Mercosul.

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Percurso 25 — Região Sul: o meio natural

O meio natural da Região Sul é bastante característico. Chame a atenção dos alunos para o fato de que a maior parte dessa região brasileira encontra-se na zona subtropical. Sugerimos que, para uma melhor compreensão do clima subtropical, seja explorado o climograma de Porto Alegre da figura 10, na página 213. Ressalte aos alunos que em invernos rigorosos neva na Serra Gaúcha e Catarinense. Destaque a importância da hidrografia para essa região, em especial a construção de hidrelétricas.

A Estação Socioambiental “Aquífero Guarani”, na página 215, tem o objetivo de dar uma introdução à compreensão do que sejam “águas subterrâneas”, além de levar a questão da água à discussão em sala de aula: sua importância, a necessidade de seu uso racional e, sobretudo, alertar os alunos de que se trata de um recurso natural finito.



Respostas e orientações das atividades

Estação Socioambiental – Aquífero Guarani p. 215

1 O Aquífero Guarani localiza-se em partes dos territórios do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.

2 Sendo um reservatório de água, contribui ao permitir a irrigação das lavouras.

3 É uma oportunidade para criar a consciência de que a água é um recurso finito e, em consequência, todos têm de usá-la de forma racional. Peça aos alunos sugestões de formas de economizar água com base em suas experiências familiares.

Percurso 26 — Região Sul: a construção de espaços geográficos

Considerando que o espaço geográfico é histórico, a abordagem deste Percurso 26 é realizada sob essa perspectiva. Dessa forma, valorize cada subtítulo contido neste percurso, explicando-os com base nos mapas e nas ilustrações. Chame a atenção como são fortes as marcas da imigração europeia na construção dos espaços geográficos da Região Sul.

Trabalhe com os alunos a importância da mineração na ocupação da Região Sul por meio da pecuária e da produção de charque. Destaque que não houve necessidade de trabalho intensivo escravo nessas atividades econômicas.

Remeta os alunos às indicações complementares dos quadros Navegar é preciso e Quem lê viaja mais.

Respostas e orientações das atividades

Atividades dos percursos 25 e 26 p. 222 e 223

1 O clima subtropical predomina na Região Sul do Brasil porque a maior porção deste território se encontra ao sul do Trópico de Capricórnio, onde os raios solares incidem de forma menos inclinada que na zona tropical. De modo geral, o clima subtropical apresenta temperaturas médias anuais entre 15 °C e 16 °C e precipitação variando entre 1.500 mm e 2.000 mm bem distribuídos por todo o ano.

2 a) A mineração desenvolvida em Minas Gerais e a pecuária no Rio Grande do Sul, com a produção de carne e couro e fornecimento de animais para as Minas Gerais.

b) Porque ele transportava o couro e a carne da Região Sul para a região das Minas Gerais.

c) Pelas depressões periféricas da Região Sul (Borda Leste da Bacia do Paraná e Sul-Rio-Grandense). Esse relevo facilitava o deslocamento por ser mais plano que o seu entorno e não apresentar grandes obstáculos naturais.

3 a) Curitiba e Porto Alegre.

b) Menor, pois é uma capital regional, enquanto as outras capitais são metrópoles, tendo maior área de influência nos espaços geográficos da Região Sul.



4 a) Em terras baixas, geralmente vales de rios, com altitudes de até 200 m do nível do mar.

b) Sim, porque na porção nordeste desse estado encontram-se a Serra Geral e a Coxilha do



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Bom Jesus, áreas de maiores altitudes, entre 800 m e 1.200 m. Durante o inverno, as temperaturas nessa região variam entre 8 °C e 12 °C, as menores registradas no estado.

c) No verão, o vale do Rio Jacuí registra temperaturas entre 22 °C e 24 °C, média de 23 °C. Durante o inverno o vale registra temperaturas entre 14 °C e 16 °C, média de 15 °C. Portanto, a amplitude térmica entre o verão e o inverno no vale do Rio Jacuí é de 8 °C.

5 a) A extensão do rio é de, aproximadamente, 1.000 km. A nascente está a aproximadamente 920 m, a foz a 160 m de altitude.

b) A nascente do rio está localizada nos Planaltos e nas Serras do Atlântico Leste-Sudeste, seu curso segue pela Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná, e sua foz, no Rio Paraná, está inserida na unidade dos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.

c) As Cataratas do Iguaçu.

6 a) O contato próximo e permanente entre os tropeiros de São Paulo, do Paraná e do Rio Grande do Sul.

b) Portugueses açorianos, africanos, indígenas e espanhóis.

c) O município de Lapa está situado na Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná, relevo mais aplainado aproveitado pelos tropeiros, durante o século XVIII, para os deslocamentos entre a Região Sul e São Paulo. Lapa foi uma das cidades que se originaram dos pontos de pouso dos tropeiros.

