Geografia Espaço e identidade Levon Boligian, Andressa Alves 2 Componente curricular Geografia



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Thaís Martins/Fotoarena

Na imagem, palco montado para show no Centro de Tradições Nordestinas, localizado no Bairro do Limão, em São Paulo. Foto de 2015.
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Os problemas urbanos no Centro-Sul

Observe no mapa a localização das principais metrópoles do Centro-Sul e a rede urbana estruturada a partir delas.



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Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: IBGE. Atlas escolar, 2015. p. 114. Disponível em: . Acesso em: 7 fev. 2016.

O crescimento exacerbado das metrópoles e das cidades médias brasileiras ocasionou uma série de problemas ligados à infraestrutura urbana, como a falta de saneamento básico e de moradia, o aumento do preço da terra, o estrangulamento do sistema viário e as poluições atmosférica, hídrica e dos solos. Além disso, ainda que o processo de industrialização tenha ampliado sensivelmente os postos de trabalho nos diversos setores de atividades urbanas, a oferta de emprego não cresceu na mesma proporção que a população – o que tem gerado um gigantesco contingente de desempregados e subempregados, isto é, pessoas que trabalham no setor informal.

Com o empobrecimento de grande parcela da população, o processo de urbanização caracterizou-se pelo aumento das desigualdades sociais, imprimindo uma forte segregação socioespacial no interior das cidades, principalmente nas de médio e grande portes.

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Cadu Rolim / Fotoarena

Alexandre Cappi/Pulsar Imagens

Tráfego intenso na cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, em 2014.

Um dos problemas relacionados ao crescimento exacerbado das regiões metropolitanas é a ocupação de áreas de mananciais. A fotografia mostra habitações construídas às margens da represa Billings, em São Paulo. Foto de 2014.
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Metrópoles: centros de decisões

Ainda que os grandes centros urbanos do Centro-Sul apresentem profundos contrastes socioeconômicos, observa-se nessa região, como consequência do desenvolvimento da atividade industrial, um intenso processo de diversificação das atividades ligadas ao setor terciário (comércio e serviços) e um incremento das atividades relacionadas às áreas educacional e científica (com a implementação de faculdades, universidades e centros de pesquisa). O crescimento das atividades ligadas à área administrativo-financeira transforma os grandes centros urbanos desse complexo regional em sedes de grandes corporações nacionais e multinacionais, de organismos estatais, de importantes instituições financeiras, como bancos, bolsas de valores e empresas de crédito e letras de câmbio, assim como de empresas ligadas à produção cultural e artística, como editoras, redes de televisão, jornais e outros segmentos da mídia. Em decorrência da grande concentração e da diversidade das atividades econômicas, o Centro-Sul polariza as decisões econômicas, políticas e administrativas do país.



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Zig Koch/Pulsar Imagens

Vista do centro financeiro da cidade do Rio de Janeiro, em foto de 2014.

Rio de Janeiro: uma cidade global em construção?

As cidades adquirem, cada dia mais, um forte protagonismo tanto na vida política quanto na vida econômica, social, cultural e nos meios de comunicação. Podemos falar das cidades hoje em dia como atores sociais complexos e de múltiplas dimensões. Essa cidade, centro de conexões, fluxos, relações e problemáticas, é [...] dotada de diversas características que as têm representado atualmente.

Precisamos pensar e repensar a metrópole a partir do mundo como ele é, como ele pode ser, como ele poderá ser e como ele será. No escopo do Rio de Janeiro, o nosso foco, precisamos refletir sobre o que está acontecendo e sobre as influências que têm impactado a cidade e sua construção. Para isso, devemos ter em mente a seguinte pergunta: qual modelo de cidade está sendo construído?

A ambição anunciada é de transformar a cidade do Rio de Janeiro em uma cidade global, transformando o status da cidade para tal. [...] E para isso, a cidade deve então melhorar sua rede de comunicação e de transporte, e se tornar um centro de difusão de conhecimento no Brasil e na América do Sul. A cidade global é um cenário no qual múltiplos processos globalizadores adotam formas concretas e locais, em que as formas locais são, em boa parte, a essência da globalização. Recuperar o espaço físico significa recuperar uma multiplicidade de presenças nessa paisagem. As grandes cidades de hoje em dia têm se convertido em uma localização estratégica para toda uma nova classe de operações políticas, econômicas, culturais e subjetivas, realidade a qual estamos nos deparando hoje, no Rio de Janeiro.[...]

No caso do Rio de Janeiro, a cidade chega ao seu ponto mais alto no tocante ao projeto de cidade global quando é eleita para ser sede dos megaeventos esportivos Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016. Esses megaeventos são de grande importância para o projeto da cidade global devido à ampla coalizão de atores e pelo volume de recursos. A partir de então o consenso vem sendo administrado mediante a venda de uma mercadoria difusa, mas, poderosa: a ilusão do renascimento urbano por meio dos megaeventos esportivos [...].


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No entanto, as cidades que se inscrevem nesses megaeventos seguem uma planificação que as considera como uma empresa em competição, uma vez que esses eventos têm como um de seus objetivos vender a cidade, atrair investimentos e capital. A cidade se torna então uma marca, está à venda, e se transforma em cidade-mercadoria, mercadoria de luxo, destinada a uma elite de compradores potenciais: o capital internacional, visitantes e turistas. Acontece que essa visão de cidade ameaça o conceito de cidadania, ou seja, o cidadão passa a ser considerado antes de tudo, como um consumidor [...]. Além disso, ao estimular a reinvenção da cidade e sua nova inscrição mundial pela via dos megaeventos e dos grandes projetos urbanos, este modelo de cidade e seu urbanismo de resultados têm contribuído para potencializar a desigualdade. Ao mesmo tempo em que são renovados os espaços em ritmo intenso, as políticas sociais ficam comprometidas. [...]

BESEN, Daphne. A cidade global do Rio de Janeiro: modelo em conflito. In: Observatório das metrópoles. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia. Disponível em:


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