História Revisada pelas Revisoras da Romances Sobrenaturais



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Ela pousou a mão sobre as cabeças curvadas de ambos.

— E agora, neste dia, vocês dão seu amor um ao outro. Fazendo isso, vocês estão unidos para todo o sempre. Se forem abençoados, viverão para verem os filhos de seus filhos. E quando esta vida terminar, o seu amor continuará pela eternidade.

Wilona deu um passo atrás.

— Pegue seu filho nos braços, Merrick, e dê sua mão a Allegra, e nós os enviaremos de volta a seu lar. Só lhe pedimos que volte com frequência. Pois agora você tem dois lares. Você e os seus, para todo o sempre, chamarão o Reino Místico de seu lar. O seu povo é também o nosso. E os dons que recebemos passarão para você e os seus também.

Merrick ergueu Hamish em seus braços e fechou sua mão sobre Allegra. Enquanto a família dela começava a cantar, ele observou o chão parecendo recuar, enquanto, lentamente, eles flutuavam em direção ao céu.

Enquanto pairavam acima de topos de montanhas e avistavam rapidamente vilarejos abaixo, ele aproximou mais sua esposa de si para outro beijo demorado. Sussurrou-lhe, então, de encontro aos lábios:

— Eu amo você, minha adorável feiticeira. E amarei pelo resto da vida e para todo o sempre.

Allegra estava emocionada demais para falar. Aquilo tudo parecia um sonho mágico e maravilhoso. Aquele homem, que fora procurá-la movido por raiva, era agora seu nobre herói. Mas ele era real. Como também o amor que ela sentia em seu coração.

Amor.


O amor era maior dom de todos. Pura mágia. E ela o cultivaria em seu coração, amando aquele homem maravilhoso eternamente.

EPÍLOGO

Agradáveis raios de sol filtravam-se por entre os ramos das árvores frondosas, deixando o verde à volta ainda mais intenso, acariciando as flores da primavera com seu calor. Estava um dia adorável e parecia não haver lugar mais aprazível para desfrutá-lo do que os belos jardins do castelo. No céu de vibrante azul, viam-se apenas algumas nuvens que pairavam languidamente no alto. Havia uma deliciosa mescla de fragrâncias no ar, carregada pelo sopro balsâmico da brisa. Flores desabrochavam ao redor numa profusão de cores, encantando o olhar. Por entre os canteiros cheios de viço, podia-se passear pelos muitos caminhos de pedra, ouvindo o canto alegre dos pássaros, o murmurinho das fontes.

O roseiral era um dos lugares favoritos de Allegra nos jardins. Várias espécies de rosas desabrochavam sob o sol, rosas de todas as cores, desde o branco imaculado até o mais vívido vermelho. Não apenas era uma visão resplandecente, mas também perfumava o ar com sua fragrância única. Como certa vez ela comentara com Hamish, fora realmente necessário bem pouco para transformar aqueles jardins, deixando-os exuberantes, apenas alguns cuidados, a poda devida, o acréscimo de mais plantas. Os grandes trechos de gramados bem aparados eram como tapetes aveludados. Árvores frutíferas e outras ornamentais, com suas copas floridas, proviam o pano de fundo perfeito. E Allegra também dedicara especial atenção à sua horta, onde agora as ervas que plantara floreciam viçosas e fragrantes. Fazia questão de acompanhar de perto o trabalho dos jardineiros sempre que seus afazeres como senhora do Castelo de Berkshire lhe permitiam. Nunca perdia a oportunidade de mexer na terra quando podia, pois continuava tendo aquela imensa satisfação de ver as plantas brotando, considerando cada muda que crescia como um pequeno milagre. Era maravilhoso estar em comunhão com a terra, com a natureza.

Agora, sentada num banco de pedra, pousou a mão em seu ventre volumoso e observou com um sorriso terno enquanto Hamish brincava num dos gramados com duas crianças do vilarejo. Com certeza, não demorariam a serem chamados para irem saborear o delicioso almoço que a sra. MacDonald mandara providenciar.

Era tão gatificante para Allegra vê-lo tão saudável e feliz, aquele menino ao qual se afeiçoara tanto que o via agora como um filho. Logo teria seu primeiro filho também, pensou ela, o coração transbordando de amor, de amor por aquela nova vida cescendo em seu ventre, amor pelo homem tão especial que a ajudara a gerá-lo. Outro sorriso tornou ailuminar-lhe o semblante quando a imagem de Merrick surgiu em sua mente, o marido dedicado e apaixonado que a cobria tanto de atenções que chegava a encabulá-la.

O castelo e o vilarejo de Berkshire certamente não eram lugares mágicos como o Reino Místico, onde sua família continuava vivendo tranquilamente, mas tinham seu encanto próprio. Ela estava em seu lar ali, ao lado do homem que amava, e não poderia ter se sentido mais feliz.

Para completar sua felicidade, ela, Merrick e Hamish tinham feito mais uma visita ao reino Místico, bem mais calma daquela vez. Tinham passado alguns dias lá, ainda no ínicio de sua gestação, e fora um alívio para sua avó, sua mãe e suas irmãs comprovarem quanto ela estava radiante com sua nova vida. Evidentemente, já haviam tido a oportunidade de ver como era o coração de Merrick antes e de saber que era um homem bom, mas observá-los juntos e tão apaixonados só serviu para consolidar a certeza de todos de que ela trilhara o melhor caminho.