Percurso 27 — Região Sul: problemas ambientais

Os problemas ambientais da Região Sul são apresentados neste percurso. Trabalhe com os alunos principalmente aqueles relativos a três de suas bacias hidrográficas (do Guaíba, do Uruguai e litorâneas) e remeta-os para o seu espaço de vivência. Peça que observem as causas da degradação dessas bacias hidrográficas nas páginas 228 e 229, e verifiquem se esses problemas se repetem na rede fluvial onde moram. Trabalhe a questão da arenização na Campanha Gaúcha e relacione-a com a ação antrópica.

A Estação Socioambiental “Os faxinais e a preservação”, na página 227, é um exemplo da combinação de atividades econômicas com a preservação ambiental. Explore essa seção para mostrar que é possível termos uma relação harmoniosa com a natureza, ou seja, ecologicamente sustentável. Não se esqueça de propor a realização das questões apresentadas e de discutir suas respostas.

A seção Encontros “Os cipozeiros de Garuva”, na página 231, mostra desenvolvimento ecologicamente sustentável, e como o avanço da agricultura e da silvicultura ameaça esse modelo de sustentabilidade. Após a leitura e a discussão oral das questões propostas, peça que sistematizem as respostas em seus cadernos.

Respostas e orientações das atividades

Estação Socioambiental – Os faxinais e a preservação p. 227

1 Porque o extrativismo florestal no faxinal é de baixo impacto, com o manejo da erva-mate e das araucárias.

2 As famílias se unem em uma área comum, sem cercas entre as casas, onde elas podem plantar pequenas hortas e criar animais. Além dessa área comum que é cercada, há as lavouras de cada família, onde elas podem plantar várias culturas para autoconsumo ou comércio local.

Encontros – Os cipozeiros de Garuva p. 231

1 Aqueles que não são cipozeiros extraem o cipó de maneira indiscriminada. A retirada de cipó verde prejudica o desenvolvimento dos cipós e diminui a quantidade disponível para futuras extrações. Além disso, essas pessoas vendem o cipó bruto, mal selecionado, e isso cria má fama para os cipozeiros.

2 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno reconheça que se trata de um trabalho digno, que une esforços físicos (para coletar a fibra)

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e criativos (para trabalhar a fibra de maneira artística). Além disso, é importante reconhecer o papel desse conhecimento para manter viva a tradição, já que é transmitido pelas gerações mais velhas às mais jovens, e para o desenvolvimento de práticas sustentáveis de extração. É um exemplo de como o artesanato pode ser importante para o sustento de famílias inteiras.

Percurso 28 — Região Sul: população e economia

Conhecer as características da população e econômicas da Região Sul é o objetivo deste percurso. O seu estudo deve ser realizado comparativamente às demais regiões já estudadas, como também à da localidade onde vivem os alunos. Trabalhe com eles o mapa da mortalidade infantil no Brasil, destacando a Região Sul.

Em virtude da proximidade da Região Sul com Argentina, Uruguai e Paraguai, deve-se ressaltar a importância do Mercosul e a necessidade de seu aperfeiçoamento para a completa integração comercial, cultural, científica, técnica etc. dos países que o integram.

Acompanhe os alunos na leitura e interpretação, parte a parte, do infográfico “Avicultura integrada”, nas páginas 236 e 237. Sugerimos começar a leitura do infográfico pelas noções de integrador e integrado.



Respostas e orientações das atividades

Atividades dos percursos 27 e 28 p. 240 e 241

1 O desconhecimento sobre a necessidade de preservação da natureza, para manutenção do seu equilíbrio, e a ânsia pelo lucro, deixando de lado cuidados ambientais essenciais.

2 A cobertura vegetal protege a nascente dos rios e de fontes de águas (muitas das quais abastecem as cidades), regula o clima, protege o solo de erosão, além de ser uma beleza paisagística e fonte de vida para as comunidades que dela dependem diretamente (indígenas, caiçaras e ribeirinhos).

3 a) Espera-se que o aluno mostre a intervenção humana sobre as matas Atlântica e de Araucária e sobre o Cerrado e os Campos, que provocou grande devastação.

b) Foi a cafeicultura. Seria interessante fazer uma remissão à figura 20, na página 189, para que o aluno compreenda a expansão da cafeicultura no norte do Paraná.

c) Por se tratar de uma formação vegetal com pastagens naturais favoráveis para a pecuária, desde o século XVIII se desenvolveu essa atividade nessa região.

