História Universal da Destruição dos Livros Das Tábuas Sumérias à Guerra do Iraque Fernando Báez


CAPÍTULO 3 As bibliotecas bombardeadas na Segunda Guerra Mundial



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CAPÍTULO 3

As bibliotecas bombardeadas na Segunda Guerra Mundial
I

O início
O anúncio formal, ainda que ambíguo e dilatado, da enorme destruição que seria causada pela Segunda Guerra Mundial foi, sem dúvida, a Primeira Guerra Mundial, porque em 25 de agosto de 1914 as tropas alemãs, depois de ocupar a Bélgica, atacaram a biblioteca da Universidade Católica de Louvain. Em poucas horas acabaram com trezentos mil livros, oitocentos incunábulos e mil manuscritos. Essa mesma biblioteca voltou a ser atacada com artilharia pesada em maio de 1940 pelos nazistas: cerca de novecentos mil livros, oitocentos manuscritos e duzentas obras antigas foram destruídos.

Danos semelhantes sofreu a biblioteca de Tournay, que recebeu centenas de impactos cujo poder acabou com milhares de livros. De maneira insólita, segundo comenta B. D. H. Tellegen, a biblioteca provincial de Zeeland foi atacada em maio de 1940 pelos alemães e mais de 160 mil livros foram destruídos. As obras salvas ficaram à mercê dos elementos.

A Biblioteca Nacional de Belgrado foi destruída por bombas alemãs em 1941: ficaram assim queimados 1.300 manuscritos em cirílico, milhares de livros de autores nacionais, incunábulos e obras raras. Na invasão alemã da União Soviética, cem milhões de livros (não é um engano: cem milhões de livros)17' desapareceram depois de intensos combates.


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