Geografia Espaço e identidade Levon Boligian, Andressa Alves 2 Componente curricular Geografia



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. Acesso em: 7 mar. 2016.

Contudo, devemos lembrar que essas condições sociais, econômicas e sanitárias mencionadas variam entre os países e regiões do mundo. Dessa forma, temos na África uma taxa de fecundidade média em torno de cinco filhos por mulher, enquanto que as mulheres europeias não têm atingido nem mesmo o número necessário para a renovação de gerações, que é de dois filhos por mulher, o que tem causado um decréscimo populacional em alguns países do continente.



Mulheres em foco

A pílula e a revolução

Quando me perguntam qual foi a maior invenção, aquela que revolucionou a história provocando uma evolução social de gênero, respondo, sem hesitar: a pílula anticoncepcional.

Até pouco tempo atrás, as mulheres não podiam controlar sua fertilidade, a sexualidade delas era um problema dos homens.

Durante séculos, a humanidade procurou e experimentou várias receitas contraceptivas na tentativa de encontrar algum resultado eficaz no controle de natalidade. O registro médico contraceptivo mais antigo, encontrado por arqueólogos, data de 1850 a.C. Em um papiro, uma receita ensina uma mistura de mel e bicarbonato de sódio para ser aplicado na vagina. Já no Velho Testamento, 1000 a.C., existem registros, resultantes de observações realizadas por estudiosos da época, de que as mulheres não engravidavam quando tinham relações sexuais às vésperas da menstruação. No Egito antigo, a rainha Cleópatra, para não engravidar, inseria na vagina esponjas marinhas embebidas em vinagre. E, assim, sucederam-se receitas e mais receitas, que demonstraram, sobretudo, a grande preocupação com o controle de natalidade e o planejamento familiar. [...]

Entre 1950 e 1955, a pílula anticoncepcional foi desenvolvida por dois grandes médicos americanos – Gregory Pincus e Carl Djerassi – que, por meio de incentivos da feminista e ativista social Margaret Sanger, receberam financiamento da rica herdeira industrial Katharine McCornick. Entretanto, foi preciso uma década de intenso trabalho para que o primeiro anticoncepcional oral “Enovid” fosse comercializado e colocado no mercado americano, em 1961, pela Searle. No mercado brasileiro, o Enovid chegou no ano seguinte (1962).
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As primeiras pílulas comercializadas, apesar de eficientes, possuíam altas doses de hormônio, provocando efeitos colaterais indesejados. Desde então, várias pesquisas foram realizadas para minimizar as doses e os riscos provocados pelo uso constante dos hormônios sem interferir na eficácia contraceptiva, melhorando, assim, a qualidade de vida das usuárias.

A libertação de centenas de milhões de mulheres do fardo da gravidez indesejada teve enorme impacto social. Essa descoberta foi a principal causa da “revolução sexual feminina” da década de 1970 e, consequentemente, da atual busca por novos modelos na estrutura familiar convencional. Foi a maior e mais significativa modificação no comportamento humano, ajudando no surgimento de uma nova mulher que pôde, enfim, controlar melhor o próprio corpo. [...]

ROCHA, Patrícia. Mulheres sob todas as luzes: a emancipação feminina e os últimos dias do patriarcado. Belo Horizonte: Leitura, 2009. p.168-169.



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SSPL/Getty Images

A primeira pílula anticoncepcional, Enovid, começou a ser vendida no Brasil em 1962. O conteúdo desse pequeno vidro provocou importante revolução nos hábitos e costumes de todas as sociedades humanas.

Responda


De acordo com o texto acima, por que a pílula anticoncepcional ocasionou o que a autora chama de “revolução sexual feminina”? Converse com os colegas de turma a respeito dos diferentes métodos contraceptivos que existem na atualidade. Reflitam sobre a importância das pessoas sexualmente ativas usarem esses métodos, não somente como forma de evitar a gravidez indesejada, mas também como forma de prevenção às chamadas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Você e seus colegas sabem quais são elas? Conversem com o professor a respeito.

Competência de área 2: Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

Habilidade 6: Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.

De olho no Enem – 2006

Resolva os exercícios no caderno.

Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa da taxa de crescimento populacional em quase todos os continentes. A seguir, são apresentados dados relativos aos países mais populosos em 2000 e também as projeções para 2050.



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Internet: .

Com base nas informações acima, é correto afirmar que, no período de 2000 a 2050,

a. a taxa de crescimento populacional da China será negativa.

b. a população do Brasil duplicará.

c. a taxa de crescimento da população da Indonésia será menor que a dos EUA.

d. a população do Paquistão crescerá mais de 100%.

e. a China será o país com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.


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Gabarito: D

Justificativa: Embora a população paquistanesa do ano 2000 não seja apontada no primeiro gráfico apresentado como suporte, é possível inferir que ela seja inferior a 170 milhões de habitantes (população do Brasil, que, de acordo com a fonte apresentada, era o 5º país mais populoso naquele ano). Como em 2050 a previsão apresenta a população do Paquistão com 344 milhões de habitantes, está correto afirmar, com base nos dados apresentados, que a população daquele país mais do que dobrará no período. Está correta, portanto, a alternativa d. A alternativa a está incorreta, pois se os dados apresentados informam a previsão de um incremento populacional na China entre 2000 e 2050, não haverá taxa de crescimento populacional negativa no período. A alternativa b está incorreta, pois se o Brasil não aparece entre os cinco países com maior população em 2050, é possível inferir que, de acordo com as previsões apresentadas, sua população naquele ano será inferior à da Indonésia (311 milhões), e assim não terá duplicado em relação à população brasileira aferida no ano 2000. A alternativa c está incorreta, pois embora o volume total do incremento populacional apresentado na população dos EUA no período seja superior ao verificado na Indonésia, proporcionalmente (ou seja: considerando o percentual representado pelo acréscimo populacional em relação à população total), o incremento previsto para este último país apresenta-se maior do que o estadunidense. Finalmente, a alternativa e está incorreta, pois se nos dados apresentados, a China, que detinha a maior população em 2000, será superada pela Índia em 2050, isso revela que a taxa de crescimento populacional indiana é maior do que a chinesa, invalidando o distrator. Além disso, de acordo com os dados apresentados, a taxa de crescimento populacional paquistanesa também é muito superior à chinesa. Também a afirmação apresentada no distrator não pode ser validada já que os gráficos apresentados revelam apenas os cinco países mais populosos do mundo em cada período, e não as maiores taxas de crescimento populacional verificadas no planeta.

A estrutura da população mundial

Vários demógrafos têm afirmado que a entrada da sociedade na etapa pós-transição demográfica, trará mudanças significativas na estrutura etária e na estrutura econômica da população mundial. Mas o que isso significa? É o que veremos a seguir.

As mudanças na estrutura etária

A melhoria da qualidade de vida em vários países do mundo tem aumentado a expectativa de vida da população. A expectativa de vida ao nascer refere-se ao número médio de anos que uma pessoa poderá viver, levando-se em consideração as condições socioeconômicas mundiais como um todo, ou mesmo de um país ou região. Na primeira metade da década de 2010, a expectativa de vida média mundial era de 70 anos, sendo que no início da década de 1960 esse índice era de 50 anos, ou seja, as pessoas passaram a viver em média 20 anos a mais, seis décadas depois.

O aumento da expectativa de vida aliado à queda na taxa de fecundidade, tem levado, já há algumas décadas, a importantes mudanças na estrutura etária da população. A estrutura etária refere-se à maneira como os habitantes de um país ou região estão distribuídos de acordo com a faixa etária e o sexo. De maneira geral, analisa-se a população dividindo-a em três faixas etárias: crianças e jovens (de 0 a 19 anos), adultos (de 20 a 59 anos) e idosos (a partir dos 60 anos). Essa análise é feita por meio da leitura da chamada pirâmide etária, um gráfico que mostra a distribuição das faixas etárias divididas em duas colunas: uma para a população masculina e outra para a população feminina. Veja as mudanças ocorridas na pirâmide etária do Japão, a partir da década de 1950.
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Estrutura etária no Japão



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Gráficos: ©DAE

Fonte: ONU. Department of Economic and Social Affairs. Population Division. World Population Prospects: The 2015 Revision. Disponível em:


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