4 a) A Campanha Gaúcha é uma grande área campestre, ou seja, com predomínio de gramíneas, situada no sudoeste do Rio Grande do Sul, que se prolonga pelo território do Uruguai e da Argentina, onde é conhecida pelo nome de “pampa”. Seu relevo é geralmente plano, surgindo baixos morros (cerros).

b) Trata-se da arenização. Os solos da Campanha Gaúcha desde o século XVIII são usados para a criação de gado e têm sofrido com a compactação por pisoteio, rarefação de gramíneas e queimadas. Em virtude do pisoteio constante dos animais, tem ocorrido a compactação do solo. O número excessivo de reses por área tem provocado a rarefação de gramíneas ou pastagens, que, por sua vez, facilita a erosão do solo desnudado. Além disso, as queimadas realizadas pelos agricultores para eliminar a sobra seca de pastagens, durante o inverno matam microorganismos importantes para o solo.



5 Quando o carvão mineral é explorado a céu aberto, arrasa a paisagem. O entulho colocado na superfície, ao receber as águas da chuva, contamina com sais e ácidos tanto as águas dos rios como as dos lençóis subterrâneos. Além disso, o carvão mineral trazido à superfície, em contato com o oxigênio e a umidade do ar, dá origem ao ácido sulfúrico, substância que pode provocar a chuva ácida.

6 Da Bacia Hidrográfica do Uruguai podemos destacar o despejo de efluentes agroindustriais nos cursos de água, originados, principalmente, da suinocultura e da avicultura, e a exploração indiscriminada da água do subsolo. Da Bacia

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Hidrográfica do Guaíba, a poluição do ar por fontes fixas e por veículos resultantes da alta concentração industrial e a ocupação urbana em áreas de risco. Da Bacia Hidrográfica Litorânea, a expansão de monoculturas florestais e a alteração da morfologia litorânea por práticas de eliminação de dunas móveis e fixas pela ocupação urbana ou atividade mineradora de areia.



7 a) Londrina e Maringá.

b) As geadas, a perda da fertilidade do solo e a queda do preço do café no mercado internacional resultaram na substituição do café pela cultura do algodão, pecuária, cana-de-açúcar e, principalmente, pelo cultivo da soja.

c) A colheita do café era realizada sem o uso de máquinas, já o cultivo da soja e sua colheita se fazem por meio da mecanização. Essa alteração causou grande desemprego e acentuou a migração da população do campo para as cidades em busca de empregos.

8 O Mercosul é um bloco econômico de integração comercial que reuniu, desde 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em virtude da sua proximidade com os países vizinhos, a Região Sul do Brasil tem papel importante na circulação das mercadorias: a proximidade reduz o custo do transporte para esses países, desenvolvendo a economia da Região Sul.

9 a) O mapa representa o percentual de domicílios urbanos por unidade da federação brasileira com acesso à internet em 2011.

b) Depende da unidade da federação onde o aluno vive.

c) O estado de Santa Catarina lidera na Região Sul o percentual de domicílios urbanos com acesso à internet (de 40,1% a 55,0%). Já os estados do Paraná e Rio Grande do Sul representam de 30,1% a 40,0% dos domicílios urbanos que têm acesso à internet.

d) Os alunos podem responder Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará e Alagoas.



10 a) Nas formações das Matas com Araucárias e da Mata Atlântica.

b) A mata é o hábitat da gralha-azul, de modo que ela depende diretamente da mata para sua sobrevivência; assim, se a mata for extinta, a ave sofrerá as consequências, podendo também ser extinta.



11 O personagem retratado é o gaúcho. O termo designa o povo da Campanha Gaúcha que auxiliou na expansão do gado e é o resultado da miscigenação de indígenas, espanhóis, portugueses açorianos e africanos.

12 A Região Sul se destaca com as melhores expectativas de vida no conjunto das regiões brasileiras. Desde 1970, a região apresenta longevidade de mais de 60 anos para seus habitantes, superior à de outras regiões, tendo atingido a expectativa de 76,5 anos de vida, em 2012.

Desembarque em outras linguagens – Sylvio Back: Geografia e cinema p. 242 e 243

A obra do cineasta Sylvio Back é composta de documentários, roteiros de ficção e filmes de curta, média e longa duração. Seus filmes levam o público a refletir sobre fatos ambientais, históricos e políticos, devido a seu enfoque crítico. A seção mostra a linha do tempo da vida do cineasta e quais foram suas obras realizadas ao longo dela. Peça aos alunos que leiam os textos e verifique se ficou alguma dúvida a ser esclarecida. As questões propostas devem ser respondidas oralmente.



1 Por meio de documentários e filmes o cineasta trata vários temas brasileiros, relacionados à questão indígena, degradação ambiental, imigração, acontecimentos históricos, políticos e sociais, biografias de artistas, entre outros.