No fundo de seu coração, Allegra tinha a peculiar certeza de que, algum dia de alguma maneira, suas irmãs também seriam abençoadas com a mesma felicidade que a sua, encontrando o amor verdadeiro. Lembrou-se da vez em que ela e as irmãs, ainda pequenas, tinham ido pescar no Lago Encantado e Kylia vira a imagem do rosto de um homem desconhecido nas águas. Através de seu dom de prever o futuro, apenas ela o vira e tivera a certeza de que um dia o conheceria. Talvez aquele dia não estivesse distante, pensou Allegra, com um soriso terno nos lábios, desejando à irmã a mesma felicidade que recebera. E depois, por certo, seria a vez de Gwenellen encontrar a dádiva do amor também. A seu devido tempo, tudo indicava que todas teriam, enfim, deixado sua redoma, pensou ela com um leve suspiro.

Seu olhar pousou por um momento no imponente castelo. Certamente, longe do ar sinistro que antes pairava no Castelo de Berkshire, agora que todo o mal fora definitivamente afastado havia uma duradoura aura de paz e harmonia ali.

O olhar de Allegra, então, foi atraído por um movimento no início do caminho de pedra, seu coração disparando no peito, como sempre acontecia, a cada vez que olhava para o homem que amava. Alto e forte, Merrick aproximava-se com seus passos confiantes, o rosto másculo bonito, os olhos azuis intensos como o céu de primavera acima.

Ele parou diante dela com um sorriso cativante, inclinando-se para lhe depositar um beijo nos lábios.

— A sr. MacDonald já está impaciente para servir o almoço.

Allegra abriu um sorriso, lembrando-se como a amável governanta apesar de seu jeito eficiente e pático, passara a cobri-la de mimos, especialmente depois que fora anunciado em caráter oficial que a nova senhora de Berkshire esperava um bebê.

— Céus, ela tenta me fazer comer tanto que corro o risco de acabar dobrando literalmente de tamanho — disse num tom bem-humorado.

— Dificilmente. — Merrick percorreu-a com um de seus olhares afetuosos, enternecido pela visão da mulher mais adorável que já vira em sua vida. Observou-lhe os olhos verdes brilhantes, as faces coradas, o ar resplandecente que a envolvia. E, exceto pelos seios um pouco mais volumosos e o ventre arredondado, ela mantinha praticamente as mesmas formas. Era incrível saber que carregava um filho seu no ventre, algo que só o fazia se perguntar se, de fato, era merecedor da tanta sorte. — A sra. MacDonald só que se certificar de que você se alimente bem e se mantenha saudáve como está.

— Eu sei. — Ela fitou-lhe os olhos azuis com intensidade. — E nem sei lhe dizer como me sinto feliz em ter sido tão bem aceita por todos aqui.

— Todos a estimam não apenas por ser a senhora de Berkshire agora, mas pela pessoa bondosa que você é. — Ele piscou-lhe um olho ao acrescentar: — E acho que todos a agradecem por ter-me tornado um homem bem menos intratável do que era.

Ela soltou um riso e Merrick, sentando-se ao seu lado no banco de pedra, cobriu-lhe os lábios com um beijo longo e apaixonado. Enfim, ele virou-se para observar Hamish mais atentamente, enquanto o menino corria atrás de borboletas multicoloridas no gramado com outra crianças.

— Eu lhe serei eternamente grato pelo que fez por Hamish, você sabe. Por amá-lo agora como a um filho também. — Ele cobriu-lhe o ventre arredondado com a mão, seu olhar repleto de afeto e orgulho. — E por estar prestes a me dar mais um filho. — Abriu um sorriso. — Tenho toda a razão para ser considerado o homem de mais sorte no mundo, sem dúvida.



Aqueles pareciam decididamente tempos de paz, pensou ele, satisfeito seu povo vivendo e harmonia no vilarejo, livres do mal que pairara tão perto sem que ninguém sequer tivesse suspeitado e também de invasores, que não apereciam havia um bom tempo. Com um ligeiro sorriso nos lábios, Merrick lembrou-se das palavras de seus homens, de que, depois de todas as suas façanhas, sua fama crescera e haveria poucos que ousariam enfrentar A Espada das Terras Altas. Tudo aquilo era tolice, pensou ele, pois sua única glória sempre tinha sido a de lutar pelos seus, o seu grande propósito. Mas se sua alardeada bravura servisse para manter sua família e seu povo em segurança era tudo que lhe importava. Sim, o espírito de guerreiro continuava vivo e pronto para quando fosse necessário proteger os seus, mas seria ainda mais sensato e prudente, ainda mais justo do que sempre fora, pois tinha à sua espera em seu lar os maiores tesouros que um homem podia querer. Lançou um olhar orgulhoso a Hamish ao ventre arredondado de sua doce Allegra e, então, inclinou-se para tomar os lábios num beijo que tentava transmitir todo o sentimento que transbordava em seu coração.

Allegra retribuiu ao beijo apaixonadamente, abraçando-o pelo pescoo, puxando-o mais para si. E, como sempre costumava acontecer, lembrou-se mais uma vez do sábio ensinamento de sua mãe de que o amor era o maior dom de todos. O amor que ela e Merrick haviam encontrado nos braços um do outro, que sentiam mutuamente em seus corações era imenso, mais forte e indestrutível do que as muralhas daquele castelo, mais doce do que o néctar das flores à volta, mais intenso do que o brilho dos sol sobre as Terras Altas, e os manteria unidos para todo o sempre.
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