2 Os curtas-metragens Sete Quedas (1980) e Araucária: memória da extinção (1981) podem ser relacionados com o Percurso 27, no qual estudou-se o desmatamento na Região Sul e outros problemas ambientais resultantes do desenvolvimento econômico. O longa-metragem República Guarani (1982) e o média-metragem Vida e sangue de polaco (1982) relacionam-se, respectivamente, com os tópicos do Percurso 26, “As reduções jesuíticas e o bandeirismo” e “a imigração e a produção de espaços no Sul”.

3 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno observe que entre os desafios enfrentados pelo cineasta conta-se o trabalho de pesquisa sobre os temas, a elaboração do roteiro do filme ou documentário, a seleção de artistas e da equipe

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de trabalho, a obtenção de autorizações para utilizar imagens de terceiros, além de aspectos técnicos e financeiros relacionados, entre outros.



4 Essa é uma atividade que possibilita desenvolver a sensibilidade artística dos alunos, como também a crítica social. Incentive a realização dela, pois é rica do ponto de vista pedagógico e de formação do conhecimento.

Sugestão de atividades complementares



1. Apresente aos alunos o filme A missão (The mission. Direção: Roland Joffé. Inglaterra, 1986), e proponha um debate que aborde a questão dos aldeamentos jesuíticos como agentes da construção do espaço geográfico na Região Sul. O filme permite ainda que os alunos observem a paisagem predominante no extremo sul do país e notem sua potencialidade natural para o desenvolvimento da atividade pecuária.

2. Os alunos devem procurar reportagens que digam respeito ao grande desastre ecológico ocorrido no Rio Iguaçu, pertencente à Bacia do Prata, no ano 2000, quando houve derramamento de 4 milhões de litros de óleo que vazaram de uma refinaria da Petrobras. Foi um dos maiores desastres ecológicos da história do país. Por meio desta atividade o aluno tomará contato com o problema real da degradação ambiental que a construção e a utilização das hidrovias podem provocar, uma vez que entidades ambientalistas chamaram a atenção para o perigo do uso de trechos da bacia para o transporte fluvial.

unidade 8 - Região Centro-Oeste

A abertura desta unidade traz as cidades de Goiânia e de Brasília, e um gráfico comparativo do crescimento populacional delas entre 1960 e 2014, procurando apontar as diferenças de crescimento entre a capital federal e capital do estado de Goiás. Após responderem oralmente às questões propostas da seção Verifique sua bagagem, peça que observem a intensa arborização da cidade de Goiânia e solicite que comparem com a arborização da localidade onde vivem. Levante com eles a importância da arborização em áreas urbanas. A Região Centro-Oeste apresentou nos últimos 60 anos grandes transformações espaciais em decorrência da transferência da capital do país para Brasília, da construção de rodovias e da expansão da fronteira agropecuária. Desse modo, os percursos desta unidade dão para os alunos uma visão regional ampla, levando-os a compreender as causas dessas transformações.

Serão trabalhados, principalmente, os seguintes conceitos e noções: Região Centro-Oeste; Pantanal Mato-Grossense; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná e dos Parecis; Planalto Central do Brasil; depressões do Tocantins e Marginal Sul-Amazônica; Planície e Pantanal do Rio Guaporé; Planície e Pantanal do Rio Paraguai; Planície do Rio Araguaia; bacias fluviais do Centro-Oeste; clima tropical com verão úmido e inverno seco; clima equatorial úmido; umidade relativa; Floresta Amazônica; Mata Tropical; Cerrado; Complexo do Pantanal; corixos; baía; cordilheira; filões auríferos; sítio histórico; patrimônio cultural; Expedição Roncador-Xingu; colônias de dourados e de Goiás; núcleo de colonização; calagem; hidroviário; eclusa; chatas; empurrador; gasoduto; territórios da cidadania; entrevista estruturada; fronteira agropecuária; preservação ambiental; modelo econômico agroexportador; e pivô central.

Percurso 29 — Região Centro-Oeste: localização e meio natural

Neste percurso, vários mapas permitem a compreensão do texto em sua descrição e explicação do

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meio natural do Centro-Oeste. Oriente, portanto, os alunos na leitura e na interpretação desses mapas. Trabalhe com eles a leitura do climograma de Brasília, na página 250, para caracterizar o clima tropical predominante na Região Centro-Oeste.

Acompanhe os alunos na leitura e na interpretação dos textos e das figuras do infográfico “Pantanal”, nas páginas 252 e 253, e proponha que se formem grupos para responderem às questões propostas.

Respostas e orientações das atividades

Estação História – A Guerra do Paraguai – 1864-1870 p. 249

1 A hidrografia era fundamental para o deslocamento na Região Centro-Oeste, em especial o Rio Paraguai, em função de suas águas calmas. Os rios da região, juntamente com a estrada Cuiabá-Goiás, eram as únicas vias de acesso à região no início do século XVIII. O controle do rio era tão importante que motivou a declaração de Guerra entre o Paraguai e o Brasil, onde foram construídos fortes como o de Coimbra. Vale lembrar que o território paraguaio não possui saída para o mar, e o controle dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai seria vital para assegurar o desenvolvimento e a industrialização paraguaia durante o século XIX.

2 O transporte fluvial de mercadorias e pessoas segue como uma alternativa eficaz a todos os países banhados pelos rios da Região Hidrográfica do Paraguai. Vale ainda destacar as atividades de pesca e alimentação proporcionadas pelos rios dessa região.

Percurso 30 — Região Centro-Oeste: fatores iniciais da construção de espaços geográficos

Este percurso aborda de forma cronológica a construção do espaço geográfico no Centro-Oeste até meados do século XX. Estabelecemos este limite temporal para que o aluno compreenda que até então essa região era escassamente povoada, de economia frágil e não havia ainda se tornado uma área de atração populacional. Com exceção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, hoje Ferrovia Novoeste, não existiam vias de transporte eficientes para a interiorização do povoamento. Sugerimos que se faça aqui uma comparação entre Brasil e Estados Unidos. Ressalte para os alunos que, devido à nossa economia ter sido primário-exportadora até aproximadamente os anos de 1950, o povoamento se limitou à faixa litorânea.

A seção Outras rotas “Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga”, na página 259, é uma reminiscência histórica da ocupação humana do Centro-Oeste. Peça aos alunos que leiam o texto; havendo dúvidas, esclareça-as; e, em seguida, trabalhe as respostas das questões propostas.



Respostas e orientações das atividades

Outras rotas – Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga p. 259

1 A dificuldade de acesso representada pelo relevo, com grande quantidade de serras e morros, serviu como abrigo para os primeiros habitantes, que provavelmente eram indivíduos fugindo da escravidão.

2 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno observe que as áreas de proteção servem para preservar tanto o meio ambiente como também a cultura dos povos que ali habitam, além de instituírem o direito de posse de comunidades tradicionais sobre as áreas que ocupam.

3 Resposta pessoal. Estimule os alunos a comparar os hábitos das comunidades pesquisadas com seus próprios hábitos cotidianos (tipos de moradia e trabalho, por exemplo).

Atividades dos percursos 29 e 30 p. 260 e 261

1 Predominam no Centro-Oeste os planaltos e as chapadas com altitudes entre 200 m e 500 m. É também importante destacar a grande planície do Pantanal com altitudes entre 100 m e 200 m. Essa configuração de relevo, com altitudes modestas, facilita a circulação atmosférica na região porque não cria obstáculos ao deslocamento das massas de ar.

2 Quando encontravam ouro ou pedras preciosas, os bandeirantes faziam pousos ou paradas.

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Muitos desses pousos se transformaram em povoados, depois em vilas e cidades, contribuindo, assim, para a construção dos espaços geográficos no Centro-Oeste, no século XVIII.



3 O trabalho de Marechal Rondon ocorreu durante a primeira metade do século XX. Sua importância para o conhecimento do território do Centro-Oeste está no levantamento de dados das condições naturais (relevo, divisores de águas, rios etc.) e de mapeamento do território por onde passou com suas expedições. Essas informações foram fundamentais para a elaboração da carta geográfica do estado de Mato Grosso.

4 A estrada de Ferro Noroeste possibilitou a integração entre as Regiões Centro-Oeste e Sudeste. Antes da sua construção a comunicação entre essas regiões era realizada pelo Rio Paraguai e pelo Rio da Prata, para então seguir pelo Oceano Atlântico rumo ao Rio de Janeiro e a Santos. A ferrovia proporcionou a formação de espaços geográficos ao longo do seu traçado e também favoreceu a migração, em especial de paulistas para o Mato Grosso, onde abriram novas fronteiras agropecuárias no Centro-Oeste.

5 À exceção do período de exploração do ouro e pedras preciosas no século XVIII, a Região Centro-Oeste não apresentava atrativos econômicos que justificassem expressivos fluxos migratórios para a região. Além disso, a falta de infraestrutura de transportes, com exceção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, dificultava a exploração dos recursos naturais, principalmente do atual Mato Grosso e Goiás.

6 a) Nas porções norte de Mato Grosso, no estado de Mato Grosso do Sul e em uma pequena porção a sudoeste do estado de Goiás.

b) Úmido, com 1 a 3 meses secos.



7 Sim, pois podemos observar nos regimes pluviométricos de Cuiabá e Goiânia, que correspondem às classes de umidade semiúmido, com 4 a 5 meses secos, que os meses mais secos correspondem a maio, junho, julho, agosto e setembro. Em relação a Campo Grande, cuja classe de umidade é úmido, com 1 a 3 meses secos, o gráfico de seu regime pluviométrico mostra que os meses de junho, julho e agosto são os mais secos.

8 a) O Rio Paraná.

b) A Planície do Pantanal Mato-grossense.

c) Planaltos e chapadas da Bacia do Paraná e Planície do Pantanal Mato-grossense.

d) Aproximadamente 350 m.



9 a) Ao clima tropical.

b) O efeito continentalidade corresponde à diminuição da influência do mar ou do oceano à medida que se avança em direção ao interior de um território ou continente. Quanto mais próximo do litoral estiver uma localidade, mais úmido será o seu clima e menor será a variação de temperatura. Resgate a explicação de maritimidade e continentalidade, lembrando que as águas oceânicas demoram mais para serem aquecidas e absorvem o calor em grandes profundidades. As terras emersas, ao contrário, aquecem-se mais rapidamente e o calor absorvido durante o dia permanece próximo à superfície. Ao anoitecer, o calor retido pelo continente é rapidamente liberado para a atmosfera, provocando queda de temperatura. Nos mares e oceanos, a perda do calor é mais lenta e, consequentemente, a variação de temperatura é menor.

c) Segundo a localização dos municípios na figura 1 e a escala de altitudes do relevo constante do mapa da figura 2, Cuiabá está em altitudes entre 0 e 200 m (125 m); Goiânia, em altitudes entre 500 m e 800 m (749 m).

10 No trecho “Outro aspecto a ressaltar do seu regime térmico é a notável oscilação diurna, isto é, a amplitude entre as máximas registradas nas horas dos dias e as mínimas noturnas”.

11 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba a grande influência dos vizinhos bolivianos, paraguaios e gaúchos que migraram para a Região Centro-Oeste. As vestimentas, os costumes, a alimentação e o costumeiro trabalho com o gado deverão auxiliar o aluno a perceber a influência desses povos na formação da população pantaneira.

Percurso 31 — Região Centro-Oeste: a dinamização da economia

Utilizando os mapas, as fotos e as ilustrações, aborde o conteúdo deste percurso. Merece especial

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atenção a figura 25, “Região Centro-Oeste: uso do território”, na página 267, que traz uma síntese de informações. Interprete-a com os alunos.

Vale destacar o papel da região para a integração nacional, com a transferência da capital da república para Brasília, além da posição estratégica para a utilização de hidrovias e para o fornecimento de gás ao Brasil por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil.

Percurso 32 — Região Centro-Oeste: população, economia e meio ambiente

Ao tratar da economia da Região Centro-Oeste, destaque a questão da expansão da fronteira agropecuária e da preservação ambiental, ou seja, a necessidade de se disciplinar o uso do solo e a exploração dos recursos naturais por meio do desenvolvimento econômico sustentável, e também os impactos ambientais e sociais da expansão da fronteira agropecuária. Incentive a consulta à seção Quem lê viaja mais.

Na seção Estação Socioambiental “Expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste”, na página 274, peça aos alunos que leiam o texto e, com base nele, respondam e debatam as questões oralmente, não esquecendo de dar ênfase ao modelo agroexportador implantado no Centro-Oeste. Pode-se fazer um retrospecto histórico desde o Período Colonial, entrando pelo Período Republicano, e mostrar que o uso do solo no Brasil foi sempre comandado pelas necessidades do mercado externo. A seção Mochila de ferramentas “Pesquisa por meio de entrevista estruturada”, na página 275, orienta essa prática de pesquisa. Sugerimos que se faça uma pesquisa, em grupo, sobre a localidade em que vivem, destacando o processo de construção de seu espaço geográfico no decorrer do tempo. Esse trabalho pode ser interdisciplinar com a participação dos professores de História e Língua Portuguesa.



Respostas e orientações das atividades

Estação Socioambiental – Expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste p. 274

1 As culturas de arroz e feijão, alimentos básicos da população brasileira, têm sido expulsas, cedendo espaço para o cultivo da cana-de-açúcar. É oportuno complementar esse texto com a releitura, na página 270, do subtítulo “Modelo econômico agroexportador”. Além disso, sugerimos também que se mostre que, ao longo da nossa história, a utilização de nosso solo sempre foi comandada pelas necessidades do mercado externo (espaço extrovertido), e não do interno, e, assim, continua sendo até os dias atuais.

2 Esse é um grande desafio a ser enfrentado e depende fundamentalmente da consciência ecológica dos protagonistas sociais que têm avançado sobre o Centro-Oeste. Entretanto, é possível conciliar adotando-se os princípios de sustentabilidade ou de desenvolvimento econômico sustentável. Para tanto, muitas técnicas atuais de sustentabilidade, sejam do solo ou da vegetação, têm sido divulgadas inclusive pelos técnicos das “casas de lavoura”. Não podemos esquecer que o avanço da fronteira agropecuária é irreversível, mas não podemos negligenciar quanto à necessidade de cuidados ao meio ambiente.

Mochila de ferramentas – Pesquisa por meio de entrevista estruturada p. 275

1 Porque as respostas obtidas de questionários padronizados e direcionados aos entrevistados podem ser comparadas e organizadas com mais facilidade.

2 Os procedimentos que demonstram a importância da fase de planejamento são a pesquisa do assunto da entrevista, a delimitação dos seus objetivos, a definição dos entrevistados, a elaboração do questionário e o agendamento da entrevista.

3 As perguntas devem apresentar linguagem clara e adequada aos entrevistados, não devem ser tendenciosas e cada uma deve conter apenas um questionamento.

Respostas e orientações das atividades

Atividades dos percursos 31 e 32 p. 276 e 277

1 O mapeamento de territórios pouco conhecidos pelo governo brasileiro até a década de 1940,

Página 380

a abertura de estradas e campos de pouso de emergência que deram origem a cerca de quarenta municípios e quatro bases aéreas, além da criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961, para proteção dos territórios e dos valores culturais dos povos indígenas.



2 Aumento do fluxo migratório à região, do número de fazendas instaladas e dos conflitos com as populações indígenas por posse das terras. Os povos indígenas foram desterritorializados, expulsos para outras áreas, marginalizados ou integrados como mão de obra às comunidades locais.

3 a) A escassez de energia elétrica, a falta de estradas e o desconhecimento técnico quanto à melhor forma de utilização dos solos do Cerrado para a agricultura.

b) A prioridade dada pelos governos militares à construção de rodovias no Centro-Oeste; os estudos da Embrapa que resultaram em um melhor aproveitamento do solo, impulsionando a atividade agropecuária no Cerrado; a criação de áreas de colonização; e a construção de Brasília.



4 Em relação aos benefícios, o modelo agroexportador colocou o Brasil como o maior exportador mundial de carne, o segundo de soja, além de destacá-lo na exportação de algodão, sendo responsável pela entrada de dinheiro no país. No entanto, esse modelo de produção promoveu a concentração de terra na posse de grandes proprietários, situação essa que pressiona os pequenos proprietários a venderem suas terras, comprometendo a agricultura familiar regional. O modelo agroexportador também introduziu a mecanização na agropecuária, o que resultou na redução da necessidade da mão de obra e, consequentemente, acelerou o processo de migração da população do campo para as cidades, agravando os problemas urbanos (habitações precárias, falta de saneamento básico etc.). A expansão da fronteira agropecuária provoca a devastação de grandes áreas do Cerrado, bioma de grande biodiversidade, e causa disputas territoriais entre os grandes produtores e os moradores de comunidades tradicionais e indígenas.

5 As eclusas funcionam com válvulas de esvaziamento e enchimento que direcionam as embarcações entre cursos de água com o leito em níveis diferentes de altitude.

6 Porque tanto durante a construção que atraiu milhares de trabalhadores como após a inauguração de Brasília houve atração de fluxos populacionais. O deslocamento dos funcionários e dos serviços públicos para o Centro-Oeste possibilitou a formação de novos espaços geográficos.

7 Os projetos de colonização do governo federal e o desenvolvimento de estudos pela Embrapa, para o melhor aproveitamento econômico e a modernização da agricultura e da pecuária no Centro-Oeste, incentivaram o fluxo de migrantes. Apoiados nesses fatores paulistas, paranaenses, catarinenses e, sobretudo, gaúchos instalaram-se na região promovendo a expansão agropecuária, formando novos municípios, dinamizando a economia e produzindo novos espaços geográficos.

8 Foram criados os estados do Mato Grosso do Sul (1977) e do Tocantins (1988), por desmembramento de Mato Grosso e Goiás, respectivamente. E o estado de Tocantins faz parte da Região Norte.

9 a) O setor hidroviário, porque com a mesma quantidade de combustível (1 litro de óleo diesel), as embarcações podem transportar até 575 toneladas por quilômetro, quantidade cerca de 4,6 vezes superior à do transporte ferroviário (125 toneladas por quilômetro), e cerca de 19 vezes superior à do transporte rodoviário (30 toneladas por quilômetro).

b) A hidrovia da Bacia do Paraná. Podemos destacar os esforços do Governo Federal para operacionalizar a Hidrovia Tocantins-Araguaia, que teria um terminal no Centro-Oeste, no município de Aruanã (GO).



10 Espera-se que os alunos identifiquem que a construção de Brasília não alterou a estrutura agrária e as relações no campo em Goiás, não contemplando em seu planejamento a reforma agrária num estado de economia baseada em grande parte na agropecuária. Os alunos poderão relacionar esse fato aos assuntos estudados no Percurso 12 (Unidade 3) deste livro, ponderando que tal fato representou uma lacuna no planejamento da nova capital e no cumprimento do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek diante do problema histórico do acesso a terra no Brasil.

11 a) A Floresta Amazônica.

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b) A derrubada da cobertura vegetal com todas as suas prováveis consequências (destruição de ecossistemas, erosão do solo, assoreamento dos rios, perda de biodiversidade e subtração de recursos naturais usados diretamente por povos indígenas).



12 Sim, porque a remoção da vegetação torna o solo exposto e, portanto, suscetível à ação erosiva das chuvas.

13 Níquel: possui diversos usos por conta da sua resistência. Alguns deles são: fabricação de moeda, baterias e material bélico; amianto: mineral refratário importante para a fabricação de produtos resistentes ao fogo, empregado inclusive na fabricação de telhas; nióbio: por conta de sua dureza e estabilidade térmica, é empregado em ligas metálicas de grande rigidez, mísseis e reatores nucleares; cristal de rocha: usado comumente na fabricação de joias e pela indústria eletrônica; ferro: devido à sua abundância e à sua dureza, é empregado na fabricação de produtos em diversificados setores: automobilístico, bélico, de construção civil e outros; manganês: usado pela indústria metalúrgica em ligas de aço e também na fabricação de pilhas.

Sugestão de leitura para o professor

Além de fornecer subsídios para o trabalho com a seção Outras rotas do Percurso 30, o texto a seguir comenta a importância da abordagem sobre as identidades no ensino de Geografia e como pode ajudar a desmistificar os discursos da mídia.

Territorialidades goianas e ensino de Geografia

“A sociedade atual vive um momento de crise nos aspectos ambiental, político, econômico e cultural. Ela está embuída de conflitos identitários com violências territoriais físicas e simbólicas. Esses problemas podem ser explicitados ou silenciados pelo ensino de Geografia, entendendo suas causas e consequências.

O descrédito político partidário, a democracia fracassada, a exclusão social, a miséria, a mendicância, o desemprego, a xenofobia, os conflitos étnicos e culturais, o consumismo, a mídia, as drogas, a religião, o sexismo, a ‘globocolonização’, os problemas sociais como um todo, afetam diferentes grupos identitários, e interferem em novas formas de delinear territorialidades.

Vivenciamos experiências cada vez mais individualistas, sem perceber as diferenças. Convivemos com a exclusão e as desigualdades territoriais de forma passiva, ignorando o ‘outro’. A sensação de conviver ‘bem’ com pessoas excluídas, ditas ‘diferentes’ com outras classes sociais, e de diferentes culturas expressa uma falsa harmonia social.

Um dos grandes problemas da sociedade atual é saber conviver com as diferentes identidades, como respeitar e valorizar as comunidades tradicionais, os grupos de cada etnia, as culturas regionais e os valores dos diferentes povos que habitam o espaço terrestre, pois a sociedade está cheia de conflitos que precisam ser evidenciados.

[...]


Desde a colonização em Goiás até a contemporaneidade, as identidades continuam sendo mescladas, exterminadas, enfraquecidas, fortalecidas, transformadas, reinventadas e problematizadas. Sejam elas de resistência, de dominação, de projeto [...]. Elas delineiam as principais transformações do território goiano, e marcam novas territorialidades socioculturais.

As identidades em Goiás não se resumem aos indígenas e quilombolas. Os diferentes grupos sociais migrantes, grupos alternativos, delineiam discursos, ações, atividades econômicas, culturais, políticas e conduzem expressividades que caracterizam a formação do povo goiano. O ensino de Geografia pode tanto reproduzir os discursos da mídia, como desmistificá-los e criar contrapontos de interpretação sobre a realidade das identidades goianas. [...]”.

ALMEIDA, Maria Geralda de; BORGES, Joyce Almeida. Experiências com as identidades goianas no Ensino Fundamental de Geografia. In Boletim Goiano de Geografia, v. 29, n. 2, Goiânia: Universidade Federal de Goiás, jul./dez. 2009. p. 200, 202 e 203. Disponível em: . Acesso em: 15 abr. 2015.

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IV. Referências bibliográficas

Como sugestão, apresentamos uma bibliografia relativa aos conteúdos e temas das unidades e percursos do volume do 7º ano. As referências indicadas complementam as indicadas no livro do professor e no item 6 da primeira parte deste Suplemento.

AB’SABER, Aziz Nacib et al. Projeto Floram: uma plataforma. Revista do Instituto de Estudos Avançados da USP, São Paulo. n. 9, maio/ago. 1990.

ACADEMIA Brasileira de Ciências. Amazônia: desafio brasileiro do século XXI. São Paulo: Fundação Conrado Wessel, 2008.

ADAS, Melhem; ADAS, Sérgio. Panorama geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de et al. (Coord.). Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil: povoado Pantaneiro de Joselândia, Mato Grosso. Brasília: Casa 8 Design, abr. 2007. Disponível em:


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